CEDAE
DESCARTA RISCO DE
FALTAR ÁGUA NA BAIXADA
A
Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) informou hoje (10) que não há
risco de falta de água na região metropolitana do Rio de Janeiro, apesar da
estiagem que provocou a queda do nível dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul.
Na quarta-feira (5), a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) enviou à Agência
Nacional de Águas (ANA) um ofício no qual mostra a preocupação com o
abastecimento das regiões atendidas pelo rio, entre elas a metropolitana.
“O
que existe são algumas regiões do estado, abastecidas por mananciais locais,
que podem ter o abastecimento prejudicado se não chover nos próximos 30 dias,
que é um fenômeno comum em períodos de estiagem”, informou a Cedae.
A
companhia informou que a produção está além de sua capacidade, que é geralmente
de 43 mil litros de água por segundo. “Atualmente, a Cedae capta 45 mil litros
por segundo do Guandu, que é a transposição do Paraíba do Sul na barragem de
Santa Cecília. Portanto, a Cedae reitera que não há risco de falta de água na
região metropolitana do Rio de Janeiro”.
O
secretário de Estado do Ambiente, Carlos Portinho, destaca, no ofício enviado à
ANA, que “na hipótese do agravamento da estiagem, considera essencial o
estabelecimento de um plano de contingência para a segurança hídrica do
estado”. Também pede ajuda à agência a elaboração desse plano, uma vez que é o
órgão federal quem regula e fiscaliza o uso da água do Paraíba do Sul.
Segundo
a ANA, a solicitação da Secretaria do Ambiente (SEA) está em análise e o ofício
em resposta será divulgado oportunamente. A assessoria da SEA informou em nota
que o ofício “reflete o trabalho com a simulação do pior cenário”.
A
estiagem e o nível baixo do Rio Paraíba do Sul já causou danos a diversos
municípios do Rio, principalmente no setor agrícola. Entre os mais afetados
está São Fidélis, no norte fluminense, o primeiro a decretar situação de
emergência, no dia 30 de setembro.
A
estimativa da Defesa Civil de São Fidélis é de que 2 mil cabeças de gado foram
perdidas por desnutrição em razão da escassez de água, gerando um prejuízo de
R$ 5 milhões. Além disso, segundo a Secretaria Municipal de Agropecuária e
Pesca, a produção leiteira na região caiu pela metade e a produção agrícola
teve uma faixa de 30% a 40% de perdas. O órgão acrescentou que, ao todo,
aproximadamente 3.500 produtores e 200 famílias de pescadores também foram
prejudicados.
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