ATÉ MARÇO GOVERNO RETOMARÁ
AS OBRAS NA FAVELA DO LIXÃO
Iniciadas em janeiro de 1999, primeiro ano do Governo de
Anthony Garotinho, as obras de urbanização da Favela do Lixão e a construção de
um conjunto residência na Av. Dr. Manoel Teles, ao lado do valão dos Caboclos e
entrada da Vila Ideal, a poucos metros da Praça do Pacificador, deveriam ser
entregues até o final de 2000.
![]() |
O conjunto da Vila Ideal faz parte do PAC 1 |
Passados 14 anos, as 173 famílias, que tiveram
seus barracos derrubados para as obras de urbanização da antiga Favela do
Lixão, rebatizada de Vila Nova, continuam recebendo aluguel social, enquanto as
verbas liberadas para as obras foram desviadas através de contratos mal feitos
com as diversas empreiteiras encarregadas da reurbanização da favela,.que virou
cartão postal negativo da cidade, a começar pela enorme lagoa de contenção de
esgotos, aberta ao lado da Linha Vermelha e do canal dos Caboclos, importante
via de navegação no período imperial, pois era através desse canal que as
famílias que viviam na região iam, de barco, assistir às missas na antiga
Igreja de São João Batista de Trairaponga, hoje consagrada a Santa Terezinha,
no atual bairro de Parque Lafaiete, conforme registro no Blog Histórias e
Documentos (http://historiasemonumentos.blogspot.com.br/)
![]() |
O Canal dos Caboclos era navegável no tempo do Império |
Nas eleições de 2008, o ex presidente Lula participou de um
comício na Praça do Pacificador, ao lado do então prefeito Washington Reis,
quando garantiu que as 173 unidades do conjunto da Vila Ideal seriam entregues
até o final daquele ano. Ocorre que nem Washington Reis ganhou a reeleição, nem
seu sucessor, o prefeito Zito, que substituiu a empreiteira Delta por uma outra
empresa, com sede em Minas Gerais, conseguiu concluir as obras de urbanização
da antiga favela, muito menos o conjunto que iria abrigar as famílias que
tiveram seus barracos derrubados para a abertura de ruas e construção de áreas
de lazer dentro da favela, que surgiu sobre um antigo lixão, onde era
depositado todo o lixo recolhido no Município até a inauguração do vazadouro da
Comlurb, no Jardim Gramacho, no Governo de Negrão de Lima.
Procurado para falar sobre a situação das obras de
urbanização da Favela do Lixão, o prefeito Alexandre Cardoso garantiu que, até
e março será feita nova licitação para a conclusão das obras, iniciadas em 1999.
Ele anunciou, também, que a Caixa Econômica Federal,
interveniente no projeto, já concluiu uma completa auditoria sobre a execução
parcial das obras e o relatório final, com a indicação dos responsáveis pelos
desvios, já foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que deverá ajuizar
ação civil pública contra as
empreiteiras envolvidas e os ex prefeitos Washington Reis e Zito pelos
prejuízos causados ao cofres públicos por falhas de gestão do projeto de
urbanização da antiga Favela do Lixão.
►LEVY, O BREVE
O “chega p’rá lá” que a presidente Dilma Rousseff aplicou,
por telefone, no ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, após ele anunciar o
envio ao Congresso de um projeto estabelecendo novas regras para a fixação do
salário mínimo, foi um claro sinal de que a Economia continuará a ser comandada
pessoalmente pela presidente da República, economista bissexta formada pela
Unicamp, como no seu primeiro mandato.


A reação de Dilma, que desautorizou o ministro que ela
escolheu para comandar o Planejamento - aceitando´a sugestão de Lula de dar uma satisfação ao “mercado”
quanto às novas diretrizes da economia -
revel a sua postura autoritária, que não admite ser contrariada por nenhum de seus auxiliares, mesmo quando eles levantam uma discussão sobre um tema crucial para o governo: a valorização do salário mínimo.
O embate entre Dilma e sua equipe econômica foi capa da revisa Veja em sua edição que circulou no fim se semana.
revel a sua postura autoritária, que não admite ser contrariada por nenhum de seus auxiliares, mesmo quando eles levantam uma discussão sobre um tema crucial para o governo: a valorização do salário mínimo.
O embate entre Dilma e sua equipe econômica foi capa da revisa Veja em sua edição que circulou no fim se semana.
Ocorre que a atual legislação perde seus efeitos em 2015 e, nada mais
natural que o governo se apresse em dizer o que pretende fazer para cobrir esse
vácuo legal, isto é, não temos no momento, nenhuma diretriz de como vai ser
calculado o salário mínimo para o período 2016-2019.
Assim, torna-se claro que os comentários surgidos na Mídia,
logo depois de anunciado o triunvirato que comandaria a Economia no segundo mandato
de Dilma, em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy ganhou um subtítulo: o
Breve. Era uma aposta de que a nova equipe econômica assumia com prazo de
validade pré fixado, com o único propósito de adotar “medidas duras” para controlar
a inflação, reorganizar as contas públicas e preparar o governo para as
eleições de 2018.
Não foi por mero acaso que o ministro da Casa Civil lançou esta
semana a candidatura de Lula para 2018. Pelo visto, o PT já deu a largada para
manter o Poder por mais 8 anos. Isto é, o Governo seguirá no palanque até 2018.
►DILMA, A ESCAPISTA,
SEGUNDO A OPOSIÇÃO
O discurso feito pela presidente reeleita Dilma Rousseff
(PT) na cerimônia de posse no Congresso Nacional foi criticado como "pouco
confiável" e "sem substância" por lideranças de oposição ao
governo federal.
Segundo registrou a Folha de S. Paulo nesta sexta-feira
(2), ao dizer que defenderá a Petrobras de "predadores internos e de
inimigos externos", a petista adotou um discurso "escapista",
sem reconhecer que sua administração tem também responsabilidade pelo escândalo
na empresa estatal.
"A frase é demagógica, da boca para fora. Não existem
inimigos internos ou externos da Petrobras, mas corruptos indicados pelo
PT", criticou o presidente nacional do DEM, Agripino Maia. "Dá um tom
de insinceridade ao discurso dela", acrescentou.
Para o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman,
os verdadeiros inimigos da empresa estatal são a atual presidente e o seu
antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
![]() |
Antônio Imbassahy |
"Não há inimigo externo. Não vejo nenhuma potência
externa querendo prejudicar a Petrobras. Não existem piores inimigos que Dilma,
Lula e a gangue", criticou.
Na avaliação do líder do PSDB na Câmara dos Deputados,
Antônio Imbassahy (BA), ao culpar "predadores internos" pelo
escândalo de corrupção, a presidente "finge esquecer" que participou
de decisões da empresa estatal – a petista fez parte do Conselho de
Administração da empresa no governo Lula.
"Parece patológico a presidente agora falar em
corrigir erros na Petrobras e reconhecer tardiamente que a empresa foi
assaltada, como se não tivesse ela própria participação e responsabilidades
relevantes nos últimos doze anos da empresa estatal", criticou, por meio
de nota.
Para o líder tucano, a sociedade assistiu à posse de uma
presidente "desacreditada", "desorientada" e "sem
foco". "Nem ela mesma acredita naquilo que diz, como indicou a
leitura sem entusiasmo de um discurso artificial e carente de conteúdo",
criticou.
►FALTA SINCERICÍDIO NO DISCURSO
O discurso feito pela presidente de que a área da educação
será a prioridade de seu novo mandato também foi visto com ressalvas por
dirigentes oposicionistas. Na avaliação
de Agripino Maia, a defesa feita pela petista é tardia e deveria ter sido
encampada antes, nos últimos quatro anos.
"Por que ela não fez antes? A presidente faz uma
avaliação como se tivesse assumido agora o governo federal. É um elenco de
enunciados de intenção", criticou.
Para Alberto Goldman, a petista deveria ter detalhado
melhor o que pretende fazer para melhorar a qualidade do ensino público no
país. "
"É preciso dizer como fazer e o que fazer, não basta
dizer que a educação é essencial. As frases assim caem no vazio, não dão impacto,
porque não têm substância. É um governo perdido", observou.
Segundo Imbassahy, o discurso de Dilma na posse é
"ambíguo" e "dissonante" da realidade do país. "Quem
ainda tinha esperança em um suposto governo novo certamente teve a sua
definitiva frustração", afirmou
►DEMITIDA POR PRESSÃO
DO PT
A executiva demitida do Banco Santander após divulgação de
uma mensagem eletrônica em que alertava clientes de alta renda sobre os “riscos
da reeleição” da presidente Dilma entrou com ação na Justiça do Trabalho contra
a instituição financeira. No processo, Sinara Polycarpo Figueiredo nega ligação
com o email cuja autoria é atribuída a ela, diz ter sofrido perseguição do PT,
pede o emprego de volta e uma indenização milionária por danos morais e
materiais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a
reportagem de Fausto Macedo, Sinara cobra indenização de 200 vezes o valor de
sua remuneração mensal, que era de cerca de R$ 50 mil, já acrescidos os bônus.
O que daria algo em torno de R$ 10 milhões.
Sinara perdeu o emprego no final de julho, após a polêmica
de uma correspondência enviada eletronicamente a clientes do Santander com
renda superior a R$ 10 mil. Conforme o texto, a eventual reeleição da
presidente pioraria o quadro econômico no país. O caso ganhou grande
repercussão e suscitou críticas de Dilma, do ex-presidente Lula e de aliados.
Segundo a mensagem impressa na última página do extrato de clientes da
categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil, a subida de Dilma
nas pesquisas de intenção de voto traria elevação dos juros e na cotação do
dólar e queda na Bolsa.
De imediato, o presidente mundial do Santander, o espanhol
Emilio Botín, que morreu em setembro, desculpou-se publicamente com a petista.
Três funcionários foram demitidos, sob a alegação de que cometeram um “erro”
com a divulgação do boletim, considerado pelos integrantes da campanha de Dilma
uma tentativa indevida de uma instituição financeira estrangeira de influenciar
o processo eleitoral no Brasil.
O banco negou, na época, ter cedido a pressões políticas ao
demitir os funcionários. “O texto feriu a diretriz interna que estabelece que
toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão
de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer
viés político ou partidário”, disse o Santander na ocasião por meio de nota.
Superintendente de Consultoria de Investimentos Select do
Santander na época, Sinara foi responsabilizada como autora do texto. Segundo o
Estadão, na ação distribuída para a 78.ª Vara do Trabalho de São Paulo, a
ex-superintendente afirma que não tinha conhecimento da mensagem e que o texto
não foi submetido à sua revisão. Ela diz que o email foi encaminhado por uma
analista financeira “diretamente ao Departamento de Marketing que tomou as
providências de remessa aos clientes”.
Sinara alega que tomou conhecimento da carta elaborada em
nome da instituição financeira “somente 15 dias após, quando um dos clientes
reclamou em resposta do teor da opinião do banco”. De acordo com a
ex-superintendente, o PT, por meio do ex-presidente Lula e do presidente do
partido, Rui Falcão, exigiu em manifestações públicas a demissão dos empregados
envolvidos no episódio.
“Houve imediata subserviência do banco às forças políticas,
com publicações de carta pública na imprensa negando ser do reclamado
(Santander) o entendimento constante do texto elaborado por sua analista,
aceitando, inclusive, o clamor político partidário”, escrevem os advogados
Rubens Tavares Aidar e Paulo Alves Esteves, que representam Sinara. Segundo
eles, o Santander “cedeu o poder de comando do empregador ao PT, de modo tão
servil que o próprio presidente do partido foi o arauto para a imprensa de que
os empregados do setor seriam demitidos”. Os advogados ressaltam que Sinara não
teve qualquer participação no caso. Procurados pelo Estadão, o Santander e o PT
disseram que não se manifestam sobre o assunto.
►ABREU E LIMA EM
OPERAÇÃO
A Refinaria Abreu e
Lima, que deveria celebrar uma associação entre a Petrobrás e a venezuelana
PDVSA, acabou no olho do furacão está sacudindo a maior estatal do País, cujo
valor em bolsa caiu cerca de 40%, enquanto a cada sai surge um novo grupo de
acionistas que recorre à Justiça para cobrar pelos prejuízos provocados elo
escândalo do Petrolão.
Segundo apuração do
jornal O Estado de S. Paulo, do alto é possível ver unidades operacionais e
prédios administrativos abandonados, além de tanques de armazenamento
inacabados e depósitos de equipamentos inutilizados. Há vigas e fundações
expostas, além de guindastes, andaimes, sanitários químicos, lonas e estruturas
temporárias ao lado de unidades em plena operação de refino de petróleo em
altíssimas temperaturas.
A fumaça branca da
produção se confunde com a poeira das caçambas que percorrem as áreas internas
da refinaria recolhendo entulhos. Quase todo o terreno de 6,2 mil quilômetros
quadrados está ainda em chão de terra batida. Segundo os operários, foram
pavimentadas apenas as vias por onde passaram os técnicos da Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na fiscalização anterior à
autorização de funcionamento da refinaria.
O projeto é o que
melhor evidencia o prejuízo causado pela corrupção e que até hoje não tem
análise de viabilidade econômica atualizada.
►GABRIELLE ACUSA DILMA
Ex-presidente da Petrobras, o baiano José Sérgio Gabrielli
resolveu abrir a boca após período de silêncio em meio às denúncias e
repercussão dos casos de corrupção da estatal. Em entrevista ao jornal O Globo,
Gabrielli reage e nega estar com os bens bloqueados, se defende das acusações e
também joga a responsabilidade de todo o caso Petrobras em cima da presidente
Dilma Rousseff.
Gabrielli acaba de deixar o comanda da Secretaria de
Planejamento, no governo da Bahia, e diz estar tranquilo quanto às suas
responsabilidades.
"A estratégia é fazer a verdade prevalecer. Estou
tranquilo. Fazer a verdade prevalecer significa esclarecer, tirar a exploração
política que está existindo sobre os assuntos, tornar os fatos explícitos e,
consequentemente, fazer a defesa jurídica".
O economista cita a presidente Dilma Rousseff e o
ex-ministro Guido Mantega ao ser questionado sobre possíveis tentativas de
membros do governo federal de jogaram toda responsabilidade dos escândalos na
Petrobras em sua gestão.
"Não tem como estar jogando sobre nós, porque não há
possibilidade. O conselho de administração da companhia era presidido pela
presidente Dilma e foi presidido pelo ministro Guido (Mantega, ex-ministro da
Fazenda). Como podem querer jogar sobre a Petrobras as responsabilidades? Não
há possibilidade disso", diz.
Gabrielli negou estar com os bens bloqueados em
consequência de decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes.
"Não estou com os bens bloqueados. Não houve bloqueio.
Até agora, o bloqueio não se efetivou. Não houve quebra de sigilo. Há pedidos,
mas não efetivação".
O ex-presidente da Petrobras também afirmou que tem
recebido apoio total do PT. "O partido está me apoiando inteiramente. Não
tenho do que me queixar".(Fonte: Bahia/247)
►TUCANO RESPONDE A
GILBERTO CARVALHO
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy,
bateu duro na declaração do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência
Gilberto Carvalho, que, em resposta ao senador Aécio Neves (PSDB), disse que
tem "orgulho de fazer parte" da "quadrilha dos
pobres".
Em nota à imprensa, Imbassahy disse que Carvalho "é o
primeiro réu confesso da quadrilha do PT" e que a frase do ex-ministro
deve ser "guardada para a posteridade".
"Ao ser demitido do governo, o ex-ministro Gilberto
Carvalho acaba por se tornar também o primeiro réu confesso da quadrilha do PT.
A frase do ex-ministro deve ser guardada para A posteridade até porque será
muito útil ao MP e às autoridades nas investigações que vem ocorrendo. Lamento
e me preocupo com essa expressão 'quadrilha'. Como disse: a frase do
ex-ministro deve ser guardada para a posteridade. Essa palavra 'quadrilha' vai
ser muito repetida ao longo do ano em consequência das investigações em curso
no país".
► ITAGUAÍ TEM NOVO BARÃO

A descoberta inusitada é do jornalista Leandro Mazzini, em
seu blog “Coluna da Esplanada”, publicada no último dia 31. Segundo Mazzini, a
pequena cidade do interior do Rio tem um novo Barão. Trata-se do prefeito
Luciano Mota (PSDB), na mira da Polícia Federal. As investigações apontam que
ele comanda um esquema de desvio de até R$ 30 milhões por mês de recursos
públicos – ou 33% do orçamento mensal.
No país da piada pronta, a Justiça ainda tem dúvidas se
determina, ou não, a prisão do prefeito de Itaguaí. Por muito, muito menos, a
reforma de um jardim da sua mansão foi o estopim para derrubar o então
presidente da República Fernando Collor de Mello no início da década de 90,
quando o agora prefeito era um garotinho.
Até o flagrante, ninguém em Itaguaí desconfiara do
frentista do posto de gasolina que tinha em seu nome uma Ferrari amarela (R$
1,5 milhão). A situação começou a ficar estranha na cidade com o ronco das
turbinas de um helicóptero (R$ 5 milhões), uma TV de 89 polegadas (R$ 99 mil)
em casa – e a própria mansão do alcaide. Além de uma lista que não cabe aqui.
►FALTA EDUCAÇÃO E SOBRA LIXO
A cena foi flagrada por um internauta, que circulava pelo
calçadão da Rua José de Alvarenga, no centro de Caxias, na manhã de
sexta-feira, (2), apenas 24 horas depois da cidade comemorar o seu 71º aniversário de
emancipação política de Nova Iguaçu.

O prefeito Eduardo Paes decidiu implantar na Capital o programa “Lixo
Zero”, que multa o pedestre que joga guimba de cigarros ou embalagem de sorvetes
nas ruas da Cidade Maravilhosa. Além de reforçar o Caixa da Prefeitura, a medida reduz o
volume de lixo recolhido pelos garis responsáveis pela varrição de ruas e
praças. A medida pode e dever ser aplicada pelas Prefeituras da Baixada, desde que
ofereçam ao cidadão uma coleta de lixo no mínimo com dia e hora para a passagem
dos caminhões.
Como a Secretaria de Meio Ambiente está estudando a
implantação da coleta seletiva de lixo, com apoio dos catadores que atuavam na
reciclagem de lixo no aterro do Jardim Gramacho, esse projeto deve ser
acelerado e aplicado no centro e principais bairros da cidade. Além de garantir
o ganha pão dos catadores desempregados, a medida obrigaria o comércio a cuidar
do seu próprio lixo. Com isso, teríamos uma cidade mais limpa e ordeira. Basta, para isso, que os fiscais de Posturas sejam abastecidos com talões de multas e serem apoiados
pelo Governo para que cenas como esta, em pleno calçadão da José de Alvarenga,
virem coisa do passado.
►ORÇAMENTO DE CAXIAS SUPERA OS R$ 3 BI
A Câmara aprovou por unanimidade na última sessão antes do
recesso parlamentar, realizada quinta-feira (18), a Lei do Orçamento Anual do
Poder Executivo para 2015. Segundo informou a edição eletrônica do jornal
“Capital & Negócios” da última terça-feira, com base em informações do
presidente do Legislativo municipal, Eduardo Moreira, a receita orçamentária
bruta foi estimada pelos técnicos do Governo em R$ 3.053.207.067,00, sendo R$
2.628.869.986,00 do Orçamento Fiscal, além de R$ 252.642.281,00 do Orçamento da
Seguridade Social, e R$ 171.694.800,00 correspondente às deduções para a
formação do Fundeb.
A receita líquida disponível após as deduções para formação
do Fundeb foi fixada em R$ 2.881.512.267,00.
Na previsão orçamentária para 2014, primeiro orçamento elaborado
pelo atual Governo, a estimativa era de uma receita bruta de
R$2.416.966.176,00. Deduzidas as
provisões para a seguridade social e a formação do FUNDEB, a receita
líquida prevista era de R$
2.245.322.856,00, mas a Secretaria de Fazenda ainda não disponibilizou o total
arrecadado, devido ao atraso no repasse de recurso do petróleo.
►FAVELA DO LIXÃO PASSADA A LIMPO
A história da Favela do Lixão, rebatizada por seus
moradores como Vila Nova, daria uma lacrimosa novela no horário nobre da TV
Globo, se escrita pelo ex repórter de polícia de O Globo em Caxias, Aguinaldo
Silva, autor de “Senhora do Destino”, que revelou um impagável e simpático
bicheiro, Giovani Improta, que prometia resolver qualquer problema, “duela a
quem duela”.
![]() |
As obras do conjunto da Vila Nova foram incluídas no PAC 1 |
►Desde o seu início, a campanha pela reurbanização da
Favela do Lixão foi cercada de muita polêmica. O projeto idealizado pela
Diocese de Duque de Caxias pretendia transformar num bairro moderno a
comunidade que surgira em de um cima de um lixão na entrada da cidade nos anos 50
(segunda metade do Século XX).
►O patrono do projeto e bispo emérito de Duque de Caxias e
São João de Meriti, D. Mauro Morelli, teve o apoio de um grupo de professores e
estudantes de Engenharia e Arquitetura da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, mas seu custo, cerca de R$ 25 milhões de reais (a preços de 1997), foi
considerado muito alto pelo Ministério do Planejamento (Governo de FHC).
►Diante do impasse, o então prefeito Zito resolveu bancar o
projeto, revisando seus custos para R$ 8 milhões, o que foi aceito por
Brasília, mas com uma condição: os recursos seriam transferidos para o Governo
do Estado. Mas as tratativas se arrastaram e o dinheiro só foi liberado em
dezembro de 1998, final do Governo Marcello Alencar, que, por meio de decreto,
determinou que o então prefeito Zito fosse o fiscal das obras.
![]() |
A lagoa de esgotos deixada pelas obras na favela do Lixão |
►Como Zito não concordou em apoiá-lo no segundo turno, o
governador Garotinho se vingou e, num de seus primeiros atos, excluiu Zito da
cansativa tarefa de fiscalizar a execução das obras de reurbanização da Favela
do Lixão, financiadas pela Caixa Econômica Federal a fundo perdido, isto é, que
não precisavam ser devolvidos à União.
►Situada abaixo da linha da maré, a região ocupada pela
Favela do Lixão (daí o seu nome) era um grande pântano, que pertencia à Cia.
Melhoramentos de Caxias, responsável pelo loteamento do Jardim 25 de Agosto,
que abarcava terrenos dos dois lados da ferrovia. A empresa acabou sendo absorvida
pelo Banco Bradesco.
►O uso de lixo, inclusive restolhos de obras, era uma forma
barata de tornar edificável um terreno afetado pela subida das marés, depois
que foram destruídos os diques de contenção nas duas margens do rio Meriti,
construídos pelo Ministério de Viação e Obras Públicas, no bojo do plano de
saneamento da Baixada Fluminense, iniciado logo depois da posse de Getúlio
Varas, em 1930.
![]() |
Obras da Rio-Petrópolis na área da Praça do Pacificador |
►Sem os diques, as águas do rio Meriti chegavam facilmente
à praça da Emancipação, também conhecida como Praça do Relógio. Era comum as
pessoas que circulavam pela Estrada Rio-Petrópolis, atual Av. Governado Leonel
Brizola, nos idos de 1930/1940, pegarem caranguejos na área hoje ocupada pela
Praça do Pacificador, que foi aterrada e urbanizada pelo prefeito Braulino de
Mattos Reis em 1953.
►Um outro problema que o Governo terá de enfrentar com a
conclusão das obras do conjunto da Av. Dr. Manoel Teles é o fato das 173 famílias
beneficiadas pelo projeto viverem na Favela do Lixão, controlada por uma facção
criminosa, enquanto a Vila Ideal, onde o conjunto foi erguido, é controlada por
um grupo rival. ►Até hoje, as duas favelas sempre foram separadas pelo canal
dos Caboclos, uma espécie de Muro de Berlim. Quem mora de um lado do Caboclos,
não pode se atrever a passar para o outro lado. E o comando do 15º Batalhão e a
Secretaria de Segurança Pública sabem dessa divisão territorial, que tem
provocado tiroteios e mortes nas duas favelas, Vila Nova e Vila Ideal. Quem irá
garantir a tranquilidade das famílias da Vila Nova que irão ocupar os 173
apartamentos do conjunto construído dentro da área da Vila Ideal, onde havia
uma distribuidora de derivados de petróleo?
![]() |
O canal dos Caboclos hoje |
►Durante a preparação de um comício na Praça do
Pacificador, em 2008, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, que integraria a
comitiva do presidente Lula, recomendou ao então prefeito e candidato à
reeleição Washington Reis que providenciasse, com urgência, a canalização do
valão dos Caboclos, pois Lula iria visitar o conjunto da Av. Dr. Manoel Teles,
e seria um grande constrangimento o Presidente da República ver de perto o lixo
que boiava nas águas fétidas do canal dos Caboclos. A promessa de W. Reis veio rápida,
mas foi logo esquecida. No comício, Lula garantiu que o conjunto de 173
unidades, construídas com financiamento da Caixa Econômica Federal, seriam
entregues ainda em 2008.
►Ocorre que nem W. Reis cumpriu a promessa feita ao
Ministro das Cidades, muito menos conseguiu renovar o seu mandato de prefeito da
segunda economia do Estado do Rio. Seis anos depois, o prefeito Alexandre
Cardoso promete retomar as obras em março próximo. A expectativa das 173
famílias da Favela do Lixão, que ainda recebem o aluguel social, é a de que
essa nova promessa seja cumprido, com a mesma rapidez com que foram atendidas
as vítimas do temporal de janeiro de 2013 na localidade de Café Torrado, em
Xerém, que ganharam casas novas em conjuntos da região da Vila São José,
próximo à estação de Gramacho.
►POLICIAIS EXPULSOS DE
CASA POR BANDIDOS
Num reforço ao argumento do Secretário de Segurança, José
Mariano Beltrame, de que as UPPs sozinhas não irão controlar e reduzir a
violência no Estado do Rio, um grupo de policiais, que moravam no Parque Cristóvão
Colombo, no terceiro distrito de Duque de Caxias e próximo à divisa com Magé,
foram expulsos de suas residências no último dia 31;
Segundo o blogueiro Joe Franco, que edita o “Caxias Notícias
Online”, seis PMs e um policial civil foram expulsos de suas casas no último
sábado, dia 27, Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por pelo menos
30 traficantes do Comando Vermelho (CV), que ocuparam a comunidade Parque
Cristóvão Colombo, em Parada Angélica, em Caxias. Segundo os Policiais que
foram expulsos de suas casas, seus nomes figuravam em uma lista feita pelos
bandidos com pessoas marcadas para morrer.
"Saímos só com a roupa do corpo. Desde então dormimos
na casa de amigos e parentes. Minha mulher está com a pressão alta e minha
filha, desesperada. Como PM, eu me sinto um nada. Estamos de mãos atadas e sem
poder fazer nada. Será que o governo vai se mobilizar para ajudar alguns policiais?",
indaga um dos expulsos, que nasceu e foi criado no Parque Cristóvão Colombo.
A invasão, que teria sido comandada pelo traficante
conhecido como Zidane, ocorreu porque o bando queria estender a venda de drogas
para o local. Os bandidos chegaram por volta das 19h, fortemente armados com
fuzis e granadas, anunciando que policiais ou ‘alemães' seriam mortos. Segundo
os policiais, até moradores que eram seus amigos foram ameaçados.
A Polícia Militar reforçou o policiamento no local e deu
apoio para que os agentes expulsos apanhassem documentos e roupas em suas
casas. Os móveis e objetos continuam nas residências. "Minha vida inteira
está ali, onde nasci. Não sei o que fazer nem como vai ser daqui para
frente", desabafou um dos Policiais expulsos.
Policiais do 15º BPM (Caxias) fizeram operação na
comunidade na noite da invasão e houve intenso confronto, mas não conseguiram
expulsar os traficantes, que se refugiaram na mata que cerca a região.
Localizado no sopé da Serra de Teresópolis, o Bairro de
Parque Cristóvão Colombo fica localizado no distrito de Imbariê, e ainda
preserva uma área considerável de Mata Atlântica, com sua fauna e flora. Contam
os moradores que o bairro era uma fazenda de café e, quando o ciclo do café acabou,
ela foi loteada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário