JOAQUIM BARBOSA IRONIZA
OS
APELO DE MENSALEIROS À OEA
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, ironizou nesta quinta-feira (5) a apresentação de recursos à Corte
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados
Americanos (OEA). Após o fim do julgamento de cinco recursos apresentados por
condenados na Ação Penal 640, o presidente disse que não é incomum que réus sem
foro privilegiado recorram ao Supremo para serem julgados pela corte. Após seu
comentário, deu risadas. “Não é incomum. Depois vão procurar a Corte
Interamericana de Direitos Humanos.”
A declaração de Barbosa foi feita após o voto da ministra
Cármen Lúcia, relatora do processo, que envolve o deputado federal Anthony
Garotinho (PR-RJ) e outros acusados que não têm foro privilegiado. Por
determinação da ministra, a parte do processo que envolve os acusados sem foro
foi remetida para a Justiça de primeira instância em 2012.
A conversa que deu origem à declaração começou com o voto
da ministra: “Em todos os casos estou negando provimento”. Em seguida, o
ministro Marco Aurélio perguntou: “Em todos os casos, os cidadãos é que querem
ser julgados pelo Supremo? A ministra esclareceu: “Eles querem permanecer
aqui”. Após o esclarecimento, Barbosa exclamou: Não é incomum. Depois vão
procurar a Corte Interamericana de Direitos Humanos”.
Condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão,
recorreram à Corte Interamericana para contestar as condenações. As defesas do
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e de Kátia Rabello, José Roberto Salgado
e Vinícius Samarane, condenados ligados ao Banco Rural, entraram com recurso
alegando que não tiveram direito ao duplo grau de jurisdição, ou seja, de ser
julgado por duas instâncias diferentes.
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