OPERAÇÃO LAVA JATO CHEGA
AO CARTEL DE EMPREITEIRAS
Entre os suspeitos de participação no esquema criminoso
de superfaturamento de contratos da Petrobras, para pagamento de propina a
parlamentares e partidos políticos, que tiveram a prisão preventiva ou temporária
expedida hoje (14) na sétima fase a Operação Lava Jato, da Polícia Federal
(PF), 20 são das maiores empreiteiras no país e dois subordinados ao doleiro
Alberto Yousseff, preso desde março.
Renato Duques ex diretor da Petrobrás |
Os agentes apreenderam registros e livros contábeis,
recibos, agendas, ordens de pagamento e documentos relacionamentos à manutenção
e movimentação de contas no Brasil e no exterior. Foram apreendidos também HDs, laptops, pen drives, smartphones; agendas manuscritas e
eletrônicas dos investigados.
Estão sob guarda a polícia arquivos eletrônicos com a
contabilidade em meio digital das empreiteiras e documentos relacionados com a
contratação das empresas de fachada investigadas, especialmente MO Consultoria,
GDF Investimentos, RCI Software, Empreiteira Rigidez.
Veja a lista de pessoas contra as quais há mandados de
prisão:
Prisão preventiva
- Eduardo Hermelino Leite, diretor vice-presidente da
Camargo Corrêa S.A.;
- José Ricardo Nogueira Breghiroll, funcionário da
Construtora OAS;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente
da Área Internacional da Construtora OAS S.A;
- Sérgio Cunha Mendes, diretor vice-presidente executivo
da Mendes Júnior Trading Engenharia S/A;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix
Engenharia S.A.;
- Erton Medeiros Fonseca; diretor-presidente da Divisão
de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia S.A..
Mandado de prisão temporária (5 dias)
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de
Administração da Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Alexandre Portel Barbosa, advogado da OAS;
- Ednaldo Alves da Silva, funcionário da UTC
Participações S.A;
- Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor técnico da
Engevix Engenharia S.A.;
- Newton Prado Júnior, diretor técnico da Engevix
Engenharia S.A.;
- Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da
Camargo Corrêa Construções e Participações S.A.;
- Otto Garrido Sparenberg, diretor de Operações da IESA
Óleo & Gás S.A.;
- Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA Óleo &
Gás S.A.;
- Jayme Alves de Oliveira Filho, ligado a Alberto
Youssef;
- Adarico Negromonte Filho, ligado a Alberto Youssef;
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- Ricardo Ribeiro Pessoa, UTC Participações S.A.;
- Walmir Pinheiro Santana, UTC Participações S.A.;
- Carlos Alberto da Costa Silva, ligado a empreiteiras
- Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor-geral de
Desenvolvimento Comercial da Vital Engenharia, Grupo Queiroz Galvão;
- Ildefonso Colares Filho, diretor-presidente da
Construtora Queiroz Galvão S.A;
- Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;
- Fernando Antônio Falcão Soares, citado nas
investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.
Investigados que
sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque
Condução coercitiva:
1) Edmundo Trujillo, engenheiro, diretor do Consórcio
Nacional Camargo Correa
2) Pedro Morollo Junior, engenheiro civil, OAS
3) Fernando Augusto Stremel Andrade, engenheiro civil, OAS
4) Angelo Alves Mendes, engenheiro civil, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A
5) Rogério Cunha de Olliveira, engenheiro eletricista, diretor da Área de Óleo e Gás -(ANOG) da Mendes Júnior Trading e Engenharia
6) Flávio Motta Pinheiro, economista, diretor Administrativo e Financeiro da MENDESPREV – Sociedade Previdenciária
7) Cristiano Kok, presidente da Engevix Engenharia S/A.
8) Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
9) Luiz Roberto Pereira (Com a Agência Brasil)
2) Pedro Morollo Junior, engenheiro civil, OAS
3) Fernando Augusto Stremel Andrade, engenheiro civil, OAS
4) Angelo Alves Mendes, engenheiro civil, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A
5) Rogério Cunha de Olliveira, engenheiro eletricista, diretor da Área de Óleo e Gás -(ANOG) da Mendes Júnior Trading e Engenharia
6) Flávio Motta Pinheiro, economista, diretor Administrativo e Financeiro da MENDESPREV – Sociedade Previdenciária
7) Cristiano Kok, presidente da Engevix Engenharia S/A.
8) Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
9) Luiz Roberto Pereira (Com a Agência Brasil)
PARA JUIZ, PRISÕES DA
LAVA JATO SÃO
REMÉDIO AMARGO CONTRA
CORRUPÇÃO
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da
Operação Lava jato, disse que as novas prisões determinadas por ele são um
“remédio amargo” para coibir a continuidade dos casos de corrupção na
Petrobras. A afirmação está na decisão na qual Moro atendeu a pedido da Polícia
Federal e determinou a prisão de 18 investigados, a maioria deles ligados a
empreiteiras.
No despacho, o juiz citou declarações da presidenta Dilma Rousseff e do senador
Aécio Neves (PSDB-MG), que, durante o período eleitoral, defenderam o
prosseguimento das investigações e a importância da punição aos acusados.
“Os
apelos provenientes de duas das mais altas autoridades políticas do país, e que
se encontram em campos políticos opostos, confirmam a necessidade de uma
resposta institucional imediata para coibir a continuidade do ciclo delitivo
descoberto pelas investigações, tornando inevitável o remédio amargo, ou seja,
a prisão cautelar”, disse o juiz.
Para justificar a decretação das prisões dos executivos das empreiteiras, o juiz alegou risco a ordem pública e à investigação. Segundo Moro, sem a medida não seria possível evitar interferências na obtenção de provas e fugas para o exterior.
Para justificar a decretação das prisões dos executivos das empreiteiras, o juiz alegou risco a ordem pública e à investigação. Segundo Moro, sem a medida não seria possível evitar interferências na obtenção de provas e fugas para o exterior.
“Com o poder econômico de que dispõem, o risco de prejudicarem as
investigações e a instrução ou de obstruírem o processo através da produção de
provas falsas ou da cooptação de testemunhas e mesmo de agentes públicos
envolvidos de alguma forma no processo é real e imediato”, concluiu. (Com
Agência Brasil)
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