domingo, 4 de janeiro de 2015

ATÉ MARÇO GOVERNO RETOMARÁ
AS OBRAS NA FAVELA DO LIXÃO 
Iniciadas em janeiro de 1999, primeiro ano do Governo de Anthony Garotinho, as obras de urbanização da Favela do Lixão e a construção de um conjunto residência na Av. Dr. Manoel Teles, ao lado do valão dos Caboclos e entrada da Vila Ideal, a poucos metros da Praça do Pacificador, deveriam ser entregues até o final de 2000.
O conjunto da Vila Ideal faz parte do PAC 1
Passados 14 anos, as 173 famílias, que tiveram seus barracos derrubados para as obras de urbanização da antiga Favela do Lixão, rebatizada de Vila Nova, continuam recebendo aluguel social, enquanto as verbas liberadas para as obras foram desviadas através de contratos mal feitos com as diversas empreiteiras encarregadas da reurbanização da favela,.que virou cartão postal negativo da cidade, a começar pela enorme lagoa de contenção de esgotos, aberta ao lado da Linha Vermelha e do canal dos Caboclos, importante via de navegação no período imperial, pois era através desse canal que as famílias que viviam na região iam, de barco, assistir às missas na antiga Igreja de São João Batista de Trairaponga, hoje consagrada a Santa Terezinha, no atual bairro de Parque Lafaiete, conforme registro no Blog Histórias e Documentos (http://historiasemonumentos.blogspot.com.br/)
O Canal dos Caboclos era navegável
no tempo do Império
Nas eleições de 2008, o ex presidente Lula participou de um comício na Praça do Pacificador, ao lado do então prefeito Washington Reis, quando garantiu que as 173 unidades do conjunto da Vila Ideal seriam entregues até o final daquele ano. Ocorre que nem Washington Reis ganhou a reeleição, nem seu sucessor, o prefeito Zito, que substituiu a empreiteira Delta por uma outra empresa, com sede em Minas Gerais, conseguiu concluir as obras de urbanização da antiga favela, muito menos o conjunto que iria abrigar as famílias que tiveram seus barracos derrubados para a abertura de ruas e construção de áreas de lazer dentro da favela, que surgiu sobre um antigo lixão, onde era depositado todo o lixo recolhido no Município até a inauguração do vazadouro da Comlurb, no Jardim Gramacho, no Governo de Negrão de Lima.
Procurado para falar sobre a situação das obras de urbanização da Favela do Lixão, o prefeito Alexandre Cardoso garantiu que, até e março será feita nova licitação para a conclusão das obras, iniciadas em 1999.
Ele anunciou, também, que a Caixa Econômica Federal, interveniente no projeto, já concluiu uma completa auditoria sobre a execução parcial das obras e o relatório final, com a indicação dos responsáveis pelos desvios, já foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que deverá ajuizar ação civil pública contra as  empreiteiras envolvidas e os ex prefeitos Washington Reis e Zito pelos prejuízos causados ao cofres públicos por falhas de gestão do projeto de urbanização da antiga Favela do Lixão.


►LEVY, O BREVE
O “chega p’rá lá” que a presidente Dilma Rousseff aplicou, por telefone, no ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, após ele anunciar o envio ao Congresso de um projeto estabelecendo novas regras para a fixação do salário mínimo, foi um claro sinal de que a Economia continuará a ser comandada pessoalmente pela presidente da República, economista bissexta formada pela Unicamp, como no seu primeiro mandato.
A reação de Dilma, que desautorizou o ministro que ela escolheu para comandar o Planejamento -  aceitando´a sugestão de Lula de dar uma satisfação ao “mercado” quanto às novas diretrizes da economia -
revel a sua postura autoritária, que não admite ser contrariada por nenhum de seus auxiliares, mesmo quando eles levantam uma discussão sobre um tema crucial para o governo: a valorização do salário mínimo.
O embate entre Dilma e sua equipe econômica foi capa da revisa Veja em sua edição que circulou no fim se semana.
Ocorre que a atual legislação perde seus efeitos em 2015 e, nada mais natural que o governo se apresse em dizer o que pretende fazer para cobrir esse vácuo legal, isto é, não temos no momento, nenhuma diretriz de como vai ser calculado o salário mínimo para o período 2016-2019.
Assim, torna-se claro que os comentários surgidos na Mídia, logo depois de anunciado o triunvirato que comandaria a Economia no segundo mandato de Dilma, em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy ganhou um subtítulo: o Breve. Era uma aposta de que a nova equipe econômica assumia com prazo de validade pré fixado, com o único propósito de adotar “medidas duras” para controlar a inflação, reorganizar as contas públicas e preparar o governo para as eleições de 2018.
Não foi por mero acaso que o ministro da Casa Civil lançou esta semana a candidatura de Lula para 2018. Pelo visto, o PT já deu a largada para manter o Poder por mais 8 anos. Isto é, o Governo seguirá no palanque até 2018.

►DILMA, A ESCAPISTA, SEGUNDO A OPOSIÇÃO
O discurso feito pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) na cerimônia de posse no Congresso Nacional foi criticado como "pouco confiável" e "sem substância" por lideranças de oposição ao governo federal.
Segundo registrou a Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (2), ao dizer que defenderá a Petrobras de "predadores internos e de inimigos externos", a petista adotou um discurso "escapista", sem reconhecer que sua administração tem também responsabilidade pelo escândalo na empresa estatal.
"A frase é demagógica, da boca para fora. Não existem inimigos internos ou externos da Petrobras, mas corruptos indicados pelo PT", criticou o presidente nacional do DEM, Agripino Maia. "Dá um tom de insinceridade ao discurso dela", acrescentou.
Para o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, os verdadeiros inimigos da empresa estatal são a atual presidente e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antônio Imbassahy 
"Não há inimigo externo. Não vejo nenhuma potência externa querendo prejudicar a Petrobras. Não existem piores inimigos que Dilma, Lula e a gangue", criticou.
Na avaliação do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), ao culpar "predadores internos" pelo escândalo de corrupção, a presidente "finge esquecer" que participou de decisões da empresa estatal – a petista fez parte do Conselho de Administração da empresa no governo Lula.
"Parece patológico a presidente agora falar em corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades relevantes nos últimos doze anos da empresa estatal", criticou, por meio de nota.
Para o líder tucano, a sociedade assistiu à posse de uma presidente "desacreditada", "desorientada" e "sem foco". "Nem ela mesma acredita naquilo que diz, como indicou a leitura sem entusiasmo de um discurso artificial e carente de conteúdo", criticou.

►FALTA SINCERICÍDIO NO DISCURSO
O discurso feito pela presidente de que a área da educação será a prioridade de seu novo mandato também foi visto com ressalvas por dirigentes oposicionistas.  Na avaliação de Agripino Maia, a defesa feita pela petista é tardia e deveria ter sido encampada antes, nos últimos quatro anos.
"Por que ela não fez antes? A presidente faz uma avaliação como se tivesse assumido agora o governo federal. É um elenco de enunciados de intenção", criticou.
Para Alberto Goldman, a petista deveria ter detalhado melhor o que pretende fazer para melhorar a qualidade do ensino público no país. "
"É preciso dizer como fazer e o que fazer, não basta dizer que a educação é essencial. As frases assim caem no vazio, não dão impacto, porque não têm substância. É um governo perdido", observou.
Segundo Imbassahy, o discurso de Dilma na posse é "ambíguo" e "dissonante" da realidade do país. "Quem ainda tinha esperança em um suposto governo novo certamente teve a sua definitiva frustração", afirmou

►DEMITIDA POR PRESSÃO DO PT
A executiva demitida do Banco Santander após divulgação de uma mensagem eletrônica em que alertava clientes de alta renda sobre os “riscos da reeleição” da presidente Dilma entrou com ação na Justiça do Trabalho contra a instituição financeira. No processo, Sinara Polycarpo Figueiredo nega ligação com o email cuja autoria é atribuída a ela, diz ter sofrido perseguição do PT, pede o emprego de volta e uma indenização milionária por danos morais e materiais. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem de Fausto Macedo, Sinara cobra indenização de 200 vezes o valor de sua remuneração mensal, que era de cerca de R$ 50 mil, já acrescidos os bônus. O que daria algo em torno de R$ 10 milhões.
Sinara perdeu o emprego no final de julho, após a polêmica de uma correspondência enviada eletronicamente a clientes do Santander com renda superior a R$ 10 mil. Conforme o texto, a eventual reeleição da presidente pioraria o quadro econômico no país. O caso ganhou grande repercussão e suscitou críticas de Dilma, do ex-presidente Lula e de aliados. Segundo a mensagem impressa na última página do extrato de clientes da categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil, a subida de Dilma nas pesquisas de intenção de voto traria elevação dos juros e na cotação do dólar e queda na Bolsa.
De imediato, o presidente mundial do Santander, o espanhol Emilio Botín, que morreu em setembro, desculpou-se publicamente com a petista. Três funcionários foram demitidos, sob a alegação de que cometeram um “erro” com a divulgação do boletim, considerado pelos integrantes da campanha de Dilma uma tentativa indevida de uma instituição financeira estrangeira de influenciar o processo eleitoral no Brasil.
O banco negou, na época, ter cedido a pressões políticas ao demitir os funcionários. “O texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário”, disse o Santander na ocasião por meio de nota.
Superintendente de Consultoria de Investimentos Select do Santander na época, Sinara foi responsabilizada como autora do texto. Segundo o Estadão, na ação distribuída para a 78.ª Vara do Trabalho de São Paulo, a ex-superintendente afirma que não tinha conhecimento da mensagem e que o texto não foi submetido à sua revisão. Ela diz que o email foi encaminhado por uma analista financeira “diretamente ao Departamento de Marketing que tomou as providências de remessa aos clientes”.
Sinara alega que tomou conhecimento da carta elaborada em nome da instituição financeira “somente 15 dias após, quando um dos clientes reclamou em resposta do teor da opinião do banco”. De acordo com a ex-superintendente, o PT, por meio do ex-presidente Lula e do presidente do partido, Rui Falcão, exigiu em manifestações públicas a demissão dos empregados envolvidos no episódio.
“Houve imediata subserviência do banco às forças políticas, com publicações de carta pública na imprensa negando ser do reclamado (Santander) o entendimento constante do texto elaborado por sua analista, aceitando, inclusive, o clamor político partidário”, escrevem os advogados Rubens Tavares Aidar e Paulo Alves Esteves, que representam Sinara. Segundo eles, o Santander “cedeu o poder de comando do empregador ao PT, de modo tão servil que o próprio presidente do partido foi o arauto para a imprensa de que os empregados do setor seriam demitidos”. Os advogados ressaltam que Sinara não teve qualquer participação no caso. Procurados pelo Estadão, o Santander e o PT disseram que não se manifestam sobre o assunto.

►ABREU E LIMA EM OPERAÇÃO
A Refinaria Abreu e Lima, que deveria celebrar uma associação entre a Petrobrás e a venezuelana PDVSA, acabou no olho do furacão está sacudindo a maior estatal do País, cujo valor em bolsa caiu cerca de 40%, enquanto a cada sai surge um novo grupo de acionistas que recorre à Justiça para cobrar pelos prejuízos provocados elo escândalo do Petrolão.
Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, do alto é possível ver unidades operacionais e prédios administrativos abandonados, além de tanques de armazenamento inacabados e depósitos de equipamentos inutilizados. Há vigas e fundações expostas, além de guindastes, andaimes, sanitários químicos, lonas e estruturas temporárias ao lado de unidades em plena operação de refino de petróleo em altíssimas temperaturas.
A fumaça branca da produção se confunde com a poeira das caçambas que percorrem as áreas internas da refinaria recolhendo entulhos. Quase todo o terreno de 6,2 mil quilômetros quadrados está ainda em chão de terra batida. Segundo os operários, foram pavimentadas apenas as vias por onde passaram os técnicos da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na fiscalização anterior à autorização de funcionamento da refinaria.
O projeto é o que melhor evidencia o prejuízo causado pela corrupção e que até hoje não tem análise de viabilidade econômica atualizada.

►GABRIELLE ACUSA DILMA
Ex-presidente da Petrobras, o baiano José Sérgio Gabrielli resolveu abrir a boca após período de silêncio em meio às denúncias e repercussão dos casos de corrupção da estatal. Em entrevista ao jornal O Globo, Gabrielli reage e nega estar com os bens bloqueados, se defende das acusações e também joga a responsabilidade de todo o caso Petrobras em cima da presidente Dilma Rousseff.
Gabrielli acaba de deixar o comanda da Secretaria de Planejamento, no governo da Bahia, e diz estar tranquilo quanto às suas responsabilidades. 
"A estratégia é fazer a verdade prevalecer. Estou tranquilo. Fazer a verdade prevalecer significa esclarecer, tirar a exploração política que está existindo sobre os assuntos, tornar os fatos explícitos e, consequentemente, fazer a defesa jurídica".
O economista cita a presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro Guido Mantega ao ser questionado sobre possíveis tentativas de membros do governo federal de jogaram toda responsabilidade dos escândalos na Petrobras em sua gestão.
"Não tem como estar jogando sobre nós, porque não há possibilidade. O conselho de administração da companhia era presidido pela presidente Dilma e foi presidido pelo ministro Guido (Mantega, ex-ministro da Fazenda). Como podem querer jogar sobre a Petrobras as responsabilidades? Não há possibilidade disso", diz.
Gabrielli negou estar com os bens bloqueados em consequência de decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes.
"Não estou com os bens bloqueados. Não houve bloqueio. Até agora, o bloqueio não se efetivou. Não houve quebra de sigilo. Há pedidos, mas não efetivação".
O ex-presidente da Petrobras também afirmou que tem recebido apoio total do PT. "O partido está me apoiando inteiramente. Não tenho do que me queixar".(Fonte: Bahia/247)

►TUCANO RESPONDE A GILBERTO CARVALHO
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, bateu duro na declaração do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho, que, em resposta ao senador Aécio Neves (PSDB), disse que tem "orgulho de fazer parte" da "quadrilha dos pobres". 
Em nota à imprensa, Imbassahy disse que Carvalho "é o primeiro réu confesso da quadrilha do PT" e que a frase do ex-ministro deve ser "guardada para a posteridade".
"Ao ser demitido do governo, o ex-ministro Gilberto Carvalho acaba por se tornar também o primeiro réu confesso da quadrilha do PT. A frase do ex-ministro deve ser guardada para A posteridade até porque será muito útil ao MP e às autoridades nas investigações que vem ocorrendo. Lamento e me preocupo com essa expressão 'quadrilha'. Como disse: a frase do ex-ministro deve ser guardada para a posteridade. Essa palavra 'quadrilha' vai ser muito repetida ao longo do ano em consequência das investigações em curso no país".

► ITAGUAÍ TEM NOVO BARÃO
O português João Paulo Bezerra de Seixas viveu no Rio de Janeiro no início do século 19. Primeiro-ministro de Portugal, chegou ao Brasil com a família real, foi comandante da Marinha e teve vida confortável – tornou-se o primeiro Barão de Itaguaí, mas pelos últimos acontecimentos noticiados, quase 200 anos depois, não o único.
A descoberta inusitada é do jornalista Leandro Mazzini, em seu blog “Coluna da Esplanada”, publicada no último dia 31. Segundo Mazzini, a pequena cidade do interior do Rio tem um novo Barão. Trata-se do prefeito Luciano Mota (PSDB), na mira da Polícia Federal. As investigações apontam que ele comanda um esquema de desvio de até R$ 30 milhões por mês de recursos públicos – ou 33% do orçamento mensal.
No país da piada pronta, a Justiça ainda tem dúvidas se determina, ou não, a prisão do prefeito de Itaguaí. Por muito, muito menos, a reforma de um jardim da sua mansão foi o estopim para derrubar o então presidente da República Fernando Collor de Mello no início da década de 90, quando o agora prefeito era um garotinho.
Até o flagrante, ninguém em Itaguaí desconfiara do frentista do posto de gasolina que tinha em seu nome uma Ferrari amarela (R$ 1,5 milhão). A situação começou a ficar estranha na cidade com o ronco das turbinas de um helicóptero (R$ 5 milhões), uma TV de 89 polegadas (R$ 99 mil) em casa – e a própria mansão do alcaide. Além de uma lista que não cabe aqui.

►FALTA EDUCAÇÃO E SOBRA LIXO
A cena foi flagrada por um internauta, que circulava pelo calçadão da Rua José de Alvarenga, no centro de Caxias, na manhã de sexta-feira, (2), apenas 24 horas depois da cidade comemorar o seu 71º aniversário de emancipação política de Nova Iguaçu.
Ela revela que a Secretaria de Serviços Públicos tem muito trabalho pela frente, não bastando a coleta de lixo regular e com dia e hora pré fixado, como vem ocorrendo desde a posse do prefeito Alexandre Cardoso. É preciso que a Fiscalização de Posturas seja acionada com mais vigo, tenha uma forte presença nas principais vias do centro e dos bairros, para inibir os maus comerciantes a jogarem na via pública caixas vazias e o lixo das lojas.
O prefeito Eduardo Paes decidiu implantar na Capital o programa “Lixo Zero”, que multa o pedestre que joga guimba de cigarros ou embalagem de sorvetes nas ruas da Cidade Maravilhosa. Além de reforçar o Caixa da Prefeitura, a medida reduz o volume de lixo recolhido pelos garis responsáveis pela varrição de ruas e praças. A medida pode e dever ser aplicada pelas Prefeituras da Baixada, desde que ofereçam ao cidadão uma coleta de lixo no mínimo com dia e hora para a passagem dos caminhões.
Como a Secretaria de Meio Ambiente está estudando a implantação da coleta seletiva de lixo, com apoio dos catadores que atuavam na reciclagem de lixo no aterro do Jardim Gramacho, esse projeto deve ser acelerado e aplicado no centro e principais bairros da cidade. Além de garantir o ganha pão dos catadores desempregados, a medida obrigaria o comércio a cuidar do seu próprio lixo. Com isso, teríamos uma cidade mais limpa e ordeira. Basta, para isso, que os fiscais de Posturas sejam abastecidos com talões de multas e serem apoiados pelo Governo para que cenas como esta, em pleno calçadão da José de Alvarenga, virem coisa do passado.

►ORÇAMENTO DE CAXIAS SUPERA OS R$ 3 BI
A Câmara aprovou por unanimidade na última sessão antes do recesso parlamentar, realizada quinta-feira (18), a Lei do Orçamento Anual do Poder Executivo para 2015. Segundo informou a edição eletrônica do jornal “Capital & Negócios” da última terça-feira, com base em informações do presidente do Legislativo municipal, Eduardo Moreira, a receita orçamentária bruta foi estimada pelos técnicos do Governo em R$ 3.053.207.067,00, sendo R$ 2.628.869.986,00 do Orçamento Fiscal, além de R$ 252.642.281,00 do Orçamento da Seguridade Social, e R$ 171.694.800,00 correspondente às deduções para a formação do Fundeb.
A receita líquida disponível após as deduções para formação do Fundeb foi fixada em R$ 2.881.512.267,00.
Na previsão orçamentária para 2014, primeiro orçamento elaborado pelo atual Governo, a estimativa era de uma receita bruta de R$2.416.966.176,00. Deduzidas as provisões para a seguridade social e a formação do FUNDEB, a receita líquida prevista era de R$ 2.245.322.856,00, mas a Secretaria de Fazenda ainda não disponibilizou o total arrecadado, devido ao atraso no repasse de recurso do petróleo.

►FAVELA DO LIXÃO PASSADA A LIMPO
A história da Favela do Lixão, rebatizada por seus moradores como Vila Nova, daria uma lacrimosa novela no horário nobre da TV Globo, se escrita pelo ex repórter de polícia de O Globo em Caxias, Aguinaldo Silva, autor de “Senhora do Destino”, que revelou um impagável e simpático bicheiro, Giovani Improta, que prometia resolver qualquer problema, “duela a quem duela”.
As obras do conjunto da Vila Nova
foram incluídas no PAC 1 
►Desde o seu início, a campanha pela reurbanização da Favela do Lixão foi cercada de muita polêmica. O projeto idealizado pela Diocese de Duque de Caxias pretendia transformar num bairro moderno a comunidade que surgira em de um cima de um lixão na entrada da cidade nos anos 50 (segunda metade do Século XX).
►O patrono do projeto e bispo emérito de Duque de Caxias e São João de Meriti, D. Mauro Morelli, teve o apoio de um grupo de professores e estudantes de Engenharia e Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas seu custo, cerca de R$ 25 milhões de reais (a preços de 1997), foi considerado muito alto pelo Ministério do Planejamento (Governo de FHC).
►Diante do impasse, o então prefeito Zito resolveu bancar o projeto, revisando seus custos para R$ 8 milhões, o que foi aceito por Brasília, mas com uma condição: os recursos seriam transferidos para o Governo do Estado. Mas as tratativas se arrastaram e o dinheiro só foi liberado em dezembro de 1998, final do Governo Marcello Alencar, que, por meio de decreto, determinou que o então prefeito Zito fosse o fiscal das obras.
A lagoa de esgotos deixada pelas
obras na favela do Lixão
►Como Zito não concordou em apoiá-lo no segundo turno, o governador Garotinho se vingou e, num de seus primeiros atos, excluiu Zito da cansativa tarefa de fiscalizar a execução das obras de reurbanização da Favela do Lixão, financiadas pela Caixa Econômica Federal a fundo perdido, isto é, que não precisavam ser devolvidos à União.
►Situada abaixo da linha da maré, a região ocupada pela Favela do Lixão (daí o seu nome) era um grande pântano, que pertencia à Cia. Melhoramentos de Caxias, responsável pelo loteamento do Jardim 25 de Agosto, que abarcava terrenos dos dois lados da ferrovia. A empresa acabou sendo absorvida pelo Banco Bradesco.
►O uso de lixo, inclusive restolhos de obras, era uma forma barata de tornar edificável um terreno afetado pela subida das marés, depois que foram destruídos os diques de contenção nas duas margens do rio Meriti, construídos pelo Ministério de Viação e Obras Públicas, no bojo do plano de saneamento da Baixada Fluminense, iniciado logo depois da posse de Getúlio Varas, em 1930.
Obras da Rio-Petrópolis na
área da Praça do Pacificador
►Sem os diques, as águas do rio Meriti chegavam facilmente à praça da Emancipação, também conhecida como Praça do Relógio. Era comum as pessoas que circulavam pela Estrada Rio-Petrópolis, atual Av. Governado Leonel Brizola, nos idos de 1930/1940, pegarem caranguejos na área hoje ocupada pela Praça do Pacificador, que foi aterrada e urbanizada pelo prefeito Braulino de Mattos Reis em 1953.
►Um outro problema que o Governo terá de enfrentar com a conclusão das obras do conjunto da Av. Dr. Manoel Teles é o fato das 173 famílias beneficiadas pelo projeto viverem na Favela do Lixão, controlada por uma facção criminosa, enquanto a Vila Ideal, onde o conjunto foi erguido, é controlada por um grupo rival. ►Até hoje, as duas favelas sempre foram separadas pelo canal dos Caboclos, uma espécie de Muro de Berlim. Quem mora de um lado do Caboclos, não pode se atrever a passar para o outro lado. E o comando do 15º Batalhão e a Secretaria de Segurança Pública sabem dessa divisão territorial, que tem provocado tiroteios e mortes nas duas favelas, Vila Nova e Vila Ideal. Quem irá garantir a tranquilidade das famílias da Vila Nova que irão ocupar os 173 apartamentos do conjunto construído dentro da área da Vila Ideal, onde havia uma distribuidora de derivados de petróleo?
O canal dos Caboclos hoje
►Durante a preparação de um comício na Praça do Pacificador, em 2008, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, que integraria a comitiva do presidente Lula, recomendou ao então prefeito e candidato à reeleição Washington Reis que providenciasse, com urgência, a canalização do valão dos Caboclos, pois Lula iria visitar o conjunto da Av. Dr. Manoel Teles, e seria um grande constrangimento o Presidente da República ver de perto o lixo que boiava nas águas fétidas do canal dos Caboclos. A promessa de W. Reis veio rápida, mas foi logo esquecida. No comício, Lula garantiu que o conjunto de 173 unidades, construídas com financiamento da Caixa Econômica Federal, seriam entregues ainda em 2008.
►Ocorre que nem W. Reis cumpriu a promessa feita ao Ministro das Cidades, muito menos conseguiu renovar o seu mandato de prefeito da segunda economia do Estado do Rio. Seis anos depois, o prefeito Alexandre Cardoso promete retomar as obras em março próximo. A expectativa das 173 famílias da Favela do Lixão, que ainda recebem o aluguel social, é a de que essa nova promessa seja cumprido, com a mesma rapidez com que foram atendidas as vítimas do temporal de janeiro de 2013 na localidade de Café Torrado, em Xerém, que ganharam casas novas em conjuntos da região da Vila São José, próximo à estação de Gramacho.

►POLICIAIS EXPULSOS DE CASA POR BANDIDOS
Num reforço ao argumento do Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, de que as UPPs sozinhas não irão controlar e reduzir a violência no Estado do Rio, um grupo de policiais, que moravam no Parque Cristóvão Colombo, no terceiro distrito de Duque de Caxias e próximo à divisa com Magé, foram expulsos de suas residências no último dia 31;
Segundo o blogueiro Joe Franco, que edita o “Caxias Notícias Online”, seis PMs e um policial civil foram expulsos de suas casas no último sábado, dia 27, Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por pelo menos 30 traficantes do Comando Vermelho (CV), que ocuparam a comunidade Parque Cristóvão Colombo, em Parada Angélica, em Caxias. Segundo os Policiais que foram expulsos de suas casas, seus nomes figuravam em uma lista feita pelos bandidos com pessoas marcadas para morrer.
"Saímos só com a roupa do corpo. Desde então dormimos na casa de amigos e parentes. Minha mulher está com a pressão alta e minha filha, desesperada. Como PM, eu me sinto um nada. Estamos de mãos atadas e sem poder fazer nada. Será que o governo vai se mobilizar para ajudar alguns policiais?", indaga um dos expulsos, que nasceu e foi criado no Parque Cristóvão Colombo.
A invasão, que teria sido comandada pelo traficante conhecido como Zidane, ocorreu porque o bando queria estender a venda de drogas para o local. Os bandidos chegaram por volta das 19h, fortemente armados com fuzis e granadas, anunciando que policiais ou ‘alemães' seriam mortos. Segundo os policiais, até moradores que eram seus amigos foram ameaçados.
A Polícia Militar reforçou o policiamento no local e deu apoio para que os agentes expulsos apanhassem documentos e roupas em suas casas. Os móveis e objetos continuam nas residências. "Minha vida inteira está ali, onde nasci. Não sei o que fazer nem como vai ser daqui para frente", desabafou um dos Policiais expulsos.
Policiais do 15º BPM (Caxias) fizeram operação na comunidade na noite da invasão e houve intenso confronto, mas não conseguiram expulsar os traficantes, que se refugiaram na mata que cerca a região.

Localizado no sopé da Serra de Teresópolis, o Bairro de Parque Cristóvão Colombo fica localizado no distrito de Imbariê, e ainda preserva uma área considerável de Mata Atlântica, com sua fauna e flora. Contam os moradores que o bairro era uma fazenda de café e, quando o ciclo do café acabou, ela foi loteada. 

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