PARA REDUZIR RESTOS A PAGAR
Entre os dias 2 e 9 de janeiro, o governo
federal cancelou R$ 18,6 bilhões em “empenhos”, montantes reservados para
posteriores pagamentos. Com as anulações, a estimativa dos restos a pagar, que
serão inscritos e reinscritos em 2013, passaram a somar R$ 178,1 Bi. Os restos
a pagar são compromissos assumidos em anos anteriores, mas não pagos nos
exercícios. Em levantamento idêntico realizado pelo site Contas Abertas no
segundo dia do ano, a expectativa quanto aos pagamentos pendentes era de R$ 200
Bi conforme divulgado por diversos veículos
de comunicação. Coincidentemente, o cancelamento dos empenhos - e a
consequente redução dos restos a pagar para 2013 - deu-se durante a repercussão
do elevado montante de pagamentos que poderia ser transferido de exercícios
passados para o atual.
Ao todo, em 93 programas foram observados
cancelamentos de valores empenhados. No principal deles, o “Operações
Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação
Específica”, R$ 18,1 Bi foram anulados. Dessa forma, os restos a pagar da
rubrica passaram de R$ 27,7 Bi para R$ 9,6 Bi.
Os dois principais cancelamentos dentro desse
programa foram R$ 6,7 Bi no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e R$ 6,1
Bi no Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). No caso do
Amapá, por exemplo, o FPE corresponde a
65% da receita do Estado. Segundo o próprio documento de cancelamento, “a
anulação parcial tem em vista a previsão de [queda] arrecadação do 3º decênio
de dezembro.
O FPE e o FPM são constituídos de 21,5% e
22,5%, respectivamente, da receita arrecadada com I. Renda e IPI - Imposto
Sobre Produtos Industrializados. A distribuição do FPE deve ser proporcional ao
coeficiente individual de participação resultante do produto do fator
representativo da população de cada Estado, já no FPM é feita de acordo com o
número de habitantes, onde são fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma
delas um coeficiente individual.
Outros programas também cancelaram empenhos
em montantes maiores do que R$ 5 milhões, como o “Desenvolvimento Produtivo”
(R$ 20,2 milhões), “Educação Básica” (R$ 17,8 milhões), “Conservação e Gestão
de Recursos Hídricos” (R$ 15,2 milhões), “Segurança Pública com Cidadania” (R$
8,5 milhões), “Atuação Legislativa da Câmara dos Deputados” (R$ 6,9 milhões) e
“Educação Profissional e Tecnológica” (R$ 5,6 milhões).
Mesmo com os cancelamentos realizados até o
momento – outros ainda poderão acontecer - o valor dos restos a pagar é recorde
e foram multiplicados por dez em uma década. Em 2002 e 2003, em valores
correntes, esses pagamentos pendentes estavam em torno de R$ 20 Bi. O
crescimento exacerbado dessa forma de gasto preocupa economistas.
Para o especialista em finanças públicas,
Mansueto Almeida, essa elevação foi “planejada”, pois o governo vem
flexibilizando a utilização de restos a pagar. “O Decreto 93.872, de 1986,
determinava que os restos a pagar não processados deveriam ser liquidados nos
dois anos subsequentes. Contudo, em 2007, essa regra deixou de valer para a
saúde, a educação e o PAC (que abrange as grandes e importantes obras do
governo federal). Ou seja, o esperado era que esse tipo de despesa crescesse”,
explica.
O Contas Abertas consultou o Ministério da
Fazenda a respeito dos cancelamentos serem um esforço do governo federal para
diminuir os restos a pagar de 2013, porém, até o fechamento da reportagem não
obteve resposta.
DETRAN/RJ VAI INDENIZAR
MOTORISTA SEM CARTEIRA
Um motorista que ficou cerca de seis anos sem dirigir
porque não conseguiu renovar sua carteira de habilitação junto ao Detran-RJ vai
receber R$ 5 mil por danos morais. A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Rio negou provimento ao recurso do Detran e manteve a condenação de 1ª
instância.
Diante do vencimento da sua carteira de habilitação, em
janeiro de 2005, Robson Braga pagou o Duda de renovação, conforme determina a
legislação em vigor, porém, ao entrar em contato com o teleatendimento do
Detran, soube que seu prontuário estava inválido, sendo necessária uma
pesquisa. O motorista solicitou que fosse feito o procedimento, mas, para sua
surpresa, o resultado determinou que o autor apresentasse uma cópia autenticada
da folha do livro de frequência da autoescola, caso contrário, deveria realizar
novos exames para tirar uma outra habilitação.
Insatisfeito com o descaso do Detran do Rio para a
resolução do problema, Robson decidiu, em janeiro de 2007, proceder aos exames
necessários para retirar uma segunda habilitação no estado de Minas Gerais,
porém não conseguiu, pois foi constatada pelo Detran fluminense a inexistência
do prontuário, o que originou o indeferimento do seu pedido.
Segundo o desembargador José Carlos Paes, relator do
processo, o caso trata de omissão específica, uma vez que o Estado, por omissão
sua, criou a situação propícia para a ocorrência do evento danoso, quando tinha
o dever de agir para impedi-lo. “Responde, assim, objetivamente, a
Administração Pública pelo infortúnio que lhe é imputado pelo autor”, explicou.
Para o magistrado, restaram configurados o sofrimento, as
angústias e as aflições experimentadas pelo autor diante do descaso do réu em
realizar, em prazo razoável, a renovação da sua CNH. “Não há dúvida de que a
via-crúcis percorrida pelo apelado para cumprir os ritos burocráticos do
Detran, somada à transposição do prazo para que o documento fosse renovado sem
resultado positivo, causou-lhe forte aborrecimento, além de frustração pelo
tempo e dinheiro perdidos. É inquestionável que a parte autora deve ser
reparada pelos danos morais sofridos, em virtude da impossibilidade de dirigir
por cerca de seis anos, ficando impedido, também, de desempenhar as atividades
cotidianas das quais necessita qualquer cidadão na sociedade atual, em que
regularmente utiliza-se veículo automotor”, destacou o desembargador. (Proc. Nº
0392111-10.2009.8.19.0001)
DÍVIDA COM INSS PODE ATRAPALHAR
O REPASSE DE VERBAS PARA CAXIAS
Apesar da dramática situação dos moradores de Xerém, que
perderam tudo com as chuvas da semana passada e do empenho do prefeito
Alexandre Cardoso em buscar recursos para uma rápida reconstrução de parte do
quarto distrito do município, a dívida da prefeitura, que não recolhe as
contribuições para o INSS desde maio de 2011, pode atrapalhar os planos do
Ministério da Integração Nacional, que programou uma ajuda inicial de R$ 30
milhões. Pela legislação em vigor, a transferência voluntária de recursos da
União para estados e municípios só pode ser feita se o beneficiário apresentar
certidões de quitação de suas obrigações, o que inclui o recolhimento ao INSS
do que foi descontados de servidores não estatutários, como é o caso dos
contratos eventuais de prestação de serviços e dos ocupantes de cargos
comissionados que não tenham vinculo anterior com a instituição a que prestam serviços.
A legislação em vigo determina que existam apenas dois
tipos de vínculo trabalhista no serviço publico: estatutário/concursado e
celetista/concursado. No primeiro caso, a contribuição deve ser feita para a
autarquia mantida pelo órgão contratante, como o IPMDC em Duque de Caxias. Para
os demais casos, como os ocupantes de cargos de Secretário ou diretor de órgãos
municipais ou estaduais, o regime é o da CLT e a contribuição obrigatória deve
ser recolhida ao INSS.
De acordo com o Ministério da Integração, a prefeitura de
Duque de Caxias está impedida de receber recursos da União por meio de
transferências voluntárias, mesmo em caso de emergência como o vivido pelos
moradores de Xerém, pelo fato de estar inadimplente com o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS) desde 16 de maio de 2011. Segundo o Ministério, este
seria o motivo de o município ainda não ter recebido a verba federal prometida
em 2009, após um temporal devastar o distrito de Campos Elíseos na noite de 11
de novembro daquele ano.
A assessoria do prefeito Alexandre Cardoso informou que
"a atual administração vem analisando todas as inadimplências existentes.
A tarefa está nas mãos do secretário de Fazenda, Heitor Luiz Maciel Pereira,
que vem trabalhando para eliminar as dívidas junto a instituições federais e do
Estado. O objetivo é conseguir receber os repasses da União.
RÁPIDAS
• O DETRAN/RJ tem
um formidável histórico nas páginas policiais da capital fluminense, inclusive
quando contrata uma empresa para a remoção de veículos estacionados em locais
indevidos, como no rumoroso caso envolvendo a venda fraudulenta de veículos
rebocados por funcionários terceirizados da Locanty. Nesse caso, os veículos
levados para um deposito da empresa eram vendidos sem conhecimento do
proprietário.
• Recentemente, um
funcionário do órgão recusou, como prova de residência, um certificado de
propriedade de veículo emitida pelo próprio Detran/RJ. Segundo o atendente
(terceirizado), só uma conta de luz serve como prova de residência para o órgão
que, entre outras coisas, emite carteiras de identidade.
• O blog também
registrou a recusa do servidor do Detran em aceitar a conta de luz em nome do
marido da proprietária de um veículo, comprado em nome dela com financiamento
bancário. Com a quitação da dívida, ela queria a emissão de um documento em seu
nome (proprietária) sem a ressalva da alienação fiduciária, como constava do
documento anterior (à quitação da dívida).
• No próximo dia
20 (Dia de São Sebastião para os Católicos), deverá ser realizada, em algum
ponto de Duque de Caxias, a festa denominada “Encontro das Bandeiras”, que
reunirá as mais antigas Folias de Reis do País, algumas com mais de 150 anos de
fundação, pois se trata de uma manifestação cultural e religiosa, que passa
como herança de pai para filho.
• Surgida em
Portugal durante a ocupação árabe (Mouros), segundo a avaliação do respeitado
folclorista Edson Carneiro emitida em uma palestra no Clube dos Quinhentos
promovida pelo CCC – Centro Caxiense de Cultura – nos “anos de chumbo”. as Folias de Reis revivem a famosa caminhada
dos três Reis Magos em direção a Belém, onde nasceu Jesus Cristo e as suas
“jornadas” prosseguem todas as noites até o dia 6 de janeiro, o “Dia de Reis”
no calendário gregoriano.
• Segundo a
tradição trazida pelos colonos portugueses, as Folias de Reis começam a sua
jornada no dia 24 de dezembro, Noite de Natal, cantando e dançando para quem
lhe abra a porta. Nessas jornadas, eles ganham prendas e dinheiro, que serão
usados na festa do dia 20 de janeiro, onde os diversos grupos da cidade se
encontram para os festejos de encerramento de mais uma jornada.
• Patrocinada no
Brasil colonial pelos fazendeiros, quando deviam defender “as cores da fazenda”
numa disputa de caráter político, as “Folias” não merecem hoje o devido
respeito e apoio do Poder Público, cuja política cultural é patrocinar
“eventos” com cores partidárias, isto é, de gente ligada ao governo do momento.
• Em janeiro de
2005, por exemplo, os grupos de “Folias” ficaram sem transporte para levá-los a
Xerém, onde haveria o “Encontro das Bandeiras”. É que a Secretária de Cultura,
“importada” da Capital pelo prefeito
Washington Reis, simplesmente esqueceu de pedir à Secretaria de Serviços
Públicos uma cota extra de combustível para que o microônibus da Secretaria de
Cultura levasse os diversos grupos até Xerém, onde seria solenemente encerrada
mais uma “jornada”.
• Este ano, além
da troca de comando na Prefeitura e do desastre em Xerém, o “Encontro das
Bandeiras” está ameaçado pelo fato do comando da Secretaria de Cultura ainda
não ter sido preenchido por conta das divergências entre as várias correntes do
PT na disputa pelo controle da Secretaria que, entre outras coisas, será
responsável pelos teatros municipais Armando Melo e Raul Cortez, a Biblioteca
Governador Leonel Brizola, a Casa Brasil de Imbariê, as Bibliotecas dos
Distritos, o já tradicional Forró na Feira, que no governo passado ganhou um
espaço fixo, ao lado da estação ferroviária.
• Como,
oficialmente, o PT/Caxias apoiou a eleição do prefeito, o comando do partido,
com o aval do senador Lindberg Farias, pediu e ganhou o direito de indicar os
secretários de Meio Ambiente e de Cultura. No primeiro caso, a disputa foi
entre oito nomes, prevalecendo a ex-dirigente do Sepe Lauricy Fátima Silva de
Jesus.
• Há oito anos nas
mãos do PT (Governos Washington Reis e Zito), a Secretaria de Meio Ambiente tem,
entre outras tarefas, o poder de fiscalizar a coleta de lixo na cidade,
combater os lixões clandestinos e fiscalizar os areais instalados, legal ou
clandestinamente, nos rios que cortam Pilar, Capivari e Xerém.
• No caso da
coleta de lixo, a Secretaria de Meio Ambiente no Governo Zito foi simplesmente
omissa, deixando de punir a Locanty por transformar Duque de Caxias no maior
lixão da América Latina, com lixo amontoado até nas portas de escolas e postos
de saúde.
• Com relação à
Secretaria de Cultura, a luta pelo seu controle também é grande, até pela
utilização dos dois teatros municipais, que ainda não tem a sua situação
regularizada como instituições públicas.
• O Armando Melo,
criado no primeiro Governo Moacyr do Carmo (1967), até hoje não tem um estatuto
que lhe permita, por exemplo, cobrar ingressos. Tudo tem sido feito de maneira
informal, como se o TEMAM fosse apenas uma sala de aula ou um depósito de
material considerado inservível.
• O mesmo sistema,
a informalidade, foi adotada para o Raul Cortez. Inaugurado em setembro de
2006 (foto), ele ainda não tem registro oficial, sendo mais um brasileiro sem
identidade, sem CPF e sem título de eleitor por falta de certidão de
nascimento.
• Na falta de
consenso no PT para indicar um nome para dirigir a Secretaria de Cultura, o
prefeito Alexandre Cardoso designou a professora Marluce Gomes da Silva,
titular da pasta da Educação, para responder pelo expediente da Cultura e do
Turismo. Com isso, projetos importantes na área cultural do município estão
paralisados.
• Na quarta-feira
(9), um grupo de artistas foi recebido pela secretária interina de Cultura para
apresentar uma cópia do manifesto, entregue durante a campanha eleitoral ao
então candidato Alexandre Cardoso, com as reivindicações dos artistas
caxienses, que temem que o Raul Cortez, com 440 lugares e, por isso, um dos
maiores tetros do Grande Rio, passe a ser utilizado apenas para festinhas de
formatura como ocorria com o extinto Teatro Procópio Ferreira, da Câmara
Municipal.
• Como interina, a
Secretária não poderá dar as diretrizes que a pasta irá seguir no atual
Governo. Enquanto isso, a “guerra intestina” no PT continua para decidir quem
vai comandar a importante Pasta nos próximos quatro anos. Como diria aquele
famoso cartola paulista, “os dardos estão lançados”.
• Seguindo o
exemplo do cantor e compositor Zeca Pagodinho e do ex-vascaíno Diego Souza, que
começou na escolinha do Fluminense mantida em Xerém, o tetracampeão e deputado
estadual Bebeto foi ao quarto distrito do município para levar a sua
contribuição pessoal aos desabrigados pelas chuvas do dia 3. Bebeto foi três vezes
a Xerém, a última na quinta-feira (10), quando chegou com um caminhão cheio de
alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal.
• A meta de Bebeto
agora é conseguir com algum empresário amigo e solidário o empréstimo de uma
retro-escavadeira para ajudar na desobstrução de ruas e valões, para que a
população de Xerém volte a circular pelo bairro com segurança.
• Aposentados e
pensionistas da Prefeitura de Duque de Caxias, que recebem até R$ 4 mil, começam
a receber segunda-feira (14), o
pagamento referente ao mês de dezembro. O anúncio foi feito pelo prefeito
Alexandre Cardoso nesta sexta-feira (11), quando foi pago aos servidores ativo,
com vencimentos líquidos até R$ 4 mil, s os salários de dezembro. No decorrer
da próxima semana, os demais servidores, ativos, aposentados e pensionistas,
deverão receber seus salários e proventos.
• Também na próxima
semana a Secretaria de Fazenda deverá divulgar o calendário de pagamentos dos
servidores municipais para o corrente exercício, uma prática abolida pelo governo
anterior em janeiro de 2012, a partir de quando salários, pensões e proventos
passaram a ser pagos na segunda semana do mês, ao invés de até o 5º dia último
como determina a CLT.
• Depois de negar a responsabilidade da empresa na tragédia
de Xerém, a direção da Cedae voltou atrás, depois que foi encontrado, no último
sábado, o corpo de um servidor da estatal que fazia a manutenção da represa no
rio João Pinto. O rompimento da represa agravou os efeitos da tromba d’água que
desabou na madrugada de quinta-feira (3), levando de roldão casas, pedras e
árvores, deixando centenas de famílias com a roupa do corpo.
• Esta semana, o Diretor
de Produção e Grande Operação da Cedae, Jorge Briard admitiu que a Represa de
João Pinto, uma das cinco que abastecem as chamadas “Linhas Pretas”, foi muito
prejudicada e, por isso, não está em operação. Porém, afirmou que os locais
estão recebendo água de outras estações, como do Guandu. Segundo ele, em
determinados horários, há interrupção do fornecimento para fazer a manobra.
• O Índice de
Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com
renda até 2,5 salários mínimos, fechou 2012 em 6,9%, informou hoje (11) a
Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é superior à média da inflação para todas
as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR),
que ficou em 5,74%.
• A inflação
medida pelo IPC-C1 também foi maior do que a observada em 2011 (5,98%). Os
principais impactos para a inflação de 6,9% de 2012 vieram dos alimentos, que
tiveram alta de 10,13%, e das despesas diversas, que tiveram aumento de preços
de 12,87%.
• As demais
classes de despesas tiveram as seguintes taxas: educação, leitura e recreação
(7,16%), transportes (6,04%), saúde e cuidados pessoais (6,02%), habitação
(4,96%) e vestuário (3,75%). Em dezembro, o IPC-C1 registrou inflação de 0,76%.
• O nível dos
reservatórios das principais usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste
mantiveram-se até quinta (10) em 28,67%, de acordo com um levantamento
divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão de
coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica
no Sistema Interligado Nacional (SIN).
• Houve uma
ligeira elevação em relação ao nível aferido no último dia 6, que era 28,54%,
mas permanece muito abaixo do nível de armazenamento de água para o período,
que há um ano, em janeiro de 2012, por exemplo, era 76,23%.
• O nível mais alto
entre os reservatórios do Sudeste, de acordo com ONS, é o da Usina Mascarenhas de Morais (em
Minas Gerais), no Rio Grande, com 77,04% da sua capacidade de água. A seguir,
vem o reservatório das usinas de Ilha Solteira (entre São Paulo e Mato Grosso
do Sul) e Três Irmãos (em São Paulo), no Rio Paraná, com 53,62%.
• Na Região Sul,
os principais reservatórios das usinas hidrelétricas apresentam níveis bem mais
altos do que nas áreas do Sudeste e Centro-Oeste do país. O reservatório da
Usina de Segredo, no Rio Iguaçu, estado do Paraná, está quase com a capacidade
máxima de água armazenada: 97,32%.
• O ministro
interino do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje (11) que os novos
critérios de repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) “estão em
discussão”. Segundo ele, o depósito de R$ 2,683 bilhões liberado pelo governo
foi feito segundo as regras aplicadas no ano passado.
• “Estamos avaliando (os critérios). Esse
repasse de recursos feito ontem (10) está sob regras do ano passado. Tem várias
regras jurídicas, várias posições sendo analisadas, sobre qual determinação
devemos seguir, qual regra a ser aplicada”, comentou.
• As normas de
transferência seguem sem consenso. Após reclamação de alguns estados, o Supremo
Tribunal Federal (STF) entendeu que as regras para o repasse são
inconstitucionais, e determinou que o Congresso Nacional estabelecesse novos
critérios de partilha até o dia 31 de dezembro do ano passado. Como o Congresso
não aprovou a mudança a tempo. Assunto é polêmico e só será retomado por
deputados e senadores em fevereiro.
• No próximo dia
18, o governo deve fazer o primeiro repasse dos recursos arrecadados em 2013.“A
tendência é seguirmos a interpretação preponderante, apresentada ao então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é seguir a divisão proposta pelo
Tribunal de Contas da União, o TCU. O tribunal entende que o dinheiro pode ser
repartido este ano da mesma forma que no ano passado.
• Os recursos dos
fundos são distribuídos aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, pela
participação na arrecadação de tributos federais, como determina a Constituição.
• O nível de
emprego na construção civil no Brasil apresentou queda de 1,25% em novembro em comparação
a outubro de 2012. O percentual representou o fechamento de 42,7 mil vagas em
todo o país, informou hoje (11) o Sindicato da Indústria da Construção Civil do
Estado de São Paulo (SindusCon). Só no estado de São Paulo, foram fechadas 8,5
mil vagas em novembro. Os dados referentes a dezembro ainda não foram
contabilizados pelo sindicato.
• Entre janeiro e
novembro de 2012, o número de contratações no setor cresceu 6,22% em relação ao
mesmo período do ano anterior, com a criação de 197,5 mil vagas. Com este
acréscimo, os empregos formais na construção civil em todo o país somaram 3,371
milhões até novembro do ano passado.
• Do total de
trabalhadores com carteira assinada, metade estava empregada na Região Sudeste
do país (1,695 milhão de empregados). Só no estado de São Paulo, as empresas de
construção civil somaram 850,5 mil empregados formais até novembro do ano
passado.
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