segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

APESAR DAS TORNEIRAS SECAS
40% DA ÁGUA SOME PELO RALO 
Diante da mais grave crise hídrica de toda a história do país, o debate sobre as alternativas emergenciais já não exclui a hipótese de racionamento da oferta de água nas principais regiões metropolitanas, a começar pela região Sudeste. Apelos por ajuda à população também se multiplicam, assim como campanhas para que as pessoas economizem água.
Cada gota de água poupada é importante e gestos simples devem ser estimulados, como o fim de banhos demorados e a suspensão da lavagem de calçadas e carros. É necessário lembrar, porém, que os domicílios recebem apenas 10% da água coletada e tratada e que estudos indicam um problema ainda maior: o alto índice de perda de água nas próprias redes de distribuição, estimado em 37,5%, na média nacional.
Foi o que mostrou a edição de dezembro de 2014 da revista Em Discussão!, publicada pela Secretaria de Comunicação do Senado. O desperdício de água já tratada representa uma perda de mais de R$ 10 bilhões por ano, segundo estudo que resultou de parceria entre o Instituto Trata Brasil e a Universidade de São Paulo (USP), publicado em março de 2013. Além de agravar a escassez hídrica, essas perdas dificultam novos investimentos em abastecimento e saneamento, limitando a oferta de serviços essenciais à população.
A explicação, em boa parte, está nas tubulações antigas e mal conservadas, por onde a água escorre sem controle. Com desperdício tão elevado, as companhias acabam retirando do ambiente mais água do que realmente a população necessita. Além disso, há roubos e ligações clandestinas, ausência de medição ou medições incorretas, com impacto considerável sobre o faturamento das empresas.
Eduardo Suplicy (PT-SP), que está se despedindo do Senado, considera inaceitável tanto desperdício. Por isso, cobra investimentos de todos os governos no combate às perdas físicas, por meio da troca de equipamentos, tubulações, hidrômetros e válvulas e redutores de pressão. Além disso, pede a execução de permanente varredura atrás de fraudes, com uso de equipamentos de alta tecnologia.
Segundo estratégia traçada pela Agência Nacional de Águas (ANA), na publicação Atlas Brasil — abastecimento urbano de água, todos os municípios teriam condições de reduzir as perdas para patamar de 30% até 2025. Para que essa meta possa ser alcançada, o órgão defende a aplicação de R$ 834 milhões em ações diversas.
Com redução de apenas 10% nas perdas, as operadoras já agregariam R$ 1,3 bilhão anuais às suas receitas. É o que indica o estudo do Instituto Trata Brasil e da USP, intitulado Perdas de Água: entraves ao avanço do saneamento básico e riscos de agravamento à escassez hídrica no Brasil.
"As perdas fazem com que mais água tenha que ser retirada da natureza para cobrir a ineficiência. É preciso que governo federal, governadores e prefeitos lutem por reduções de perdas desafiadoras, pois certamente resultarão em recursos financeiros para levar água potável e esgotamento sanitário a quem não tem", avalia Édison Carlos, presidente-executivo do Instituto Trata Brasil. (Com Agência Senado)

►SEGURO DESEMPREGO NA MOCHILA DE DILMA
Reportagem da Folha desta segunda (26) informa que o governo já havia decidido dificultar o acesso ao seguro-desemprego em meados do ano passado, mas deixou para anunciar a medida só depois da eleição.
Essa revelação “bomba” desmonta duas teses defendias pelas liderança do PT, em espeical aos ligdos ao ex chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu.
A primeira, a de que as mudanças nas regras do seguro desemprego já eram estudadas e Dilma estava decidia a fazê-las, mas, por motivo estritamente eleitoral, adiou o seu anúncio. Assim, fica caracterizado o estelionato eleitoral denunciado pela oposição, mas negado pelo PT.
A segunda tese lulista que vai por terra é a de que o “ataque aos direitos dos trabalhadores” seja de autoria da equipe econômica, comandada por Joaquim Levy.
Aliás, nesta segunda-feira (26), a ex ministra das Comunicações de Dilma, que nas horas vagas atua como jornalista, Tereza Cruvinel, publicou em seu blog ligado ao diário eletrônico Brasil-247, uma nova crítica à Dilma, acusando a Presidente da República de se omitir diante do bombardeio da oposição e dos próprios petistas, principalmente sobre a crise energética, provocada pela falta de chuvas. Com os reservatórios à beira do colapso, diversas geradoras já desligaram as turbinas, o que reduz a oferta de energia mais barata, o que obriga as distribuidoras a comprarem energia térmica, muito mais caras, o que inviabiliza a sobrevivência dessas empresas, que já devem alguns bilhôes de reais ao BNDES.

►BALA DE PRATA NO PETROLÃO
Como diria aquele filósofo bissexto do ABC paulista, nunca na história deste País um grande empresário sentiu o mal cheiroso odor de uma cela, mesmo que seja na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Por isso, não causou muito burburinho a tese da defesa dos empreiteiros – flagrados distribuindo dinheiro entre altos funcionários da Petrobrás e que hoje cumprem prisão preventiva nos xadrezes da PF na capital paranaense – de que os donos das grandes construtoras não passam de “pés-de-chinelos” que foram chantageados por funcionários graduados da estatal do petróleo.
Neste fim de semana, surgiu, finalmente, a “bala de prata” que poderá salvar da cadeia os CEOs das grandes empreiteiras como OAS, Camargo Correia, Andrade Gutierrez e quejandos. Trata-se de um e-mail, guardado em local seguro (talvez num dos cofres do Pentágono),
Em entrevista, o criminalista Alberto Toron afirma que uma das empresas guarda na manga um e-mail para provar a coação de um “funcionário graduado” da estatal.
‘Por enquanto, só posso dizer que os funcionários da Petrobras não podem ser tratados como anjinhos, como coitadinhos. Não dá. Houve uma postura ativa de pedir dinheiro, de exigir dinheiro. Isso é incontestável’, disse.

►MUITO BREU NO FIM DO TÚNEL
O Instituto Teotônio Vilela, órgão formulador de políticas públicas para o PSDB, partido comandado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou estudo neste domingo em que aponta um suposto colapso do setor elétrico e um Brasil "sem energia para crescer".
Segundo os estudos, o apagão, que deixou pelo menos 11 estados e o Distrito Federal no escuro no último dia 19, coroa os fiascos de um modelo imposto ao setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que ocupou o ministério de Minas e Energia, passando pela Casa Civil e, especialmente, já como presidente da República, ela esmerou-se em não deixar pedra sobre pedra no nosso sistema de produção de energia. As consequências, só a escuridão que deixou milhões de brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil não dispõe hoje de energia suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142 apagões no país
O episódio foi apresentado na versão oficial como um "corte preventivo" para evitar um apagão de proporções gigantescas. Ou seja, o sistema apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo em alta, ao mesmo tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está estrangulada pela falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e pelo mau planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção. A produção com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras de expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de cronograma.
Mesmo com a série crise hídrica que o país enfrenta desde o ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e, principalmente, de racionamento - que só acontecem como fruto de "barbeiragens", segundo ensinava Dilma ainda como ministra-chefe da Casa Civil. Mas a perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um consumo ainda indomado, a população passe a conviver com constantes contratempos de falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de 4,9%, no limite do aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em torno de 40%.

►APAGÃO: UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA
Ainda segundo os estudos do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, em setembro de 2012, na véspera do Dia da Independência, Dilma convocou rede nacional de rádio e televisão e transformou a ocasião em palanque eleitoral. Dedicou seu longo pronunciamento a anunciar "a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país". Em média, as contas para o consumidor seriam reduzidas em 18%. Ocorre que, já naquela época, os reservatórios estavam baixando rapidamente, projetos de geração de hidrelétricas e térmicas já estavam atrasados e o país começava a flertar com a escassez de energia – o que, definitivamente, não combina com preço em queda.
A redução de 18%  na conta de luz de
2012 se transformou num desastre
A redução das tarifas, foi obtida à custa da renovação forçada de contratos de concessão, em condições muito desvantajosas para as empresas, que ficaram sem recursos para investir. As estatais federais foram obrigadas a aceitar e apenas as geradoras controladas pelos governos de Minas Gerais, São Paulo e Paraná disseram "não", para evitar que seus negócios fossem tragados pelas cláusulas draconianas impostas pela intervenção intempestiva do governo. Vale registrar que, juntas, essas empresas haviam sido responsáveis por cerca de 70% de toda a capacidade de geração e transmissão no país desde 1999.
A estrutura de subsídios e tributos incluídos nas contas de luz também foi revista. Desde então, o setor elétrico entrou numa espiral de problemas. Empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras viram suas receitas minguarem, seus balanços se desequilibrarem e foram forçadas a pisar no freio dos investimentos. O setor entrou em marcha lenta, enquanto a Eletrobrás mergulhou numa crise sem precedentes. A estatal de energia abriu plano para desligar 25% de sua mão de obra e vender parte de seus ativos, mas nem isso impediu que acumulasse prejuízo de R$ 13 bilhões nos últimos dois anos. As mudanças comprometeram a capacidade da empresa de investir no sistema por muitos e muitos anos, já com reflexo nos leilões de 2013 e 2014, cuja capacidade leiloada caiu 60%.

►SUBSÍDIOS DISFARÇADOS NA CONTA DE LUZ
Ainda segundo o Instituto Teotônio Vilela, além de minar a capacidade de investimento das principais empresas do setor, a intervenção saiu custosa. A exemplo do que fez com a Petrobrás, que importava combustíveis a preço de mercado e era obrigado a vender no mercado interno com tabela congelada, o governo decidiu fazer seguidos aportes de recursos para cobrir rombos que as empresas acumulavam ao comprar energia mais cara no mercado para honrar contratos de fornecimento firmados com consumidores. 
Os subsídios concedidos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético somaram R$ 31,4 bilhões - deste valor, R$ 19,5 bilhões referem-se a desembolsos feitos pelo Tesouro. Os custos totais da barbeiragem superam R$ 114 bilhões.
Pior é que nem as tarifas baratinhas resistiram. No ano passado, segundo o IBGE, os preços de energia tiveram alta média de 17% (chegando, em alguns casos, a 36%), eliminando quaisquer resquícios da redução forçada de 2013. Neste 2015, a pancada será ainda mais forte. O governo decidiu que não irá mais cobrir os rombos dos desequilíbrios gerados pelo modelo criado por Dilma e passará a repassá-los integralmente para as contas de luz. Com o novo sistema de formação de preços, estima-se que os reajustes neste ano fiquem, em média, em 40%. A intervenção petista está doendo no bolso dos brasileiros.
  
►UMA SAÍDA POSSÍVEL PARA A CRISE
Para o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, é simplesmente inaceitável que um país com a diversidade energética do Brasil esteja neste momento vivendo seguidos apagões e discutindo a possibilidade de racionamento.
Para o líder a oposição no Senado, o grande desafio é transformar a riqueza energética que a natureza nos deu em vantagem competitiva – o que não nos libera para negar as dificuldades, o momento de escassez e simplesmente apelar para a intervenção divina, como fez o ministro de Minas e Energia.
“O PT criou o problema e gerou uma conta que agora os brasileiros estão sendo chamados a pagar. É mais um estelionato eleitoral da lavra de Dilma Rousseff e mais uma das muitas barbeiragens decorrentes das equivocadas políticas petistas – reafirma Aécio.

►DELAÇÃO PREMIADA REPAGINADA
Defensor do instituto da delação premiada, o procurador regional da República, Vladimir Barros Aras, afirma que o nome correto do acordo é “colaboração premiada”. Ele destaca que a expressão “delação premiada” carrega uma “carga simbólica de preconceitos”. Ele entende, ainda, que o termo não é capaz de descrever “toda a extensão do instituto, que não se limita à mera delatio”.
Procurador Vladimir Barros Aras
“Não se trata de estímulo à "traição", como certos comentaristas acreditam, mas de ferramenta do direito premial, que encontra símile em outros institutos jurídicos”, frisa, em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, respondida por e-mail.
Nascido em Salvador, em 1971, Vladimir Aras é mestre em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco, e professor de Processo Penal na Universidade Federal da Bahia. Membro do Ministério Público Federal, especializou-se em Crime Financeiro e em Crime Organizado. É secretário de Cooperação Jurídica Internacional da Procuradoria-Geral da República e membro do Grupo de Trabalho em Crime Organizado da PGR. Já fez parte também do Grupo de Trabalho em Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros da Procuradoria. Integrou a força-tarefa do MPF no caso Banestado, o primeiro dos grandes escândalos financeiros investigados pelo Ministério Público.
De acordo com Vladimir Aras, o modelo brasileiro de colaboração premiada foi desenvolvido pelo próprio MPF, no caso Banestado. “A prática dos acordos escritos, clausulados, firmados após negociação entre o Ministério Público e a defesa surgiu ali, em meados da década passada, a partir de modelo de minha autoria e do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima”, esclarece.
Para Aras, a colaboração premiada é só uma dessas ferramentas, um dos tantos meios de obtenção de prova regulados pela Lei 12.850/2013 ou pelo Código de Processo Penal. Não é nem pretende ser a "salvação do mundo", mas é um importante instrumento para o rompimento da omertà, isto é, o silêncio mafioso, que mantém impunes esquemas criminosos de todos os tipos. Há um certo viés preconceituoso na doutrina brasileira contra esses meios especiais de obtenção de prova. Critica-se o uso de interceptações telefônicas; ataca-se a colaboração premiada. Recrimina-se o emprego de escutas ambientais. Busca e apreensão também não pode, porque é "invasão". As quebras de sigilo bancário são abusivas. O que sobra? A prova testemunhal?


►CERVERÓ DESISTE DE DILMA COMO TESTEMUNHA
A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso durante a Operação Lava Jato, voltou atrás e pediu à Justiça Federal que a presidenta Dilma Rousseff seja excluída do rol de testemunhas. Em documento protocolado mais cedo, o advogado Edson Ribeiro pediu que a presidenta fosse intimada.
Na nova petição, Ribeiro afirmou que a oitiva de Dilma não é necessária, porque a compra de sondas de perfuração não passou pelo Conselho de Administração, chefiado pela presidenta no momento da compra.
A defesa de Cerveró arrolou oito testemunhas de defesa na ação penal em que o ex-diretor é acusado de receber propina para facilitar a compra de sondas de perfuração, entre elas a presidenta Dilma e o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli.
Na ação penal, além de Cerveró, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef; o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano; e Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção. Na denúncia, o Ministério Público (MP) sustenta que Cerveró, Soares e Júlio Camargo acertaram o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
De acordo com o MP, houve pagamento de US$ 15 milhões, em 2008, para que a Petrobras contratasse um navio-sonda a ser usado na perfuração de petróleo em águas profundas na África. O valor do contrato era US$ 586 milhões. Segundo a denúncia, após a confirmação de que a propina seria paga, Cerveró atuou para fechar o negócio com o estaleiro Samsung Heavy. Após o acerto, Fernando Soares recebeu os valores indevidos e repassou parte para Cerveró. (ABr)

►BALANÇA COMERCIAL SEGUE NEGATIVA EM 2015
A balança comercial – diferença entre exportações e importações – registrou déficit de US$ 868 milhões na quarta semana de janeiro, informou, há pouco, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado elevou para US$ 2,33 bilhões o déficit acumulado no ano.
Apesar do desempenho negativo, o déficit da balança comercial está menor do que no mesmo período do ano passado. Nas quatro primeiras semanas de 2014, o país tinha importado US$ 3,651 bilhões a mais do que tinha exportado. Tradicionalmente, o indicador registra resultados negativos em janeiro.
A queda no déficit é explicada pelo fato de as importações estarem caindo em ritmo maior que as exportações. No acumulado do ano, o país exportou US$ 10,557 bilhões, queda de 9,4% pela média diária em relação a janeiro de 2014. As importações somaram US$ 12,887 bilhões, com recuo de 11,8%, também pela média diária.
A queda nas exportações nas quatro primeiras semanas de janeiro está sendo puxada pelos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 18% principalmente por causa de automóveis, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos.
As vendas de produtos semimanufaturados subiram 3%, impulsionadas pelo óleo de dendê em bruto, semimanufaturados de ferro ou aço e ferro fundido. As exportações de produtos básicos caíram 6%, por causa de minério de ferro, carne bovina, carne suína e arroz em grão.
Segundo o ministério, nas importações, o recuo foi maior nas compras de cereais (-40,7%), de combustíveis e lubrificantes (-33,3%), de veículos automóveis e partes (-24,4%) e de leite e derivados (-20,7%).

►INFLAÇÃO FUTURA SOBE PARA 6,99%
Os investidores e analistas do mercado financeiro continuam vendo a inflação resistente em 2015. Eles elevaram para 6,99% a projeção de fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, a quarta alta consecutiva. O teto da meta da equipe econômica para o IPCA é 6,5%. O mercado também voltou a reduzir a projeção de crescimento da economia em 2015, de 0,38% para 0,13%. Os dados são do boletim Focus, divulgado hoje (26) pelo Banco Central (BC).
O levantamento da última semana também voltou a elevar a estimativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do governo. De 8,2%, a projeção passou a 8,7%. Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão para 2015 permanece em 12,5% ao ano. Em reunião na última quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,5% ao ano.
A projeção de câmbio foi mantida em R$ 2,80. A estimativa da dívida líquida do setor público ficou em 37% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país). A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, permaneceu em US$ 78 bilhões.
O saldo projetado para a balança comercial caiu de US$ 5 bilhões para US$ 4,5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados passaram de US$ 58,2 bilhões ao patamar de US$ 60 bilhões das projeções anteriores. A previsão de crescimento da produção industrial caiu de 0,71% para 0,69%.
O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central, e as estimativas divulgadas hoje são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.

►TCE REJEITA E EDITAL DE S. GONÇALO
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) rejeitaram, quinta-feira (22), em sessão plenária, a minuta de edital encaminhada pelo prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim da Costa, para contratação de empresa de engenharia especializada em serviços de limpeza urbana da cidade.
Lixo jogado na porta de uma
 escola em S. Gonçalo
A decisão acompanhou o voto do relator, conselheiro Aloysio Neves, segundo o qual o TCE-RJ não analisa minutas, mas somente editais formalizados, conforme determina a Lei de Licitações e Contatos nº 8.666/93.
O prefeito foi condenado pelo TCE-RJ, em sessão realizada no dia 23 de outubro de 2014, por incorreções e superfaturamento em edital anterior destinado à contratação do mesmo serviço.
A sanção foi o pagamento da multa máxima no valor de 44 mil Ufir-RJ (R$ 119.323,60) e, também, de multas diárias no valor de 4 mil Ufir-RJ (R$ 10.847,60), caso não apresentasse o novo edital com todas as correções determinadas, ano passado, pela Corte de Contas. De acordo com o conselheiro Aloysio Neves, Neilton Mulim tem 30 dias, a contar da data do recebimento da comunicação da decisão tomada nesta quinta-feira, para o cumprimento da decisão. Do contrário, terá que pagar as multas impostas, às quais vem recorrendo.

►TCE MULTA PREFEITA: PISOU NA BOLA
A prefeita de Bom Jesus do Itabapoana, Maria das Graças Ferreira Motta, e o presidente do Olympico Futebol Clube, Ziraldo Tatagiba Rodrigues, foram multados em R$ 8.135,70 (equivalente a 3 mil Ufir-RJ), cada um, pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), na sessão de quinta-feira (22). Várias irregularidades foram descobertas pelo TCE-RJ na utilização dos recursos concedidos em convênio pela prefeitura ao clube, por meio de subvenção social, em 2010, no valor de R$ 67.320,00. O convênio tinha por objetivo a criação do Projeto de Escolinha de Futebol para a prática e o ensino do esporte a crianças e adolescentes. A decisão do Tribunal seguiu o voto do relator, conselheiro José Maurício Nolasco.
Uma das irregularidades foi o pagamento de salários a funcionários do clube, no valor total de R$ 33.981,50, com recibo próprio da entidade, sem valor fiscal e os devidos recolhimentos, em descumprimento à legislação. O relatório revela que os dados inseridos nos balancetes mostram que os serviços foram prestados por autônomos, sem vínculo empregatício com o clube.
Nesse caso, os pagamentos deveriam ter sido efetuados por intermédio do "Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA)", com os devidos recolhimentos.
Dentre os documentos indispensáveis à realização do convênio, o TCE-RJ constatou a ausência do atestado de funcionamento do clube, a ser fornecido pelo Judiciário, pelo Ministério Público ou por Conselho Tutelar. E, também, prova de regularidade do mandato da diretoria do clube e o relatório das atividades desenvolvidas pela entidade em 2010 (ano da assinatura do acordo), conforme as exigências expressas na Deliberação 200/96 do TCE-RJ. 

►CONFIANÇA DO CONSUMIDOR EM QUEDA LIVRE
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) iniciou 2015 com queda de 6,7 por cento em janeiro sobre o mês anterior, atingindo 89,8 pontos, menor nível da série iniciada em setembro de 2005. Em dezembro, o indicador havia avançando 0,9 por cento na comparação mensal, alcançando 96,2 pontos e interrompendo dois meses de queda.
Essa notícia foi enviada à imprensa internacional pela agência de notícias Reuters, da Alemanha. Segundo o despacho da agência, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira (26) que o resultado decorre tanto da piora da situação atual, quanto das expectativas.
"A queda do ICC em janeiro dá sequência à tendência observada ao longo do ano passado e parece refletir aumento da preocupação com o mercado de trabalho e com a inflação", disse em nota o economista da FGV/IBRE Tabi Thuler Santos.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 8,6 por cento, para 88,5 pontos em janeiro. O Índice de Expectativas caiu 6,2 por cento, a 90,8 pontos. Ambos os índices, segundo a FGV, estão nas mínimas históricas.
A proporção de consumidores que veem a situação atual como boa caiu de 8,7 por cento em dezembro para apenas 6,0 por cento em janeiro. Já a parcela dos que preveem melhora diminuiu de 23,3 por cento para 16,6 por cento.
A retomada da confiança em geral, tanto de consumidores quanto de empresários, tem sido uma das principais bandeiras da nova equipe econômica, diante do persistente cenário de inflação alta e crescimento baixo vivido pelo Brasil.

►SECA ATINGE O PRATO DO BRASILEIRO
A carne bovina foi um dos produtos que mais pressionaram o orçamento das famílias na cidade de São Paulo em 2014, segundo o levantamento Custo de Vida por Classe Social, medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 
Na média, a carne bovina ficou 22% mais cara, bem acima da variação anual do índice, que ficou em 6% ante 5,84% em 2013. Segundo a Fecomércio, a alta decorre da seca, que prejudicou os pastos e, consequentemente, a engorda do gado.
O Custo de Vida por Classe Social reúne as variações de dois indicadores: Índice de Preços de Serviços (IPS) e Índice de Preços do Varejo (IPV). De acordo com a apuração, mais de um terço dos aumentos verificados em nove classes de despesas ocorreu no grupo alimentação e bebidas, com participação de 35% e variação de 9,61%. A segunda maior elevação ocorreu no grupo habitação, que apresentou aumento de 6,73%, com participação no cálculo do índice total de 18%.
Apenas no mês de dezembro do ano passado, o custo de vida ficou em 0,74%, acima da variação do mês anterior (0,36%). Os destaques são alimentação e bebidas (0,69%), vestuário (1,11%) e transportes (1,87%). Metade da renda familiar foi comprometida por essas despesas.
A pesquisa mostra ainda que as famílias com ganhos mais baixos foram as que mais sentiram o peso dos aumentos de preços em dezembro. Na classe E, com ganhos até R$ 976,58, a elevação atingiu 1,16%. Na classe D (entre R$ 976,59 e R$ 1.464,87), a alta ficou em 1,18%. Já entre as famílias mais bem remuneradas, da classe A (com renda acima de R$ 12.207,24), a variação ficou em 0,48%, a mesma registrada para a classe B, com ganhos na faixa de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23.
No acumulado de 12 meses, os que tiveram maior impacto foram os da classe A, com inflação de 6,32%. Na outra ponta, ficaram as famílias das classes E (6,01%) e C (6,02%).
Na análise técnica da FecomercioSP, nos primeiros meses deste ano, há tendência de alta dos preços dos produtos alimentícios, principalmente no segmento in natura, devido ao período mais chuvoso. Outra pressão prevista vem do reajuste da tarifa de ônibus urbano, que deve causar impacto no grupo transportes. O custo de vida deve sofrer também impacto da alta prevista na tarifa de energia elétrica.

►POBREZA E FOME SÃO IRMÃS SIAMESAS
A pobreza e a falta de alimentos, que produz a fome clássica, parecem irmãs siamesas. Para estuar essa simetria desumana, há dez anos o Grupo de Pesquisa sobre Segurança Alimentar e Nutricional em Duque de Caxias (Pesquisa SANDUC), vem realizando estudos sobre saúde e nutrição no distrito de Campos Elíseos. Através da parceria com o DESANS, os resultados da pesquisa SANDUC têm sido divulgados e debatidos com setores de governo e da sociedade civil, contribuindo desta forma para ações no município.
Entre os espaços de divulgação destacam-se a Oficina de Trabalho sobre PBF com equipes do DESANS e a secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos; Oficina Preparatória para a 6ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional(CMSAN); Painel Temático na 6ª CMSAN; Aula no Curso de Formação em Segurança Alimentar e Nutricional para servidores municipais, lideranças de movimentos populares e representantes do COMSEA.
A parceria vem sendo desenvolvendo o Projeto de pesquisa: Pobreza Extrema, Insegurança Alimentar e Políticas Públicas: Estudo Longitudinal de Famílias Atendidas pelo Programa Bolsa Família no município de Duque de Caxias, que tem como objetivo principal analisar as modificações temporais ao longo de um ano na situação de insegurança alimentar e de extrema pobreza de famílias a partir do recebimento dos recursos do Programa Bolsa Família.
Para a realização do estudo, o grupo SANDUC mantém parceria com a prefeitura desde 2013, por meio de termo de cooperação técnica firmado entre o Instituto de Nutrição da UFRJ e o prefeito Alexandre Cardoso.
Em 1923, quanto instituiu a merenda na
 Escola Regional de Meriti. a Mate com
 Angu, a professora Armanda Álvaro
Alberto descobriu que essa era a
 principal refeição dos seus alunos
O projeto, coordenado pela professora Rosana Salles da Costa (Instituto de Nutrição Josué de Castro/UFRJ), articula um grupo amplo de pesquisadores que inclui a Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, Instituto de Medicinal Social/ UERJ, Faculdade de Nutrição/UFF e Escola de Nutrição/Unirio.
O Programa Bolsa Família (PBF), instituído em 2003 tem por objetivos reduzir a pobreza monetária e ampliar o acesso à educação e aos serviços de saúde. Ao longo dos últimos anos têm sido produzidos sobre o tema, entretanto, faltam estudos longitudinais, que acompanhem famílias desde o momento em que ainda não recebem o benefício, constatando assim as mudanças decorrentes do PBF.

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FUNDEC OFERECE 5 MIL VAGAS EM CAXIAS
A Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência, Tecnologia, Esporte, Lazer, Cultura e Políticas Sociais de Duque de Caxias (Fundec), vai abrir cerca de cinco mil vagas para cursos gratuitos de qualificação profissional em várias áreas, em oito unidades localizadas nos quatro distritos. De 02 a 20 de fevereiro os interessados poderão se inscrever nos cursos: idiomas, informática, Instalador de sistemas eletrônicos de segurança, montador de computadores, costureira, instalador de reparador de linhas de telecomunicação (IRLQ – OSC), manicure e pedicure, e cabeleireiro, entre outros, como preparatórios para o ensino médio e o ENEM. As aulas começam no dia 03 de março. No ano passado cerca de 10 mil moradores de Duque de Caxias, com mais de 15 anos foram qualificados.
As aulas serão ministradas nas unidades da fundação nos bairros Dr. Laureano, Gramacho, Jardim Primavera, Parque Lafaiete, Parque Paulista, Pilar, Tamoio (Xerém) e na nova unidade que será inaugurada no bairro Capivari. Para os cursos de idiomas e informática os interessados devem ter mais de 15 anos e ter completado o Ensino Fundamental. Para espanhol e inglês e informática Bits, a partir dos dez anos. Para os cursos profissionalizantes os pré-requisitos são: a partir dos 16 anos e a partir do 5º ano do Ensino Fundamental concluído.

A instituição tem unidades nos bairros Dr. Laureano, Gramacho, Jardim Primavera, Parque Pulista, Pilar, Xerém (sede do Tamoio FC) e Capivari

►RJ RECOMEÇA A PRÉ-MATRÍCULA
A rede estadual de ensino iniciou nesta segunda fase (26) da pré-matrícula no site da Matrícula Fácil (www.matriculafacil.rj.gov.br). A data será destinada exclusivamente para os candidatos não alocados na primeira etapa. Os alunos que não se inscreveram ou não confirmaram a reserva de vagas na primeira fase poderão fazê-lo no período de 27 a 29 de janeiro. Na página eletrônica, haverá informações sobre o processo de inscrição, escolas com vagas disponíveis, idade para se inscrever em cada série ofertada, e como e quando confirmar sua matrícula.
A confirmação da matrícula deverá ser feita na escola em que foi selecionado, de 3 a 5 de fevereiro. Na ocasião, será preciso apresentar os seguintes documentos: carteira de Identidade ou documento que a substitua (certidão de nascimento ou casamento) - original e CPF, se possuir; histórico escolar ou declaração da última unidade escolar em que estudou, constando a série para a qual o aluno está habilitado, ficando o original na escola; carteira de Identidade e CPF do responsável legal, no caso de menor de 18 anos (original e cópia); laudo comprobatório de deficiências declaradas (se for o caso); comprovante de residência; e comprovante do atestado com tipo do grupo sanguíneo e o fator rhesus (fator RH).
As vagas são para o Ensino Médio Regular, Ensino Médio Normal (formação de professores em horário integral); do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos e do Programa de Correção de Fluxo do Fundamental.

  
► BALA PERDIDA NÃO INCOMODA DILMA
Entre a noite de domingo (25) e a madrugada de hoje (26), pelo menos três pessoas foram vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro. Uma delas, uma jovem de 21 anos, morreu depois de atingida no fígado, durante tiroteio, domingo à noite, envolvendo policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e criminosos da comunidade da Rocinha, zona sul da cidade.
Larissa, de 4 anos, é a pequena
mártir das balas perdias no RJ
Adriene Solan do Nascimento chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal Miguel Couto, também na zona sul. De acordo com a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), os policiais faziam patrulhamento na Rua 1, quando foram atingidos por criminosos. Na versão da polícia, os agentes revidaram e os bandidos fugiram. As armas dos policiais foram encaminhadas à Divisão de Homicídios da Polícia Civil para realização de perícia.
Na madrugada desta segunda (26), uma menina de 12 anos foi ferida por bala perdida, durante tiroteio em Costa Barros, zona norte da cidade. Também de madrugada, Sandra Costa dos Santos, de 58 anos, foi atingida enquanto dormia em sua casa, em Bangu, na zona oeste da cidade.
As duas estão internadas no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o quadro de saúde da menina e de Sandra é estável.
Sábado (24), em Niterói, a vítima foi um adolescente de 14 anos, atingido no prédio em que mora. Ele está internado, em situação estável, no Hospital Icaraí.
Essa tragédia diária enfrentada pela população fluminense não provoca, no entanto, nenhuma ração da presidente Dilma Rousseff, nem um simples telefonema de solidariedade às famílias das vítimas, ao contrário do incidente internacional pela aplicação da pena capital num instrutor de asa delta, preso ao desembarcar na Indonésia levando 13,5gk de cocaína, embora o instrutor soubesse da pena de morte determinada pela legislação do País aplicável ao tráfico de drogas.
Numa entrevista na manhã desta segunda-feira (26) à Globo News, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beletrame, que é delegado da Polícia Federal, cobrou providências do Governo Federal para coibir o tráfico de armas, pois as armas recentemente apreendidas pela Polícia do RJ, contrabandeadas pelas quadrilhas que participam também do tráfico de drogas, são novas, o que revela que nossas fronteiras continuam abertas para o tráfico de pessoas, de armas e de drogas. 

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