terça-feira, 19 de agosto de 2014

GOVERNO PROMOVE CENSO
NA ÁREA DE PESCA NO RJ  
O governo  já começou a implantar o Programa de Caracterização Socioeconômica da Pesca e Maricultura, o chamado censo pesqueiro que vai revelar o perfil das atividades ligadas à pesca artesanal em quatro estados que integram a Bacia de Santos, entre eles o Rio de Janeiro.
Iniciada em maio e com término previsto para março de 2015, a pesquisa contempla 19 municípios fluminenses. A coleta de dados já foi concluída em dez deles e continua em Paraty, São Pedro da Aldeia e Saquarema, sendo esta semana intensificada no Rio, em Niterói e São Gonçalo. 
A pesquisa é feita por uma equipe de 28 entrevistadores de diversas áreas (geógrafos, advogados, assistentes sociais, biólogos e gestores ambientais) e dez técnicos da Fundação Instituto da Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), que coordena todo o censo pesqueiro. No Rio, os trabalhos de campo acontecem até esta quarta-feira, dia 20, no Caju e na Ilha do Governador; e na sexta-feira, 22, em Copacabana e Ramos. Em Niterói, haverá coleta de dados na Ponta d’Areia e Ilha da Conceição até quarta, 20; e em Itaipu, na quarta e na sexta, 22. Em São Gonçalo, o levantamento deve terminar na quinta-feira, 21, com o fim das entrevistas em Itaoca, bairro que abrigará a Cidade da Pesca em 630 mil metros quadrados, com a geração de, pelo menos, 10 mil empregos.
Financiada pela Petrobras, a pesquisa inédita é a contrapartida exigida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para as atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. Além do Rio de Janeiro - onde o projeto é orçado em R$ 1,5 milhão, recebem o censo os estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
Gerente executivo do projeto no estado do Rio, o geógrafo Davi Alcântara, da Fiperj (órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca) ressalta que o censo vai identificar a realidade dos profissionais da pesca, contribuindo ainda para a elaboração de políticas públicas que levem melhorias a diversos segmentos. “O objetivo é identificar as características da pesca e da maricultura (produção artificial em ambiente marinho de seres aquáticos), como as formas de organização, infraestrutura, logística e tipos de embarcações, assim como aspectos socioeconômicos, como renda familiar e estrutura de moradia”, diz o geógrafo Davi. 
Segundo Maria de Fátima Valentim, bióloga da Fiperj e coordenadora geral do projeto no estado do Rio, a pesquisa trará muitos ganhos, como o mapeamento do quantitativo de pescadores por localidade ou região, possibilitando o acesso a informações que vão auxiliar na geração de políticas públicas para o setor.  
 - A Fiperj sempre quis fazer esta pesquisa, mas não tinha recursos. Nosso objetivo é caracterizar não só o pescador em sua localidade, mas as condições em que ele vive, onde pesca. Aproveitamos essa grande ação para difundir a atuação da Fiperj, orientando os profissionais do setor de seus direitos - resume a bióloga. (ABr)

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