domingo, 13 de julho de 2014

POLÍCIA APURA SE ADVOGADO
AJUDOU NA FUGA DE WHELAN 
O Chefe da Polícia Civil do Rio de janeiro, delegado Fernando Veloso, classificou de problemática e cogitou abrir um procedimento de investigação contra a conduta do advogado de Raymond Whelan, diretor da empresa Match que está foragido da justiça por suspeita de participação em um esquema de venda ilegal de ingressos para a copa do mundo.
 O advogado teria saído do Hotel Copacabana Palace com o cliente, que é considerado foragido da justiça. Veloso também rebateu críticas da empresa parceira da Federação Internacional de Futebol (FIFA), que havia chamado a prisão do diretor de arbitrária e ilegal.
"Pessoas que são alvo de investigação da polícia não a elogiam. Isso é normal e faz parte do nosso dia a dia, desde que seja uma crítica respeitosa. O problema é na conduta do advogado, quando ele dá fuga ao seu cliente. O advogado pode assessorá-lo e deve assisti-lo, e pode até orientá-lo, se achar melhor, para que ele não se apresente em determinado momento. Mas, segundo o delegado do 18º Distrito Policial, há indicativos de que o advogado teria saído do Copacabana Palace com o cliente. Ele teria, inclusive, levado a informação do mandado de prisão. Aí, a conduta do advogado merece ser avaliada e, salvo engano, deve haver procedimento instaurado nesse sentido".
Veloso afirmou que, durante uma reunião no Hotel Sofitel, na quinta (10), recebeu um pedido de membros da FIFA para avisar à delegacia responsável pelo caso que Whelan se apresentaria no período da noite, o que não aconteceu. O chefe da Polícia Civil disse que a Fifa está colaborando com as investigações e reafirmou que o diretor da Match é considerado foragido pela justiça. "as pessoas que, por ventura, estejam ajudando o senhor Whelan a se subtrair da ação da justiça também podem estar tendo uma conduta criminosa. É importante que se diga isso".
De acordo com Fernando Veloso, o Disque-Denúncia recebeu ligações com informações que poderiam levar ao paradeiro do britânico, mas elas não se confirmaram. Policiais civis já conferiram endereços na sesta à noite e neste sábado pela manhã, e o delegado preferiu não "fazer conjecturas" sobre a possibilidade do britânico fugir do país, mesmo com o passaporte apreendido. "Prefiro não me antecipar a isso", disse ele, que afirmou ter entregue as informações do processo à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e a todas as bases de dados convenientes para impedir a saída dele do brasil.
Veloso afirmou que as investigações continuam, com policiais civis transcrevendo e traduzindo as ligações interceptadas. "É claro que esta situação é tormentosa. Esta investigação está acontecendo em um momento conturbado. Ela deve ser concluída com essas pessoas aqui, sob pena de elas já terem saído do país e o cumprimento da lei brasileira se tornar mais difícil. Então, algumas informações a polícia precisa com uma certa celeridade".

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