PROJETO PROPÕE AMENIZAR
RIGOR DA LEI DA FICHA LIMPA
A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP)
452/14, do deputado Arthur Maia (SD-BA) e do ex-deputado Sandro Mabel, que
permite ao político abater o tempo em que estiver inelegível durante o processo
em curso, do período em que for condenado inelegível após o trânsito em
julgado.
Segundo o autor da proposta, baseados em entendimento de
ministros do Supremo Tribunal Federal, ao elaborar a Lei da Ficha Limpa (Lei
Complementar 135/10), o legislador estendeu os efeitos da inelegibilidade para
além do prazo da condenação definitiva, seja criminal ou por improbidade
administrativa.
De acordo com o deputado, há casos em que o político
condenado fica inelegível entre a decisão do colegiado e o trânsito em julgado,
passando a ter seus direitos políticos inteiramente suspensos no período e, depois
disso, continua inelegível por mais oito anos, independentemente do tempo de
inelegibilidade prévio ao cumprimento da pena. O projeto permite, então, abater
esse tempo de inelegibilidade prévio.
"A legislação atual é um desestímulo ao uso dos meios
recursais próprios, em verdadeira negativa de acesso ao Judiciário: recorrer
seria um ônus insuportável para quem tivesse a inelegibilidade decretada por um
órgão colegiado", afirma Maia.
Atualmente, a Lei da Ficha Limpa torna inelegível por oito
anos candidato que tiver mandato cassado, renunciar para evitar cassação ou for
condenado por decisão de órgão colegiado, mesmo com possibilidade de recurso.
O projeto, que está apensado ao PLP 273/13, será analisado
pela Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.
(Com Agência Câmara)
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