GOVERNO DESLIGA CUBANA
DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, confirmou que o governo brasileiro já iniciou o processo de
desligamento da cubana Ramona Matos Rodriguez do Programa Mais Médicos. A
médica está abrigada na Câmara dos Deputados desde que deixou seu posto de
trabalho em Pacajá, no Pará. “Recebemos hoje a notificação do município e agora
estamos providenciando o desligamento da profissional”, disse Chioro.
O desligamento de Ramona do
programa vai possibilitar o pedido de refúgio no Brasil, conforme explicou o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, horas antes. “A partir da situação
em que o Ministério da Saúde vier a desenvolver um procedimento interno de
afastamento do programa, aí ela terá o visto de permanência cassado”,
destacou Cardozo.
Sobre o pagamento que a médica alegava receber por mês – US$ 400 (pouco mais de
R$ 900) – Chioro foi enfático e disse que a relação do governo brasileiro é com
a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo Chioro, o Brasil estava
cumprindo sua parte.
“A cooperação do Brasil é com
a Opas e ela estabelece o processo de cooperação com o governo de Cuba. Nós
estamos muito tranquilos com a condução dessa questão”, afirmou o ministro.
Em nota, o DEM, partido que abriga a médica cubana na sala de sua liderança, na Câmara dos Deputados, informou que Ramona entraria com pedido de refúgio no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça.
Em nota, o DEM, partido que abriga a médica cubana na sala de sua liderança, na Câmara dos Deputados, informou que Ramona entraria com pedido de refúgio no Conselho Nacional de Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça.
Mais cedo, o presidente do
Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D'Ávila, manifestou apoio à médica
cubana. “O CFM parabeniza essa cubana pela coragem de denunciar que é assim a
situação de todos esses intercambistas cubanos”, disse o presidente do conselho.
“Clamo às autoridades que protejam essa mulher. Que ela seja asilada em outra
embaixada porque corre o risco de ser deportada”, completou. O conselho e
outras entidades médicas se posiconaram contrários a contratação de
profissionais estrangeiros para o Mais Médicos, sem passar pela revalidação do
diploma. (Marcelo Brandão –Agência Brasil)
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