EMPRESA CONFESSA PROPINA
E FISCAIS CONTINUAM PRESOS
A Justiça de São Paulo
prorrogou a prisão temporária de três dos quatro auditores suspeitos de ter
desviado recursos dos cofres da Prefeitura de São Paulo. O pedido, feito pelo
Ministério Público, foi aceito durante a tarde de sexta-feira (1). "Tive
agora a informação de que a prisão temporária de três deles foi prorrogada por
mais cinco dias", confirmou o promotor. Eduardo Horle Barcellos, Ronilson
Bezerra Rodrigues e Carlos Di Lallo Leite do Amaral permanecerão detidos.
"Então, teremos mais a semana que vem para promover essas oitivas com mais
tranquilidade", completou.
Luiz Alexandre Cardo de
Magalhães, auditor que, segundo a Promotoria, aceitou falar sobre o esquema de
corrupção, a chamada delação premiada, foi o único dos suspeitos que não teve a
prisão prorrogada. "Com relação ao Luiz, formalizamos a delação premiada e
evidentemente em relação a ele, como colaborou na produção da prova, não
pedimos a prorrogação", disse o promotor.
Ao mesmo tempo, representantes
da Brookfield, incorporadora citada nas investigações sobre o desvio de
recursos do Imposto sobre Serviços (ISS) da Prefeitura de São Paulo na gestão
de Gilberto Kassab (PSD), confirmaram, em depoimento ao Ministério Público, o
pagamento de aproximadamente R$ 4 milhões para o grupo de servidores presos na
última quarta-feira (30). O pagamento já havia sido detectado na investigação
dos promotores.
"Hoje eles se
apresentaram, confirmaram os depósitos e confirmaram a existência do esquema.
Eles entendiam que não deviam nada de ISS no final da obra, que todo o ISS já
havia sido recolhido durante a realização do empreendimento. Na visão deles,
foram obrigados a pagar senão o empreendimento não seria legalizado. É uma versão",
afirmou o promotor Roberto Bodini na sexta-feira (1º).
Em nota, a empresa alega que
está colaborando com o Ministério Público, “prestando todas as informações
necessárias à apuração dos fatos”. No texto, a incorporadora afirma que compareceu
“espontaneamente”, foi ouvida como testemunha e que se considera vítima da
situação.
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