MPF QUER TORNAR INELEGÍVEIS
2 BISPOS DA IGREJA UNIVERSAL
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro
quer que a Justiça Eleitoral declare Daniel Santos e Júnior Reis (Aparecido dos
Reis Júnior), bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), inelegíveis
pelos próximos oito anos. Eles estão respondendo a uma ação no Tribunal
Regional Eleitoral (TRE/RJ) onde são acusados de abuso de poder econômico nas
eleições de 2014. O pedido de condenação foi reforçado pela PRE em suas
alegações finais (última intervenção antes do julgamento).
A PRE processou os dois religiosos por desvirtuar o uso de templos da IURD em Del Castilho e Nova Iguaçu e promover os candidatos Marcelo Crivella (PRB, a governador), Roberto Sales e Rosangela Gomes (PRB, dep. federal), Tia Ju (PRB, dep. estadual) e Benedito Alves (PMDB, dep. estadual).
A PRE processou os dois religiosos por desvirtuar o uso de templos da IURD em Del Castilho e Nova Iguaçu e promover os candidatos Marcelo Crivella (PRB, a governador), Roberto Sales e Rosangela Gomes (PRB, dep. federal), Tia Ju (PRB, dep. estadual) e Benedito Alves (PMDB, dep. estadual).
/Bispo Daniel dos Santos |
Ao
protocolar a ação, a PRE anexou áudios gravados nos templos como prova do crime
eleitoral cometido – as gravações incluem perguntas aos fiéis sobre os números
dos candidatos na urna. Depoimentos de testemunhas também são transcritos para
atestar as violações à legislação eleitoral.
“Ante ao reiterado controle de voto exercido pelos religiosos, vislumbrou-se uma nova figura jurídica na seara eleitoral, chamada de abuso do poder religioso, ainda sem regulamentação expressa”, ressaltou o procurador regional eleitoral substituto Sidney Madruga, autor das alegações finais. "A exorbitância vem do uso ostensivo do templo religioso, local vedado pela legislação e considerado bem de uso comum para fins eleitorais. ”
Para o procurador regional eleitoral substituto, o processo contra Daniel Santos e Júnior Reis ilustraria o abuso de poder religioso, aliado ao abuso de poder econômico. “A prova é contundente e exaustivamente demonstra que os fatos narrados são graves e aptos a ensejar a inelegibilidade dos dois réus”, conclui Sidney Madruga. (Proc.: AIJE nº 800671/2014)
“Ante ao reiterado controle de voto exercido pelos religiosos, vislumbrou-se uma nova figura jurídica na seara eleitoral, chamada de abuso do poder religioso, ainda sem regulamentação expressa”, ressaltou o procurador regional eleitoral substituto Sidney Madruga, autor das alegações finais. "A exorbitância vem do uso ostensivo do templo religioso, local vedado pela legislação e considerado bem de uso comum para fins eleitorais. ”
Para o procurador regional eleitoral substituto, o processo contra Daniel Santos e Júnior Reis ilustraria o abuso de poder religioso, aliado ao abuso de poder econômico. “A prova é contundente e exaustivamente demonstra que os fatos narrados são graves e aptos a ensejar a inelegibilidade dos dois réus”, conclui Sidney Madruga. (Proc.: AIJE nº 800671/2014)
►PARCERIA SUSPEITA NA LAVA JATO
O
ex-dirigente da Odebrecht, João Antônio Bernardi Filho, preso na 14ª fase da
Operação Lava Jato, está no centro de uma rede de negócios que o liga a um ex-diretor
da Petrobras. Ele divide a sociedade da empresa Oil & Gas Service com
Alexandre Santos de Oliveira, de acordo com o banco de dados da Receita
Federal. Oliveira é genro de Irani Carlos Varella, ex-diretor da Petrobras
Uruguai e ex-assessor especial da então presidente da estatal, Graça Foster.
De acordo
com o jornal o Globo, Bernardi também é sócio da empresa Hayley, que recebeu
propinas de um milhão de dólares de Júlio Camargo, representante da investigada
Toyo Setal e delator do esquema de corrupção da estatal. Os
investigadores da Lava-Jato suspeitam que a rede de empresas do ex-dirigente da
empreiteira operava para movimentar dinheiro de negócios suspeitos envolvendo a
Petrobras e seus fornecedores, o que inclui a Odebrecht.
O
endereço declarado da Hayley, em Montevidéu, capital do Uruguai, está vazio.
Segundo o jornal, no local já funcionou um escritório de advocacia, mas
vizinhos e funcionários do prédio nunca ouviram falar da empresa. A firma
uruguaia é sócia da Hayley do Brasil, que funciona em escritório de advocacia
de Cristina Maria da Silva Jorge, também com prisão decretada pelo juiz Sérgio
Moro.
Bernardi
parece ter mantido os esquemas da rede de negócios ativo, mesmo após o
escândalo de corrupção da Petrobras ser revelado. Um dos indícios é um email
enviado, em abril, à Cristina Jorge, com perguntas sobre a empresa. A mensagem
foi rastreada pela Polícia Federal e, para Moro, “ilustra que João Antônio
Bernardi Filho persistiu no controle da Hayley”. Isso porque, logo após receber
a mensagem do repórter, Christina a enviou a Bernardi, pedindo orientação:
“seguem as perguntas, aguardo seu comentário”.
De acordo
com a reportagem, com a prisão de Bernardi, os investigadores esperam
esclarecer pontos nebulosos na trajetória do empresário. Uma das frentes aponta
para a Oil & Gás Service, que o envolveria mais diretamente a Petrobras,
por ser fruto de uma parceria com Alexandre Oliveira.
Alexandre
Oliveira disse ao jornal que já não é mais sócio de Bernardi, e por isso ignora
os negócios do empresário. Varella não foi localizado para esclarecer se
conhece Bernardi.
►CARDOZO
DEFENDE AS EMPREITEIRAS
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu na tarde de sábado (20) um
trecho da decisão do juiz federal Sérgio Moro sobre as prisões dos executivos
das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Segundo o ministro, não há nada
que as impeça de participar de licitações de obras públicas. As informações são
da Folha de S. Paulo.
“A
Constituição não permite que empresas investigadas, mas que não sofreram
nenhuma penalidade em relação a sua idoneidade, sejam afastadas de licitação.
Não fica a critério do administrador quem participa ou não de licitações”,
argumentou Cardozo.
A
declaração foi feita após Moro considerar, em seu despacho, que a permissão
para empresas investigadas participarem de licitações e firmarem contratos com
o poder público gera o risco de que elas continuem praticando atos de
corrupção.
“Em
relação ao recente programa de concessões lançado pelo governo federal, agentes
do Poder Executivo afirmaram publicamente que elas (empreiteiras) poderão
participar, gerando risco de reiteração das práticas corruptas”, sustentou o
juiz.
O
ministro da Justiça, com o aval da presidente Dilma Rousseff, convocou
jornalistas para rebater a afirmação. Embora não tenha feito referência a Moro,
classificou como “inadmissível” colocar sob suspeição o pacote de concessões,
cujo investimento previsto é de R$ 198,4 bilhões.
“Não
podemos aceitar a tese de que um plano que sequer teve seu edital publicado
possa ser colocado sob suspeição”, criticou o ministro.
►EMPREITEIRAS LEVARM MAIS R$ 219 MILHÕES
As
construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht foram os alvos da 14ª etapa da
operação Lava Jato. Neste ano, as empresas receberam cerca de R$ 219 milhões da
União. As empreiteiras tocam diversos tipos de obras, desde ferrovias até a
implantação de estaleiro e base naval.
A maior
parcela dos recursos foi repassada para a Odebrecht, que em 2013 foi a primeira
empreiteira a receber mais de R$ 1 bilhão do governo federal. Neste ano, o
valor atingiu R$ 197,5 milhões.
A
Odebrecht é responsável por um dos maiores empreendimentos do governo federal:
a implantação de estaleiro e base naval para a construção e manutenção de
submarinos convencionais e nucleares. Cerca de R$ 188,3 milhões, 95% do total
recebido pela empresa em 2015, foram destinados à iniciativa. Essa base abrigará
a estrutura de comando e controle dos meios navais, além de organizações de
manutenção, de infraestrutura para atendimento das funções logísticas e de
adestramento das tripulações dos submarinos.
Outros R$
9,2 milhões foram repassados à empresa para a construção de submarino de
propulsão nuclear. A obra envolve a aquisição de tecnologia de projeto e de
pacote de material para submarino com propulsão nuclear e respectivo sistema
logístico, a coordenação e gerenciamento do projeto e a construção do submarino
no Brasil, e demais despesas que contribuam diretamente para o desenvolvimento
e a execução do projeto.
O
objetivo da ação é contribuir para a garantia da navegação do uso do mar e do
controle marítimo das áreas estratégicas de acesso marítimo ao Brasil, além de
permitir a manutenção e o desenvolvimento da capacidade de construção desses
meios navais.
Já a
Andrade Gutierrez recebeu R$ 21,5 milhões pela construção da ferrovia de
integração oeste-leste. O empreendimento deve atender o percurso de Ilhéus até
Caetité, na Bahia. O trecho possui 537 km de extensão. Os recursos envolvem a
execução de obras de engenharia e serviços como desapropriações, compensações
ambientais, sítios arqueológicos, supervisão e gerenciamento.
A
empreiteira também é responsável pela implementação da Gestão Ambiental do
empreendimento, englobando, entre outras, ações mitigadoras e compensatórias
das áreas de influência direta e indireta, e o atendimento das licenças
ambientais.
No ano
passado, as empresas receberam, juntas, mais de R$ 1,6 bilhão da União. Cerca
de R$ 1,5 bilhão foram pagos à Odebrecht. O restante (R$ 100 milhões) foi pago
à Andrade Gutierrez. Vale ressaltar, que as duas empresas doaram R$ 135,5
milhões para candidatos e comitês durante as eleições de 2014.
De acordo
com o levantamento do Contas Abertas, as empresas ainda possuem R$ 37,3 milhões
a receber do governo federal. Além de trecho da ferrovia oeste-leste, a Andrade
deve receber cerca de R$ 14,1 milhões pela construção dos trechos Anápolis a
Uruaçu, em Goiás, e de Uruaçu a Palmas, no Tocantins, e da implantação do
perímetro de irrigação tabuleiro das russas, no Ceará. Já a Odebrecht, possui
R$ 23,2 milhões a receber da União pela construção de submarino de propulsão
nuclear e pela implantação do perímetro de irrigação de tabuleiros litorâneos.
O
montante não contabiliza o repasse realizado pelas estatais, que ainda não são transparentes.
Porém, de acordo com o jornal Correio Braziliense, juntas, as empreiteiras têm
contratos de R$ 41,5 bilhões com a Petrobras.
►JUNTAS E
MISTURADAS
A Polícia
Federal e o Ministério Público Federal afirmaram sexta-feira (19) que as
empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez, agiam de forma mais sofisticada no
esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. Esse diferencial, de
acordo com o Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do MPF, estava no
pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
Segundo a
PF, há indícios de que os presidentes das empresas, presos, participaram de
negociações que levaram à formação de cartel e direcionamento de licitações
feitas pela Petrobras. Eles “tinham pleno domínio de tudo o que acontecia na
empresa”, disse o delegado Igor Romário de Paula à imprensa, em Curitiba.
A 14ª
fase da Operação Lava Jato foi deflagrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 10 mandados de prisão, 38 de busca
e apreensão e 8 de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar
depoimento.
Em nota,
Odebrecht disse que a ação policial é desnecessária porque a empresa e seus
executivos sempre estiveram à disposição para esclarecimentos. A Andrade Gutierrez
negou relação com os fatos investigados na Lava Jato.
►CONSULTOR SE DECLARA INOCENTE
A defesa do consultor Flávio Lúcio Magalhães, um dos presos
na 14ª Fase da Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, negou hoje
(22), em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), ter atuado como diretor
institucional da empreiteira Andrade Gutierrez. O consultor está preso na
Superintendência da PF em Curitiba.
Segundo seu advogado, Magalhães negou ter ocupado cargo de
diretor ou ter pertencido ao quadro de funcionários da empresa. De acordo
com as investigações, o consultor foi apontado pelo doleiro Alberto
Youssef como operador financeiro da empreiteira.
Além de Magalhães, na PF estavam previstos os depoimentos
de Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht; Antônio Pedro
Campelo de Souza, ex-diretor da Andrade Gutierrez; e a consultora Christina
Maria da Silva Jorge. A prisão deles é temporária, cujo prazo vence em cinco
dias.
A partir desta terça-feira (23), devem ser ouvidos os seguintes
presos, preventivamente: Marcelo Odebrecht, presidente da Organização
Odebrecht; João Antônio Bernardi, ex-diretor da construtora, e Márcio Faria da
Silva e Rogério Santos de Araújo, executivos da Odebrecht. Também será ouvido
Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.
A 14ª fase da operação, denominada Erga Omnes, expressão
latina no meio jurídico para indicar que os efeitos da lei atingem a todos os
indivíduos, é uma referência ao fato de as investigações alcançarem, mais de um
ano depois de deflagrada a primeira fase da operação, as duas maiores
empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.
►87% APOIA REDUÇÃO DA
MAIORIDADE
Pesquisa Datafolha divulgada hoje (22) informa que 87% dos
brasileiros votariam a favor da redução da maioridade penal, que passaria de 18
para 16 anos, caso houvesse uma consulta à população.
O índice é o mesmo da pesquisa anterior, publicada em abril
deste ano. O instituto de pesquisa fez 2.840 entrevistas em 174 municípios
entre os dias 17 e 18 deste mês. A margem de erro da pesquisa é 2 pontos
percentuais para mais ou para menos
Entre os entrevistados, 11% se mostraram contra a redução.
A rejeição foi maior entre os mais escolarizados (21%) e entre os mais jovens
(19%). Do total de entrevistados, 1%, são indiferentes e os que não souberam
responder também somaram 1%.
A pesquisa apresentou também a opinião dos entrevistados
sobre a idade mínima para uma pessoa ir para a cadeia. A média foi 15,2 anos.
Nesse levantamento, 48% dos entrevistados acreditam que a idade deveria ser de
16 a 17 anos. Para 26%, a idade deveria ser ainda menor: entre 13 e 15 anos e
para 12%, entre 18 e 21 anos. Os que defendem que a idade deveria ser de até 12
anos somam 11%.
Entre os que se mostraram favoráveis à redução da
maioridade, 73% dizem que a medida que deveria ser aplicada para qualquer tipo
de crime e 27% a defendem para os mais graves. O homicídio foi citado por 80%
dos entrevistados, o estupro, por 53%, e o assalto, o roubo e os furtos, por
37%.
A pesquisa perguntou também sobre como a população vê a
eficácia de propostas alternativas à da mudança de idade. Sobre o aumento do
tempo de internação, 30% consideram a medida muito eficiente; 29%, pouco
eficiente, 37%, acham que não seria eficiente e 4% não souberam
responder.
►COMISSÕES DEBATEM AS PEDALADAS
A
Comissão de Finanças e Tributação e a Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle promovem, nesta terça-feira (23), audiência pública sobre as manobras fiscais
adotadas pelo governo federal e o atraso no repasse de recursos a bancos
públicos. Também será debatida a situação funcional das carreiras jurídicas da
Advocacia Geral da União (AGU).
Foram
convidados o ministro da AGU, Luís Inácio Lucena Adams, e o procurador-geral do
Banco Central, Isaac Sidney Menezes Ferreira.
O
deputado Mendonça Filho (DEM-PE), um dos que pediram a audiência, lembra que
líderes da oposição denunciaram ao Tribunal de Contas da União manobras da
gestão econômica do governo que seriam irregulares. “As manobras claramente
objetivavam diminuir artificialmente as despesas do governo federal e atingir
de forma fictícia a meta de superávit primário”, afirma.
Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pretende discutir a necessidade de valorização dos servidores da Advocacia Geral da União. “A AGU vivencia disparidades remuneratória, estrutural e orçamentária absolutamente alarmantes, o que vem comprometendo a atuação de instituição”, diz.
Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pretende discutir a necessidade de valorização dos servidores da Advocacia Geral da União. “A AGU vivencia disparidades remuneratória, estrutural e orçamentária absolutamente alarmantes, o que vem comprometendo a atuação de instituição”, diz.
►SENADO
DISCUTE MUDANÇAS NA CLT E ISS
A Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) reúne-se nesta terça-feira (23), com 14 projetos e
um requerimento na pauta. Os senadores devem começar analisando o PLS 606/2011,
que visa tornar mais eficiente a cobrança dos débitos trabalhistas já
reconhecidos pela Justiça do Trabalho.
A
proposição, que já foi votada pela CCJ, é de autoria do senador Romero Jucá
(PMDB-RR) e procura trazer para o campo trabalhista os aprimoramentos dos
processos regulados pelo novo Código de Processo Civil (CPC), legislação que
passou a contar com regras que possibilitam ações mais ágeis.
A
proposta é resultado de sugestão do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
segundo o qual de cada 100 trabalhadores que ganham uma causa, apenas 30, em
média, conseguem efetivamente receber o crédito.
Outros
dois projetos estão tramitando em conjunto e também tratam de mudanças
processuais na legislação trabalhista: o PLS 92/2012, do senador Eduardo Amorim
(PSC-SE), e o PLS 351/2012, de Lindbergh Farias (PT-RJ).
Também
está na pauta a criação do Programa de Microdestilarias de Álcool e
Biocombustíveis, prevista no PLS 252/2011, do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). A iniciativa, segundo o autor, vai promover a
permanência no campo dos micros e pequenos produtores de cana, que hoje estão
sendo obrigados a vender suas terras aos grandes usineiros. Para isso, eles
terão acesso a linhas de créditos a juros favorecidos e com prazos mais longos
para pagamento, além da isenção de alguns tributos.
A
proposição já foi aprovada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e,
na CAE, tem relatório favorável da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).
Outro
projeto a ser analisado é o PLS 65/2012, do senador Wilder Morais (DEM-GO), que
limita a alíquota máxima de Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS)
incidente sobre o turismo rural. O ISS é previsto na Constituição como imposto
da competência dos municípios, e cabe, portanto, à lei fixar as alíquotas
máximas e mínimas.
►
INFLAÇÃO A 8,97% E SELIC A 14,25%
Instituições
financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por inflação e juros
básicos mais altos e maior queda na economia este ano. De acordo com a pesquisa
semanal do BC, a projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação,
medida pela Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu pela
décima semana seguida. Desta vez, a estimativa passou de 8,79% para 8,97%. Para
2016, a estimativa segue em 5,50%, há cinco semanas. A inflação este ano deve
estourar o teto da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%.
Para
tentar frear a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. No último dia 3, o Copom elevou a
Selic, pela sexta vez seguida, para 13,75% ao ano. Com o reajuste, a Selic
retornou ao nível de janeiro de 2009. Para as instituições financeiras, a Selic
vai chegar ao final de 2015 em 14,25% ao ano. A projeção da semana passada era
14% ao ano. No final de 2016, a Selic deve ficar em 12% ao ano.
Embora
ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que
atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
A
expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano,
passou de 1,35% para 1,45%. Essa é a quinta piora seguida na estimativa para o
Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no
país. Para o próximo ano, a projeção de crescimento passou de 0,9% para 0,7%.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de
3,65%, este ano, e crescimento de 1,5%, em 2016.
A
pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral
de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,08% para 7,31%, este
ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de
6,94% para 7%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,39% para 8,45%
este ano.
A
projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015, e subiu de
R$ 3,30 para R$ 3,40, no fim de 2016. (Com Agência Brasil)
►CAXIAS
ADOTARÁ A COLETA SELETIVA
Os catadores do Jardim Gramacho tiveram uma boa notícia
nesta segunda-feira (22), durante a abertura da Semana do Meio Ambiente, no
teatro Raul Cortez. A partir do segundo semestre terá início o projeto- piloto
de coleta seletiva, que será implantado na Vila São Luiz, durante um ano. Em
seguida será feita uma avaliação com o objetivo de expandir o serviço em outros
bairros.
O vice-prefeito Laury Villar, representando o prefeito
Alexandre Cardoso, afirmou que tanto a Semana do Meio Ambiente, quanto o I
Fórum de Inclusão sócioprodutiva de catadores de Duque de Caxias (um dos
eventos da programação) são importantes “porque os participantes poderão
discutir políticas públicas para a questão do catador e outros temas
importantes para todos”, disse.
Para o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e
Abastecimento, Luiz Renato Vergara, a semana do meio ambiente foi elaborada com
o a finalidade debater questões importantes, principalmente o problema da
inclusão socioprodutiva. Este também é o momento de anunciar para o
segundo semestre o início do projeto- piloto da coleta seletiva em Caxias.
“Esta era uma questão que vinha sendo cobrado desde que
assumi a secretaria. Levamos este ano estudando e avaliando a melhor maneira de
implantar a coleta seletiva na cidade. Até porque tem que ser boa para o
catador e para a sociedade. Agora, posso anunciar que a partir do segundo
semestre colocaremos em prática a coleta, em caráter experimental na Vila São
Luís. Após um ano, será feita uma avaliação que permitirá ampliar o programa
para outros bairros”, explicou.
Segundo Alexandre Freitas, representante do Movimento
Nacional dos Catadores, o fórum tem papel importante para os catadores e as
conferências poderão contribuir na inclusão do social dos trabalhadores.
Participaram também da solenidade de abertura Sabrina
Gimenez de Andrade, do Ministério do Meio Ambiente, Sheila Valle,
superintendente de Saneamento, da secretaria estadual de Ambiente, vereadores e
lideranças de catadores. (Fotos: Rafael Barreto)
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