PARA GARANTIR LEILÃO DO PRÉ
SAL
EXÉRCITO OCUPA A BARRA DA
TIJUCA
As tropas do
Exército já estão posicionadas em frente ao Hotel Windsor Barra, no Posto 4 da
Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, onde nesta
segunda-feira, a partir das 14h, ocorrerá o primeiro leilão de Libra, do
pré-sal da Bacia de Santos, atendendo às novas regras do modelo de partilha.
Os militares
ocupam a entrada do hotel desde a meia-noite de hoje (20), equipados com
escudos e armas não letais. A tropa está preparada para agir em casos de
manifestações, que estão sendo convocadas pelos petroleiros em greve e pelos
movimentos sociais que apoiam a paralisação, contrários ao leilão da camada do
pré-sal. Os petroleiros estão parados, por tempo indeterminado, desde
quinta-feira (17).

A segurança na
região da Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão, será feita pelo Exército,
com o reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar. O
patrulhamento ostensivo começou na madrugada de deste domingo (20), na faixa do
litoral e nas vias do entorno do Hotel Windsor. A área de atuação das forças de
segurança está delimitada pelas avenidas Lúcio Costa, Érico Verissímo, Armando
Lombardi, Afonso Arinos de Melo Franco e o Canal de Marapendi.
O efetivo total
empregado na operação é formado por cerca de 1.100 homens, entre militares e
policiais federais e estaduais, policiais civis, guardas municipais e
funcionários públicos. Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) pede aos
motoristas que evitem a região entre hoje e amanhã, por causa de retenções no
tráfego nas vias próximas ao hotel.
De acordo com o
assessor de imprensa do CLM, coronel Roberto Itamar, "as coisas estão
acontecendo progressivamente", com o efetivo total a ser empregado até o
início da manhã desta segunda-feira.
O comando das
operações está a cargo do general Lundgren, coordenador do Centro de Operações
do Comando Militar do Leste e pelo general Nolasco, comandante da 9ª Brigada de
Infantaria Motorizada, sediada no Rio de Janeiro. (ABr).
►GREVISTAS PARARAM A REDUC
Os petroleiros
completam neste domingo (20) o quarto dia de paralisação da greve nacional por
tempo indeterminado convocada contra o leilão do Campo de Libra, na camada do
pré-sal; pelo acordo coletivo de trabalho que está em negociação com a
Petrobras; e contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, em tramitação na Câmara dos
Deputados, que pretende expandir a terceirização da mão de obra no país.
O Sindicato dos
Petroleiros de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, obteve no sábado (19)
uma liminar na Justiça que garante a saída dos petroleiros que estavam
trabalhando há mais de 12 horas na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). A decisão
da Justiça determina que, caso os trabalhadores permanecessem após esse período
no local de trabalho, a Petrobras seria obrigada a pagar multa de R$ 10 mil por
hora, por trabalhador.

De acordo com o
presidente do sindicato, Simão Zanardi, duas unidades da Reduc estão
completamente paralisadas: a unidade de parafina, que serve para o uso de
produtos parboilizados, como o arroz e outros tipos de alimentos, e também na
indústria de tinta, borracha e pneus; e ainda a unidade de destilação de óleo
lubrificante.
O
coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antonio
Moraes, disse que os petroleiros vão priorizar uma manifestação para esta segunda-feira
(21), entre as 8 e as 9h, em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, onde os
petroleiros estão acampados. Moraes disse que uma manifestação nas proximidades
do hotel onde ocorrerá o leilão, no Rio, é praticamente impossível,
"devido ao uso da tropa de guerra montada pelo Exército".
O dirigente disse
ainda que a Petrobras convocou também para esta segunda,21,) às 10h, na sede da
empresa no Rio, uma reunião para tratar da data-base dos petroleiros. No
documento, a Gerência de Recursos Humanos da estatal informa que apresentará
nova proposta para o acordo coletivo de trabalho 2013.
Os trabalhadores
reivindicam reajuste salarial de 16,53%. A Petrobras ofereceu até agora um
aumento de 6,09% (variação do IPCA) no salário-base, além de 7,68% na
remuneração mínima por nível e regime (RMNR) e um abono equivalente a uma
remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior. (ABr).
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