OPERADORAS MUDAM SISTEMA DE
BANDA LARGA SEM AVISO PRÉVIO
A
operadora de telefonia Vivo vai mudar a forma de cobrança da internet pelo
celular para clientes de pacotes pré-pagos a partir de novembro. Quando o
pacote de dados contratado pelo cliente acabar, ele terá que pagar um valor
adicional para continuar navegando na internet. Atualmente, quando a franquia
chega ao fim, a velocidade de navegação é reduzida, mas o usuário não tem que
pagar a mais. A mudança vale a partir do dia 6 de novembro, inicialmente para
os clientes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, mas poderá ser estendida
para outras regiões nos próximos meses.
A
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta terça-feira (21)
que irá pedir esclarecimentos às prestadoras de telefonia celular sobre
possíveis alterações na forma de cobrança da internet móvel. Segundo a agência,
as regras do setor permitem às empresas adotar várias modalidades de franquias
e de cobranças, mas o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços
de Telecomunicações determina que qualquer alteração em planos de serviços e
ofertas deve ser comunicada ao usuário, pela prestadora, com antecedência
mínima de 30 dias.
A Vivo
informou que os clientes pré-pagos estão sendo avisados por SMS sobre a
mudança. Depois da mudança, os clientes da Vivo vão receber uma mensagem de
texto (SMS) quando o consumo atingir 80% da franquia e outro no momento em que
ela acabar. O último aviso virá com a opção de contratação do pacote adicional
de 50 MB, que custará R$ 2,99 por sete dias.
Segundo
a Vivo, o ajuste será feito para atender às necessidades e expectativas dos
53,1 milhões de clientes pré-pagos, que vem usando cada vez mais os pacotes de
dados pelo celular, especialmente para acessar redes sociais.
A
mudança ainda não vale para os clientes das outras três grandes operadoras de
telefonia celular do mercado (Claro, TIM e Oi). Para a TIM, mudanças no formato
de tarifação de dados móveis são um movimento natural, em linha com o
crescimento contínuo do uso de internet nos celulares, mas a operadora disse
que não prevê qualquer ajuste na cobrança, por enquanto, e segue avaliando as
diferentes possibilidades.
A
Associação de Consumidores Proteste critica a intenção das operadoras e diz que
vai enviar um ofício à Anatel questionando a iniciativa. Para a entidade, as
empresas não podem alterar unilateralmente o contrato para os consumidores que já
têm planos de franquia que garantem a continuidade do serviço, ainda que com
velocidade reduzida. “Os maiores prejudicados serão os consumidores que foram
iludidos com pretensos planos de acesso ilimitado a internet. É importante
verificar no contrato as limitações de velocidade previstas quando o usuário
excede a franquia média de dados”, orienta a Proteste. (Com Agência Brasil)
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