domingo, 17 de agosto de 2014

O FUTURO DO BRASIL AGORA
ESTÁ NAS MÃOS DE MARINA 
Até quarta-feira, quando os líderes do PSB deverão anunciar quem irá substituir o ex governador Eduardo Campos na cédula eleitoral, milhões de brasileiros, que se consideram órfãos políticos por falta de opção, estarão com olhos e corações voltados para a ex senadora Marina Silva, que escapou da tragédia de terça-feira no Boqueirão, em Santos por ter decidido, pela primeira vez, não acompanhar Eduardo Campos numa viagem da campanha que a dupla vinha desenvolvendo pelo País. Talvez a mão do destino tenha, mais uma vez, empurrado a ex seringalista, que só foi alfabetizada aos 16 anos, para disputar a Presidência da República  pela segunda vez.
Em 2010, Marina Silva, montada na raquítica estrutura do PV, percorreu o País defendendo uma nova maneira de fazer política e acabou arrastando o apoio de cerca de 20 milhões de eleitores. Convidada por Dilma Rousseff e José Serra para apoia um dos dois finalistas no segundo turno, Marina Silva se recusou a dar o seu apoio a Serra, que seria fundamental para sua vitória, talvez por um temor reverencial ao ex presidente Lula, de quem fora Ministra do Meio Ambiente, cargo que deixou ao ver derrotadas no Congresso Nacional, na votação do Código Florestal as suas principais propostas, derrota advinda de uma inexplicável aliança entre o PT e o agronegócio, com a entusiasmada interveniência o PMDB conservador e oportunista. Como Marina, até hoje, mantem restrições à algumas posições dos tucanos, recusou o apoio a José Serra. Faltou a ela a coragem para apoiar Dilma, deixando seus 20 milhões de eleitores órgãos. O resultado final, com Dilma eleita com 56,05 contra os 43,95 de Serra mostra que o eleitorado da ex senadora ficou sem rumo e acabou se dividindo entre Dilma e Serra.
Desta vez, enquanto as pesquisas revelavam uma maior receptividade ao nome de Marina do que de Eduardo Campos, inclusive pela maior exposição da ex senadora a partir de 2009/2010, ela teve de desistir do seu novo partido, o Rede, cuja constituição foi sabotada por setores políticos conservadores que temiam um “Tsunami” em outubro. Sua adesão às pressas ao PSB não permitiu, entretanto, uma maior discussão sobre o seu papel no novo partido, principalmente pelo fato de Marina insistir em criar a Rede para participar das eleições de 2016/2018, o que deu motivo para que muita cabeça coroada do PSB insistisse na volta do partido ao conforto e às mordomias do Governo e de sua candidata.

O destino reservou para Marina, nesta semana, a oportunidade de ser candidata a Presidente da República e, quem sabe, decidir o segundo turno contra Dilma ou Aécio. O que o País espera é um segundo turno para escolher o novo presidente da república. Em outras palavras: Marina, não desista do Brasil, como ocorreu em 2010!

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