GRILEIROS CONTINUAM
AGINDO EM SÃO BENTO
Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente
(DPMA) prenderam, na tarde de segunda-feira (11), Geraldo Luiz Medina
Possidônio, César Medina Possidônio e Cezário Francisco de Souza. Eles foram
capturados no momento em que descarregavam aterro impróprio, em uma área de
vegetação de taboas, para ampliação do loteamento.
De acordo com os agentes, com os criminosos ainda foram
apreendidas documentações e promissórias em nome de compradores incautos. A
prisão aconteceu no bairro São Bento, em Duque de Caxias.
Esta não é a primeira prisão ocorrido na área do antigo
Núcleo Colonial de S. Bento, criado durante o Estado Novo como forma de formar
um cinturão verde em torno da então capital da república, com as terras sendo
oferecidas a imigrantes japoneses que fugiam do País durante a II Guerra
Mundial. A intenção era a de colonizar uma área abandonada pelos antigos donos
das fazendas da região, em consequência da abolição do trabalho escravo. Com os
projetos de saneamento da Baixada Fluminense, iniciado pelo Ministério de
Viação e Obras Públicas a partir da posse de Getúlio Vargas em outubro de 1930,
após a deposição do presidente Washington Luís, a intenção do governo federal
era iniciar um novo processo
No segundo Governo Zito, o Ministério da Agricultura
firmou um convênio com o município, liberando uma extensa área para ser
utilizada na implantação de casas populares, mas os grileiros foram mais
rápidos e tomaram conta de boa pare das terras. A prisão desta semana
demonstram que tanto a Secretaria de Obras, responsável pela fiscalização dos
loteamentos, como a de Meio Ambiente, que deve cuidar da proteção de áreas
remanescentes da Mata Atlântica, como ocorre em S. Bento, não estão preparadas
para enfrentar a grilagem, que tem vínculos muito fortes com as milícias que
agem na região.
►MP MANDA EIKE RECLAMAR EM VIENA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPRJ) encaminhou à Justiça parecer pedindo o indeferimento da recuperação
judicial de duas empresas do grupo OGX, do empresário Eike Batista - a OGX
International e a OGX Áustria. A
requisição foi feita pela 2ª Promotoria de Justiça de Massas Falidas do MPRJ e
se baseia no fato que “tanto as devedoras, como os credores detentores dos
títulos de dívida, emitidos na Áustria, têm domicílio no exterior e, por isso,
a reestruturação dessas sociedades empresárias deverá ocorrer na Áustria”.
Os promotores entendem que é uma incoerência o fato
de o grupo OGX pedir a aplicação da jurisdição brasileira para reestruturar as
empresas mesmo depois de ter criado duas sociedades empresariais no exterior;
ter emitido títulos e se comprometido a honrar esses títulos no exterior; ter
recolhido eventuais tributos referentes a essas obrigações no exterior, além de
ter escolhido outro país como foro competente para dirimir eventuais
controvérsias locais.
A Promotoria destacou também o fato de que “tanto a OGX International como a OGX Áustria não possuem filial ou ativos físicos no Brasil” e que, embora elas pertençam ao mesmo grupo econômico, as empresas têm autonomia patrimonial.
A Promotoria destacou também o fato de que “tanto a OGX International como a OGX Áustria não possuem filial ou ativos físicos no Brasil” e que, embora elas pertençam ao mesmo grupo econômico, as empresas têm autonomia patrimonial.
►MP DETONA PROSTÍBULO VIRTUAL
O Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu terça-feira (12) mandado
de busca e apreensão em uma casa de prostituição que funcionava no centro de
Niterói. O estabelecimento era vinculado ao site Nit Gatas e estava registrado
na Receita Federal como uma empresa de reparação e manutenção de equipamentos
de comunicação.
No local, foram apreendidos documentos, notas, CDs e máquinas usadas no
negócio. No momento da operação, uma garota de programa atendia um cliente, e a
gerente e outras oito mulheres também estavam na casa.
De acordo com relatório emitido pelo Grupo de Apoio aos Promotores (GAP)
do MP, a casa de prostituição anunciava seus serviços por meio do site, que já
foi retirado da internet. Pastas com contas de luz, de telefone e os boletos de
cobrança de hospedagem do site foram utilizados para complementar o inquérito.
Segundo o MP, as investigações vão continuar para apurar quem são os
reais exploradores e os donos do imóvel. Quando identificados, os responsáveis
poderão responder pela prática dos crimes previstos nos artigos 228, 229 e 230
do Código Penal, que versam sobre a exploração sexual, cujas penas somadas
podem chegar a 14 anos de prisão.
►LIXO TÓXICO COM ISENÇÃO DE IMPOSTOS
Beneficiada por decreto com s isenção, por 20 anos do pagamento do ISS,
a empresa Essencis Soluções Ambientais, localizada em Barão de Iriri, em Magé,
na Baixada Fluminense, está sendo cobrada pela atual administração do município
por impostos atrasados que chegam a R$ 30 milhões. Para o prefeito Nestor
Vidal, a isenção concedia em 1998 para a implantação da empresa, que recicla
material tóxico, foi feita de maneira irregular, através de um simples decreto
do prefeito da época, quando, de acordo coma Procuradoria Geral do Município,
deveria ser feito através de lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores.
Segundo Vidal, a Essencis está funcionando de forma irregular, pois se
encontra sem o alvará exigido por lei, mas ganhou da Justiça o direito de
continuar emitindo notas fiscais pelos serviços prestados aos seus clientes.
“O engraçado é que essa decisão judicial, contra a qual estamos
recorrendo, manda a Prefeitura cometer uma ilegalidade, nos obrigando a
autorizar que uma empresa sem alvará continue faturando”, completou o prefeito.
O benefício foi proposto através de decreto emitido em 1998, pelo
prefeito Nelson Costa Mello, o Nelson do Posto. O prefeito via na chegada da
então Ambiência uma promessa de desenvolvimento a partir da geração de empregos
e renda. Passados quase 15 anos, o que se constata é que não foram gerados os postos
de trabalhos prometidos, em renda para o município, mas agravou os problemas
ambientais de Magé.
►SINDICÂNCIA VAI
INVESTIGAR EX SECRETÁRIO
A prefeitura de São Paulo instaurou sindicância
para apurar se o ex-secretário do Governo, Antônio Donato, cometeu
irregularidades no contato com os acusados de participar de um esquema de
fraudes na arrecadação de impostos, como ISS e IPUT. Em nota, a prefeitura
informou que Donato prestou depoimento nesta segunda (11).
Também foi anunciada a convocação do ex-secretário
de Finanças, Mauro Ricardo, que deverá esclarecer se tinha conhecimento da
atuação do grupo. De acordo com a nota, Mauro Ricardo, que comandou a pasta
durante o governo Gilberto Kassab, tinha “praticamente toda a estrutura do seu
gabinete envolvida nas operações irregulares”.
Antônio Donato deixou o cargo após ser citado na
investigação de um esquema de fraudes na prefeitura paulistana. Ele deverá
agora reassumir o mandato de vereador, do qual estava licenciado. O secretário
atribuiu as denúncias a uma manobra dos envolvidos no esquema.
O grupo cobrava propina de construtoras e
incorporadoras para fraudar as guias de recolhimento do imposto, reduzindo os
valores pagos à prefeitura. O Ministério Público estima que o esquema possa ter
causado até R$ 500 milhões de prejuízo aos cofres públicos de 2007 a 2012.
►PETROBRAS VENDE SUBSIDIÁRIA NO PERU
A Petrobras assinou nesta quarta (13) a venda da
Petrobras Energia Peru para a estatal chinesa China National Petroleum
Corporation (CNPC) por US$ 2,6 bilhões - cerca de R$ 6 bilhões. A negociação
foi aprovada pelo Conselho de Administração, presidido pelo Ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e faz parte do Programa de Desinvestimentos da
Petrobras, previsto no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017.
A Petrobras Energia Peru tem 100% de um campo
maduro chamado Lote X, que produziu 16 mil barris de óleo por dia em 2012; 100%
do Lote 58, que ainda está sendo explorado; e 46,16% do Lote 57, campo onde
recentemente foram feitas descobertas relevantes de gás natural e condensado.
Segundo a Petrobras, a conclusão da transação “está
sujeita a determinadas condições precedentes usuais, incluindo a aprovação dos
governos chinês e peruano, bem como à observância dos procedimentos previstos
nos respectivos Joint Operating Agreement (JOA), quando aplicável”, diz a nota.
A CNPC é parceira do da Petrobras, com 10%, no consórcio que venceu o leilão do
pré-sal de Libra, no final de outubro deste ano. (Agência Brasil)
►VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
NA ZONA RURAL
O governo fluminense aderiu na terça (12) ao Pacto Nacional de Combate à
Violência contra a Mulher e vai integrar o programa do governo federal Mulher:
Viver sem violência. A iniciativa prevê a implantação de duas unidades móveis
para atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente no interior
do estado. O investimento, de R$ 1,1 milhão, será feito pela Secretaria de
Políticas para as Mulheres, da Presidência da República.
Os veículos são equipados para circular em áreas rurais, onde prestarão serviços
de Justiça, segurança pública e atendimento psicossocial. Os ônibus contam com
duas salas de atendimento, computadores com internet e serviços de impressão,
geradores de energia, ar-condicionado, projetor externo para telão e copa e
banheiros adaptados para a acessibilidade de pessoas com deficiência.
Para a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Rio de Janeiro, Elícia Santos, o medo de
denunciar o parceiro é um dos principias fatores que geram a impunidade.
"Estamos tentando mudar essa realidade a todo custo, mas, para isso,
precisamos contar com a vontade de denunciar, temos que orientar as mulheres e
mostrar para elas que o problema tem solução. Esse programa irá nos ajudar
muito nesse sentido", afirmou.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o mapa de
homicídios de mulheres de 2012 mostra que o estado ocupa a 21ª no número de
assassinatos, e a capital, o 22º lugar. Entre os 100 municípios com maiores
índices de mulheres mortas, cinco são fluminenses.
Com investimento total de R$ 305 milhões em todo país, a ação conta com
um orçamento inicial de R$ 30 milhões para aquisição de 54 ônibus e mais R$ 10
milhões referentes à manutenção dos veículos que circularão no interior. A
previsão é que em meados de 2014 todas as unidades estejam funcionando. (Agência Brasil)
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