quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

GOVERNO PREPARA SOCORRO
DE R$ 7 BI PARA A PETROBRÁS 
Para reforçar o caixa da Petrobras, que enfrenta dificuldades diante do escândalo revelado pela Operação Lava Jato, o governo prepara uma operação de socorro. Por meio de uma engenharia financeira, a estatal poderá vender no mercado, com garantia do Tesouro, títulos lastreados em uma dívida de 9 bilhões de reais que a Eletrobrás tem com a empresa. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a operação deve render à petroleira uma captação no mercado de 7 bilhões de reais.
De acordo com técnicos, investidores devem se interessar pelos títulos, já que, em último caso, o governo bancaria o pagamento. Apesar disso, a estatal pode enfrentar resistência por parte de alguns participantes do mercado, já que não tem auditado seu balanço do terceiro trimestre, que deve ser divulgado na sexta-feira. 
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reforçou que os títulos serão emitidos pela Petrobras com base em documento assinado pela Eletrobrás, com garantia do Tesouro. A emissão deve sair ainda neste ano, segundo o ministro. Nesta quinta-feira à tarde, o Conselho de Administração da Eletrobrás havia convocado uma reunião em Brasília e a expectativa é que o acordo seja fechado durante esse encontro.
A dívida da Eletrobrás vem da compra de combustíveis da Petrobras para operar usinas térmicas na região Norte, ainda não interligadas ao sistema elétrico nacional. Cerca de 70% do débito, ou 6 bilhões de reais, deveria ser financiado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Mas, a partir de negociações feitas pelo governo, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tomará medidas para viabilizar a quitação dessa parcela da dívida.  
Um detalhe chama a atenção: tanto a Petrobrás, quanto a Eletrobrás são vinculadas ao Ministério de Minas e Energia, comandado pelo ministro Edson Lobão, que integra o círculo de amigos do senador José Sarney, que desistiu de tentar uma nova reeleição. Se as duas empresas são comandadas por Edson Lobão, como o ministro não se antecipou ao problema da falta de recurso na Eletrobrás, obrigada pelo Governo a se associar aos projetos de novas hidrelétricas no País,

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