PSDB PEDE AUDITORIA
ESPECIAL DO
RESULTADO DAS
ELEIÇÕES AO TSE
O PSDB entrou hoje (30) no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) com um pedido de auditoria especial do resultado da eleição presidencial.
Em nota divulgada à imprensa, o partido diz que tem “absoluta confiança” de que
o tribunal garantiu a segurança do pleito, mas pretende tranquilizar eleitores
que levantaram, por meio das redes sociais, dúvidas em relação à lisura da
apuração dos votos.
O PSDB pede que o TSE crie uma comissão formada por
integrantes dos partidos políticos para fiscalizar todo o processo eleitoral,
desde a captação até a totalização dos votos. O partido não pede a recontagem
dos votos.
O resultado oficial das eleições para a Presidência da
República foi proclamado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Dias Toffoli, na terça-feira (28). A candidata do PT à reeleição, Dilma
Rousseff, obteve 51,64% dos votos válidos e Aécio Neves, do PSDB, recebeu
48,36%.
Com a homologação do resultado, Dilma poderá ser
diplomada pela Justiça Eleitoral. A data ainda não foi definida pelo TSE, mas a
diplomação tem de ocorrer até 19 de dezembro, prazo estipulado pela Lei
Eleitoral. (Com Agência Brasil)
MPE QUER CASSAR DIPLOMAS
DE DEPUTADOS EVANGÉLICOS
A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro
(PRE/RJ) quer a cassação dos diplomas do deputado federal reeleito Francisco
Floriano (PR) e do recém-eleito deputado estadual Milton Rangel (PSD). Para
isso, propôs três ações que atingem também três religiosos das igrejas Mundial
do Poder de Deus e Universal do Reino de Deus. Todos vão responder por abuso de
poder econômico em virtude de terem usado templos em atividades da campanha
eleitoral, o que não é permitido pela legislação. Segundo a PRE/RJ, os réus
serão julgados por buscarem votos em celebrações religiosas, e ficam sujeitos à
declaração de inelegibilidade por oito anos.
Um dos religiosos é Leonardo Carlos Machado, o pastor
Léo, da Igreja Mundial do Poder de Deus, em Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense. Fiscais da Justiça Eleitoral apreenderam panfletos, cartões e
adesivos que divulgavam as candidaturas de Floriano e Rangel.
Os bispos Daniel Santos e Junior Reis, da Igreja
Universal, também são réus. A acusação contra eles é de uso dos templos de Del
Castilho, na zona norte, e de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para promoção
dos candidatos a governador Marcelo Crivella (PRB), a deputados federais
Roberto Sales e Rosângela Gomes (PRB) e a deputados estaduais Tia Ju (PRB) e
Benedito Alves (PMDB). De acordo com a PRE/RJ, uma gravação feita por equipe de
reportagem do jornal O Globo
foi incluída nos autos do processo como prova do ato abusivo.
As ações movidas pelo procurador regional eleitoral,
Paulo Roberto Bérenger, foram protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-RJ). Para ele, os templos não podem ser transformados em comitês
eleitorais. “Em uma democracia, a liberdade religiosa é plena, o que é
inadmissível é a transformação de templos religiosos em comitês eleitorais”,
analisou.
No período eleitoral foram ajuizadas cerca de 580 ações
por propaganda irregular e 20 ações de investigação judicial eleitoral contra
candidatos, que podem, conforme o órgão, levar à inelegibilidade e até mesmo à
cassação do diploma. O trabalho para coibir abusos e irregularidades nas
campanhas terminou nas ações, que se basearam em denúncias recebidas pela
PRE/RJ e no material apreendido pela fiscalização do TRE/RJ. O procurador
informou que mesmo passado o prazo de ajuizamento de representações, a
Procuradoria continua recebendo os relatórios.
“As irregularidades cometidas foram muitas, tanto que
mesmo após o término do prazo para ajuizamento de representações por propaganda
irregular, que é o dia da eleição, a PRE/RJ continua recebendo os relatórios”,
disse ele. (Com Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário