domingo, 3 de novembro de 2013

EMPRESA CONFESSA PROPINA
E FISCAIS CONTINUAM PRESOS 

A Justiça de São Paulo prorrogou a prisão temporária de três dos quatro auditores suspeitos de ter desviado recursos dos cofres da Prefeitura de São Paulo. O pedido, feito pelo Ministério Público, foi aceito durante a tarde de sexta-feira (1). "Tive agora a informação de que a prisão temporária de três deles foi prorrogada por mais cinco dias", confirmou o promotor. Eduardo Horle Barcellos, Ronilson Bezerra Rodrigues e Carlos Di Lallo Leite do Amaral permanecerão detidos. "Então, teremos mais a semana que vem para promover essas oitivas com mais tranquilidade", completou.
Luiz Alexandre Cardo de Magalhães, auditor que, segundo a Promotoria, aceitou falar sobre o esquema de corrupção, a chamada delação premiada, foi o único dos suspeitos que não teve a prisão prorrogada. "Com relação ao Luiz, formalizamos a delação premiada e evidentemente em relação a ele, como colaborou na produção da prova, não pedimos a prorrogação", disse o promotor.
Ao mesmo tempo, representantes da Brookfield, incorporadora citada nas investigações sobre o desvio de recursos do Imposto sobre Serviços (ISS) da Prefeitura de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab (PSD), confirmaram, em depoimento ao Ministério Público, o pagamento de aproximadamente R$ 4 milhões para o grupo de servidores presos na última quarta-feira (30). O pagamento já havia sido detectado na investigação dos promotores.
"Hoje eles se apresentaram, confirmaram os depósitos e confirmaram a existência do esquema. Eles entendiam que não deviam nada de ISS no final da obra, que todo o ISS já havia sido recolhido durante a realização do empreendimento. Na visão deles, foram obrigados a pagar senão o empreendimento não seria legalizado. É uma versão", afirmou o promotor Roberto Bodini na sexta-feira (1º).
Em nota, a empresa alega que está colaborando com o Ministério Público, “prestando todas as informações necessárias à apuração dos fatos”. No texto, a incorporadora afirma que compareceu “espontaneamente”, foi ouvida como testemunha e que se considera vítima da situação.

Nenhum comentário: