BURACOS NA PISTA AUMENTAM
O CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS
Se o pavimento de
todas as rodovias do país tivesse classificação boa ou ótima, em 2013, seria
possível uma economia de até 5% no consumo de combustível, o que representa, no
caso do óleo disesel, 661 milhões de litros (R$ 1,39 bilhão). Também haveria
redução da emissão de 1,77 megatonelada de gás carbônico. A conclusão é da
Pesquisa CNT Rodovias, apresentada pela Confederação Nacional do Transporte.
A pesquisa feita
este ano mostrou que 63,8% da extensão avaliada apresenta problemas ligados a
pavimento, sinalização e geometria da via. Em 2012, o percentual era 62,7%. A
CNT percorreu 96.714 quilômetros de rodovias, o equivalente a toda a malha
federal pavimentada e às principais rodovias estaduais.
A CNT também
aponta que as condições do pavimento geram um aumento médio, no país, de 25% no
custo operacional do transportador. A região que apresenta o maior incremento
nesses valores é a Norte (39,5%). Em seguida vieram o Centro-Oeste (26,8%),
Nordeste (25,5%) e Sudeste (21,5%). O menor acréscimo é registrado no Sul
(19%).
Segundo a CNT, do
total autorizado pelo governo para as rodovias em 2013 (R$ 12,7 bilhões), 33,2%
- o equivalente a R$ 4,2 bilhões - foram pagos até o início de outubro. Em
2012, foram pagos R$ 9,4 bilhões (50,3%) do total autorizado de R$ 18,7
bilhões. A CNT estima que o investimento mínimo necessário para melhorar a
infraestrutura das rodovias é R$ 355,2 bilhões.
Em relação ao
pavimento, foi avaliado se as vias atendem a atributos como capacidade de
suportar efeitos do mau tempo, resistência da estrutura ao desgaste e
escoamento eficiente das águas (drenagem). A pesquisa apontou que 46,9% do
total avaliado apresentam deficiência.
As rodovias
concessionadas são as mais bem avaliadas pela pesquisa da CNT. Em relação ao
estado geral, 84,4% foram classificadas como ótimas ou boas, enquanto 15,6%
ficaram no patamar de regular, ruim ou péssimo. A análise das rodovias sob
gestão pública mostrou que 26,7% são classificadas com condições ótimas ou boas
e 73,3% não estão em condições satisfatórias.
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