DEPOIS DA QUEDA, DILMA PEDE
SOCORRO A LULA E MARQUETEIRO
A pesquisa Datafolha que indicou um aumento de 19 pontos
percentuais nos índices de ruim e péssimo da gestão Dilma 'chocou' o núcleo
duro do governo. A superação dessa situação, avalia-se agora, passa pela
reaglutinação entre Dilma e Lula. A dificuldade real é a de que o ex-presidente
teve seus pleitos preteridos pela presidente na montagem da equipe econômica.
Mesmo assim, o espaço para ambos voltarem a pensar juntos voltou a ficar aberto
no encontro em Belo Horizonte. A revelação foi feita pelo diário eletrônico Brasil/247,
ligado ao PT nesta terça-feira
Com baixa abrupta na popularidade do governo, a presidente
Dilma Rousseff estaria disposta a trazer mais para perto uma dupla que sempre a
ajudou nas horas mais difíceis. Já tem audiência agendada com Dilma, para a
sexta-feira 13, o marqueteiro João Santana. E depende apenas de sincronia de
compromissos um encontro dela com o ex-presidente Lula. A partir dessas
conversas, a presidente quer definir uma nova estratégia de divulgação dos atos
do governo.
O governo está acelerando a confecção de um pacote anticorrupção.
O decreto que regulamenta a Lei anticorrupção aprovada em 2013, que permite a criminalização
das empresas em carros de suborno e fraudes a licitações, por exemplo, está
engavetado na Casa Civil. A divulgação
dessa iniciativa já será assunto para a reunião de sexta com João Santana. De
Lula, certamente Dilma ouvirá o conselho costumeiro de que precisa sair mais do
Palácio do Planalto, girar pelo País e aumentar, pelas mais diferentes
maneiras, sua exposição na mídia.
No encontro do PT, Lula informou aos principais caciques do
partido que será candidato a presidente em 2018. Ele só poderá alcançar esse
objetivo se a administração Dilma se recuperar. O susto foi o de que caiu muito
velozmente. Agora, para escalar novamente a ladeira da popularidade, Dilma vai
precisar de seus velhos companheiros Lula e Santana.
PARA O PSDB, O AUMENTO
DOS COMBUSTÍVEIS É ILEGAL
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB),
apresentou à Mesa da Casa, nesta segunda (09), projeto de Decreto Legislativo
para sustar os efeitos do Decreto Presidencial nº 8.395/15 que aumentou, no mês
de fevereiro, o PIS e a Cofins incidentes sobre a gasolina e o óleo diesel.
O tucano disse que o governo driblou a legislação ao
elevar esses dois impostos sem respeitar o prazo
constitucional de noventa dias, a chamada "noventena".
"O governo federal respeitou-a para o retorno da Cide,
mas enquanto a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio
Econômico) não entra em vigor, de forma ilegal, o governo federal majorou
a cobrança do PIS e do Cofins, impactando nas distribuidoras e nas bombas dos
postos de gasolina", destacou o líder.
Cássio lembrou que o aumento na bomba chega a R$ 0,40 em
alguns estados. "Toda a sociedade brasileira está pagando um aumento no
combustível praticado pelo governo de forma ilegal. Esta medida foi uma
inconstitucionalidade que repercute no bolso do povo brasileiro. O contribuinte
é chamado a pagar uma conta para a qual ele não contribuiu".
DESEMPREGADOS DO PETROLÃO
BLOQUEIAM A PONTE RIO-NITERÓI
Cerca de 300
funcionários de empresas que fazem as obras de construção do Comperj (Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro) a nova refinaria da Petrobras no
Rio de Janeiro, que teve as obras paralisadas por conta da Operação Lava
Jato, fecharam no fim da manhã desta terça-feira (9) as pistas da
Ponte Rio-Niterói no sentido Capital. Os manifestantes protestavam contra
problemas que atingem a obra, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio,
devido à crise da Petrobras, o chamado Petrolão.
A Alumini Engenharia, uma das empresas responsáveis pela
contratação de operários do (Comperj), foi condenada a pagar R$ 14 milhões em
dívidas trabalhistas para cerca de 3 mil empregados da ativa e os dispensados.
A decisão do juiz André Correa Figueira foi anunciada na quinta-feira (5) em
audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT) e atende a ação
civil pública do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ)
contra a empresa e a Petrobras, que contratou a obra.
Na decisão, o juiz determinou que a Petrobras, além de ser
responsável subsidiária pelo pagamento de salários atrasados, terá que garantir
a segunda parcela do décimo terceiro, férias vencidas e pela terceira parcela
da verba rescisória devida a 469 empregados dispensados. Com isso, se a Alumini
não quitar a dívida, os recursos terão que sair dos cofres da Petrobras.
“A obra ou empreendimento no qual os empregados da primeira
ré [Alumini] prestam serviço para a Petrobras não se enquadra no conceito de
dono da obra como excludente de responsabilidade. A culpa da Petrobras está
clara nos autos”, indicou o magistrado.
Conforme a decisão, a Alumini terá ainda que expedir as
guias para o saque do FGTS e solicitação do seguro-desemprego dos empregados
dispensados. De acordo com a proposta apresentada pelo MPT-RJ, os trabalhadores
demitidos receberão ainda R$ 500 em danos morais individuais. A Alumini e a
Petrobras ainda podem recorrer da decisão da Justiça.
O procurador do trabalho do município de Niterói, Maurício
Guimarães de Carvalho, queria também o pagamento, por parte da Alumini e da
Petrobras, de danos morais coletivos de R$ 1 milhão, mas isso não foi aceito
pelo juiz. O MPT-RJ vai recorrer por entender que o pagamento, além de punir os
responsáveis pelo tratamento dado aos trabalhadores, teria um caráter
pedagógico e preventivo.
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