MP ITALIANO É FAVORÁVEL À
EXTRADIÇÃO DE PIZZOLATO
O Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição
ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. A manifestação
foi enviada no dia 11 deste mês ao Tribunal de Apelação de Bolonha, que vai
julgar o pedido do governo brasileiro. A informação foi confirmada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e
peculato na Ação Penal 470, Henrique Pizzolato estava foragido desde novembro
de 2013 e foi preso em fevereiro, em Maranello, na Itália.
O pedido de extradição foi elaborado pela PGR e entregue ao governo
italiano pelo Ministério das Relações Exteriores. No entendimento da
procuradoria, mesmo tendo cidadania italiana, Pizzolato pode ser extraditado
para o Brasil. “O tratado de extradição firmado em 1989 entre Brasil e Itália
não veda totalmente a extradição de italianos para o Brasil, uma vez que cria
apenas uma hipótese de recusa facultativa da entrega. O Código Penal, o Código
de Processo Penal e a Constituição italiana admitem a extradição de nacionais,
desde que expressamente prevista nas convenções internacionais”, diz a PGR.
Na semana passada, o Ministério Público da Itália pediu que o governo
brasileiro esclareça se os presídios do país têm condições de receber
Pizzolato, caso ele seja extraditado.
Com base no pedido de informações, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a indicação de
um presídio localizado no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Distrito
Federal. (André Richter –Agência Brasil)
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