PARCERIA PROPOSTA PELO MP GARANTIU
SOBREVIDA À ESCOLA “MATE COM
ANGU”
Uma parceria entre uma empresa
privada, que vai construiu um Shopping no terreno vizinho à Catedral de Santo Antônio,
e a Prefeitura de Duque de Caxias, proposta pelo Ministério Público do Estado
do Rio, não só preservou a área ocupada pela Escola Proletária de Meriti, fundada
em 1921 pela professora Armanda Álvaro Alberto, para alfabetizar os empregados
da fábrica de explosivos Rupturita, construída na então Vila Meriti por seu
pai.
A notícia, divulgada em primeira
mão pelo blog, teve grande repercussão entre historiadores da Baixada
Fluminense, que vinham acompanhando, com justa preocupação, as notícias sobre
uma provável demolição da escola que revolucionou o ensino no antigo Estado do
Rio, principalmente pela introdução da merenda escolar, o que resultou no surgimento
de um novo nome para a escoa, Mate com Angu, que eram servidos aos alunos, que
tinham aulas das 9 às 17 horas.
Um dos apaixonados pela história
da quase centenária escola é o professor e historiador Guilherme Peres,
frequentador da Biblioteca Euclides da Cunha, anexa à escola, além de ser ex
aluno de xilografia do professor e artista plástico Barboza Leite.
Por conta dessa euforia,
Guilherme Peres fez uma nova pesquisa sobre a escola e produziu uma deliciosa
crónica, que estamos postando no “Pedaços da Nossa História”.
Inaugurada a 13 de fevereiro de
1921, foi a “célula mater da Fundação Álvaro Alberto”. No discurso apresentado
pelo Dr. Belizário Pena na “Primeira. Conferência Nacional de Educação”
realizada em Curitiba em dezembro de 1927, D. Armanda assim se expressou: “sem
um só programa escrito, tomou desde o começo, no entanto, a feição de um
lar-escola, embora externato com número limitado de alunos, a quem não se dão
notas, prêmios ou castigos. A orientação geral apresentava-se resumida em
quatro cartazes com os dizeres: Saúde – Alegria – Trabalho – Solidariedade”.
Anexo à escola foi fundada a
Biblioteca Euclides da Cunha e organizado um museu “com contribuições trazidas
pelos alunos, da natureza local”, todos mantidos por um grupo de amigos da
fundadora e pela firma F. Venâncio & Cia. (Explosivos Rupturita), da qual
nasceu também um time de futebol, o “Rupturita Futebol Club” composto de operários
da própria fábrica.
Veja em http://pedacosdanossahistoria.blogspot.com.br/
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