O FUTURO DO BRASIL AGORA
ESTÁ NAS MÃOS DE MARINA
Até quarta-feira, quando os líderes do PSB deverão anunciar quem irá substituir o ex governador Eduardo Campos na cédula
eleitoral, milhões de brasileiros, que se consideram órfãos políticos por falta
de opção, estarão com olhos e corações voltados para a ex senadora Marina
Silva, que escapou da tragédia de terça-feira no Boqueirão, em Santos por ter
decidido, pela primeira vez, não acompanhar Eduardo Campos numa viagem da
campanha que a dupla vinha desenvolvendo pelo País. Talvez a mão do destino
tenha, mais uma vez, empurrado a ex seringalista, que só foi alfabetizada aos
16 anos, para disputar a Presidência da República pela segunda vez.
Em 2010, Marina Silva, montada na raquítica estrutura do
PV, percorreu o País defendendo uma nova maneira de fazer política e acabou
arrastando o apoio de cerca de 20 milhões de eleitores. Convidada por Dilma
Rousseff e José Serra para apoia um dos dois finalistas no segundo turno,
Marina Silva se recusou a dar o seu apoio a Serra, que seria fundamental para
sua vitória, talvez por um temor reverencial ao ex presidente Lula, de quem
fora Ministra do Meio Ambiente, cargo que deixou ao ver derrotadas no Congresso
Nacional, na votação do Código Florestal as suas principais propostas, derrota
advinda de uma inexplicável aliança entre o PT e o agronegócio, com a
entusiasmada interveniência o PMDB conservador e oportunista. Como Marina, até
hoje, mantem restrições à algumas posições dos tucanos, recusou o apoio a José
Serra. Faltou a ela a coragem para apoiar Dilma, deixando seus 20 milhões de
eleitores órgãos. O resultado final, com Dilma eleita com 56,05 contra os 43,95
de Serra mostra que o eleitorado da ex senadora ficou sem rumo e acabou se
dividindo entre Dilma e Serra.
Desta vez, enquanto as pesquisas revelavam uma maior
receptividade ao nome de Marina do que de Eduardo Campos, inclusive pela maior
exposição da ex senadora a partir de 2009/2010, ela teve de desistir do seu
novo partido, o Rede, cuja constituição foi sabotada por setores políticos
conservadores que temiam um “Tsunami” em outubro. Sua adesão às pressas ao PSB
não permitiu, entretanto, uma maior discussão sobre o seu papel no novo
partido, principalmente pelo fato de Marina insistir em criar a Rede para
participar das eleições de 2016/2018, o que deu motivo para que muita cabeça
coroada do PSB insistisse na volta do partido ao conforto e às mordomias do
Governo e de sua candidata.
O destino reservou para Marina, nesta semana, a
oportunidade de ser candidata a Presidente da República e, quem sabe, decidir o
segundo turno contra Dilma ou Aécio. O que o País espera é um segundo turno
para escolher o novo presidente da república. Em outras palavras: Marina, não
desista do Brasil, como ocorreu em 2010!
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