quinta-feira, 21 de agosto de 2014

MPF RECONSTITUI INCINERAÇÃO DE PRESOS DURANTE A DITADURA MILITAR
O Ministério Público Federal em Campos (MPF/RJ) reconstituiu, nesta terça-feira (19), episódios ocorridos durante a ditadura, quando a Usina Cambaíba era usada para incinerar corpos de possíveis vítimas do regime militar. A simulação teve a presença do procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, responsável pelas investigações e do ex delegado do Departamento de Ordem e Política Social (Dops), Cláudio Guerra.
Em seu depoimento, o ex delegado relatou que participou da queima de pelo menos 12 corpos trazidos da Casa da Morte, situada em Petrópolis. Para a reconstituição dos fatos, foram usados manequins. Cláudio Guerra indicou como os corpos eram trazidos e jogados no forno da Usina Cambaíba.
Na ocasião, foram ainda ouvidas outras testemunhas e empregados da Usina, que estariam envolvidos na cremação dos corpos. Os depoimentos duraram em média 3 horas. O próximo passo será a oitiva de mais 9 pessoas. "Cláudio Guerra, apesar de colaborar, é um assassino frio e confesso. A reconstituição mostrou que a queima era possível. Vamos prosseguir nas investigações”, destacou o procurador Eduardo Santos de Oliveira.
As investigações sobre a incineração de corpos na usina foram abertas em maio de 2012. Na época, foi instaurado procedimento investigatório criminal para apurar declarações do ex delegado no livro “Memórias de uma guerra suja”. (Assessoria de Comunicação Social/MPF)

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