quinta-feira, 4 de junho de 2015

EX GOVERNADORES TAMBÉM
RECEBEM APOSENTADORIAS
 A fara com o dinheiro público no momento em que falta dinheiro até para o Bolsa Família, não é privilégio dos ex parlamentares do Congresso Nacional, cassados pelos eleitores insatisfeitos ou porque desistiram de tentar um novo mandato. Ex governadores e ex prefeitos também se lambuzam com o dinheiro do contribuinte, através de proventos como aposentados e pensões, no caso dos governadores e prefeitos que vieram a falecer.
Moreira Franco, ex governador
do antigo Estado do Rio
A Revisa Congresso em Foco acaba de publicar uma longa pesquisa em que dezenas de políticos, com exercem mandatos em outras esferas do Poder, recebem polpudas aposentadorias, dinheiro que continua faltando na Saúde, no Saneamento, na Segurança Pública e até na Educação.
Há casos de senadores que acumulam aposentadorias de ex-governadores com o salário pago pelo Senado. É o caso de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Edison Lobão (PMDB-MA), Ivo Cassol (PP-RO), João Alberto (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Roberto Requião (PMDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Os técnicos do Senado informam que eles podem acumular salários com aposentadoria, mesmo com valores acima do teto constitucional, porque “não há nenhuma norma regulamentadora da matéria”.
E o Rio de Janeiro não poderia ficar de fora dessa farra com o dinheiro do contribuinte. Além dos deputados e senadores “aposentados” pelo extinto IPC, temos os ex governadores Celso Peçanha (21.868.14), Moreira Franco (21.868.14), que continua desfrutando de altos cargos no Governo Federal na cota do PMDB, e pedetista Nilo Batista (21.868.14), que foi vice de Brizola.

►CABRAL E PEZÃO NA LAVA JATO
O Superior Tribunal de Justiça (STF) autorizou a quebra de sigilo do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e do ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner. Os três são investigados em inquérito da Operação Lava Jato.
Em depoimento por acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 de Cabral. Segundo ele, os recursos, que seriam desviados do esquema de corrupção na Petrobras, também teriam beneficiado Pezão.
Regis Fichtner teria sido o operador dos repasses, de acordo com Costa. Os três negam as suspeitas. Pezão pediu o arquivamento do inquérito aberto contra ele. Com a quebra dos sigilos, o objetivo é analisar ligações realizadas entre outubro de 2009 e o fim de 2010 entre políticos do Rio e outros investigados na operação.
  
►AÉCIO INSISTE EM CPI DO BNDES
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, avalia que a divulgação de dados sobre empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para obras no exterior reforça a necessidade de abertura de uma CPI no Senado para aprofundar os critérios utilizados pelo banco para a liberação dos financiamentos.
Após pressão de partidos de oposição e da sociedade, o BNDES divulgou na terça-feira (2) informações que eram mantidas em sigilo. Apenas cinco grandes empreiteiras concentram 99,4% das operações financiadas no exterior, que somam US$ 11,9 bilhões desde 2007.
De acordo com informações do próprio BNDES, projetos para obras em países como Cuba e Venezuela foram financiados com juros 7% ao ano, mais baixos do que os cobrados para projetos no Brasil e com prazos maiores de pagamento, como no caso de Cuba, que terá 25 anos para pagar o empréstimo. Ainda nesta quarta-feira (3), o Banco Central reajustou a taxa Selic para 13,75
"É preciso que o BNDES dê o segundo e fundamental passo, que é esclarecer de que forma esses empréstimos são escolhidos, de que forma as empresas e os países são determinados, e qual o benefício que esses empréstimos trazem a quem os financia, que é a população brasileira. Por exemplo: é importante que o BNDES explique em documentos, de forma clara, por que Cuba, uma ditadura, recebe um financiamento com cerca de 25 anos de carência para o pagamento", criticou Aécio Neves em entrevista à imprensa no Senado.
Aécio Neves questionou também os critérios utilizados pelo banco para oferecer melhores condições para o financiamento de obras no exterior em detrimento de projetos de infraestrutura no Brasil.
"Eu viajei por todo o Brasil na campanha eleitoral. Nós temos portos com obras interrompidas, outros com a obras sequer iniciadas, e que demandariam empréstimos como esse. Qual o critério para se dar a Cuba um empréstimo de forma tão favorecida? 25 anos para pagar. Que garantias o governo cubano está oferecendo? Que benefícios isso traz aos brasileiros que são os financiadores desse empréstimo? Essas questões ainda estão sem resposta. Cabe ao BNDES explicar também isso", afirmou.
Aécio Neves disse ainda que a divulgação dos dados que eram mantidos em sigilo também comprova que a presidente Dilma Rousseff mentiu aos eleitores ao dizer que os empréstimos não eram destinados a Cuba e a outros países.
"O que ficou claro é que a presidente mentiu na campanha eleitoral, mais uma vez, ao dizer que esse financiamento não era para Cuba. Foi sim para o governo cubano. É ele que deverá pagar para o governo brasileiro. Por que Cuba merece ter um financiamento com 25 anos, enquanto a maioria dos outros financiamentos estão entre 10 e 15 anos?", questionou Aécio Neves.

►ISRAEL RECEBE CUNHA COMO PRESIDENCIÁVEL
Em comitiva composta por 11 deputados, três assessores, um amigo e dois membros da comunidade judaica no Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está em missão oficial a Israel, Palestina e Rússia. Cunha e mais três deputados levaram suas respectivas esposas. Em Israel, o grupo está hospedado no hotel Waldorf Astoria de Jerusalém, cujas diárias variam de US$ 530 a US$ 1.450 – algo em torno de R$ 1.650 e R$ 4.500.
Cunha, acompanha da esposa, passa em
 revista tropa formada para recebe-lo
O presidente da Câmara foi recebido ontem (3) no Knesset, parlamento israelense, em Jerusalém, e se encontrou com o primeiro-ministro
 Benjamin Netanyahu. O texto divulgado pela assessoria do Legislativo local menciona Cunha como "potencial candidato presidencial" no Brasil.
O peemedebista ainda visitará o Parlamento palestino e depois seguirá para Moscou, onde ocorre um encontro de legislativos do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além de Cunha, levaram suas mulheres os deputados Átila Lins (PSD­-AM), Beto Mansur (PRB-­SP), Bruno Araújo (PSDB-­PE) e Rubens Bueno (PPS­-PR).
Eduardo Cunha e Benjamin Netanyahu
Os líderes Leonardo Picciani (PMDB-­RJ), Maurício Quintella (PR-­AL), Jovair Arantes (PTB-­GO) e Mendonça Filho (DEM-­PE), além de Gilberto Nascimento (PSC­-SP), segundo ­suplente da Mesa Diretora, foram desacompanhados. Os líderes André Figueiredo (PDT-­CE) e Arthur Oliveira Maia (SD-­BA) integrarão a comitiva com suas mulheres apenas na Rússia.
A Câmara informou que fazem parte da "delegação acompanhante" o Pastor Everaldo (PSC), ex-­candidato à Presidência da República e amigo de Cunha. Outros dois integrantes, Gustavo Carvalho dos Santos e Arnon Velmovitsky, são, segundo Cunha, membros da comunidade judaica no Brasil.
Turismo
Além de reuniões oficiais com políticos israelenses e encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, previsto para hoje, em Ramallah, o roteiro da viagem inclui visita ao Museu do Holocausto, a Jerusalém Oriental e Belém e passeio de um dia inteiro, na sexta-feira, na região norte de Israel (Mar da Galileia, Lago Tiberíades, Nazaré).
Cunha e sua delegação estarão na Rússia a partir de domingo (7), hospedados no Hotel Marriott­ Aurora, onde as diárias variam ao equivalente entre R$ 645 e R$ 7.770. O grupo mesclará a agenda com programação turística – visita ao Kremlin, à Galeria Tretiakov, Balé Lago dos Cisnes, no teatro Bolshoi, e passeio de barco pelo rio Moscou. De acordo com o roteiro da viagem, a agenda turística é uma cortesia dos russos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-­AL), participará do mesmo evento na Rússia. Ele viajou ontem, acompanhado da mulher

►PAPUDA VAI RECEBER PIZZOLATO
O Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lazio, na Itália, autorizou hoje (4) a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Os julgadores rejeitaram recurso protocolado pela defesa do ex-diretor contra decisão do governo italiano que autorizou a extradição para o Brasil. Os advogados alegaram que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos.
A defesa do ex-diretor ainda pode recorrer ao Conselho de Estado, última instância da Justiça administrativa da Itália, para evitar a extradição.
Com a decisão do TAR, o Ministério da Justiça italiano deve voltar a discutir com as autoridades brasileiras a fixação da uma data para a transferência de Pizzolato, que deve cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde outros condenados no o processo do mensalão, estão presos.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Antes de ser condenado, ele fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello.
Em nota conjunta, as autoridades brasileiras envolvidas no processo esclareceram que a extradição voltou a ter eficácia plena. Dessa forma, o governo brasileiro aguarda o pronunciamento do Ministério da Justiça da Itália para iniciar a operação para transferir Pizzolato. O processo é acompanhado pelo Ministério da Justiça, pela Advocacia-Geral da União (AGU), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério das Relações Exteriores.

►CUNHA TEM 24 HORAS PARA SE EXPLICAR AO STF
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), explique a votação que decidiu favoravelmente pelas doações empresariais de campanha, já definida como "ilegal" pelo ministro Marco Aurélio Mello.
A ministra é relatora de um mandado de segurança protocolado por deputados contra a manobra de Cunha. Eles pedem a anulação da votação, que aconteceu na semana passada. O artigo 60 da Constituição impede a reapresentação de uma emenda constitucional na mesma sessão legislativa.
Derrotado numa primeira votação, o financiamento privado foi reapresentado por Eduardo Cunha para uma segunda decisão dos parlamentares, quando o placar se inverteu: 66 deputados mudaram de lado e o projeto foi aprovado por 330 a 141.
O mandado de segurança foi protocolado no sábado (30) por um grupo de deputados. No dia seguinte, Cunha se mostrou irritado com a iniciativa. "A Câmara não vai ficar refém dos que não querem que nada que os contrariem seja votado, ameaçando ir à Justiça toda vez que perdem no voto", ameaçou.

►TCU ACUSA PETROBRÁS DE OBSTRUIR AUDITORIA
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a abertura de uma investigação contra a Petrobras para identificar responsáveis pela sonegação de documentos sobre uma obra na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Em comunicado, o ministro do TCU Benjamin Zymler acusa a estatal de "obstrução ao livre exercício de auditoria" e também cita uma "fragilidade" no processo de orçamento da obra.
Segundo o ministro, os documentos solicitados pela área técnica do tribunal foram entregues apenas nesta terça, fora do prazo estabelecido, fazendo com que a auditoria responsável não tivesse tempo de analisá-los. "Tais fatos revelam-se graves, principalmente diante do histórico recente da companhia", afirma.
Os documentos são relativos ao processo de escolha da empresa que vai construir uma unidade de tratamento de gases produzidos pela refinaria, que já foi alvo de outras investigações do TCU, que apontaram irregularidades e superfaturamento em obras.
"Embora a entidade tenha protocolado documentos em resposta ao ofício de requisição, conforme contato realizado por minha assessoria junto à unidade técnica, entendo que a obstrução e o efetivo prejuízo ao livre exercício da auditoria já se consumaram", disse Zymler, referindo-se ao atraso no envio de documentos. "Isso porque a equipe se viu obstaculizada de analisar tempestivamente documentos importantes acerca da legalidade e da economicidade do certame, em tempo oportuno para sugerir correções e propor eventual medida cautelar de suspensão do certame", acrescentou.

►ALTA DE JUROS ATRAPALHA A RECUPERAÇÃO
A nova elevação da taxa Selic – juros básicos da economia – atrasa a recuperação da economia, criticou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, os juros altos punem a atividade produtiva, pois encarecem o capital de giro das empresas, inibem os investimentos e desestimulam o consumo das famílias.
Em comunicado, a CNI informou que a elevação da taxa Selic para 13,75% ao ano agrava o quadro de retração da atividade industrial.
Para a confederação, o Banco Central deveria levar em conta que o aumento do desemprego e a queda da atividade econômica ajudam a segurar os preços, eliminando a necessidade de a autoridade monetária continuar a reajustar os juros. A política de corte dos gastos públicos, destacou a CNI, também ajuda a controlar a inflação.
Para a entidade, a combinação das políticas fiscal (corte de gastos públicos) e monetária (juros básicos) diminuiria o impacto do ajuste econômico sobre os produtores e os consumidores. “A indústria destaca que o esforço fiscal do governo é importante para a recuperação da confiança dos empresários e para diminuir a necessidade de novos aumentos dos juros. A combinação das políticas fiscal e monetária aliviaria o custo do ajuste para as empresas e os consumidores e permitiria a retomada gradual da produção”, concluiu o comunicado. (Com Agência Brasil)

►PROCON AUTUA MAIS 32 AGÊNCIAS BANCÁRIAS
Em uma nova etapa da Operação Tio Patinhas, o Procon/RJ autuou todas as 32 agências bancárias que vistoriou nesta quarta-feira (03), localizadas no Centro e nas zonas Norte e Oeste do Rio. Um dos problemas que mais chamou a atenção dos fiscais foi encontrado no Banco do Brasil da Rua São Cristóvão, 584, São Cristóvão. O atendimento preferencial é feito no segundo andar, mas a agência não tem elevador, obrigando os idosos e portadores de necessidades especiais a subirem uma escada até os caixas. O Procon deu um prazo de 15 dias para o banco solucionar os problemas de acessibilidade. Caso isso não aconteça, a agência será interditada.
Outra irregularidade relacionada ao atendimento aos idosos é a quantidade de assentos preferenciais. A Lei 5.254/2011 determina que haja pelo menos 15 nas agências, mas em 11 estabelecimentos fiscalizados, esta quantidade mínima não estava sendo respeitada.
Assim como na operação da última terça-feira (02), as equipes de fiscalização voltaram a identificar que as agências do Itaú não fazem uso da senha para organizar o atendimento aos clientes, o que também está previsto pela Lei Municipal 5.254/2011. Diante da reincidência, o Procon vai autuar o Itaú como um todo, não apenas as agências que foram fiscalizadas.
A recusa em aceitar pagamentos de contas de concessionárias na boca do caixa também gerou autuações. Os bancos que rejeitam esse pagamento alegam que colocam os caixas eletrônicos à disposição dos clientes. No entanto, a Resolução 3.694/2009, do Banco Central, prevê que os bancos devem aceitar o pagamento das contas na boca do caixa, ainda que ofereçam maneiras alternativas para a quitação delas.


►CAXIAS REFORÇA COMBATE À DENGUE
As ações de combate aos focos de dengue em Duque de Caxias ganharam um reforço, com as oito picapes apresentadas nesta quarta-feira (3), na Praça do Pacificador, no Centro. 
Os veículos são resultado de uma parceria com o governo federal, através do Ministério da Saúde. Com a ampliação da frota, mais áreas do município serão atendidas. Junto com o evento, os frequentadores da praça tiveram a oportunidade de verificar a pressão arterial, medir o nível de glicose, além de conhecer o ciclo evolutivo do mosquito.
Durante a cerimônia o prefeito Alexandre Cardoso destacou o trabalho que o Governo tem feito para combater os focos do mosquito Aedes aegypti no município.
“ Estas viaturas serão de grande importância no trabalho de combate ao mosquito transmissor da doença por permitir que as equipes percorram mais áreas, como em Xerém, Parada Angélica. Caxias está fazendo seu trabalho, ao combater estes focos nas residências e estabelecimentos comerciais”, explicou o prefeito.
O secretário de Saúde Camillo Junqueira afirmou que nos últimos dois anos e meio, Duque de Caxias vem mantendo a doença sobre controle, não tendo sido registrado desde o início do ano até agora, nenhum óbito por dengue.
“ Atualmente temos sete carros fumacê e cinco motos que fazem a pulverização. Com as novas picapes a abrangência será ainda maior. Não temos nenhum registro de óbito por causa da dengue. Em dois anos e meio visitamos mais de quatro mil imóveis, com o objetivo de descobrir e eliminar possíveis focos do mosquito. Estas novas viaturas também atuarão em outras atividades da secretária, na Vigilância em Saúde”, disse o secretário que anunciou ainda a inauguração em breve de um centro municipal de imunização.
A dona de casa Marlene Andrade aproveitou a oportunidade para verificar a pressão arterial e elogiou a chegada de mais carros para combater o mosquito Aedes aegypti. “Precisamos deste tipo de trabalho da prefeitura.  Quanto mais carros fumacê a cidade tiver, melhor para a população. Já tive dengue uma vez e sei bem o que passei. Agora, tenho o maior cuidado, não deixo planta na água ou garrafa aberta. O problema é que não sei se os vizinhos fazem o mesmo que eu”, concluiu. (Fotos: Rafael Barreto)

►A LARANJA NA HISTÓRIA DA BAIXADA
O Centro de Pesquisa da Memória e da História da Educação de Duque de Caxias e da Baixada Fluminense – CEPEMHEd – que reúne historiadores e pesquisadores que recontam a verdadeira história dessa rica, econômica e culturalmente, região, está convidando todos os que se interessam pelo tema, História da Baixada – para o lançamento do livro da professora Amália Dias, “Entre Laranjas e Letras”, resultado de uma longa pesquisa sobre a influência dessa saborosa fruta na reconstrução da Baixada, depois da fuga dos escravos que cuidavam da lavoura de cana depois da Lei Áurea, fato que coincidiu com o ressurgimento da malária, devido à falta de limpeza dos rios, que eram o principal meio de escoamento da produção agrícola da região em direção ao cais da Praça XV, onde era embarcada com destino a Portugal.
E foi por conta da produção de laranja que o então Presidente da Província (Estado) do Rio de Janeiro, Nilo Peçanha, veio à Vila Meriti, hoje Duque de Caxias, entregar o prêmio que o dono de uma chácara, onde hoje é o bairro de Parque Lafaiete, conquistou numa exposição em Parias, graças à qualidade da fruta que ele produzia. Na chega à estação, Nilo Penha ficou surpreso com o número de pessoas, inclusive crianças, que cercaram a locomotiva para recolher água derivada de uma válvula de segurança da caldeira. Era o vapor, que escapava da caldeira, que era consumido pelos moradores da região. 
A antiga Estação de Vila Meriti visitada
pelo governador Nilo Peçanha (Acervo
do Instituto Histórico da Camara
de Vereadores 
Numa decisão rápida, Nilo Peçanha conseguiu que a prefeitura da Capital estendesse até a Vila Meriti a rede de água que abastecia Vigário Geral. Com isso, os moradores ganharam duas bicas, uma ao lado da estação e outro na equina da rua Pinto Soares, atual Vereador Belarmino Pedro Ramos, local em que foi erguida o terminal rodoviário Plínio Casado.
O lançamento do livro será às 17 horas, na Biblioteca Municipal Leonel Brizola, na Praça do Pacificar, onde acontecerá, em seguida, um debate sobre a História da Educação na Baixada Fluminense que contará também com a presença do professor Hugo Moreira Lima com sua pesquisa sobre a Faculdade de Educação da UERJ na Baixada Fluminense.

►RESPONSABILIDADE FISCAL NO FUTEBOL
O relator da MP do Futebol (671/15), deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), apresentou nesta terça-feira (2) na comissão mista que analisa a matéria, a versão preliminar de seu relatório, que ainda está aberta a sugestões dos parlamentares e da sociedade civil.
Na prática, a versão apresentada cria a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE). São 50 diretrizes que, no entender do relator, têm o objetivo de "mudar o rumo da gestão deste esporte em nosso País".
Entre as medidas sugeridas, a LRFE estabelece que o clube que não tiver a Certidão Negativa de Débito (CND) em dia será rebaixado da divisão em que está classificado, tanto em nível nacional, quanto estadual. “Não pode dever nem no passado, nem no presente. E tem que estar em dia com os pagamentos dos funcionários e dos atletas”, esclareceu Leite.
O texto também determina que no máximo 70% da receita bruta dos clubes deverão ser utilizadas no futebol profissional. “Esse limite cria a margem de 30% da receita bruta para que o parcelamento da dívida com o governo seja honrado”, explicou.
Além disso, os estatutos dos clubes também terão que prever o afastamento e a inelegibilidade dos dirigentes condenados por gestão temerária.
Otavio Leite propõe, entre outras medidas, a criação de uma nova loteria instantânea ou "raspadinha", a Lotex, em parceria com a Caixa Econômica Federal. Parte dos recursos arrecadados com esta nova loteria deverão obrigatoriamente ser utilizados pelos clubes na iniciação esportiva escolar e em cotas para "ingressos populares" em todos os jogos.
O prazo de 240 meses para a quitação do débito ficou mantido, porém a cobrança da totalidade de cada parcela só passa a vigorar a partir do sexto ano (72 meses). Nos dois primeiros anos, será paga apenas a metade de cada parcela; no terceiro e quarto anos, 75%; e no quinto ano, 90%. “Mas, que fique claro que isto não é um abatimento. A diferença deverá ser honrada ao final corrigida pela Selic [taxa básica de juros definida pelo Banco Central]”, explicou o deputado.
O relator entende que esta fórmula garantirá um repasse inicial de R$ 165 milhões por ano aos cofres públicos. “Melhor do que nada, que é o que existe hoje. E o time que for inadimplente também não deverá mais se beneficiar de incentivos fiscais”, disse.

►STF PODE ENTRAR EM CAMPO
Ao avaliar as mudanças previstas no texto original da MP do Futebol, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) disse temer que a versão preliminar apresentada pelo relator contenha inconstitucionalidades que farão com que a moralização pretendida seja anulada.
Randolfe observou, por exemplo, que o novo texto vincula diretamente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as federações estaduais nas contrapartidas exigidas aos clubes, o que abre margem para que essas entidades derrubem o artigo na Justiça.
O senador defende o texto original, que vincula a participação dos clubes que aderirem ao parcelamento das dívidas em competições geridas por entidades que tenham a gestão democrática e transparente.
Randolfe também defende a manutenção de uma cota mínima de investimento dos clubes no futebol feminino. Pela nova redação, o financiamento passaria a ser feito pela nova loteria a ser criada pela Caixa Econômica Federal. A proposta de Otavio Leite amplia o colégio eleitoral na eleição da CBF também para os clubes da segunda divisão.
Também o senador Zezé Perrella (PDT-MG), que foi presidente do Cruzeiro antes de ser senador, criticou o limite de 70% da receita bruta anual de um clube que pode vir a ser utilizado no departamento de futebol profissional. O senador acredita que a maioria dos clubes sequer atinge este nível de comprometimento. Ainda assim esta seria, no seu entender, "uma ingerência estatal em instituições geridas como empresas".
O senador também questionou a cota de ingressos populares a ser adotada pelos clubes que aderirem à Lotex. Perrella ainda defendeu um limite de 40% no direito de imagem como salário dos atletas e elogiou a ampliação do colégio eleitoral nas eleições da CBF e das federações estaduais. “Da forma como é hoje, é impossível um presidente de clube ou qualquer pessoa fora do círculo da CBF se eleger. As federações vivem das mesadas distribuídas pela CBF”, disse. (Com Agência Câmara de Notícias)





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