APESAR DAS TORNEIRAS SECAS
40% DA ÁGUA SOME PELO RALO
Diante da mais grave crise hídrica de toda a história do
país, o debate sobre as alternativas emergenciais já não exclui a hipótese de
racionamento da oferta de água nas principais regiões metropolitanas, a começar
pela região Sudeste. Apelos por ajuda à população também se multiplicam, assim
como campanhas para que as pessoas economizem água.
Cada gota de água poupada é importante e gestos simples
devem ser estimulados, como o fim de banhos demorados e a suspensão da lavagem
de calçadas e carros. É necessário lembrar, porém, que os domicílios recebem
apenas 10% da água coletada e tratada e que estudos indicam um problema ainda
maior: o alto índice de perda de água nas próprias redes de distribuição,
estimado em 37,5%, na média nacional.
Foi o que mostrou a edição de dezembro de 2014 da revista Em Discussão!, publicada pela
Secretaria de Comunicação do Senado. O desperdício de água já tratada
representa uma perda de mais de R$ 10 bilhões por ano, segundo estudo que
resultou de parceria entre o Instituto Trata Brasil e a Universidade de São
Paulo (USP), publicado em março de 2013. Além de agravar a escassez hídrica,
essas perdas dificultam novos investimentos em abastecimento e saneamento,
limitando a oferta de serviços essenciais à população.
A explicação, em boa parte, está nas tubulações antigas e
mal conservadas, por onde a água escorre sem controle. Com desperdício tão
elevado, as companhias acabam retirando do ambiente mais água do que realmente
a população necessita. Além disso, há roubos e ligações clandestinas, ausência
de medição ou medições incorretas, com impacto considerável sobre o faturamento
das empresas.
Eduardo Suplicy (PT-SP), que está se despedindo do Senado,
considera inaceitável tanto desperdício. Por isso, cobra investimentos de todos
os governos no combate às perdas físicas, por meio da troca de equipamentos,
tubulações, hidrômetros e válvulas e redutores de pressão. Além disso, pede a
execução de permanente varredura atrás de fraudes, com uso de equipamentos de
alta tecnologia.
Segundo estratégia traçada pela Agência Nacional de Águas
(ANA), na publicação Atlas Brasil —
abastecimento urbano de água,
todos os municípios teriam condições de reduzir as perdas para patamar de 30%
até 2025. Para que essa meta possa ser alcançada, o órgão defende a aplicação
de R$ 834 milhões em ações diversas.
Com redução de apenas 10% nas perdas, as operadoras já
agregariam R$ 1,3 bilhão anuais às suas receitas. É o que indica o estudo do
Instituto Trata Brasil e da USP, intitulado Perdas de Água: entraves
ao avanço do saneamento básico e riscos de agravamento à escassez hídrica no
Brasil.
"As perdas fazem com que mais água tenha que ser
retirada da natureza para cobrir a ineficiência. É preciso que governo federal,
governadores e prefeitos lutem por reduções de perdas desafiadoras, pois
certamente resultarão em recursos financeiros para levar água potável e
esgotamento sanitário a quem não tem", avalia Édison Carlos,
presidente-executivo do Instituto Trata Brasil. (Com Agência Senado)
►SEGURO
DESEMPREGO NA MOCHILA DE DILMA
Reportagem
da Folha desta segunda (26) informa que o governo já havia decidido dificultar
o acesso ao seguro-desemprego em meados do ano passado, mas deixou para
anunciar a medida só depois da eleição.
Essa
revelação “bomba” desmonta duas teses defendias pelas liderança do PT, em
espeical aos ligdos ao ex chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu.
A
primeira, a de que as mudanças nas regras do seguro desemprego já eram estudadas
e Dilma estava decidia a fazê-las, mas, por motivo estritamente eleitoral,
adiou o seu anúncio. Assim, fica caracterizado o estelionato eleitoral
denunciado pela oposição, mas negado pelo PT.
A
segunda tese lulista que vai por terra é a de que o “ataque aos direitos dos
trabalhadores” seja de autoria da equipe econômica, comandada por Joaquim Levy.
Aliás,
nesta segunda-feira (26), a ex ministra das Comunicações de Dilma, que nas horas
vagas atua como jornalista, Tereza Cruvinel, publicou em seu blog ligado ao
diário eletrônico Brasil-247, uma nova crítica à Dilma, acusando a Presidente da
República de se omitir diante do bombardeio da oposição e dos próprios
petistas, principalmente sobre a crise energética, provocada pela falta de
chuvas. Com os reservatórios à beira do colapso, diversas geradoras já
desligaram as turbinas, o que reduz a oferta de energia mais barata, o que
obriga as distribuidoras a comprarem energia térmica, muito mais caras, o que
inviabiliza a sobrevivência dessas empresas, que já devem alguns bilhôes de
reais ao BNDES.
►BALA DE PRATA NO
PETROLÃO
Como diria aquele
filósofo bissexto do ABC paulista, nunca na história deste País um grande
empresário sentiu o mal cheiroso odor de uma cela, mesmo que seja na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Por isso, não causou
muito burburinho a tese da defesa dos empreiteiros – flagrados distribuindo
dinheiro entre altos funcionários da Petrobrás e que hoje cumprem prisão
preventiva nos xadrezes da PF na capital paranaense – de que os donos das
grandes construtoras não passam de “pés-de-chinelos” que foram chantageados por
funcionários graduados da estatal do petróleo.
Neste fim de semana,
surgiu, finalmente, a “bala de prata” que poderá salvar da cadeia os CEOs das
grandes empreiteiras como OAS, Camargo Correia, Andrade Gutierrez e quejandos.
Trata-se de um e-mail, guardado em local seguro (talvez num dos cofres do
Pentágono),
Em entrevista, o
criminalista Alberto Toron afirma que uma das empresas guarda na manga um e-mail para
provar a coação de um “funcionário graduado” da estatal.
‘Por enquanto, só posso dizer que os funcionários da
Petrobras não podem ser tratados como anjinhos, como coitadinhos. Não dá. Houve
uma postura ativa de pedir dinheiro, de exigir dinheiro. Isso é incontestável’,
disse.
►MUITO BREU NO FIM DO
TÚNEL
O Instituto Teotônio Vilela, órgão formulador de políticas
públicas para o PSDB, partido comandado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG),
divulgou estudo neste domingo em que aponta um suposto colapso do setor
elétrico e um Brasil "sem energia para crescer".
Segundo os estudos, o apagão, que deixou pelo menos 11
estados e o Distrito Federal no escuro no último dia 19, coroa os fiascos de um
modelo imposto ao setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que
ocupou o ministério de Minas e Energia, passando pela Casa Civil e,
especialmente, já como presidente da República, ela esmerou-se em não deixar
pedra sobre pedra no nosso sistema de produção de energia. As consequências, só
a escuridão que deixou milhões de brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil
não dispõe hoje de energia suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142
apagões no país
O episódio foi apresentado na versão oficial como um
"corte preventivo" para evitar um apagão de proporções gigantescas.
Ou seja, o sistema apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo
em alta, ao mesmo tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está
estrangulada pela falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e
pelo mau planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção.
A produção com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras
de expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de
cronograma.
Mesmo com a série crise hídrica que o país enfrenta desde o
ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e,
principalmente, de racionamento - que só acontecem como fruto de "barbeiragens",
segundo ensinava Dilma ainda como ministra-chefe da Casa Civil. Mas a
perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um consumo
ainda indomado, a população passe a conviver com constantes contratempos de
falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de 4,9%, no limite do
aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em torno de 40%.
►APAGÃO: UMA TRAGÉDIA
ANUNCIADA
Ainda segundo os
estudos do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, em setembro de 2012, na
véspera do Dia da Independência, Dilma convocou rede nacional de rádio e
televisão e transformou a ocasião em palanque eleitoral. Dedicou seu longo
pronunciamento a anunciar "a mais forte redução de tarifa elétrica já
vista neste país". Em média, as contas para o consumidor seriam reduzidas
em 18%. Ocorre que, já naquela época, os reservatórios estavam baixando
rapidamente, projetos de geração de hidrelétricas e térmicas já estavam
atrasados e o país começava a flertar com a escassez de energia – o que,
definitivamente, não combina com preço em queda.
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A redução de 18% na conta de luz de 2012 se transformou num desastre |
A redução das tarifas, foi obtida à custa da renovação forçada
de contratos de concessão, em condições muito desvantajosas para as empresas,
que ficaram sem recursos para investir. As estatais federais foram obrigadas a
aceitar e apenas as geradoras controladas pelos governos de Minas Gerais, São
Paulo e Paraná disseram "não", para evitar que seus negócios fossem
tragados pelas cláusulas draconianas impostas pela intervenção intempestiva do
governo. Vale registrar que, juntas, essas empresas haviam sido responsáveis
por cerca de 70% de toda a capacidade de geração e transmissão no país desde
1999.
A estrutura de subsídios e tributos incluídos nas contas de
luz também foi revista. Desde então, o setor elétrico entrou numa espiral de
problemas. Empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras viram suas
receitas minguarem, seus balanços se desequilibrarem e foram forçadas a pisar
no freio dos investimentos. O setor entrou em marcha lenta, enquanto a
Eletrobrás mergulhou numa crise sem precedentes. A estatal de energia abriu
plano para desligar 25% de sua mão de obra e vender parte de seus ativos, mas
nem isso impediu que acumulasse prejuízo de R$ 13 bilhões nos últimos dois
anos. As mudanças comprometeram a capacidade da empresa de investir no sistema
por muitos e muitos anos, já com reflexo nos leilões de 2013 e 2014, cuja
capacidade leiloada caiu 60%.
►SUBSÍDIOS DISFARÇADOS NA CONTA DE LUZ
Ainda segundo o Instituto Teotônio Vilela, além de minar a
capacidade de investimento das principais empresas do setor, a intervenção saiu
custosa. A exemplo do que fez com a Petrobrás, que importava combustíveis a
preço de mercado e era obrigado a vender no mercado interno com tabela
congelada, o governo decidiu fazer seguidos aportes de recursos para
cobrir rombos que as empresas acumulavam ao comprar energia mais cara no
mercado para honrar contratos de fornecimento firmados com consumidores.
Os
subsídios concedidos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético somaram R$
31,4 bilhões - deste valor, R$ 19,5 bilhões referem-se a desembolsos feitos
pelo Tesouro. Os custos totais da barbeiragem superam R$ 114 bilhões.
Pior é que nem as tarifas baratinhas resistiram. No ano
passado, segundo o IBGE, os preços de energia tiveram alta média de 17%
(chegando, em alguns casos, a 36%), eliminando quaisquer resquícios da redução
forçada de 2013. Neste 2015, a pancada será ainda mais forte. O governo decidiu
que não irá mais cobrir os rombos dos desequilíbrios gerados pelo modelo criado
por Dilma e passará a repassá-los integralmente para as contas de luz. Com o
novo sistema de formação de preços, estima-se que os reajustes neste ano
fiquem, em média, em 40%. A intervenção petista está doendo no bolso dos
brasileiros.
►UMA SAÍDA POSSÍVEL PARA A CRISE
Para o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, é
simplesmente inaceitável que um país com a diversidade energética do Brasil
esteja neste momento vivendo seguidos apagões e discutindo a possibilidade de
racionamento.
Para o líder a oposição no Senado, o grande desafio é
transformar a riqueza energética que a natureza nos deu em vantagem competitiva
– o que não nos libera para negar as dificuldades, o momento de escassez e
simplesmente apelar para a intervenção divina, como fez o ministro de Minas e
Energia.
“O PT criou o problema e gerou uma conta que agora os brasileiros
estão sendo chamados a pagar. É mais um estelionato eleitoral da lavra de Dilma
Rousseff e mais uma das muitas barbeiragens decorrentes das equivocadas
políticas petistas – reafirma Aécio.
►DELAÇÃO PREMIADA
REPAGINADA
Defensor do instituto da delação premiada, o procurador
regional da República, Vladimir
Barros Aras, afirma que o nome correto do acordo é “colaboração
premiada”. Ele destaca que a expressão “delação premiada” carrega uma “carga
simbólica de preconceitos”. Ele entende, ainda, que o termo não é capaz de
descrever “toda a extensão do instituto, que não se limita à mera delatio”.
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Procurador Vladimir Barros Aras |
“Não se trata de estímulo à "traição", como
certos comentaristas acreditam, mas de ferramenta do direito premial, que
encontra símile em outros institutos jurídicos”, frisa, em entrevista à
revista eletrônica Consultor
Jurídico, respondida por e-mail.
Nascido em Salvador, em 1971, Vladimir Aras é mestre em
Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco, e professor de
Processo Penal na Universidade Federal da Bahia. Membro do Ministério Público
Federal, especializou-se em Crime Financeiro e em Crime Organizado.
É secretário de Cooperação Jurídica Internacional da Procuradoria-Geral da
República e membro do Grupo de Trabalho em Crime Organizado da PGR. Já fez
parte também do Grupo de Trabalho em Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros
da Procuradoria. Integrou a força-tarefa do MPF no caso Banestado, o primeiro
dos grandes escândalos financeiros investigados pelo Ministério Público.
De acordo com Vladimir Aras, o modelo brasileiro de
colaboração premiada foi desenvolvido pelo próprio MPF, no caso Banestado. “A
prática dos acordos escritos, clausulados, firmados após negociação entre o
Ministério Público e a defesa surgiu ali, em meados da década passada, a partir
de modelo de minha autoria e do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima”,
esclarece.
Para Aras, a colaboração premiada é só uma dessas
ferramentas, um dos tantos meios de obtenção de prova regulados pela Lei
12.850/2013 ou pelo Código de Processo Penal. Não é nem pretende ser a
"salvação do mundo", mas é um importante instrumento para o
rompimento da omertà, isto
é, o silêncio mafioso, que mantém impunes esquemas criminosos de todos os
tipos. Há um certo viés preconceituoso na doutrina brasileira contra esses
meios especiais de obtenção de prova. Critica-se o uso de interceptações
telefônicas; ataca-se a colaboração premiada. Recrimina-se o emprego de escutas
ambientais. Busca e apreensão também não pode, porque é "invasão". As
quebras de sigilo bancário são abusivas. O que sobra? A prova testemunhal?
►CERVERÓ DESISTE DE
DILMA COMO TESTEMUNHA
A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras
Nestor Cerveró, preso durante a Operação Lava Jato, voltou atrás e pediu à
Justiça Federal que a presidenta Dilma Rousseff seja excluída do rol de
testemunhas. Em documento protocolado mais cedo, o advogado Edson Ribeiro pediu
que a presidenta fosse intimada.
Na nova petição, Ribeiro afirmou que a oitiva de Dilma não
é necessária, porque a compra de sondas de perfuração não passou pelo Conselho
de Administração, chefiado pela presidenta no momento da compra.
A defesa de Cerveró arrolou oito testemunhas de defesa na
ação penal em que o ex-diretor é acusado de receber propina para facilitar a
compra de sondas de perfuração, entre elas a presidenta Dilma e o ex-presidente
da estatal José Sergio Gabrielli.
Na ação penal, além de Cerveró, foram denunciados o doleiro
Alberto Youssef; o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano;
e Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção. Na denúncia, o
Ministério Público (MP) sustenta que Cerveró, Soares e Júlio Camargo acertaram
o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
De acordo com o MP, houve pagamento de US$ 15 milhões, em
2008, para que a Petrobras contratasse um navio-sonda a ser usado na perfuração
de petróleo em águas profundas na África. O valor do contrato era US$ 586
milhões. Segundo a denúncia, após a confirmação de que a propina seria paga,
Cerveró atuou para fechar o negócio com o estaleiro Samsung Heavy. Após o
acerto, Fernando Soares recebeu os valores indevidos e repassou parte para
Cerveró. (ABr)
►BALANÇA COMERCIAL
SEGUE NEGATIVA EM 2015
A balança comercial – diferença entre exportações e
importações – registrou déficit de US$ 868 milhões na quarta semana de janeiro,
informou, há pouco, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior. O resultado elevou para US$ 2,33 bilhões o déficit acumulado no ano.
Apesar do desempenho negativo, o déficit da balança
comercial está menor do que no mesmo período do ano passado. Nas quatro
primeiras semanas de 2014, o país tinha importado US$ 3,651 bilhões a mais do
que tinha exportado. Tradicionalmente, o indicador registra resultados
negativos em janeiro.
A queda no déficit é explicada pelo fato de as importações
estarem caindo em ritmo maior que as exportações. No acumulado do ano, o país
exportou US$ 10,557 bilhões, queda de 9,4% pela média diária em relação a
janeiro de 2014. As importações somaram US$ 12,887 bilhões, com recuo de 11,8%,
também pela média diária.
A queda nas exportações nas quatro primeiras semanas de
janeiro está sendo puxada pelos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 18%
principalmente por causa de automóveis, óleos combustíveis, motores e geradores
elétricos.
As vendas de produtos semimanufaturados subiram 3%,
impulsionadas pelo óleo de dendê em bruto, semimanufaturados de ferro ou aço e
ferro fundido. As exportações de produtos básicos caíram 6%, por causa de
minério de ferro, carne bovina, carne suína e arroz em grão.
Segundo o ministério, nas importações, o recuo foi maior
nas compras de cereais (-40,7%), de combustíveis e lubrificantes (-33,3%), de
veículos automóveis e partes (-24,4%) e de leite e derivados (-20,7%).
►INFLAÇÃO FUTURA SOBE
PARA 6,99%
Os investidores e analistas do mercado financeiro continuam
vendo a inflação resistente em 2015. Eles elevaram para 6,99% a projeção de
fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, a quarta
alta consecutiva. O teto da meta da equipe econômica para o IPCA é 6,5%. O
mercado também voltou a reduzir a projeção de crescimento da economia em 2015,
de 0,38% para 0,13%. Os dados são do boletim Focus, divulgado hoje (26) pelo Banco Central (BC).
O levantamento da última semana também voltou a elevar a
estimativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do
governo. De 8,2%, a projeção passou a 8,7%. Com relação à taxa básica de juros,
a Selic, a previsão para 2015 permanece em 12,5% ao ano. Em reunião na última
quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar
a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,5% ao ano.
A projeção de câmbio foi mantida em R$ 2,80. A estimativa
da dívida líquida do setor público ficou em 37% do Produto Interno Bruto (PIB,
a soma dos bens e serviços produzidos no país). A projeção do déficit em
conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, permaneceu em US$ 78
bilhões.
O saldo projetado para a balança comercial caiu de US$ 5
bilhões para US$ 4,5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados passaram
de US$ 58,2 bilhões ao patamar de US$ 60 bilhões das projeções anteriores. A
previsão de crescimento da produção industrial caiu de 0,71% para 0,69%.
O Focus é
uma pesquisa semanal do Banco Central, e as estimativas divulgadas hoje são
avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
►TCE REJEITA E EDITAL
DE S. GONÇALO
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio
(TCE-RJ) rejeitaram, quinta-feira (22), em sessão plenária, a minuta de edital
encaminhada pelo prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim da Costa, para
contratação de empresa de engenharia especializada em serviços de limpeza
urbana da cidade.
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Lixo jogado na porta de uma escola em S. Gonçalo |
A decisão acompanhou o voto do relator, conselheiro Aloysio
Neves, segundo o qual o TCE-RJ não analisa minutas, mas somente editais
formalizados, conforme determina a Lei de Licitações e Contatos nº 8.666/93.
O prefeito foi condenado pelo TCE-RJ, em sessão realizada
no dia 23 de outubro de 2014, por incorreções e superfaturamento em edital
anterior destinado à contratação do mesmo serviço.
A sanção foi o pagamento da multa máxima no valor de 44 mil
Ufir-RJ (R$ 119.323,60) e, também, de multas diárias no valor de 4 mil Ufir-RJ
(R$ 10.847,60), caso não apresentasse o novo edital com todas as correções
determinadas, ano passado, pela Corte de Contas. De acordo com o conselheiro
Aloysio Neves, Neilton Mulim tem 30 dias, a contar da data do recebimento da
comunicação da decisão tomada nesta quinta-feira, para o cumprimento da
decisão. Do contrário, terá que pagar as multas impostas, às quais vem
recorrendo.
►TCE MULTA PREFEITA:
PISOU NA BOLA
A prefeita de Bom Jesus do Itabapoana, Maria das Graças
Ferreira Motta, e o presidente do Olympico Futebol Clube, Ziraldo Tatagiba
Rodrigues, foram multados em R$ 8.135,70 (equivalente a 3 mil Ufir-RJ), cada
um, pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), na sessão de
quinta-feira (22). Várias irregularidades foram descobertas pelo TCE-RJ na
utilização dos recursos concedidos em convênio pela prefeitura ao clube, por
meio de subvenção social, em 2010, no valor de R$ 67.320,00. O convênio tinha
por objetivo a criação do Projeto de Escolinha de Futebol para a prática e o
ensino do esporte a crianças e adolescentes. A decisão do Tribunal seguiu o
voto do relator, conselheiro José Maurício Nolasco.
Uma das irregularidades foi o pagamento de salários a funcionários
do clube, no valor total de R$ 33.981,50, com recibo próprio da entidade, sem
valor fiscal e os devidos recolhimentos, em descumprimento à legislação. O
relatório revela que os dados inseridos nos balancetes mostram que os serviços
foram prestados por autônomos, sem vínculo empregatício com o clube.
Nesse caso, os pagamentos deveriam ter sido efetuados por
intermédio do "Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA)", com os devidos
recolhimentos.
Dentre os documentos indispensáveis à realização do convênio,
o TCE-RJ constatou a ausência do atestado de funcionamento do clube, a ser
fornecido pelo Judiciário, pelo Ministério Público ou por Conselho Tutelar. E,
também, prova de regularidade do mandato da diretoria do clube e o relatório
das atividades desenvolvidas pela entidade em 2010 (ano da assinatura do
acordo), conforme as exigências expressas na Deliberação 200/96 do TCE-RJ.
►CONFIANÇA DO
CONSUMIDOR EM QUEDA LIVRE
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) iniciou 2015 com
queda de 6,7 por cento em janeiro sobre o mês anterior, atingindo 89,8 pontos,
menor nível da série iniciada em setembro de 2005. Em dezembro, o indicador
havia avançando 0,9 por cento na comparação mensal, alcançando 96,2 pontos e
interrompendo dois meses de queda.
Essa notícia foi enviada à imprensa internacional pela
agência de notícias Reuters, da Alemanha. Segundo o despacho da agência, a Fundação
Getúlio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira (26) que o resultado decorre
tanto da piora da situação atual, quanto das expectativas.
"A queda do ICC em janeiro dá sequência à tendência
observada ao longo do ano passado e parece refletir aumento da preocupação com
o mercado de trabalho e com a inflação", disse em nota o economista da
FGV/IBRE Tabi Thuler Santos.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 8,6 por cento, para
88,5 pontos em janeiro. O Índice de Expectativas caiu 6,2 por cento, a 90,8
pontos. Ambos os índices, segundo a FGV, estão nas mínimas históricas.
A proporção de consumidores que veem a situação atual como
boa caiu de 8,7 por cento em dezembro para apenas 6,0 por cento em janeiro. Já
a parcela dos que preveem melhora diminuiu de 23,3 por cento para 16,6 por
cento.
A retomada da confiança em geral, tanto de consumidores
quanto de empresários, tem sido uma das principais bandeiras da nova equipe
econômica, diante do persistente cenário de inflação alta e crescimento baixo
vivido pelo Brasil.
►SECA ATINGE O PRATO DO
BRASILEIRO

Na média, a carne bovina ficou 22% mais cara, bem acima da variação anual do índice, que ficou em 6% ante 5,84% em 2013. Segundo a Fecomércio, a alta decorre da seca, que prejudicou os pastos e, consequentemente, a engorda do gado.
O Custo de Vida por Classe Social reúne as variações de
dois indicadores: Índice de Preços de Serviços (IPS) e Índice de Preços do
Varejo (IPV). De acordo com a apuração, mais de um terço dos aumentos
verificados em nove classes de despesas ocorreu no grupo alimentação e bebidas,
com participação de 35% e variação de 9,61%. A segunda maior elevação ocorreu
no grupo habitação, que apresentou aumento de 6,73%, com participação no
cálculo do índice total de 18%.
Apenas no mês de dezembro do ano passado, o custo de vida
ficou em 0,74%, acima da variação do mês anterior (0,36%). Os destaques são
alimentação e bebidas (0,69%), vestuário (1,11%) e transportes (1,87%). Metade
da renda familiar foi comprometida por essas despesas.
A pesquisa mostra ainda que as famílias com ganhos mais
baixos foram as que mais sentiram o peso dos aumentos de preços em dezembro. Na
classe E, com ganhos até R$ 976,58, a elevação atingiu 1,16%. Na classe D
(entre R$ 976,59 e R$ 1.464,87), a alta ficou em 1,18%. Já entre as famílias
mais bem remuneradas, da classe A (com renda acima de R$ 12.207,24), a variação
ficou em 0,48%, a mesma registrada para a classe B, com ganhos na faixa de R$
7.324,34 a R$ 12.207,23.
No acumulado de 12 meses, os que tiveram maior impacto
foram os da classe A, com inflação de 6,32%. Na outra ponta, ficaram as famílias
das classes E (6,01%) e C (6,02%).
Na análise técnica da FecomercioSP, nos primeiros meses
deste ano, há tendência de alta dos preços dos produtos alimentícios,
principalmente no segmento in natura,
devido ao período mais chuvoso. Outra pressão prevista vem do reajuste da
tarifa de ônibus urbano, que deve causar impacto no grupo transportes. O custo
de vida deve sofrer também impacto da alta prevista na tarifa de energia
elétrica.
►POBREZA E FOME SÃO
IRMÃS SIAMESAS
A pobreza e a falta de alimentos, que produz a fome clássica,
parecem irmãs siamesas. Para estuar essa simetria desumana, há dez anos o Grupo
de Pesquisa sobre Segurança Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias
(Pesquisa SANDUC), vem realizando estudos sobre saúde e nutrição no distrito de
Campos Elíseos. Através da parceria com o DESANS, os resultados da pesquisa
SANDUC têm sido divulgados e debatidos com setores de governo e da sociedade
civil, contribuindo desta forma para ações no município.
Entre os espaços de divulgação destacam-se a Oficina de
Trabalho sobre PBF com equipes do DESANS e a secretaria municipal de
Assistência Social e Direitos Humanos; Oficina Preparatória para a 6ª
Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional(CMSAN); Painel
Temático na 6ª CMSAN; Aula no Curso de Formação em Segurança Alimentar e
Nutricional para servidores municipais, lideranças de movimentos populares e
representantes do COMSEA.
A parceria vem sendo desenvolvendo o Projeto de pesquisa:
Pobreza Extrema, Insegurança Alimentar e Políticas Públicas: Estudo
Longitudinal de Famílias Atendidas pelo Programa Bolsa Família no município de
Duque de Caxias, que tem como objetivo principal analisar as modificações
temporais ao longo de um ano na situação de insegurança alimentar e de extrema
pobreza de famílias a partir do recebimento dos recursos do Programa Bolsa
Família.
Para a realização do estudo, o grupo SANDUC mantém parceria
com a prefeitura desde 2013, por meio de termo de cooperação técnica firmado entre
o Instituto de Nutrição da UFRJ e o prefeito Alexandre Cardoso.
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Em 1923, quanto instituiu a merenda na Escola Regional de Meriti. a Mate com Angu, a professora Armanda Álvaro Alberto descobriu que essa era a principal refeição dos seus alunos |
O projeto, coordenado pela professora Rosana Salles da
Costa (Instituto de Nutrição Josué de Castro/UFRJ), articula um grupo amplo de
pesquisadores que inclui a Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, Instituto
de Medicinal Social/ UERJ, Faculdade de Nutrição/UFF e Escola de
Nutrição/Unirio.
O Programa Bolsa Família (PBF), instituído em 2003 tem por
objetivos reduzir a pobreza monetária e ampliar o acesso à educação e aos
serviços de saúde. Ao longo dos últimos anos têm sido produzidos sobre o tema,
entretanto, faltam estudos longitudinais, que acompanhem famílias desde o
momento em que ainda não recebem o benefício, constatando assim as mudanças
decorrentes do PBF.
FUNDEC OFERECE 5 MIL
VAGAS EM CAXIAS
A Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência, Tecnologia,
Esporte, Lazer, Cultura e Políticas Sociais de Duque de Caxias (Fundec), vai
abrir cerca de cinco mil vagas para cursos gratuitos de qualificação
profissional em várias áreas, em oito unidades localizadas nos quatro
distritos. De 02 a 20 de fevereiro os interessados poderão se inscrever nos
cursos: idiomas, informática, Instalador de sistemas eletrônicos de segurança, montador
de computadores, costureira, instalador de reparador de linhas de
telecomunicação (IRLQ – OSC), manicure e pedicure, e cabeleireiro, entre
outros, como preparatórios para o ensino médio e o ENEM. As aulas começam no
dia 03 de março. No ano passado cerca de 10 mil moradores de Duque de Caxias,
com mais de 15 anos foram qualificados.
As aulas serão ministradas nas unidades da fundação nos
bairros Dr. Laureano, Gramacho, Jardim Primavera, Parque Lafaiete, Parque
Paulista, Pilar, Tamoio (Xerém) e na nova unidade que será inaugurada no bairro
Capivari. Para os cursos de idiomas e informática os interessados devem ter
mais de 15 anos e ter completado o Ensino Fundamental. Para espanhol e inglês e
informática Bits, a partir dos dez anos. Para os cursos profissionalizantes os
pré-requisitos são: a partir dos 16 anos e a partir do 5º ano do Ensino
Fundamental concluído.
A instituição tem unidades nos bairros Dr. Laureano,
Gramacho, Jardim Primavera, Parque Pulista, Pilar, Xerém (sede do Tamoio FC) e
Capivari
►RJ RECOMEÇA A
PRÉ-MATRÍCULA
A rede estadual de
ensino iniciou nesta segunda fase (26) da pré-matrícula no site da Matrícula
Fácil (www.matriculafacil.rj.gov.br).
A data será destinada exclusivamente para os candidatos não alocados na
primeira etapa. Os alunos que não se inscreveram ou não confirmaram a reserva
de vagas na primeira fase poderão fazê-lo no período de 27 a 29 de janeiro. Na
página eletrônica, haverá informações sobre o processo de inscrição, escolas
com vagas disponíveis, idade para se inscrever em cada série ofertada, e como e
quando confirmar sua matrícula.
A confirmação da matrícula deverá ser feita na escola em que foi selecionado,
de 3 a 5 de fevereiro. Na ocasião, será preciso apresentar os seguintes
documentos: carteira de Identidade ou documento que a substitua (certidão de
nascimento ou casamento) - original e CPF, se possuir; histórico escolar ou
declaração da última unidade escolar em que estudou, constando a série para a
qual o aluno está habilitado, ficando o original na escola; carteira de
Identidade e CPF do responsável legal, no caso de menor de 18 anos (original e
cópia); laudo comprobatório de deficiências declaradas (se for o caso);
comprovante de residência; e comprovante do atestado com tipo do grupo
sanguíneo e o fator rhesus (fator RH).As vagas são para o Ensino Médio Regular, Ensino Médio Normal (formação de professores em horário integral); do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos e do Programa de Correção de Fluxo do Fundamental.
► BALA PERDIDA NÃO
INCOMODA DILMA
Entre a noite de domingo (25) e a madrugada de hoje (26),
pelo menos três pessoas foram vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro. Uma
delas, uma jovem de 21 anos, morreu depois de atingida no fígado, durante
tiroteio, domingo à noite, envolvendo policiais da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) e criminosos da comunidade da Rocinha, zona sul da cidade.
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Larissa, de 4 anos, é a pequena mártir das balas perdias no RJ |
Adriene Solan do Nascimento chegou a ser socorrida e
encaminhada ao Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul. De acordo
com a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), os
policiais faziam patrulhamento na Rua 1, quando foram atingidos por criminosos.
Na versão da polícia, os agentes revidaram e os bandidos fugiram. As armas dos
policiais foram encaminhadas à Divisão de Homicídios da Polícia Civil para
realização de perícia.
Na madrugada desta segunda (26), uma menina de 12 anos foi
ferida por bala perdida, durante tiroteio em Costa Barros, zona norte da
cidade. Também de madrugada, Sandra Costa dos Santos, de 58 anos, foi atingida
enquanto dormia em sua casa, em Bangu, na zona oeste da cidade.
As duas estão internadas no Hospital Estadual Albert
Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste. De acordo com a Secretaria
Estadual de Saúde, o quadro de saúde da menina e de Sandra é estável.
Sábado (24), em Niterói, a vítima foi um adolescente de 14
anos, atingido no prédio em que mora. Ele está internado, em situação estável,
no Hospital Icaraí.
Essa tragédia diária enfrentada pela população fluminense
não provoca, no entanto, nenhuma ração da presidente Dilma Rousseff, nem um
simples telefonema de solidariedade às famílias das vítimas, ao contrário do
incidente internacional pela aplicação da pena capital num instrutor de asa
delta, preso ao desembarcar na Indonésia levando 13,5gk de cocaína, embora o
instrutor soubesse da pena de morte determinada pela legislação do País
aplicável ao tráfico de drogas.
Numa entrevista na manhã desta segunda-feira (26) à Globo
News, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beletrame, que é delegado
da Polícia Federal, cobrou providências do Governo Federal para coibir o
tráfico de armas, pois as armas recentemente apreendidas pela Polícia do RJ,
contrabandeadas pelas quadrilhas que participam também do tráfico de drogas,
são novas, o que revela que nossas fronteiras continuam abertas para o tráfico
de pessoas, de armas e de drogas.
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