GOVERNO PROMOVE CENSO
NA ÁREA DE PESCA NO RJ
O governo já começou a implantar o Programa de
Caracterização Socioeconômica da Pesca e Maricultura, o chamado censo pesqueiro
que vai revelar o perfil das atividades ligadas à pesca artesanal em
quatro estados que integram a Bacia de Santos, entre eles o Rio de Janeiro.
Iniciada em maio e com término previsto para março de 2015, a pesquisa
contempla 19 municípios fluminenses. A coleta de dados já foi concluída em dez
deles e continua em Paraty, São Pedro da Aldeia e Saquarema, sendo esta
semana intensificada no Rio, em Niterói e São Gonçalo.
A
pesquisa é feita por uma equipe de 28 entrevistadores de diversas áreas (geógrafos,
advogados, assistentes sociais, biólogos e gestores ambientais) e dez técnicos
da Fundação Instituto da Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), que
coordena todo o censo pesqueiro. No Rio, os trabalhos de campo acontecem
até esta quarta-feira, dia 20, no Caju e na Ilha do Governador; e na
sexta-feira, 22, em Copacabana e Ramos. Em Niterói, haverá coleta de dados na
Ponta d’Areia e Ilha da Conceição até quarta, 20; e em Itaipu, na quarta e na
sexta, 22. Em São Gonçalo, o levantamento deve terminar na quinta-feira, 21,
com o fim das entrevistas em Itaoca, bairro que abrigará a Cidade da Pesca
em 630 mil metros quadrados, com a geração de, pelo menos, 10 mil
empregos.
Financiada
pela Petrobras, a pesquisa inédita é a contrapartida exigida pelo Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para
as atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural do Polo
Pré-Sal da Bacia de Santos. Além do Rio de Janeiro - onde o projeto é
orçado em R$ 1,5 milhão, recebem o censo os estados
de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
Gerente
executivo do projeto no estado do Rio, o geógrafo Davi Alcântara, da Fiperj
(órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional,
Abastecimento e Pesca) ressalta que o censo vai identificar a realidade dos
profissionais da pesca, contribuindo ainda para a elaboração de políticas
públicas que levem melhorias a diversos segmentos. “O objetivo é identificar as
características da pesca e da maricultura (produção artificial em ambiente
marinho de seres aquáticos), como as formas de organização, infraestrutura,
logística e tipos de embarcações, assim como aspectos socioeconômicos, como
renda familiar e estrutura de moradia”, diz o geógrafo Davi.
Segundo
Maria de Fátima Valentim, bióloga da Fiperj e coordenadora geral do projeto no
estado do Rio, a pesquisa trará muitos ganhos, como o mapeamento do
quantitativo de pescadores por localidade ou região, possibilitando o acesso a
informações que vão auxiliar na geração de políticas públicas para o
setor.
-
A Fiperj sempre quis fazer esta pesquisa, mas não tinha recursos. Nosso
objetivo é caracterizar não só o pescador em sua localidade, mas as condições
em que ele vive, onde pesca. Aproveitamos essa grande ação para difundir a
atuação da Fiperj, orientando os profissionais do setor de seus direitos -
resume a bióloga. (ABr)
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