TERCEIRIZAÇÃO COLOCA EM RISCO
A OPERAÇÃO NO CAMPO DE LIBRA
“Enquanto
Petrobras e coligadas têm um quadro de cerca de 83 mil trabalhadores, o número
de terceirizados para prestação de serviços beira 350 mil. Isso mostra que a
operação não ficará necessariamente nas mãos da Petrobras, apesar de a
legislação a colocar como operadora única”, disse à Agência Brasil o diretor da
FUP.
A preocupação
abrange também as condições de trabalho. “Terceirizar significa subcontratar e
precarizar as condições de trabalho. Para ter uma ideia, 78% das 300 mortes de
trabalhadores registradas nos últimos 15 anos foram de terceirizados. É
evidente que a exploração corre risco de ser feita por meio da precarização do
trabalho”, acrescentou Oliveira.
A FUP defende,
como formato para exploração do Campo de Libra, que todo o empreendimento seja
conduzido pela Petrobras. “Esse modelo [partilha] provavelmente colocará na
posição de acionista majoritária [do Campo de Libra] uma empresa chinesa com
mais de 700 mil empregados. E, se ela for majoritária, será ela quem ditará as
regras”, argumentou Oliveira.
As reservas do
Campo de Libra são estimadas em cerca de 15 bilhões de barris de petróleo. Com
o regime de partilha, a Petrobras será a operadora única dos poços e terá
participação mínima de 30% do empreendimento. Contatada pela Agência Brasil para
comentar as declarações do diretor da FUP, a Petrobras respondeu que não se
manifestará sobre assuntos relacionados ao leilão de Libra. (ABr)
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