GAECO DENUNCIA
EX-COMANDANTE
DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
DA PMRJ
Como desdobramento das investigações iniciadas durante a
Operação Amigos S.A., o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (GAECO), em parceria com a Subsecretaria de Inteligência da
Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SSINTE/SESEG) cumpriu dez
mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (04), em vários
pontos do Rio. A Corregedoria da Polícia Militar dá apoio à ação, que, nesta
nova fase, recebeu o nome de Operação Profilaxia.
De acordo com a denúncia, o coronel Fontenelle é o real proprietário de dois apartamentos registrados em nomes de terceiros e de uma casa em área nobre de Búzios, na Região dos Lagos. O primeiro apartamento, localizado no Grajaú, foi registrado no nome da irmã, Maria Paula, com 200 metros quadrados, avaliado em R$ 995 mil; o segundo, uma cobertura em Jacarepaguá, registrado nos nomes da mãe, do major Lucas e do capitão Colchone, no valor de R$ 750 mil, tem 300 metros quadrados. As escrituras dos dois apartamentos foram feitas na mesma data, à época em que os oficiais atuavam no 14° BPM. Além dos dois imóveis, Fontenelle também adquiriu no mesmo período um veículo Toyota Corolla.
Ainda segundo a denúncia, Fontenelle incorreu no crime de lavagem de dinheiro três vezes e pode pegar pena de reclusão entre três e dez anos, por cada incidência, mais multa.
Também foram encaminhadas cópias dos autos para a
Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, para que se apure crime de
improbidade administrativa por incompatibilidade patrimonial.
A Operação Amigos S.A. foi deflagrada no dia 15 de setembro
de 2014. Foram denunciados pelo crime de associação criminosa armada 26
policiais militares do 14° BPM, dentre eles, seis oficiais que integraram o
Estado-Maior do batalhão. Um moto taxista que fazia parte do esquema de
arrecadação de propina também foi preso. A quadrilha exigia pagamento de
propina de comerciantes, moto taxistas, motoristas e cooperativas de vans, além
de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão. O processo tramita
na 1ª Vara Criminal de Bangu.
►CPI OUVE EXECUTIVOS DA
SAMSUNG E DA MITSUI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras se
reúne nesta quarta-feira (5), às 14 horas, para ouvir os dois executivos
asiáticos que estão à frente de empresas mencionadas como fontes de pagamento
de propina na Petrobras, a Samsung e a Mitsui, além de delegados e um agente da
Polícia Federal.
Os presidentes das duas empresas (J. W. Kim, da Samsung
Heavy Industry Ltda., e Shinji Tsuchiya, da Mitsui & Co.) não são acusados
de irregularidades. Mas tanto a Samsung quanto a Mitsui foram envolvidas em
suspeita de pagamento de propina pelo ex-representante das duas empresas no
Brasil Júlio Camargo.
As empresas alugavam navios-plataforma para a Petrobras.
Segundo Júlio Camargo, houve pagamento de propina em troca dos contratos. Ele
acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de ser beneficiário do pagamento.
Cunha nega e diz que Camargo foi pressionado a fazer a acusação pelo Ministério
Público.
O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) disse que os depoimentos
dos executivos são importantes para esclarecer o caso. "Vai ser
interessante, já que surgiu essa fala do lobista Júlio Camargo na semana
passada ao juiz Sérgio Moro. É um bom momento para a gente ouvir esses
empresários para ver, de fato, se eles pagaram alguma comissão, algum tipo de
valor a título de propina ao empresário Júlio Camargo, um bom momento até para
a gente avançar nessa investigação, ajudar a Operação Lava Jato a avançar um
pouco mais nessa questão", ressaltou.
Além dos dois executivos, a CPI vai ouvir nesta quarta três
delegados e um agente da Polícia Federal encarregados das investigações da
Operação Lava Jato.
O agente Sérgio Ramalho Rezende e os delegados José Navas
Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo foram convocados
a pedido do deputado Leo de Brito (PT-AC). O parlamentar quer saber como foram
obtidos os dados das ligações telefônicas entre o doleiro Alberto Youssef e os
ex-deputados Luiz Argôlo e André Vargas, presos em Curitiba.
Os dados foram enviados à Polícia Federal pela empresa RIM
(Research in Motion), do Canadá, que fabrica os telefones celulares
(BlackBerry) usados pelos três. Os celulares usavam mensagens criptografadas.
As defesas de André Vargas, Luiz Argôlo e da empreiteira OAS argumentam que os dados foram obtidos ilegalmente. Os advogados alegam que a Polícia Federal não respeitou acordo de colaboração internacional entre o Brasil e o Canadá ao procurar diretamente a fabricante do telefone e não o Ministério da Justiça canadense.
As defesas de André Vargas, Luiz Argôlo e da empreiteira OAS argumentam que os dados foram obtidos ilegalmente. Os advogados alegam que a Polícia Federal não respeitou acordo de colaboração internacional entre o Brasil e o Canadá ao procurar diretamente a fabricante do telefone e não o Ministério da Justiça canadense.
Além disso, a defesa de André Vargas pede a anulação das
provas alegando que ele não poderia ter sido investigado sem autorização do
Supremo Tribunal Federal, já que na época era deputado.
►DIRCEU RECEBIA
PIXULECO DA PETROBRAS
O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu recebeu um “pixuleco”
de aproximadamente R$ 96 mil por mês, fruto de recursos desviados da Petrobras
entre os anos de 2004 e 2013, mesmo após ser preso por decorrência de sua
condenação no processo do “mensalão”. A informação está no despacho do juiz Sérgio Moro, com base na delação premiada do lobista Milton
Pascowitch. Os investigadores alegam, ainda, que Pascowitch pagou uma
casa no valor de R$ 500 mil para uma das filhas de Dirceu com dinheiro da
estatal. Somente em “mensalinhos”, Dirceu recebeu algo em torno de R$ 11,5
milhões, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
De acordo com a delação premiada do Pascowitch, o
“mensalinho” era pago por meio da Hope Recursos Humanos, responsável pelo
fornecimento de mão de obra terceirizada à Petrobras. O dinheiro, segundo as
investigações do Ministério Público Federal (MPF), era fruto de desvios após
obtenção de contratos da Engevix junto à Petrobras nas obras das unidades de
tratamento de gás natural de Cacimbas I e II, no Espírito Santo. “A
empresa pagaria propinas a Renato Duque e às pessoas responsáveis pela
indicação deste ao cargo, especificamente José Dirceu e associados deste”,
informou o juiz Sérgio Moro na decisão. Duque foi indicado para a diretoria de
Serviços da Petrobras por intermédio do ex-ministro.
“A propina da empresa teria sido intermediada por Júlio
Camargo, tendo, posteriormente, Milton Pascowitch assumido esse papel”, pontuou
Moro. “Seriam pagos cerca de 3% dos ‘valores líquidos faturados à Petrobras’, o
que corresponderia a cerca de 500 mil reais mensais, sendo os valores entregues
a Milton Pascowitch. Dos valores, cerca de 180 mil ficariam com Fernando Moura
e o restante seria dividido entre Renato Duque (40%), José Dirceu (30%) e
Milton Pascowitch (30%). ”
Vários destes pagamentos eram realizados por empresas como
a Hope Recursos Humanos à JD Assessoria, de propriedade de Dirceu. Mas, segundo
o delegado Márcio Ancelmo, integrante da força-tarefa, não houve comprovação de
serviços prestados pela JD. As investigações apontaram que a empresa prestava
consultoria em diversas áreas, de advocacia até na área de engenharia. Mas ela
tinha apenas um funcionário de nível superior. “Com todo o tempo que essa
investigação durou, não há uma só comprovação de serviços prestados”, detalhou
o delegado. “Só foi identificado um funcionário de nível superior que não teria
conhecimento para prestar consultorias em áreas tão abrangentes”, assinalou o
delegado.
Dirceu também obteve recursos diretamente pagos pela
Engevix Engenharia. “No caso, por exemplo, do contrato da Engevix Engenharia, o
dirigente Gerson de Almada, apesar de afirmar a contratação para prospecção de
negócios no Peru, já admitiu que a empresa, na prática, não logrou obter, por
intermédio de José Dirceu, qualquer negócio”, descreveu Moro.
Ainda segundo as investigações, o lobista Milton Pascowitch
adquiriu “por preço pouco acima do mercado”, pelas informações do juiz Sérgio
Moro, um imóvel de R$ 500 mil para uma filha de José Dirceu, “tendo o valor
sido decorrente de propinas acertadas em contratos da Petrobras,
►ANGRA 3 JÁ RECEBEU QUASE R$ 7 BIlLHÕES
A operação Lava Jato da Polícia Federal avançou para o
setor elétrico e uma das maiores obras é o novo alvo. A implantação da usina
Angra 3 também teria sido alvo de propinas a políticos e fraudes em licitações.
Entre 2003 e 2015, R$ 6,5 bilhões foram desembolsados para o empreendimento.
O volume de recursos repassado para uma das maiores obras
do PAC cresceu ao longo dos anos, chegando a R$ 1,8 bilhão em 2014. Em
2003, quando as obras começaram a aparecer no orçamento, os repasses foram bem
menores: R$ 61,7 milhões.
No início de 2015, R$ 4,4 bilhões estavam autorizados em
orçamento para o empreendimento, maior montante de recursos já previstos para a
obra em um ano. No entanto, a previsão atualizada da Eletronuclear é que R$ 3,3
bilhões, R$ 1,1 bilhão a menos, chegue à obras e serviços de Angra 3.
A usina tinha previsão de conclusão em 2018, mas deve
atrasar. Quando entrar em operação comercial, Angra 3, com potência de 1.309
megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano,
energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte
durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o
equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro.
A operação da Polícia Federal é baseada em informações
prestadas em delação premiada pelo diretor da Camargo Corrêa Dalton Avancini.
Em depoimento em março deste ano, Avancini afirmou que “havia um acordo de que
o edital seria direcionado”, para que sete empresas vencessem a licitação,
mediante pagamento de propina a políticos do PMDB.
O edital para a montagem da usina foi publicado em agosto
de 2011 e permitiu a habilitação de apenas dois consórcios: o UNA 3 (formado
pelas empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e UTC) e o Angra 3
(composto por Queiroz Galvão, uma subsidiária do grupo MPE e Techint).
Os consórcios concorriam por dois pacotes de serviço, sendo
que um grupo não poderia ser contratado para fazer ambos os pacotes. Com a
habilitação de somente dois consórcios, ficou certo que cada um deles
necessariamente levaria uma obra.
Somente então os grupos foram chamados a apresentar os
preços. Em 2014, os dois consórcios se fundiram e formaram um grupo único,
chamado Angramon. A obra bateu recorde de recursos no ano passado.
“O filtro para direcionamento da licitação seria aplicado
quando da habilitação prévia das empresas, de modo a excluir as que não
estivessem nesse grupo de seis empresas”, afirmou Avancini, no depoimento,
errando apenas no número total de empresas beneficiadas. Na verdade, sete
firmas ganharam a concorrência.
Ao ser perguntado pelo delegado Eduardo Mauat por que a
Eletronuclear lançou um edital de forma a privilegiar poucas empresas, Avancini
respondeu que em reuniões posteriores foi mencionado o pagamento de propinas.
Segundo ele, elas “seriam uma possível explicação quanto a esse procedimento”.
Em depoimento posterior, o diretor da Camargo Corrêa apresentou o nome de
executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez que teriam
participado de reunião em que se discutiu o pagamento de propina ao PMDB.
O encontro teria acontecido em agosto de 2014, na sede de
outra construtora, a UTC, com a presença do presidente global da Andrade
Gutierrez Energia, Flavio Barra, e o Diretor Superintendente na Odebrecht
Infraestrutura, Fábio Gandolfo – dois alvos da operação da última semana.
Também teriam participado do encontro, além de Avancini,
representantes de outras empreiteiras participantes dos consórcios vencedores
para instalação e montagem de equipamentos em Angra 3.
(Com informações do jornal O Globo)
►MPF DENUNCIA QUADRILHA QUE AGIA NA CAIXA
O Ministério Público Federal em São Carlos (MPF/SP)
denunciou por estelionato e associação criminosa dois homens que aplicavam
golpes dentro de agências da Caixa Econômica Federal. Paulo César Oliveira
Coelho e Josenilton Silva Cabral se ofereciam para ajudar correntistas que
estavam utilizando os caixas eletrônicos, mas, durante a abordagem, tentavam
obter cartões e senhas dos clientes. Os dois foram presos em flagrante em Mogi
Mirim, em junho, depois que o banco, ao perceber o comportamento dos criminosos,
acionou a Polícia Militar.
No momento da prisão, os policiais encontraram Paulo César
fora da agência, portando dois cartões de correntistas da Caixa, além de
comprovantes de operações bancárias realizadas em agências de diversos
municípios paulistas. Já Josenilton foi preso quando agia dentro do
estabelecimento bancário. Segundo as investigações, os denunciados cometiam as
fraudes com outros dois criminosos, ainda não identificados. Também ficou
comprovado que Paulo César embolsou R$ 4,5 mil com golpes em duas agências da
Caixa, ocasiões em que Josenilton lucrou R$ 3 mil.
Além desses casos, em que o crime foi de fato consumado, os
denunciados também devem responder por 20 tentativas de estelionato, já que em
diversas oportunidades tentaram aplicar os golpes, e não conseguiram. Apurações
internas e imagens gravadas por câmeras de segurança das agências demonstraram
que os criminosos atuaram, pelo menos, de 2 de maio a 5 de junho de 2015, nas
cidades paulistas de Americana, Amparo, Araras, Bebedouro, Cajamar,
Iracemápolis, Jundiaí, Piracicaba, Pirassununga, Pitangueiras, Porto Ferreira,
Rio Claro, São Carlos, Sorocaba e Votuporanga, além de Mogi Mirim.
►CÂMARA DEBATE A QUALIDADE DA INTERNET
A comissão especial da Câmara dos Deputados sobre
telecomunicações promove audiência pública nesta terça-feira (4), para discutir
a qualidade dos serviços de internet banda larga no Brasil.
Foram convidados o presidente da Associação Brasileira das
Empresas e Profissionais das Telecomunicações e Infraestrutura, Kleber Resende
Castilho, e o presidente da Associação Brasileira de Internet, Eduardo Fumes
Parajo.
Instalada no dia 16 de junho, a comissão analisa o Projeto
de Lei 6789/13, que altera, entre outras, a Lei Geral de Telecomunicações
(9.472/97), criando novas regras para o setor. Ela é presidida pelo deputado
Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e tem como relator o deputado Jorge Tadeu Mudalen
(DEM-SP).
►INDÚSTRIA RECUA 6,3% NO SEMESTRE
A
produção industrial brasileira fechou o primeiro semestre do ano com queda
acumulada de 6,3%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Em junho deste ano, a taxa anualizada (indicador acumulado nos últimos
12 meses) registrou recuo de 5%.
Segundo o
IBGE, considerando apenas a variação mensal, a produção industrial nacional –
em junho – mostrou redução de 0,3% em comparação ao mês imediatamente anterior,
após acréscimo de 0,6% em maio deste ano. Esse dado inclui o ajuste sazonal,
que é o desconto referente ao aumento das vendas de produtos em feriados ou
datas comemorativas.
Os dados
sem o ajuste sazonal mostram que, no confronto com igual mês do ano anterior, a
produção da indústria apontou queda de 3,2% em junho de 2015, 16ª taxa negativa
consecutiva. Apesar de significativa, essa queda é menos acentuada do que a
observadas em abril, quando houve declínio de 7,9% na produção industrial. Em
maio, a queda da produção industrial correspondeu a 8,9%.
A queda
de 6,3% na indústria brasileira no primeiro semestre do ano é o pior resultado
para o período desde junho de 2009.
Na
avaliação do gerente de coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, André Macedo, entre maio e junho, mesmo com a expansão
de 0,6% – o que interrompe uma sequência de três meses consecutivos de queda –
o setor fecha o primeiro semestre de 2015 com um saldo “claramente negativo”.
O gerente
disse que a exceção neste cenário de quedas generalizadas se dá no setor de
indústria extrativa que, no fechamento do semestre, mostra um comportamento
distinto do total da indústria de transformação. “Neste setor, há um
crescimento calcado na extração de minério de ferro e também com comportamento
positivo vindo da área de petróleo, o que justifica o fechamento positivo no
setor neste primeiro semestre”.
►MALUF SOFRE NOVA DERROTA
A Justiça
britânica rejeitou nesta segunda (3) a apelação das empresas Durant
Internacional e Kildare, ligadas ao deputado Paulo Maluf. A apelação foi contra
uma decisão da Justiça de Jersey, que determinou, em 2012, a devolução de US$
23 milhões desviados de obras públicas em São Paulo durante a gestão de Maluf.
A
Prefeitura de São Paulo confirmou que o último recurso do caso Jersey foi
julgado e que o Privy Council manteve a decisão de devolução do dinheiro das
empresas Durant e Kildare ao município de São Paulo. A próxima etapa será a
execução da sentença.
Na ação,
a prefeitura argumentou que o dinheiro, que está em contas no exterior de
empresas da família Maluf, é oriundo de propinas pagas em um esquema de fraudes
para desvio de recursos durante a construção da Avenida Água Espraiada (atual
Avenida Roberto Marinho). De acordo com sentença de 2012, o dinheiro foi
enviado ao exterior por Flávio Maluf, por ordem de Paulo Maluf.
A
assessoria do ex-prefeito informou que o nome de Maluf não aparece no processo
e que ele não tem e nunca teve conta no exterior.
►GREVE
ATINGE CINCO HOSPITAIS NO RIO
Servidores
de mais cinco hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta
semana. A medida levou ao cancelamento de serviços ambulatoriais e
procedimentos de baixa emergência, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores
da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro
(Sindsprev-RJ).
A greve
começou no dia 7 de julho com os servidores do Hospital Cardoso Fontes em
Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Aderiram ao movimento as unidades do
Andaraí, Bonsucesso, de Ipanema, da Lagoa, além do Hospital Federal dos
Servidores do Estado. Aprovaram ainda paralisação profissionais de saúde dos
institutos nacionais de Traumatologia e Ortopedia (Into) e de Cardiologia
(INC).
As
reivindicações são reajuste salarial de 27%, incorporação da Gratificação de
Desempenho da Previdência da Saúde e do Trabalho, equiparação da tabela
salarial do Instituto Nacional do Seguro Social, defesa do duplo vínculo,
garantia da jornada de 30 horas para todos os servidores do Ministério da
Saúde, concurso, inclusão dos médicos na carreira e fim das privatizações.
O diretor
de Imprensa do Sindsprev- RJ, Sebastião
José de Souza, explicou que a greve dos hospitais federais não ocorre apenas
devido à reivindicação salarial, mas também para denunciar a falta da qualidade
de trabalho existente nos hospitais. Sebastião explicou que, por enquanto,
somente foi aprovado pelo governo o duplo vínculo, que consiste no direito de o
funcionário de ter uma matrícula federal e outra estadual, além do reajuste
salarial de 21%, oferecido pelo Ministério da Saúde, mas a categoria rejeitou.
Souza
informou que apenas 30% das cirurgias estão sendo realizadas, entre elas, as de
urgência, como nos casos de pacientes com câncer. As áreas que estão sendo mais
afetadas, segundo ele, são os ambulatórios e as cirurgias eletivas (agendadas).
A marcação de consultas pode demorar de três a quatro meses.
O
Ministério da Saúde informou em nota que mantém diálogo permanente com os
sindicatos que representam os servidores no estado do Rio de Janeiro. “As
mobilizações ocorridas nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro [Andaraí,
Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado] não estão
impedindo a entrada de servidores, funcionários e pacientes. ”
►NOVO
CENTRO CIRÚGICO NO HOSPITAL INFANTIL

Durante a
inauguração o prefeito Alexandre Cardoso disse que a administração do município
tem investido na saúde, com a ampliação das unidades do Programa de Saúde da
Família (PSF), a implantação de Centro Municipal de Vacinas, de uma Unidade de
Pronto Atendimento infantil (UPA) e a reabertura da Policlínica Hospital Duque
de Caxias.
“A opção
da prefeitura foi a de investir na saúde, no lugar de reformar praças ou
asfaltar ruas. Esta área do centro está se transformando no Quarteirão da Saúde,
onde a prefeitura implantou a primeira UPA Infantil, o Centro de Vacinas, e
agora é entregue a primeira etapa da modernização do Hospital Infantil”,
afirmou o prefeito, acompanhado da primeira-dama e secretária de Ações
Institucionais e Comunicação, Tatyane Lima, e do vice-prefeito Laury Villar.
O
prefeito destacou ainda que mesmo com toda as dificuldades na busca de recursos
públicos, as parcerias com os governos estadual e federal estão trazendo
recursos para a cidade, citando como exemplo a verba destinada à
descontaminação da Cidade dos Meninos, a dragagem do Rio Meriti, o reinício das
obras dos imóveis do PAC na Vila Ideal, além da inauguração de três novas
Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Segundo o
secretário de Saúde de Caxias, Camillo Junqueira, até a entrega do novo centro
cirúrgico do Hospital Infantil foi um longo caminho. “Hoje a cidade conta com
mais 50 leitos, além dos 32 da UPA Infantil Walter Garcia. Com a entrega do
centro cirúrgico, poderão ser realizadas mensalmente 50 cirurgias de baixa e
média complexidade. Ainda existe muito o que fazer, mas se as pessoas olharem
para o passado, podem comparar e ver que avançamos muito nestes três anos.
Ainda em agosto Caxias ganhará as UBS do Gramacho, Pilar e Vila Maria Helena,
além da conclusão das obras da unidade da Vila Operária”, garantiu o
secretário. (Foto: Rafael Barreto)
►CAXIAS COMBATE A OSTEOPOROSE
A
secretaria de Saúde de Duque de Caxias lançou nova campanha de combate à
osteoporose. Até sexta-feira (7), das 8h às 12h, médicos e enfermeiros estarão
realizando exames para o diagnóstico da doença, na Policlínica Hospital Duque
de Caxias, no bairro Senhor do Bonfim, no primeiro distrito do município. A
expectativa é de que 400 atendimentos sejam realizados durante a semana da
ação, voltada especificamente para mulheres acima de 55 anos. As pacientes que
apresentam indícios da doença são imediatamente encaminhadas para tratamento,
com marcação de consulta para segunda-feira, dia 10.
A
osteoporose consiste na diminuição progressiva da densidade óssea, o que
aumenta gradualmente o risco de fraturas. Normalmente, é uma enfermidade que se
manifesta com o envelhecimento. Ela atinge pessoas de ambos os sexos, porém é
mais comum em mulheres, depois da menopausa.
Além disso,
há fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa ter osteoporose, como a
deficiência na produção de hormônios, o uso de medicamentos à base de
cortisona, a alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, a baixa exposição à
luz solar, a imobilização e o repouso prolongados, o sedentarismo, o tabagismo,
o consumo de álcool, certos tipos de câncer e algumas doenças reumatológicas,
endócrinas e hepáticas.
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