A CANDIDATURA DE
JOAQUIM
BARBOSA TIRA O SONO
DO PT
Ao invés de
aplaudir a decisão do ministro Joaquim Barbosa, de sacrificar o feriado do dia
15 de novembro para descansar, ao invés de expedir as primeiras cartas de
sentença os condenados no processo do mensalão, os petistas estão furiosos e
buscando, a todo o custo, uma brecha legal para expulsar o ministro do seu
postos de presidente do Supremo Tribunal Federal.
Eles não perdoam as cenas
exibidas para todo o mundo do ex ministro da Casal Civil, José Dirceu, e do
deputado José Genoíno, ex presidente do PT, chegando na sede da
Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, muito menos as notícias de
que ambos passaram a primeira noite na prisão da Papuda, até que o Juiz da Vara
das Execuções Penais, responsável pelo destino dos condenados, decidissem como
e onde iriam cumprir as penas que, inicialmente, serão em regime de semiaberto,
em que os condenados passam a noite na prisão, mas podem sair durante o dia
para trabalhar ou estudar, desde que devidamente justificada e aceita a medida
pelo Juiz da Vara de Execuções Penais.
Para a experiente e
respeitada colunista Dora Kramer, do Estado de São Paulo, mais do que se
ofendidos com a decisão do ministro de mandar para a cadeia a cúpula dirigente
do PT, o que temem os seguidores de Zé Dirceu e demais companheiros é a
possibilidade real do ministro Joaquim Barbosa se afastar do Supremo e aceitar
ser candidatos em 2014. Como integrante do Judiciário, Barbosa tem um prazo
maior para se afastar do caro e se inscrever em qualquer partido que o aceite.
E o deputado Romário, presidente do diretório regional do PSB, já formalizou o
convite para que o relator do mensalão dispute as eleições de 2014, podendo
escolher entre ser candidato a governador, senador e até deputado federal.
Dá para imaginar os
estragos políticos da presença de Joaquim Barbosa no horário eleitoral
gratuito, explicando, didaticamente, com o mensalão foi criado e administrado
pelas figuras de maior destaque do PT nacional.
Para Kramer, “pelo tom, exacerbado
e sem efeito prático porque é conduzida a campanha contra o presidente do STF,
indicado por Lula, a impressão é a de que o PT está mais preocupado com a
possibilidade de Joaquim Barbosa entrar na política - sejamos claros, decidir
se candidatar a presidente, governador ou senador - do que propriamente com o
encaminhamento dos trâmites para a execução das penas dos companheiros”.
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