GAROTINHO: "NÃO RETIRO UMA
SÓ PALAVRA DO QUE DISSE"
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) reforçou nesta
quinta-feira, (9) em plenário, as acusações que levaram ao cancelamento da
votação da MP dos Portos, na noite de quarta-feira (8). Ele iniciou o discurso
dizendo que segue líder do PR, ao contrário do que havia sido dito mais cedo.
"Quem escolhe o líder do PR é a bancada do PR",
disse o deputado, que levou à interrupção da votação depois de dizer que
"há negócios" envolvidos na tentativa de alterar a MP dos Portos. A
interrupção do processo acabou sendo vantajosa para o Palácio do Planalto.
"Se o meu discurso é falso, se é infundado, se é
leviano, por que a votação não prosseguiu? Não pedi que ninguém deixasse de
votar, fiz apenas um discurso, que está garantido a todos os
parlamentares", discursou o deputado, que descreveu a emenda aglutinativa
apresentada pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), como "emenda Tio
Patinhas". A emenda propunha uma série de alterações na MP apresentada
pelo Palácio do Planalto.
Nesta quinta-feira, Garotinho disse que não detalhou suas
denúncias ontem(8) por respeito ao parlamento. "Mas acho que as denúncias
que tenho precisam ser apuradas", defendeu, acrescentando que pretende
detalhar o que disse se os colegas decidirem abrir um processo no Conselho de
Ética para apurar a questão.
"O melhor para o Brasil foi não ter sido votada
aquela coisa grotesca chamada emenda aglutinativa, que não aglutina nada",
reforçou o deputado. "Se pensam que vão me intimidar, não vão. O que eu
falei ontem está mantido", concluiu.
Principal afetado pela denúncia, Eduardo Cunha disse na
manhã desta quinta-feira que vai pedir ao presidente do seu partido, o senador
Valdir Raupp (RO), que entre com um pedido de abertura de processo de cassação
contra Garotinho (RJ). Além disso, Cunha informou que pretende pedir ao
Conselho de Ética da Câmara que avalie se houve quebra de decoro parlamentar do
colega com as declarações. (Fonte: Brasil/247)
SEM ESTÁDIO PARA A COPA,
GOVERNO ESQUECE CAXIAS
Embora eleito com os votos do antigo Estado do Rio, o
governador Sérgio Cabral, que não sai da ponte aérea Leblon-Paris, continua
olhando com desdém os moradores do além Meriti, isto é, uma região que, não
tendo estádios para a Copa do Mundo, está descartada de qualquer pacote de
obras que saia dos Palácio Guanabara.
Iniciadas em 2004 (Governo Rosinha Garotinho), seguem a
passos de cágado preguiçoso as obras de duplicação da Av. Governador Leonel
Brizola, antiga Av. Presidente Kennedy, um trecho de pouco mais de 15km da
velha Estrada Rio-Petrópolis, inaugurada pelo presidente Washington Luís em
1928 e que liga Duque de Caxias, na passagem pelo Lote XV, aos vizinhos Belford
Roxo, São João de Meriti e Nova Iguaçu.
No dia 5 de novembro de 2012, já como prefeito eleito,
Alexandre Cardoso recebeu no auditório do SESI/Caxias, para uma entrevista
coletiva, o vice Luiz Fernando Pezão, a Secretária estadual de Ambiente,
Marilene Ramos, e o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem
(DER-RJ), Henrique Ribeiro,
que falaram dos projeto do Governo do Estados voltados para o município que é o
terceiro colégio eleitoral do Estado.
No que diz respeito às obras da antiga Rio-Petrópolis, o
presidente do DER+RJ afirmou que o órgão tiveram vários problemas com essa
obra, inclusive o afastamento de empreiteiras, mas que esperava concluí-las em
março de 2013. Em abril último, o DER distribuiu um noticiário informando que
as obras seriam concluídas até o final de maio.
Na realidade, a antiga Av. Presidente Kennedy ainda tem muitas
obras inconclusas, desde buracos na pista já reconstruída até demolição deum
prédio ao lado do viaduto do Centenário, que avançou sobre a pista e foi objeto
de uma ação de integração de posse deferida pela Justiça, mas que voltou a ser
invadido por falta de cuidados do DER.
Não custa lembrar que a Estrada Rio-Petrópolis, a
primeira do país a ter pista e concreto-asfalto (o Brasil não produzia asfalto
a base de petróleo), foi construída entre 1926 e 1928, tinha 67km de extensão,
diversas pontes sobre rios e valas da região, tunes na chegada a Petrópolis e
as escavações eram feitas com picaretas e o transporte em carroças puxadas por
mulas (Foto: Acervo do Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias).
Depois que os antigos moradores se mudaram, o prédio foi invadiro, o ue exige nova ação na Justiça
INVASORES DA CIDADE DOS MENINOS
ENTRAM NO MINHA CASA, MINHA VIDA
Moradores da ocupação Santa Isabel, em área da Cidade dos
Meninos, no segundo distrito de Duque de Caxias, ganharão novas casas. O
anúncio foi feito pelo prefeito Alexandre Cardoso, nesta quinta-feira (9),
durante operação da Polícia Federal para reintegração do terreno da União, onde
foram construídos imóveis irregularmente. O assentamento possui 80 moradias e
fica a cerca de um quilômetro da entrada principal da área que
abrigou até 1955 uma fábrica de um pesticida utilizado no combate ao mosquito
causador da Malária. Com a desativação da fábrica, que funcionava ao lado do
Abrigo do Cristo Redentor, que chegou a ter cerca de um mil crianças e jovens,
foram deixados no local e a céu aberto toneladas do pesticida CHC, também
utilizado para combater a broca do café. A área do abrigo, vinculado à extinta
LBA, equivale a 2.000 campos de futebol e corresponde ao dobro da área do
município de Nilópolis;
Os moradores da ocupação estão sendo cadastrados no
programa Minha Casa, Minha Vida e segundo o prefeito, já possuem moradias
garantidas, pois os que aceitarem deixar o local receberão apartamentos no
Condomínio Bozzano, que está em fase de conclusão no bairro Nossa Senhora do
Carmo, próximo à estação ferroviária de Gramacho. Os imóveis deverão ser
entregues em até 60 dias, prazo dado aos moradores para deixar suas
residências.
“O Ministério da Saúde vem monitorando a área, que pode
estar contaminada e produzir doenças. Não somos insensíveis ao ponto de
derrubar as casas construídas e não oferecer alternativas. Vamos oferecer casas
para todos. Quem tiver alicerce vai ter direito a casa. Mas peço que não
coloquem mais um tijolo. Minha vinda aqui é para tranquilizar, não haverá
arbitrariedade no processo”, garantiu Alexandre Cardoso.
O prefeito Alexandre Cardoso convidou os moradores para
visitarem, neste sábado (11), os apartamentos oferecidos. De acordo com a
presidente da Associação de Moradores do conjunto, Cristina Almeida dos Santos,
o processo de assentamento foi iniciado em setembro de 2012 entretanto em
nenhum momento, a comunidade soube de que se tratava de uma área passível de
contaminação.
DESABRIGADOS DE XEREM
GANHAM NOVAS GELADEIRAS
A prefeitura e a Light começaram a entregar 285 geladeiras
ao sem tetos de Xerém, no quarto distrito de Duque de Caxias, vítimas do
temporal que estruiu suas casas na madrugada do dia 3 de janeiro. Acompanhado
do vice governador Liz Fernando Pezão, dos deputados Dica (PSD) e Áureo (PRTB),
secretários e vereadores, o prefeito Alexandre Cardoso entregou as primeiras 10
geladeiras para os moradores que perderam suas casas e, por isso, foram incluídas
no programa social do Governo Federal de incentivar a substituição dos eletrodomésticos
de grande consumo de energia por ouros mais econômicos. E as empresas de
energia elétricas foram encarregadas de fazer a substituição nas residências de
consumidores de baixa renda.
“Quando precisávamos
de iluminação recorríamos a empresa, e ela imediatamente providenciava. Foi um
grande trabalho em conjunto, inclusive com os governos federal e estadual que
não mediram esforços para ajudar nesta tarefa. Retiramos mais de 600 caminhões
com volumosos e mais de dois mil caminhões com terra”, revelou o prefeito
Durante a solenidade, Alexandre Cardoso anunciou o início
da construção da nova ponte que ligará Xerém a localidade do Café Torrado, como
também a urbanização da Avenida Beira- Rio.
“Tudo isso está acontecendo porque encontramos na
presidente Dilma Rousseff e no governador Sérgio Cabral parceiros para a
recuperação do quarto distrito”, disse.
O vice- governador Pezão afirmou que a Light tem se
mostrado uma parceira de todos os momentos e nas ações desenvolvidas pelo
governo estadual. “É com muito orgulho que estou em Xerém vendo a recuperação desta
área de Duque de Caxias. É preciso destacar o trabalho que Alexandre Cardoso
vem fazendo na cidade. Em plena crise, quando Xerém foi destruída, ele se
mostrou um grande gestor”, destacou.
Na avaliação do presidente da concessionária, Paulo
Pinto, a entrega dos refrigeradores é um momento de grande emoção e uma
oportunidade da Light melhorar a qualidade de vida dos moradores.
“Queremos fortalecer esta parceria não só com o governo
do estado, mas também com a prefeitura de Duque de Caxias. Vamos entregar 286
geladeiras de qualidade para as pessoas afetadas pelo temporal”, diz. (Fotos: Rafael
Barreto).
RÁPIDAS
• A cerimônia da entrega das primeiras
geladeiras ás vítimas do temporal que castigou os moradores de Xerém, no quarto
distrito de Duque de Caxias, serviu para o desabafo de quem perdeu tudo, menos
a esperança de reconstruir sua vida e sua casa.
• Moradora de Xerém há 42 anos, a aposentada
Ana Zilda Vieira Guedes, 62 anos, se disse surpresa ao ser informada que iria
ser uma das contempladas com o eletrodoméstico. “Não acreditei quando o pessoal
da
Light chegou na minha casa dizendo que eu receberia a
geladeira. Para mim foi uma alegria. Afinal, no temporal eu perdi tudo aquilo
que levei tantos anos construindo”, conta.
• “Nunca tinha visto
uma chuva como aquela nestes anos todos que moro no quarto distrito. De uma
hora para outra vi minha casa ser invadida por uma lama misturada com esgoto.
Foi um desespero, porque também as casas de meus filhos ficaram alagadas pela
mesma lama. Felizmente todos da minha família estão vivos e podemos recomeçar
nossas vidas. Passei 21 dias fora de casa, contei com a ajuda dos vizinhos para limpar e pintar a casa, e aos poucos estamos nos
recuperando”, revelou.
• O Tribunal de Contas do Estado condenou, em
novo processo, a ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino a devolver o que pagou a
mais num processo para compra de gêneros alimentícios não perecíveis, visando
abastecer as unidades de saúde, no total de R$ 623.467,20. A empresa contratada
no dia 3 de abril de 2006 foi a Home Work Comércio e os técnicos do TCE também constataram
sobrepreço nos produtos adquiridos.
• Uma liminar pedida pelo Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obrigou a empresa B2W - Companhia Global do
Varejo, responsável pelo site Americanas.com, a dar troco nas compras feitas
com vale presente em valor superior ao preço da mercadoria. A medida prevê que
a empresa retire de seu site e de qualquer peça publicitária a mensagem que
informava não haver devolução. Caso descumpra a liminar, deverá pagar multa de
R$ 10 mil por episódio de descumprimento.
• Em 2011, o promotor de Justiça Carlos
Andresano Moreira, da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor,
instaurou inquérito para apurar a prática que vinha sendo feita pela empresa.
As investigações comprovaram que se o valor do produto adquirido fosse inferior
ao vale presente, o cliente não recebia o troco, nem podia utilizar o crédito
remanescente para comprar outros produtos.
• De acordo com a decisão da Justiça, que
deferiu a liminar, "verifica-se que a ré infringe os artigos 6º, IV e 39,
V da Lei 8.078/90, ao impor aos seus clientes obrigações abusivas, da qual
decorrem, para ela, vantagens manifestamente excessivas. Com efeito, a referida
prática acaba por acarretar um enriquecimento ilícito da empresa fornecedora de
produtos/serviços, causando evidente lesão aos direitos dos consumidores".
• A empresa tem até dez dias para começar a cumprir a
liminar. O número do processo no Tribunal de Justiça do Rio é
0068888-62.2013.8.19.0001.
• A partir de agora, mulheres que querem
engravidar mas dependem da doação de óvulos só poderão receber o material
genético até os 50 anos de idade. A regra começou a valer nesta quinta (9),
quando a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre reprodução
assistida foi publicada no Diário
Oficial da União. A resolução preenche a lacuna de não existir, no
Brasil, uma legislação que regulamente a prática da reprodução assistida.
• Antes não havia um limite de idade
estabelecido. A regra é uma das novidades da terceira versão das normas que
regulamentam o procedimento. A primeira norma foi estabelecida em 1992 e
revisada, apenas uma vez, em 2010. A comissão de especialistas, que reúne
ginecologistas e geneticistas, se debruçou nos últimos 12 meses para atualizar
o documento a partir de experiências que vem sendo observadas pelos médicos.
• “É comprovado que a
idade reprodutiva da mulher é até os 45 anos. Elevamos para 48 anos e depois de
uma discussão exaustiva chegamos aos 50 anos. A partir daí existem riscos para
a mulher e para a criança", explicou José Hiran Gallo, coordenador da
Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM. Após os 50 anos, aumentam os
casos de hipertensão na gravidez e diabetes. A gestação nessa idade ainda pode
provocar, para a criança, nascimento abaixo do peso e o parto pré-maturo.
• Apesar da definição, os especialistas
reconhecem que podem surgir casos em que a regra poderá ser flexionada.
"Da mesma forma que, em alguns casos, o médico pode decidir não fazer o
procedimento em mulheres mais novas, por considerar que não terão condições de gerar,
ele pode também flexionar em casos de mulheres acima de 50 anos, se considerar
que elas teriam condições de engravidar", explicou Carlos Vital,
vice-presidente do CFM.
• A idade para doação do óvulo também ficou
limitada nos casos de doação compartilhada, ou seja, quando uma mulher que está
tentando engravidar doa parte dos seus óvulos para uma mulher mais velha, que
não produz mais óvulos, em troca do custeio de parte do tratamento. Os médicos
decidiram que a idade máxima para a doação é 35 anos para as mulheres e de 50
para homem que se dispõem a doar sêmen.
• De acordo com especialistas na área, a
probabilidade de uma mulher acima de 40 anos engravidar é quase 10%, enquanto
que, até os 35 anos, as chances são superiores a 40%. Considerando esses
cenários, a limitação reduz as chances da gestação múltipla, ou seja, de mais
de um filho, o que poderia significar risco para mulheres mais velhas.
• "Existe uma demanda muito grande de
mulheres de mais de 45 anos ou mulheres mais jovens que não produzem óvulos.
Tem mais de 5 mil mulheres aguardando um procedimento como a reprodução
assistida, apenas no serviço público de saúde de Brasília", disse Amaral.
• O custo do procedimento completo varia entre
R$ 15 mil e R$ 20 mil. No sistema público de saúde, o procedimento é feito em
apenas cinco unidades da federação. Além do Distrito Federal, a reprodução é
feita em hospitais públicos de Goiânia, Natal, Recife e em dois hospitais de
São Paulo.
• De acordo com a SBRA, menos de 5% das
fertilizações in vitro são
feitas gratuitamente no país. "Tem algumas situações em clínicas que fazem
hoje a doação compartilhada, em que a doadora não paga nada e a receptora
decide pagar todo o tratamento", disse. A receptora que arca com parte ou
o total dos custos do tratamento assume o risco de não poder receber o
material, caso a produção seja inferior.
• De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de
Reprodução Assistida (SBRA), Adelino Amaral, a qualidade dos óvulos doados até
essa idade é maior e, com isso, as chances da receptora engravidar aumentam. • "A partir dos 35 anos, a qualidade do óvulo diminui e o risco de doenças
genéticas aumenta", explicou.
• O número de óvulos e embriões também vai considerar
apenas a idade da mulher que está doando. Ou seja, a receptora pode receber até
quatro ovócitos (células germinativas femininas) e embriões transferidos,
considerando que, mulheres com até 35 anos, recebem até dois embriões, as
receptoras com idade entre 36 e 39 anos podem receber até três embriões e as
mulheres entre 40 e 50 anos recebem o máximo permitido de até quatro embriões.
• Nos casos de doação compartilhada, as clínicas são
obrigadas a guardar sigilo sobre a doadora, mas fornecem todos os tipos de
informações como estatura, cor dos olhos e dos cabelos, peso, até a
escolaridade da doadora, para tentar aproximar aparência física e
compatibilidades como a de sangue, evitando problemas no futuro.
• O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), encaminhou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a
Corte não pode interferir no regime de dedução de gastos do Imposto de Renda
(IR). As informações fazem parte de uma ação de inconstitucionalidade na qual a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede o fim do limite de dedução para gastos
com educação
• Os advogados do Senado argumentam que,
segundo a Constituição Federal, qualquer redução no recolhimento de impostos só
pode ser estipulada por lei federal, estadual ou municipal. “A imposição ou não
de limites na dedução dos gastos com educação no IR compete exclusivamente ao Parlamento,
que poderia até mesmo excluir as despesas com educação de qualquer dedução do
IR”.
• O documento destaca decisões anteriores do
STF admitindo que a Corte não pode tratar desse tipo de assunto. “Como
consequência, admitir a presente ação é transferir para o Supremo Tribunal
Federal competência exclusiva do Congresso”, concluem os advogados.
• Na semana passada, a Advocacia-Geral da União
(AGU) também apresentou informações no mesmo processo. Segundo o órgão, caso o
STF aprove o pedido da OAB, tornando a dedução com educação ilimitada, o
governo federal vai deixar de arrecadar R$ 50 bilhões por ano. A AGU argumenta
que o fim do limite causaria "desfalque de ingentes recursos, inclusive
para a prestação de ampla e adequada educação pública."
• Segundo a Constituição, elaborada pelos parlamentares
que integram a Assembleia Nacional Constituintes e promulgada em outubro de
1988, uma das missões do Supremo Tribunal Federal é zelar pelo fiel cumprimento
da Lei e da própria Constituição por parte do cidadão comum e das intuições do Estado,
como é o caso do Senado e da Câmara, que foram o Poder Legislativo.
• O que a OAB pede é que o Supremo determine à
Receita Federal que cumpra a Constituição no que diz respeito à obrigação da
família e do Estado garantir a todo cidadão o direito à Educação. Ao limiar,
sem autorização legal, o valor a ser deduzido da Declaração do Imposto de Renda
das pessoas físicas, a Receita está indo além do que lhe permite o Código
Tributário.
• Assim, quem está afrontando a Lei e a Constituição
é a Receita Federal, que substitui o Congresso Nacional e legisla sobre tributação
através de simples Resolução, que não tem a fora da lei para impedir que o
contribuinte desconte, integralmente, o que investiu em Educação, seja em proveito
próprio, ou de filhos e dependentes legais.
• A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF)
Cármen Lúcia reconheceu hoje (8) que a União deve indenizar a massa falida da
empresa aérea Varig em pelo menos R$ 3,05 bilhões. A ministra entendeu que o
congelamento de preços imposto pelo governo para conter a inflação, durante o
período de 1985 a 1992, causou prejuízos à então concessionária de serviço de
transporte aéreo e que esses danos precisam ser ressarcidos.
• A ministra é relatora de três recursos
relativos a decisões de instâncias inferiores que concederam o direito à Varig
- o caso tramita na Justiça há 20 anos. O julgamento iniciado nesta quinta (9)
no Supremo foi suspenso, logo após o voto de Cármen Lúcia, por pedido de vista
do presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. Ele informou que pretende devolver
o caso em breve, mas não estipulou data para que isso ocorra.
• Em seu voto, Cármen Lúcia disse conhecer
precedentes do STF que não reconhecem responsabilidade civil por atos da
administração pública executados legalmente, mas informou que ainda assim vê o
direito à indenização. “É inconteste que o Estado deve ser responsabilizado por
atos lícitos quando dele decorrerem prejuízos ao concessionário em condição que
o desiguala dos demais”, argumentou a ministra.
• A Varig alega que o congelamento de preços
imposto pelo governo dilapidou o patrimônio da empresa e pede indenização de R$
6 bilhões. O valor seria usado para pagar dívidas trabalhistas e
previdenciárias de ex-funcionários e integrantes do fundo de pensão Aerus,
patrocinado pela empresa. Para o Aerus, a indenização em valores atualizados é
R$ 7,2 bilhões.
• Cármen Lúcia disse que a situação está
impedindo o cumprimento de compromissos firmados pela Varig e pela Aerus com
funcionários, aposentados e pensionistas e que “pela delonga dessa ação, eles estão
pagando com a própria vida”. A falência da Varig foi decretada em 2010.
• Representantes da Igreja
de Bruxaria e Wicca do Brasil entraram nesta quarta (8) com um mandado de
segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da composição
atual da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Eles alegam que
a atual formação é ilegal, pois não respeita o princípio da proporcionalidade
entre os partidos.
• De acordo com os três signatários – que não
mencionam a religião a que pertencem e se identificam apenas como eleitores – o
PSC deveria ter apenas um integrante na comissão, mas devido a acordos
partidários, ficou com oito dos 18 postos possíveis. O grupo acredita que o
princípio da proporção deve ser respeitado porque é previsto na Constituição e
no Regimento Interno da Câmara
• “Seria um total descalabro permitir essa
deturpação absurda, na ordem de grandeza de dar a um só partido peso mais de
dez vezes maior do que sua opinião teria que ter em quaisquer decisões da Casa
do povo”, diz trecho do mandado de segurança.
• Os integrantes da Igreja de Bruxaria e Wicca
do Brasil argumentam que as negociações sobre proporcionalidade nas comissões
não podem ocorrer “a bel prazer dos partidos” e citam como exemplo de prejuízo
do monopólio do PSC a discussão sobre a cura gay. “O povo brasileiro, cada cidadão que vota, tem o direito de
ver o tema discutido por uma comissão em que o PSC tenha só uma vaga e não
oito”.
• O mandado de segurança pede decisão liminar
para anular a nomeação dos integrantes da comissão e todos os atos posteriores
do grupo desde sua instalação, alegando que há vício na composição desde a
origem.
• O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje
(9) que o governo não concorda com as mudanças à proposta que unifica as
alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
aprovadas pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O ministro
considerou as modificações “desequilibradas” e disse que o governo irá atuar
para derrubar o parecer aprovado na CAE.
• “Aquilo
que resultou no Senado foi um projeto desequilibrado. Esse projeto nós não
apoiamos e, se não houver mudanças nos próximos dias, não vamos viabilizar a
sua aprovação”, enfatizou Mantega. Para ele, a proposta enviada pelo governo
“equilibrava o interesse de vários estados”.
• “O
ICMS é uma questão federativa, de 26 estados e do Distrito Federal, e não pode
haver prejuízo para esse ou aquele estado. É preciso que todos sintam-se
confortáveis e todos ganhem com as mudanças”, ponderou.
• O parecer do relator Delcídio Amaral (PT-MS), aprovado
esta semana pela comissão, prevê a redução progressiva do ICMS nas vendas de
produtos industrializados de 12% para 7% aos estados do Norte,
• Nordeste, Centro-Oeste e no Espírito Santo; e
7% para 4% aos estados do Sul e Sudeste. A Zona Franca de Manaus teve o
percentual mantido em 12%. A proposta original do governo era unificar o
percentual em 4%.
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