CÂMARA CORRE PARA
EVITAR A
PROLIFERAÇÃO DE
PARTIDOS
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta
quarta-feira (11) a urgência para o Projeto de Lei 23/15, do deputado Mendonça
Filho (DEM-PE), que altera a Lei dos Partidos Políticos (9.096/95) e estabelece
uma espécie de quarentena para a fusão partidária. Com a aprovação, o texto
pode ser levado diretamente ao Plenário, sem precisar necessariamente passar
por comissões.
De acordo com a proposta, só será admitida a fusão de
partidos políticos que tenham obtido o registro definitivo do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) há pelo menos cinco anos.
“O que queremos coibir é apenas a indústria de formação de
partido político de aluguel aqui no Brasil”, disse Mendonça Filho, durante a
votação. O deputado argumenta que, com essa medida, serão barradas as manobras
de criação de partidos que, logo após obterem o registro do TSE, fundem-se a
outra legenda para driblar as regras da fidelidade partidária – a legislação
prevê a perda de mandato do político que se desfiliar do partido pelo qual foi
eleito, a não ser que haja justa causa, como a incorporação ou fusão do
partido, ou a criação de uma nova legenda.
Uma das motivações do projeto é a possibilidade da criação
do Partido Liberal (PL), que em seguida seria fundido ao PSD, levando consigo
os deputados que tivessem aderido à nova legenda. No entanto, o próprio PSD
defendeu a urgência para o projeto de Mendonça Filho, e seu líder, o deputado
Rogério Rosso (DF), desmentiu que haveria estratégia de fusão dessas duas legendas
para a formação de um grande partido, com maior poder de influência no cenário
político.
A proposta tramita, junto com outros 16 projetos, apensada
ao Projeto de Lei 2211/07, do ex-deputado
Rogério Lisboa, que prevê a perda do mandato parlamentar de quem trocar de
partido ou votar contra a orientação de sua liderança em mais da metade das
votações ocorridas em um ano. A medida vale para o parlamentar não eleito
somente com votos próprios, mas de acordo com a regra do quociente eleitoral.
Os projetos atualmente estão aguardando análise da Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Com a Agência de Notícias da Câmara)
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