R$ 33.763 DE APOSENTADORIA
A Casa das Leis é o oásis dos marajás sem petróleo |
O ajuste fiscal imposto pelo Governo para recuperar as
contas públicas, afetadas pela política econômica dos últimos 12 anos, vai
cortar duro em despesas como Saúde, Saneamento, Educação, inclusive com redução
do número de beneficiários do Prouni, obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.
Essa rigidez não afeta um ninho de poderosos, os aposentados da política.
Em condições normais, a extinção do IPC – Instituto de
Aposentadoria dos Congressistas (Lei nº 90506/1997) eliminaria do Tesouro a
obrigação de pagar vultosas pensões a políticos aposentados pelos eleitores ou
que desistiram da carreira. Como eles fazem as leis, inclusive em benefício
próprio, mantiveram a obrigação do Congressos (leia-se, Tesouro) de pagar
aposentadoria aos ex políticos e de pensões para suas viúvas e filhos.
Uma reportagem assinada por Amauri Pioteixa, publicada na
Revisa do Congresso em Foco, revela que até políticos eleitos pela Arena/PFL,
como José Sarney (R$ 29.036,18) e o ex prefeito de Duque de Caxias, Hidekel
Freitas (R$13.167,60), continuam recebendo polpudas pensões, sem a limitação do
teto constitucional que fixo o máximo que os Três Poderes podem pagar aos seus
servidores, inclusive aposentados e pensionistas. No caso do ex presidente do
Senado, além da pensão do extinto IPC, ele também recebe proventos como
ex-governador de Pernambuco e procurador aposentado do INSS,
Para essa elite, nem o execrado Fator Previdenciário afetou
seus contracheques, como a exigência de 35 anos de contribuição previdenciária
o e 60 anos de idade mínima para se aposentarem, como ocorre com os
contribuintes do INSS, cujo teto é de R$ 4.663. Nos últimos 16 anos, o Tesouro
pagou cerca de R$ 2 bilhões a esses marajás sem poços de petróleo, segundo
Amauri Pioteixa.
Na lista de aposentados encontramos nomes políticos que
continuam na ativa, como da deputada estadual Cidinha Campos, atual Secretaria
de Defesa do Consumidor do Governo Luís Fernando Pezão, e o ex- senador Cesar
Maia, que agora é vereador na Capital
Os dados relativos aos ex-deputados são de janeiro de 2015
e foram publicados na 15ª edição
da Revista Congresso em Foco, já com os valores atualizados para este ano.
Alguns nomes foram excluídos porque os beneficiários diretos faleceram este
ano. Nesses casos, o benefício passa a ser pago à viúva e/ou dependentes. Já a
lista do Senado foi atualizada para incluir os senadores que se aposentaram
recentemente – casos de José Sarney (PMDB-AP), Pedro Simon (PMDB-RS), Casildo
Maldaner (PMDB-SC) e Eduardo Suplicy (PT-SP).
A lista dos políticos aposentados do Rio de Janeiro é longa
e dela participam os ex deputados
federais Rubem Medina (PFL) Osmar
Leitão Rosa (PPB-), Celso Peçanha (PTB), Saturnino Braga (PT), Roberto
Jefferson (PTB), José Maurício (PDT), Hydekel Freitas/PFL), Alcir Pimenta (PP),
Célio Borja (PDS), Délio dos Santos (PDT), Eduardo Galil (PDS), Jorge Leite
(PMDB), Márcio Macedo (PMDB) Sandra Cavalcant (PPR), Luiz Salomão (PT), Edésio
Frias (PDT), Fernando Lopes (PMDB), Aloysio Teixeira (PMDB), Márcia Cibilis
Viana (PDT), Nina Ribeiro (Arena), Daniel da Silva ( PMDB), Joel Lima (PMDB), Lygia Lessa Bastos (Arena), Rubem
Dourado (PP), Clemir Ramos (PDT), Denisar Arneiro (PMDB), José Eudes (PT), José
Frejat (PDT), Márcio Braga ( PMDB), Jorge
Moura (PMDB), Joel Vivas (PP), Modesto da Silveira (PMDB), Anna Maria Rattes (PSDB) César Maia PMDB, Féres Nader (PTB),
Paulo Ramos (PDT), Paulo Portugal (PP), Marino Clinger ( PDT), Carlos Santana (PT), Cidinha Campos (PDT), João Mendes (PFL), José Egydio (PFL), Laprovita Vieira
(PPB), Nelson Bornier (PMDB), Carlos Alberto Campista (PFL) e Vivaldo Barbosa (PDT)
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