REVALIDA REPROVOU MAIS DE 90%
DOS
MÉDICOS FORMADOS NO
EXTERIOR
O Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou
nesta segunda (28), o resultado da etapa na internet. Menos de 10% dos
candidatos foram aprovados na primeira fase do Exame Nacional de Revalidação de
Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). Segundo a autarquia, 155 dos 1.595 médicos
com diploma estrangeiro foram aprovados, 9,7% do total.
Os candidatos
ainda terão que ser aprovados na segunda etapa do exame para ganhar o direito
de atuar livremente no país. Eles devem pagar, até 4 de novembro, uma taxa de
R$ 300. O Revalida é aplicado anualmente desde 2011 e tem a participação 37
instituições de educação superior públicas. Este ano, o exame ganhou destaque
com o Programa Mais Médicos do governo federal. Até então, todo médico estrangeiro
deveria ter o diploma revalidado. Pelo programa, no entanto, eles podem atuar
apenas na atenção básica com registro provisório emitido pelo Ministério da
Saúde.
Os candidatos que
se submeteram ao Revalida fizeram as provas objetiva e discursiva em agosto. Na
segunda etapa, eles serão avaliados quanto às habilidades clínicas. Entram na
avaliação conteúdos e competências das cinco áreas de exercício profissional:
cirurgia; medicina de família e comunidade; pediatria; ginecologia e
obstetrícia; e clínica médica.
No final de
setembro, o Inep alterou o calendário do Revalida. O resultado da primeira fase
seria divulgado no dia 26 de setembro. A data da aplicação da segunda etapa foi
adiada de 19 e 20 de outubro para 30 de novembro e 1º de dezembro. O resultado
individual da segunda etapa será divulgado no dia 23 de dezembro.
O exame é
conhecido pelo alto grau de dificuldade. No ano passado, o índice de aprovação
variou entre 6,41% de aprovação entre estudantes bolivianos (o mais baixo) e
27,27% de aprovação entre os venezuelanos (o mais alto). Os brasileiros com
diploma estrangeiro também são obrigados a fazer o exame para trabalhar no país
– o índice de aprovação deles no ano passado alcançou 7,5%, inferior ao
resultado de 2011 (7,89%).
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