domingo, 27 de julho de 2014

FOGO DESTRÓI UM PEDAÇO DA
HISTÓRIA DE DUQUE DE CAXIAS
Os caminhões que recolheram o entulho que restou do incêndio, seguido do desabamento de um velho sobrado na esquina da Rua Correia Meyer com Av. Duque de Caxias – erguido ao tempo da emancipação de Duque de Caxias – levaram para o aterro de Seropédica mais do que simples pedaços de tijolos e telhas, mas um bom pedaço da história recente da história Política na Baixada, principalmente na antiga Vila Meriti.
É que no velho sobrado funcionava uma associação de anistiados políticos do município, que buscava recontar a história dos movimentos populares da região a partir de depoimentos, entrevistas e recortes de jornais dos anos de chumbo. Lá estavam, com certeza, histórias de lavradores que participaram da Ligas Camponeses de Francisco Julião na década de 50 e transformaram a Fazenda Penha Caixão, em Capivari, num centro de resistência e sustentação do movimento em favor da Reforma Agrária.
A associação também reunia depoimento de funcionários públicos que foram expurgados pela Ditadura, como o ex vereador Octacílio Dias de Lacerda, demitido em 1964 da Companhia de Águas de Duque de Caxias e que morreu sem receber a indenização que conquistara como servidor demitido por motivação política, mesma situação vivida por seu irmão Oscar Lacerda, demitido da Petrobrás depois do Golpe de 64. Também reunia histórias em torno da passagem do então presidente da UNE, José Serra, por Duque de Caxias, quando ficou abrigado na “Fortaleza” do então deputado federal Natalício Tenório Cavalcante (foto), a pedido do advogado Marcelo Cerqueira, antes do embarque para o exílio no Chile, além do sindicalista Ubirahy Gonçalves, do advogado e deputado Waldir Medeiros e do médico e também deputado Jorge Romeiro, que doou o terreno para que a professora Armanda Álvaro Alberto construísse a sua Escola Regional de Meriti, no início da década de 20 do século passado.
O professor e sociólogo Gutemberg Cardoso, um incansável defender da história da Baixada, tentou, no terceiro mandato do prefeito José Camilo Zito, a desapropriação da “Fortaleza”, para transformá-la num Centro de Documentação da História Política da Baixada. O governo acabou e a desapropriação não se consumou. No atual governo, foi suscitada a ideia de tombamento da Escola fundada pela saudosa Armanda Álvaro Alberto. No momento, o processo está em estudos na Procuradoria Geral do Município para análise. Pelo andar da carruagem, o novo shopping deve sair primeiro e engolir o que resta da querida “Mate com Angu”.

►CINEGRAFISTA DENUNCIA ATIVISTAS
O repórter cinematográfico Tiago Ramos, que presta serviços ao SBT, registrou queixa na sexta-feira (25) na 5ª Delegacia de Polícia da Lapa por tentativa de roubo durante o tumulto dá véspera (24) entre jornalistas e manifestantes, que aguardavam a saída de ativistas presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. No boletim de ocorrência, Tiago alegou que um manifestante tentou roubar sua câmera.
O cinegrafista freelancer relatou que torceu o tornozelo ao tentar se defender e proteger o equipamento. O seguro não cobre danos ocasionados por vandalismo. Pela manhã, Tiago Ramos procurou atendimento médico em um hospital de Campo Grande, na zona oeste.  “Na saída da Elisa Quadros [conhecida como Sininho], na tentativa de nos impedir de filmar, colocaram a mão e tentaram agredir quem estava com as câmeras. Houve uma tentativa de defesa [dos jornalistas] para que conseguíssemos fazer o nosso trabalho. Um rapaz tentou roubar minha câmera. Quando ele deu o primeiro soco na câmera, a lente saiu, e eu a segurei em uma mão e a câmera na outra. Foi quando ele puxou a câmera e eu fui arrastado por eles, sendo salvo por colegas de profissão”, explicou Tiago Ramos.
A confusão ocorreu quando manifestantes tentaram impedir que repórteres fizessem imagens dos três ativistas deixando a prisão. Na saída de Camila Jourdan, alguns manifestantes discutiram com os jornalistas. No entanto, houve troca de chutes, socos e empurrões quando Sininho deixou a penitenciária. Amigos e parentes ficaram em volta da jovem para que não fossem feitos registros e jornalistas tentaram furar o bloqueio para obter as imagens. Durante o tumulto, outros repórteres foram agredidos, entre eles André Mello, fotógrafo do jornal O Dia.
Segundo Tiago Ramos, havia sido acertado previamente que os jornalistas fariam as imagens do outro lado da rua e que os manifestantes também ficariam afastados, o que acabou não ocorrendo. “Quando foi chegando a hora deles saírem, o grupo atravessou a rua, ficou do lado esquerdo e isso impossibilitou que fizéssemos qualquer tipo de imagem", disse o repórter cinematográfico.
Em encontro, ocorrido mais cedo no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, pais de alguns dos ativistas presos, suspeitos de participação em atos violentos em manifestações de rua, criticaram os meios de comunicação e atuação do Estado.
Advogado de três ativistas e pai do estudante Igor Pereira D'Icarahy, solto na véspera (24), Marino D'Icarahy disse que " a imprensa é a própria execução sumária". "Nossos filhos não são algozes de nada são vítimas de vocês”, disse aos jornalistas. (Agência Brasil)

►A GUERRA CIVIL NO RIO DE JANEIRO
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, 90 jornalistas sofreram agressões desde maio do ano passado na capital fluminense, sendo 80% dos casos praticados por policiais. A entidade ofereceu ajuda jurídica e orientou a fazerem registro na delegacia os profissionais agredidos, na noite de quinta-feira (24), durante a liberação de ativistas do Complexo de Gericinó, em Bangu, quando o cinegrafista Tiago Ramos, do SBT, ficou ferido e o fotógrafo do jornal O Dia André Mello teve o equipamento danificado quando registravam a saída de três ativistas: Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, a coordenadora do programa de pós-graduação em filosofia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Camila Jourdan; e de Igor D'Icarahy.
"A gente repudia qualquer tipo de violência contra jornalistas, inclusive de parentes de manifestantes. Além de extrapolar os limites do direito no que se refere às manifestações políticas, isso viola os direitos humano dos jornalistas e, na verdade, impede o exercício da profissão, fundamental para a democracia. Se estamos lutando por democracia, por direitos, precisamos compreender que o papel do jornalista é fundamental", afirmou o presidente do sindicato, Maula Máiran.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) manifestou repúdio à agressão ao cinegrafista Tiago Ramos, do SBT Rio.
"Preocupa-nos especialmente aqueles que clamam por liberdade e se dizem atuar em nome dela, mas buscam ações para impedir a livre atuação da imprensa na investigação de fatos de interesse público. Pedimos às autoridades do Estado do Rio de Janeiro que apurem o caso e punam seus autores, a fim de que se assegure a plena liberdade de imprensa e o amplo acesso dos cidadãos a informações", diz o texto. (Agências Brasil)

►DILMA DEFENDE NOVO CICLO PARA O PAÍS
A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, defendeu quinta-feira 24) que o Brasil ingresse em um novo ciclo de desenvolvimento, baseado na infraestrutura, na educação e na inovação. Ela participou, à noite, de um compromisso de campanha no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que reuniu o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição, e dezenas de prefeitos fluminenses.
Em um discurso de 32 minutos, Dilma ressaltou a parceria política e estratégica do governo federal com o governo do Rio, iniciada durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Sérgio Cabral, que, segundo ela, proporcionou ao estado a retomada de setores econômicos fundamentais, como o de estaleiros, além de ter propiciado a conclusão de projetos viários importantes, como o Arco Rodoviário e o Bus Rapid Transport (BRT) Transcarioca, inaugurados recentemente.
“Tiramos as pessoas da miséria, agora precisamos dar um salto. Precisamos de um novo ciclo de desenvolvimento, investindo em infraestrutura, educação e inovação”, disse a presidenta durante o discurso. Dilma deu o exemplo de que, hoje em dia, o investimento em banda larga é tão importante quanto a construção de rodovias.
A presidenta destacou que o Brasil conseguiu sair da crise econômica mundial em posição melhor do que outros países. “Por qualquer critério, o Brasil é um país que se saiu muito melhor do que todos os demais, diante da crise. Enquanto eles desempregaram 60 milhões de pessoas, nós criamos 20 milhões de empregos”, comparou.
Ao final, ao comentar as várias previsões negativas que são feitas para o país, mas que, segundo ela, não se realizam, Dilma disse que esta será uma campanha eleitoral “da verdade contra a mentira, da verdade contra o pessimismo”. (Agência Brasil)

►DILMA E AS MÁS COMPANHIAS
Ao participar de um evento de campanha do fim de semana, o senador Lindbergh Farias (PT/RJ), candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro, criticou diretamente a presidente Dilma Rousseff, que tem se mostrado mais propensa a fazer campanha para o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB.
"Na nossa avaliação, para a campanha dela, há uma vinculação excessiva ao PMDB, que está traindo, está muito rejeitado no estado. Isso é ruim para a campanha dela", disse ele. "A Dilma já havia feito várias agendas institucionais com o Pezão. Começar a campanha novamente com o Pezão vincula muito a imagem. E isso não é bom. No Rio, o PMDB foi o epicentro das manifestações de junho do ano passado. Isso não anima a militância. Não acho que se deva começar uma campanha eleitoral com essa agenda. A Dilma tem que fazer uma agenda para cima, para frente".
A causa de tanta amargura por parte do ex cara pintada é provocada pelo isolamento em que ficou, depois que Dilma Rousseff resolveu abrir o “Bazar da Reeleição”, oferecendo ao eleitor, pela primeira vez nas eleições presidenciais, um leque de cinco candidatos a governador do Rio, todos apoiados por ela: Pezão, Garotinho, Crivella e Lindbergh.
Para uma velha raposa (bota velho nisso) do PMDB, Dilma segue a ideia muito original de Pezão, a de montar um “supermercado eleitoral”, onde estão em oferta as candidaturas de Dilma, Aécio Neves, Pastor Everardo e Eduardo Campos.

►CESTA BÁSICA VALE UM VOTO?
Ao tentar justificar sua ausência no jantar de quinta-feira numa churrascaria de São João de Meriti, o prefeito Nelson Bornier (PMDB) que governa pela enésima vez o vizinho município de Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense, usou uma figura de retórica que pode lhe causar constrangimentos futuros quando for a Brasília negociar a liberação da ajuda prometida em agosto de 2013 pela Presidente Dilma Rousseff, em caráter emergencial, quando da ocorrência de um forte temporal na região.
Bornier garantiu que, até agora, Nova Iguaçu não recebeu nem uma cesta básica para socorrer as famílias que perderam tudo nas chuvas do ano passado, há quase um ano portanto.
Esse esquecimento do governo depois de passada a chuva, já vem de longa data. Até agora, há centenas de vítimas de desabamento ou desmoronamento no Estado do Rio que continuam morando em casas de parentes ou voltaram para suas antigas casas, embora interditadas pela Defesa Civil. Na lista devem ser registradas as famílias da Região Serrana (2011), com mais de 900 mortos e centenas de desaparecidos e do  Morro do Bumba, em Niterói (2010), que até parte de um conjunto habitacional para abrigar os sobreviventes precisou ser demolido antes da conclusão das obras por falha de execução.

►OPOSIÇÃO CRITICA DECISÃO DO TCU
O relatório do Tribunal de Contas da União aprovado quarta-feira (23), que pediu a condenação de 11 diretores da Petrobras a devolver US$ 792 milhões para a companhia por causa da compra equivocada da Refinaria de Pasadena, foi criticado por oposicionistas no Congresso. Já os governistas valorizaram a decisão do TCU de inocentar a presidenta Dilma do Rousseff do processo de compra da refinaria.
Os parlamentares da oposição consideraram que o TCU errou ao isentar Dilma e outros membros do Conselho de Administração da Petrobras na época pela compra da refinaria. O líder do Solidariedade na Câmara, deputado Fernando Francischini (PR), defendeu que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras investigue se houve pressão sobre o ministro relator do TCU, José Jorge.
“Na nossa visão, houve pressão política sobre o ministro José Jorge para isentar a presidente Dilma. Vamos apresentar requerimento de convocação novamente do ministro José Jorge para dar explicações. Se recebeu gente do governo, se houve pressão sobre esse relatório, porque seria uma coisa inédita neste país”, disse.
Na opinião de Francischini, a decisão do TCU beneficiará maus gestores, que não poderão ser responsabilizados quando se omitirem ou forem negligentes com erros cometidos por seus subordinados. “Porque no caso maior do país, que envolve a chefe da Casa Civil, que era presidente do Conselho de Administração, que era a grande gerente superpreparada do nosso país, deixou acontecer isso, por que vamos fazer com prefeito lá na ponta? É um trem da alegria que vai ser convalidado hoje”, avaliou.
Para os defensores do governo, o resultado do julgamento do TCU serviu para “jogar por terra” a intenção dos oposicionistas de tirar proveito político da situação. “Acredito que hoje, sem dúvida, foi um dia de verdadeira ducha de água fria até porque mesmo nessa posição, o ministro José Jorge foi obrigado a reconhecer que a presidenta Dilma não tem qualquer responsabilidade em qualquer irregularidade que foi eventualmente praticada, bem como foi essa a posição do procurador Rodrigo Janot”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

►CPMI FAZ REUNIÃO EM SEGREDO
Os parlamentares que integram a CPI mista da Petrobrás se reuniram na quarta-feira (24) para ouvir o depoimento do secretário de Controle Externo da Administração Indireta do TCU, Osvaldo Perrout. A audiência a aconteceu a portas fechadas a pedido de Perrout, o que também gerou reclamações por parte da oposição. Ao fim, o relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), também considerou que não havia necessidade do sigilo e disse que as informações prestadas por Perrout corroboram com o relatório do TCU aprovado na mesma data
“O técnico aqui reafirmou este entendimento do TCU, ou seja, de um lado tira qualquer tipo de responsabilidade do Conselho de Administração e coloca esta responsabilidade nos diretores. É o que nós vamos nos aprofundar, no processo de investigação, para saber se há realmente esta responsabilidade, de quem é esta responsabilidade e quais os valores envolvidos nesta negociação e que precisam ser devolvidos aos cofres públicos”, disse o relator. (ABr)

►VEREADOR MULTADO PELO TRE/RJ
O juiz Alexandre Chini, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, multou em R$ 6 mil o vereador de Duque de Caxias e candidato a deputado estadual Maurício Guimarães Nascimento, o Dr. Maurício (PR), por propaganda antecipada na rede social Facebook. Segundo o magistrado, o vereador descumpriu a legislação eleitoral ao publicar, em 6 de junho deste ano, antes do prazo permitido para propaganda, a seguinte mensagem, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente: "Chegou a hora de mudar nosso planeta, ou no futuro próximo vamos precisar procurar outro. Dr. Maurício. A justiça está chegando". O candidato ainda pode recorrer da decisão ao plenário do TRE-RJ. (RP 351181)

►TRE/RJ MULTA JULIO LOPES
O juiz Alexandre Chini Neto, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, multou em R$ 5 mil o ex-secretário de transportes e deputado federal candidato à reeleição Julio Lopes (PP), por propaganda antecipada. Em 6 de abril, a coluna Informe Especial do jornal O Dia publicou matéria enaltecendo o então secretário estadual do governo Cabral, em que ele descrevia os benefícios do bilhete único. Para o juiz, também se traduziu em "verdadeiro favorecimento ao candidato, ultrapassando os limites da liberdade de pensamento", a divulgação de mensagens de autopromoção na internet, com foto e realizações da gestão dele na secretaria. Cabe recurso ao plenário do TRE-RJ. (RP 350307)

►MINISTRO NEGA PEDIDO DE VARGAS
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do deputado André Vargas (sem partido-PR) para anular o processo disciplinar a que ele responde no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Vargas é acusado de receber vantagens do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A defesa de Vargas pediu ao Supremo a anulação do processo, alegando que não tem amplo acesso à íntegra do processo disciplinar que tramita no Conselho de Ética. Segundo os advogados, a restrição impede a elaboração da defesa de Vargas.
Na decisão, Lewandowski aceitou os argumentos da defesa, mas somente para garantir acesso a todo o processo disciplinar. “[É] plausível a alegação dos impetrantes no tocante ao cerceamento de defesa, estando evidenciados, nesse ponto, a fumaça do bom direito e o perigo na demora ensejadores do deferimento da medida cautelar. Já quanto ao pedido de paralisação do procedimento disciplinar, entendo que os mencionados requisitos não se revelam de plano, ao menos nessa análise perfunctória dos autos, própria deste momento processual”, disse o ministro. 
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em abril deste ano, diz que Vargas usou um avião do doleiro Alberto Youssef para viajar a João Pessoa. Segundo o jornal, o empréstimo da aeronave foi discutido entre os dois por mensagens de texto no início de janeiro. Em outras mensagens, Vargas e o doleiro discutiram assuntos relacionados a contratos com o Ministério da Saúde com o Laboratório Labogen. (ABr)

►INFLAÇÃO AVANÇA EM SÃO PAULO
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), na cidade de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) subiu de 0,04% para 0,11%, entre a segunda e a terceira quadrissemana de julho. O maior avanço ocorreu no grupo despesas pessoais (de 0,33% para 0,98%). Em saúde, a taxa teve alta de 0,6% ante 0,43%. No grupo habitação, o índice avançou 0,33% ante 0,22% e em educação, houve elevação de 0,16% ante 0,05%.
Já no grupo alimentação, que sempre pesa mais no orçamento familiar, os preços tiveram queda mais acentuada ao passar de -0,49% para -0,69%.
No grupo vestuário também foi constatada redução de preços com variação de -0,33% ante -0,22%. Em transportes, foi verificado um leve decréscimo com a taxa passando de 0,1% para 0,07%. (ABr)

► DIA DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA
Criado há 22 anos após o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas, em Santo Domingo, na República Dominicana, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi celebrado sexta-feira (25), em Duque de Caxias, com um evento na Praça do Pacificador. A iniciativa do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro e Promoção de Igualdade Racial e Étnica (COMDEDINERPIR) promoveu uma série de atividades na área externa do teatro Raul Cortez, que incluiu, roda de capoeira feminina, mesa redonda com discussões, grupos de danças afros culturais (Ojuobá Axé e Imalê Ifé), entre outras ações. A festividade contou com o apoio da secretaria municipal de Cultura e Turismo.
O ponto alto da celebração foi à homenagem à escritora negra mineira, Carolina Maria de Jesus, falecida em 1977, que estaria completando 100 anos, com a entrega do troféu, que leva o seu nome, às mulheres negras que fazem a diferença e se destacam em solo caxiense. A obra maior da escritora foi “O Quarto do Desejo”, lançado em 1960.
“O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha tem como objetivo ampliar e fortalecer a união e a mobilização das mulheres negras no continente”, disse a vice-presidente executiva do Conselho, Leny Claudino de Souza, mais conhecida como Leninha, organizadora do evento ao lado das demais conselheiras.
A programação incluiu ainda desfile de mulheres negras, shows com os cantores Hélio Ventura e Val Sambista, apresentação do grupo AMAC (Associação de Mulheres de Atividade) com a dança “Carolina me Chamou", além da apresentação da biografia de Carolina Maria de Jesus.
 “É uma justa homenagem para uma escritora negra que marcou seu nome com sua trajetória na literatura brasileira”, destacou o secretário Jesus Chediak. (Foto: Letícia Passowski

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