CUNHA CULPA O GOVERNO PELA
PARALISIA ECONÔMICA DO PAÍS
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), culpou o
governo pela inclusão de projetos que geram aumento de despesas públicas na
pauta do plenário, a chamada pauta-bomba. Em mensagens publicadas no Twitter,
Cunha se eximiu de responsabilidade na votação dessas propostas e ressaltou que
o governo poderia ter impedido a análise de algumas dessas proposições

A Câmara pautou para esta semana a votação de cinco
prestações de contas do governo federal que ainda não foram analisadas pela
Casa, referentes às gestões dos ex-presidentes Fernando Collor (1990-1992),
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula (2006 e 2008). A intenção é deixar
o caminho livre para a análise das contas presidenciais de 2010 e,
principalmente, as de 2014. Essas devem ser analisadas pelo Tribunal de Contas
da União (TCU) durante o mês de agosto.
A expectativa é que o TCU reprove as contas de Dilma,
abrindo espaço para o enquadramento da petista em crime de responsabilidade, em
função do atraso proposital de repasses de recursos da União a bancos públicos,
para o pagamento de benefícios sociais. A manobra é conhecida como “pedalada
fiscal”.
Também esta semana a Câmara pretende votar a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 433/09, que vincula os salários da Advocacia-Geral
da União (AGU) aos vencimentos do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta é
uma reivindicação da categoria desde 2009, mas o governo vê a votação dela como
algo que pode prejudicar o ajuste fiscal.
Outra medida que pode ser votada esta semana é o Projeto de
Lei (PL) 4566/08. A proposta determina a correção dos depósitos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com base no índice da poupança. As duas
pautas tinham sido “esquecidas” por Cunha, mas ele resolveu desengavetá-las
para constranger o governo, segundo aliados.
“A PEC da advocacia pública foi uma decisão do colégio de
líderes a sua colocação em agosto”, ressaltou Cunha. “A correção do FGTS nada
tem a ver com as contas públicas, pois se trata dos saldos futuros dos
depósitos do dinheiro dos trabalhadores”, disse Cunha no Twitter. (Com Agência
Câmara)
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