FOI O AGRONEGÓCIO QUE
SALVOU O
PIB DE 2013
Em 2013, o crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto
(PIB) conseguido graças a colaboração do agronegócio, que, com crescimento de
7%, superou os índices da indústria, dos serviços e da exportação de bens
primários, como minérios de ferro e até automóveis. E o pibinho de 2,3% foi criticado
quinta-feira (27)) pelo líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).
Em discurso no plenário, o líder tucano acusou o governo de não fazer os
investimentos necessários em infraestrutura, especialmente o setor energético,
o que colabora para o baixo crescimento econômico.
“Com esse grau de descaso com um dos setores vitais para
o desenvolvimento de qualquer economia, que se repete em relação à
infraestrutura de modo geral, não é de se estranhar quando aquilo que deveria
ser o prometido pibão, bem grandão, se revela um frustrante e medíocre
pibinho”, disse Ferreira.
O líder oposicionista afirmou que o baixo crescimento da
indústria petrolífera fez cair o desempenho da indústria em geral e que, mais
uma vez, o crescimento da agricultura, que foi 7%, “salvou” a economia
brasileira. “Mais uma vez, a agricultura brasileira garantiu que o resultado do
PIB não fosse pior. Essa agricultura e o agronegócio, tão duramente castigados
por esse aliado ruidoso do governo, que é o MST [Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra]”, disse Aloysio Nunes Ferreira.
A ex-ministra da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann
(PT-PR), saiu em defesa do governo. Ela lembrou que o investimento cresceu e
que a economia brasileira teve desempenho melhor que a dos países desenvolvidos.
“Nosso investimento cresceu mais do que nosso Produto Interno Bruto, mostrando,
sim, que, nos últimos anos, tem sido o investimento brasileiro que puxa o
crescimento do país. É importante dizer que o crescimento de 2,3% do PIB
brasileiro é maior do que o crescimento americano, de 1,9%; maior do que o do
Reino Unido, de 1,9%; maior do que o do Japão, de 1,6%; maior do que o da
Alemanha, de 0,4%. Portanto, não há que se falar em pibinho”, disse a senadora.
Gleisi Hoffmann, que discursou logo depois do líder
tucano, ressaltou que o mundo todo está em crise e que o Brasil se insere nesse
contexto. Entretanto, na opinião dela, o país tem enfrentando a crise com
“altivez”, gerando empregos e mantendo a política de inclusão social. A
ex-ministra criticou economistas e jornais que avaliavam que o país entraria em
recessão técnica apresentando números negativos por dois trimestres
consecutivos. Para Gleisi, essas pessoas torceram contra e não estão
sintonizadas com os investidores estrangeiros que têm apostado no Brasil. (Com a Agência Brasil)
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