MAFIA QUE AGIA NA REDUC
PODE ESCAPAR DA CADEIA
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) contra a extinção da punibilidade de 23 réus da
quadrilha conhecida como “Máfia dos combustíveis” e denunciada a partir da
Operação Poeira no Asfalto, em 2004. Os integrantes do esquema mafioso, através
de empresas fantasmas compravam combustíveis na Refinaria Duque de Caxias, que
eram adulterados e enviados para outros estados com notas fias. Além de sonegaram
os impostos, o grupo ainda colocava em risco a segurança dos consumidores que
compravam o combustível adultera.
No recurso extraordinário, a Procuradoria Regional da
República da 2ª Região (PRR2) questiona a prescrição da corrupção passiva após
oito anos desde o trânsito em julgado (sentença) só para a acusação. Em 2005,
aqueles réus foram condenados a penas entre um e sete anos e oito meses de
prisão (proc. nº 20045101537118-1).
A Operação Poeira no Asfalto foi deflagrada pela Polícia
Federal em novembro de 2004 para desmantelar a chamada “Máfia dos
combustíveis”, quadrilha formada por policiais rodoviários federais (réus no
proc. 20045101537117-0), empresários e fiscais fazendários e ambientais que participavam
num esquema realizado em vários estados para a adulteração de combustíveis e
sua venda com notas fiscais falsas.
Em novembro de 2004, a Polícia Federal desencadeou no Rio de Janeiro e em outros estados a chamada operação “Poeira no Asfalto” que resultou na prisão e na condenação de cerca 50 empresários, funcionários públicos e policiais rodoviários federais envolvidos com a máfia dos combustíveis. Os patrulheiros federais foram presos sob a acusação de receber propina para dar escolta a caminhões que trafegavam pelas rodovias com combustíveis adulterados e esquentados com notas frias.
Em novembro de 2004, a Polícia Federal desencadeou no Rio de Janeiro e em outros estados a chamada operação “Poeira no Asfalto” que resultou na prisão e na condenação de cerca 50 empresários, funcionários públicos e policiais rodoviários federais envolvidos com a máfia dos combustíveis. Os patrulheiros federais foram presos sob a acusação de receber propina para dar escolta a caminhões que trafegavam pelas rodovias com combustíveis adulterados e esquentados com notas frias.
Segundo o MPF, as delegacias da Polícia Rodoviária Federal,
onde a cobrança de propina era tabelada supostamente por integrantes da
superintendência do órgão, foram loteadas para atender aos interesses de um
grupo deputados. Além de ganharem combustível da máfia para as suas campanhas
eleitorais, os parlamentares ligavam pessoalmente para os policiais com o
objetivo de liberar carros e caminhões de cargas, e até mesmo para soltar cabos
eleitorais presos por outros crimes. Até a CPI dos Combustíveis, aberta em 2003
para investigar os crimes do setor, sai chamuscada nas gravações.
Condenado a quatro anos de prisão por encobertar o grupo de
mafiosos, o patrulheiro federal Cláudio da Costa Narciso revela, numa conversa
telefônica com ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio
Francisco Carlos da Silva, o “Chico Preto”, que já arrumou o dinheiro para
pagar a propina de R$ 50 mil ao ex-presidente da CPI dos Combustíveis, o
deputado Carlos Santana (PT-RJ). “Ele (um financiador) falou para mim que
garantiu 50 contos lá para o Carlinhos Santana. Pelo menos ele está dando uma
força para a gente“, fala Narciso em fevereiro de 2003 a Chico Preto, condenado
a cinco anos de prisão por chefiar a quadrilha.
As gravações mostram também que a Polícia Federal livrou a
cara de seus próprios delegados e agentes federais. Suspeito de comercializar
combustível clandestino na Ponte da Amizade, na divisa entre o Brasil e o
Paraguai, o agente da polícia federal do Rio Celso Renato Inhan, aparece em
diálogos comprometedores.
Por volta das 13h do dia 10 de agosto de 2004, o policial
foi flagrado pela escuta negociando propina com policiais da 60ª DP/Campos
Elíseos, área da Reduc, para soltar um comparsa seu, conhecido como “Manga
Larga”, preso ao roubar gasolina na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Manga
Larga sugere, numa gravação, que o policial assuma ser proprietário do caminhão
apreendido. “Também gosto da fruta. Procura chegar a um acordo porque o cara é
bom de onda, e está sempre ajudando. Quando preciso de combustível, eu pego com
ele”, diz Inhan, num diálogo com um policial civil.
As gravações mostram que integrantes da máfia não tinham
limites para agir. Preso na operação, o empresário Renan Macedo, dono de 10
postos de gasolina, diz nas fitas que manipulava a maioria dos deputados
estaduais do Rio, que estariam, segundo ele, a serviço do crime organizado.
Detalhe: apesar de possuir grande patrimônio, Renan, quando foi preso, ocupava
o cargo de subchefe de gabinete do deputado Domingos Brazão (PMDB). “Os deputados
fazem o que a gente quer. A gente só tem de arrumar esquemas para eles”, diz
numa das gravações Renan. Em outra fita, ele revela como a quadrilha manipulava
os deputados. “Estou regularizando a contabilidade dos postos. Estou botando
100% em nome do Brazão”.
Ao ignorar uma infinidade de elos perdidos, as
investigações da polícia acabaram incentivando a Máfia dos Combustíveis a
promover uma onda de assassinatos como queima de arquivo. Em novembro de 2004,
o empresário Nélio Ferreira procurou a deputada Cidinha Campos (PDT) para
informar que, por duas vezes, conseguiu escapar de uma emboscada, comandada
pelo policial civil Cláudio Gama, conhecido como “Claudinho da Carga”, que o
havia jurado de morte.
O empresário alugava por cerca de R$ 50 mil mensais uma
base de reservatório de combustível para a Petropar — empresa do policial
localizada próxima à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense.
Segundo o empresário, o policial queria matá-lo para não ter que quitar débitos
com o aluguel em atraso.
Embora a deputada tenha denunciado na Assembleia Legislativa
um plano para executar sua testemunha, o empresário foi assassinado com vários
tiros em frente a sua imobiliária na Zona Norte do Rio. “Eu avisei que o
empresário seria assassinado, e a polícia e o governo do estado não fizeram
nada. O pior é que o Cláudio Gama continua solto e trabalhando na Delegacia de
Niterói”, afirmou Cidinha depois do assassinato.
►LEI ANTICORRUPÇÃO ESTÁ
EM VIGOR
A lei (12.846/13) que permite punir empresas pela prática
de corrupção, completou um ano no final de janeiro, mas ainda não foi
regulamentada pelo Executivo. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a
minuta do decreto que vai regulamentar a norma já está pronta, porém, para
passar a valer, depende da assinatura da presidente Dilma Rousseff, que está
envolvida na restauração de sua base no Congresso. O deputado Carlos Zarattini
(PT-SP) foi o relator da comissão especial da Câmara dos Deputados que discutiu
a proposta que originou a lei e, na avaliação, a falta de regulamentação não
impede a aplicação da norma.
"A regulamentação é principalmente na chamada
dosimetria. Ou seja, quanto é que se deve cobrar de multa em função do tamanho
do crime, do desvio [de recursos públicos]", explica.
Apesar da ausência do decreto não impedir a punição de
empresas corruptas, a não regulamentação, na opinião de alguns especialistas,
pode criar insegurança jurídica e incertezas quanto à fiscalização.
Zarattini destaca, no entanto, que, se necessário, a
Justiça formará um entendimento sobre o assunto.
"Se o Executivo não fizer a regulamentação a tempo do
primeiro julgamento [contra empresas], as decisões judiciais vão estabelecer a
jurisprudência e, portanto, a chamada dosimetria [da pena]."
Segundo o deputado petista, a lei será posta à prova com a
Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção na
Petrobras. Antes da norma, apenas os agentes públicos flagrados eram punidos e
não havia sanção para as pessoas jurídicas corruptoras.
"Nós estamos vendo o juiz Sérgio Moro [responsável
pelo caso] atuando mais sobre as pessoas físicas. Mas achamos imprescindível
que as empresas também sejam enquadradas nessa lei mais recente. Muitas
companhias foram beneficiadas, não só os seus dirigentes", sustenta
Zarattini.
A responsabilização objetiva de empresas envolvidas em
crimes contra a Administração Pública representa uma das principais novidades
da Lei 12.846/13. Antes, as companhias poderiam alegar que a infração foi
motivada por um ato isolado de um funcionário e um servidor público. Com a lei, além de multas de até 20% sobre o
faturamento bruto anual das empresas, pode ser decretada a perda de bens, a
suspensão de atividades e a dissolução compulsória.
A norma também prevê a proibição de recebimento, por parte das companhias corruptoras, de incentivos ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público.
A norma também prevê a proibição de recebimento, por parte das companhias corruptoras, de incentivos ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público.
O texto ainda estabelece tratamento diferenciado em relação
às empresas negligentes no combate à corrupção e àquelas que se esforçam para
coibi-la.
►GOVERNO DÁ CALOTE NO
PRONATEC
As 500 escolas particulares que aderiram
ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), uma
das principais bandeiras do governo Dilma Rousseff na campanha eleitoral
do ano passado, estão sem receber repasses do governo federal desde outubro de
2014. Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, a verba da União
destinada ao programa costumava chegar às escolas nas primeiras semanas do mês,
mas, para a maioria das instituições, o último repasse foi feito em novembro do
ano passado, referente às aulas dadas em setembro. O Ministério da
Educação admitiu o atraso nos pagamentos – e afirmou que foram
liberados 119 milhões de reais para regularizar o fluxo das mensalidades
referentes a 2014.
Diretores de instituições de ensino ouvidos pelo jornal
relatam que a explicação dada pelo governo é o bloqueio dos recursos
públicos. O Ministério da Educação confirmou à Folha a demora no pagamento de janeiro, creditando o fato
ao atraso na aprovação do Orçamento. Nada disse, contudo, em relação aos meses
anteriores. Em nota enviada ao site de VEJA, o ministério afirma que o
pagamento de cada parcela pode ser feito em até 45 dias após o vencimento do
mês de referência.
Algumas escolas afirmam ainda que tiveram de pegar
empréstimos bancários para bancar os custos das aulas – e terão de adiar o
pagamento de professores. Se o problema persistir, elas ameaçam deixar o
programa.
O foco do Pronatec é qualificar mão de obra para o mercado
de trabalho, aumentando o número de vagas de educação profissional oferecidas
em institutos federais, escolas técnicas vinculadas a universidades federais,
redes estaduais e o Sistema S (Senai, Senac, Senar e Senat). Os cursos são
gratuitos.
Ao longo da corrida eleitoral do ano passado, Dilma
tentou consolidar com o Pronatec uma marca de sua gestão na área de
educação, assim como o ProUni foi utilizado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para o eleitorado jovem. Ela chegou a chamar o programa de a
"maior reforma da educação profissional já feita no Brasil". Por isso
também, utilizou-o como objeto constante nas suas agendas de viagens pelo
país durante a campanha.
Confira na íntegra a nota do MEC:
O MEC informa que foram
liberados R$ 119 milhões para regularizar o fluxo de pagamento referente às
mensalidades de 2014 para instituições privadas. A liberação dos repasses este
ano está dentro do previsto, lembrando que o pagamento de cada parcela pode ser
feito em até 45 dias após o vencimento do mês de referência.
As instituições
privadas participam da iniciativa Bolsa-Formação do Pronatec, na oferta de
cursos técnicos subsequentes por meio do Sisutec – Sistema de Seleção Unificada
da Educação Profissional e Tecnológica. O MEC esclarece que as instituições
privadas representam cerca de 7% das matrículas totais do Pronatec. Por meio
dessa ação, foram realizadas cerca de 440 mil matrículas em 2014, além das
cerca de 150 mil iniciadas em 2013.
O pagamento dos valores
é realizado em parcelas, a partir do registro de frequência do beneficiário no
SISTEC pela instituição, bem como da confirmação pelo próprio aluno, com senha
pessoal e intransferível. Em 2014, foram repassados cerca de R$ 640 milhões a
instituições privadas. Atualmente, não há previsão de alteração na forma de
repasse, considerando que a introdução da confirmação de frequência pelo
estudante foi uma inovação que tornou o processo mais transparente e seguro.
►GOVERNO DESLIGA USINA
DE ANGRA
A usina nuclear Angra 1 foi desligada na madrugada desta
quinta-feira (19), após falha num dos condensadores que resfriam o vapor usado
para mover o gerador elétrico, informou a Eletronuclear, empresa do grupo
Eletrobras responsável pela operação. O
desligamento ocorreu às 00h22 desta quinta-feira, para preservar a integridade
de outros equipamentos da usina, como os geradores de vapor, disse a
Eletronuclear.
Ainda não há previsão para religar a usina e as equipes de
manutenção e engenharia da Eletronuclear estão trabalhando para sanar o
problema.
"O condensador não faz parte dos equipamentos situados
na área nuclear e da usina e o evento não apresentou nenhum risco aos
trabalhadores da Eletronuclear, à população ou ao meio ambiente", informou
a Eletronuclear, em nota.
Localizada em Angra dos Reis (RJ) e com capacidade
instalada de 640 megawatts, Angra 1 tem sido importante para ajudar no
fornecimento de energia elétrica ao país em momento de níveis baixos dos
reservatórios e déficit de geração hidrelétrica.
A usina Angra 1 foi desligada também há um mês, no dia 19
de janeiro. Na época, 11 Estados e o Distrito Federal ficaram sem energia.
O governo informou que uma série de usinas geradoras, entre
elas, Angra 1, foram desativadas momentaneamente em parte porque o sistema
havia sido sobrecarregado por excesso de uso de energia no horário de pico. Ainda
segundo o governo, cortes seletivos teriam sido feitos para evitar um corte
maior.
►R$ 550 MIL DE AUXÍLIO
DESEMPREGO
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa recebeu R$ 550 mil mensais de propina por contratos da estatal até um mês
antes de ser preso pela Polícia Federal, dois anos depois de ter deixado a
companhia. Em depoimento da delação premiada, ele contou que os pagamentos
indevidos recebidos nesse período somaram R$ 8,827 milhões, informou o jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, o ex-diretor disse que utilizou
sua empresa, a Costa Global, inicialmente constituída para prestação de
consultoria, para receber vantagens indevidas. Os contratos fictícios, assim
como as notas fiscais, eram elaborados por sua filha.
Pela Costa Global, foram assinados contratos com quatro
empreiteiras acusadas de participar do cartel na Petrobras: Queiroz Galvão,
Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás e Engevix. Segundo Paulo Roberto, essas
empresas parcelaram o pagamento de propina em até 30 vezes, caso da Camargo
Corrêa, que fez repasses mensais de R$ 100 mil.
O ex-diretor contou ainda ter fechado contrato para receber
propina de uma distribuidora de produtos de petróleo que atua no Amazonas para
a construção de um terminal de derivados em Itaquatiara. Por esse negócio, ele
recebeu R$ 3 milhões da empresa, valor que também foi pago em parcelas por meio
de contratos fictícios de serviços de consultoria, relata o Globo.
Ele disse ainda que parte do valor que ganhou com o esquema
da Petrobras foi utilizada na compra de uma casa num condomínio de Mangaratiba
(RJ), no valor de R$ 3,3 milhões, e de uma lancha, ao preço de R$ 1,1 milhão.
►CARDOZO CONFIRMA
ENCONTRO
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou, por
meio de nota, que teve encontro com advogados de empresas envolvidas na
Operação Lava Jato. O ministro, no entanto, sustentou ser “dever do ministro da
Justiça e de quaisquer servidores públicos receber advogados no regular
exercício da profissão conforme determina o Estatuto da Advocacia”.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Cardozo recebeu no ministério advogados da
UTC e da Camargo Correa, que buscavam ajuda do governo para soltar os 11
executivos presos desde novembro. Em nota, o ministro informou que, conforme
registrado em agenda pública, teve reunião apenas com representantes da empresa
Odebrecht, no dia 5 de fevereiro, às 15h30.
No encontro, conforme nota, a empresa teria se queixado de
duas eventuais irregularidades que exigiriam providências do Ministério da
Justiça sem “nenhuma pertinência com quaisquer decisões judiciais tomadas no
caso”. De acordo com o ministério, os advogados foram orientados a protocolar
as representações, que se encontram em tramitação na pasta.
“Em nenhum momento [o ministério] recebeu qualquer
solicitação de advogados de investigados na Operação Lava Jato para que atuasse
no sentido de criar qualquer obstáculo ao curso das investigações em questão ou
para atuar em seu favor em relação a medidas judiciais decididas pelos órgãos
jurisdicionais competentes. Caso tivesse recebido qualquer solicitação a
respeito, em face da sua imoralidade e manifesta ilegalidade, teria tomado de
pronto as medidas apropriadas para punição de tais condutas indevidas”, diz
Cardozo na nota.
Ontem (18), o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno
(PR) ingressou com representação na Comissão de Ética da Presidência da
República solicitando investigação de encontro privado entre Cardozo e o
advogado da UTC Engenharia, Sérgio Renault, e o também advogado Sigmaringa
Seixas.
Para Bueno, as reuniões “não seguiram os preceitos éticos
da administração pública federal e levantam suspeitas, já que Cardozo é
responsável pela Polícia Federal que investiga empreiteiras envolvidas na
Operação Lava Jato”.
►O IMPÉRIO "X" ESTÁ SE DESMANCHANDO
Tal e qual na ficção, em que o Império do Comendador José
Alfredo está em ruínas, a mesma situação, mas na vida real, envolve o ex bilionário
empresário Eike Batista, cujo império girava em torno da letra X. Já está
marcado para dia 26 o leilão de cinco carros de luxo de Eike Batista.
Os
veículos foram apreendidos por conta de uma determinação da Justiça, que
decretou a apreensão dos bens do empresário, que responde pelos crimes contra o
mercado financeiro, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Entre os carros
está o Lamborghini Aventador, avaliado em R$ 2,8 milhões e que decorava a sala
de Eike.
Além do Lamborghini, serão leiloados um Smart Fortwo,
avaliado em R$ 30 mil e três Toyotas Hilux (avaliadas em cerca de R$ 50 mil
cada uma). O leilão será realizado no pátio da Justiça Federal, na Av.
Venezuela, 134, no Centro do Rio. A decisão é do juiz Flávio Roberto de Souza,
titular da 3ª Vara Federal Criminal.
No dia 11, a Polícia Federal apreendeu três embarcações e
três motos náuticas do empresário por determinação da Justiça Federal. Os bens
estavam na casa de Eike Batista, localizada no bairro Vila Velha, na cidade de
Angra dos Reis. No dia seguinte, a PF cumpriu novo mandado de busca e apreensão
na casa da ex-modelo Luma de Oliveira, ex-mulher do empresário Eike Batista, no
Jardim Botânico, na Zona Sul. Na ocasião, foram apreendidos três veículos de
luxo e um não foi localizado.
No último dia 4, a Justiça Federal determinou o bloqueio
dos ativos e bens do empresário, dos filhos e das ex-mulheres, em valores que
superam R$ 3 bilhões. Eike Batista responde a processos por falsidade
ideológica, lavagem de dinheiro e crimes contra o mercado financeiro.
Segundo a decisão, o bloqueio tinha como objetivo, em caso
de condenação do empresário, garantir o pagamento de indenizações e multas a
credores. Ainda segundo a Justiça, os filhos Thor e Olin, Luma e a atual esposa
de Eike, Flávia Sampaio, foram beneficiados com doações do empresário. (Com informações da Agência Brasil)
►CAIXA LIDERA RANKING DE
QUEIXAS
A Caixa Econômica Federal ficou em primeiro lugar no
ranking de queixas contra bancos, com mais de 2 milhões de clientes, pelo
segundo mês consecutivo, em janeiro. A instituição financeira havia liderado as
reclamações também em dezembro. Os dados foram publicados hoje (19) pelo Banco
Central (BC).
A instituição teve 953 reclamações procedentes e índice de
12,78%. Em segundo lugar na lista dos bancos de maior porte, ficou o HSBC, com
112 queixas e índice de 10,99%; em terceiro, o Santander, com 234 queixas e
percentual de 7,44%; em quarto, o Bradesco, com 541 queixas e índice de 7,22%,
e em quinto, o Banrisul, com 25 reclamações e percentual de 6,42%.
O índice representa o número de reclamações da instituição
financeira para cada 1 milhão de clientes. Para chegar ao percentual, as
reclamações são divididas pelo número de clientes do banco e multiplicadas por
1 milhão. A posição da instituição financeira no ranking do BC dependerá do índice, mesmo que tenha sido alvo de
mais reclamações em números absolutos.
As irregularidades relativas à confiabilidade, segurança,
sigilo ou legitimidade das operações ocuparam o primeiro lugar entre as queixas
contra bancos julgadas procedentes. Houve 691 queixas por este motivo em
janeiro. Em segundo lugar, ficou a restrição à execução de portabilidade de
operação de crédito, com 542 queixas.
O terceiro lugar ficou com débito em conta não autorizado
pelo cliente, com 317 menções. Por fim, vieram irregularidades no fornecimento
de documento para liquidar antecipadamente operação de crédito consignado e a
restrição à portabilidade de crédito consignado, que receberam,
respectivamente, 209 e 171 queixas.
A Agência Brasil
entrou em contato com os cinco bancos com mais reclamações. Até o momento, a
Caixa, o Santander e o Bradesco se manifestaram sobre o levantamento. A Caixa
ressaltou que valoriza as reclamações dos clientes e as utiliza para melhorar
os processos de atendimento. Segundo o banco, a redução das reclamações e o
aumento das soluções são prioridades. A instituição financeira disse ainda que
seus serviços e produtos são permanentemente revisados.
O Santander enviou nota afirmando que trabalha continuamente
na melhoria dos seus processos, ofertas e atendimento com o intuito de
torná-los simples e ágeis e melhorar a satisfação e a experiência dos
consumidores com o banco. O Bradesco disse que desenvolve programas de revisão
de processos e sistemas e formação e aperfeiçoamento de funcionários, a fim de
aumentar o nível de satisfação dos clientes. A reportagem ainda aguarda retorno
do HSBC e do Banrisul.
►CPF OBRIGATÓRIO PARA MAIORES DE 16
As pessoas físicas com 16 anos ou mais que constem como
dependentes na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física estão obrigadas a
se inscrever no Cadastro da Pessoa Física (CPF). A instrução normativa da
Receita Federal que prevê a medida foi publicada hoje (19) no Diário Oficial da
União.
As regras para a entrega da declaração do imposto de renda
em 2015 foram divulgadas no último dia 4 e o prazo para entrega do documento
vai de 2 de março a 30 de abril.
Neste ano, o contribuinte poderá fazer um rascunho para
armazenar informações a serem prestadas na Declarações do Imposto de Renda da
Pessoa Física (IRPF). Os dados poderão ser transferidos por meio do aplicativo
do IRPF ao formulário definitivo, posteriormente. O rascunho ficará disponível
no site da Receita Federal.
Está obrigado a apresentar declaração quem recebeu, em
2014, rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 ou rendimentos isentos
– não tributáveis ou tributados somente na fonte – cuja soma seja superior a R$
40 mil. Deve declarar ainda quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na
alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto, ou realizou
operações em bolsas de valores, de mercadorias e futuros. Por fim, quem auferiu
ganhos ou tem bens ou propriedade rurais de acordo com os valores estabelecidos
pela Receita.
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