R$ 5 BILHÕES ÁS MONTADORAS
A
pedido do governo, o Banco Central avalia aprovar medidas de incentivo à oferta
de crédito para a venda de automóveis e de socorro às montadoras. Para o
Planalto, o objetivo é evitar o desemprego.
De um
lado, é estudada a criação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios
(Fidc), no valor de R$ 5 bilhões, destinado a comprar carteiras de crédito dos
bancos de montadoras. Outra sugestão é a redução da necessidade de requerimento
de capital dos bancos para operações de aquisição de veículos.
No final
do mês, o benefício do IPI está previsto para terminar. O governo ainda não se
manifestou sobre uma prorrogação porque também espera que as montadoras façam a
sua parte reduzindo suas margens de lucro.
Além
das montadoras, todas multinacionais, também os usineiros estão reclamando
apoio do Governo, pois a maioria das usinas de açúcar e álcool estão
endividadas pagando apenas os juros cobrados pelos bancos para não falirem de
vez.
O ex-ministro da agricultura Roberto Rodrigues,
presidente do conselho deliberativo da União da Industria de Cana-de-açúcar
(Única), por exemplo, julga a situação do setor como “assombrosa”. Segundo ele, o tamanho da dívida é quase o
faturamento de um ano inteiro e hoje as usinas trabalham para pagar juros. “São
50 usinas paradas e outras 60 em situação muito delicada”, afirma em entrevista
ao Estado de S. Paulo.
Para Rodrigues, a saída passa pela definição do papel do
etanol na matriz energética brasileira: “Tem de haver as ações de equilíbrio do
preço do etanol vis-à-vis ao preço da gasolina”.
Ele afirma que o setor deve mostrar ao governo que os
benefícios do etanol são para a sociedade inteira e que gera 1 milhão de
empregos. Segundo o ex-ministro, o candidato à Presidência que oferecer uma
posição mais clara com o setor terá a maior simpatia.
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