quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

MORTE DE CRIANÇAS NO RIO
NÃO SENSIBILIZA O GOVERNO 
Irritada por não conseguir impedir a aplicação da pena capital num brasileiro preso no aeroporto de Jacarta, na Indonésia, a presidente Dilma Rousseff determinou ao Itamaraty a retirada do embaixador brasileiro naquele país, diante da recusa da Justiça local em atender ao seu pedido de clemência em relação ao instrutor de võos paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 43 anos, condenado à morte por tráfico de drogas.  Rodrigo foi preso em 2004 quando desembarcou no aeroporto de Jacarta com 6 Kg de cocaína escondidos dentro de pranchas de surfe.
O fuzilamento ocorreu nas primeiras horas de domingo.
No mesmo dia, o menino Asafe William Costa Ibraim, foi atingido por uma bala perdida no Rio e morreu na tarde desta quarta-feira  (21), segundo informação da Secretaria Estadual de Saúde. O garoto, de 9 anos, estava internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e teve morte encefálica por volta das 14h.
A bala atingiu a cabeça de Asafe William quando ele estava na área recreativa do Sesi de Honório Gurgel, na zona norte do Rio, e ficou alojada perto do olho direito.
Ainda no domingo, uma criança morreu depois de ser atingida por uma bala perdida. Larissa de Carvalho, de 4 anos, saía de um restaurante em Bangu, na zona oeste da cidade, quando foi baleada. A Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, busca o responsável pelo tiro.
Nesses dois casos, em que as vítimas eram crianças e foram fuziladas sem julgamento e sem qualquer chance de defesa, o Palácio do Planalto não fez nenhum comentário, nem cobrou das autoridades de Segurança Pública do Rio mais eficiência no combate à violência.
As famílias enlutadas também não receberam qualquer gesto de solidariedade da Presidente Dilma, ao contrário do que foi feito no caso do traficante, que era instrutor de vôos e sabia que a lei na Indonésia pune o tráfico de drogas com fuzilamento do condenado, como ocorrer no domingo.

►MELLO: AUMENTO DE IMPOSTOS É 'CONFISCO'
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu ao anuncio do aumento na carga tributária feito nesta segunda-feira (18) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao veto da presidente Dilma Rousseff à correção da tabela do Imposto de Renda.
Segundo ele, o governo está “forçando a mão”: “Eu fico triste quando eu percebo menoscabo em relação à ordem jurídica constitucional. O Estado tem que adotar uma postura que sirva de norte ao cidadão. Ante a carga de impostos sofrida pelos brasileiros, qualquer aumento tributário é confisco. O que eles têm que fazer é enxugar a máquina administrativa, reduzir os gastos. Na sua casa, você gasta mais do que a receita? Não”, disse.
“Nós brasileiros já contribuímos em muito. Esperamos que o que é arrecadado não vá pelo ralo”, acrescentou. (Brassil/247)

►FIRJAN APONTA RISCO DE RECESSÃO
A combinação de crescimento próximo de zero e inflação elevada, observada em 2014 e esperada para 2015, constitui um cenário particularmente difícil para a implementação da política econômica. O Sistema FIRJAN entende que a coordenação entre as políticas fiscal e monetária é essencial para evitar que o novo ciclo de elevação das taxas de juros seja excessivo, diminuindo assim os efeitos negativos sobre os investimentos, a produção e a geração de empregos.
Segundo análise da assessoria econômica da Firjan, o ajuste fiscal deve privilegiar a diminuição dos gastos públicos de natureza corrente. A opção pela diminuição dos investimentos públicos ou pelo aumento adicional da carga tributária deprimiria ainda mais a confiança de empresas e consumidores, marcando um retrocesso na busca por um crescimento mais elevado e sustentável no longo prazo. 

►ALTA DOS JUROS DIFICULTAR RECUPERAÇÃO 
A alta de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) tornará ainda mais difícil a recuperação da economia. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defende a estabilidade macroeconômica e o equilíbrio das contas públicas para impulsionar a produção e o investimento.
Segundo a confederação, a elevação dos juros básicos para 12,25% ao ano eleva os custos dos financiamentos, restringe o acesso ao crédito e reduz o consumo das famílias e os investimentos das empresas.
“Manter a estabilidade e buscar o ajuste fiscal é importante para criar um ambiente de credibilidade e confiança no país, que estimule os investimentos e a competitividade da indústria brasileira”, diz, em nota, a CNI. (ABr)

►MINISTRO ADMITE BREVE RECESSÃO
Num louvável gesto de sincericídio, sentimento detestado pelos lulistas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu a possibilidade de o país registrar contração econômica, isto é, recessão no primeiro trimestre de 2015, mas ponderou que ela deve ser momentânea.
“Um trimestre de recessão não quer dizer nada em termos de crescimento”, destacou.
Para Levy, a recuperação da credibilidade e da confiança no país impulsionará o investimento e ajudará a preservar o emprego e o consumo nos meses seguintes. Ele participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e minimizou o impacto das medidas de ajuste fiscal anunciadas segunda-feira (19) na produção e no consumo em 2015, pois considera que os efeitos dos cortes de gastos e do aumento de tributos devem limitar-se aos primeiros meses de 2015.
Levy também informou que o governo deverá continuar a fazer ajustes para retomar o crescimento. Segundo ele, as medidas de corte de gastos e de aumento de tributos anunciadas nas últimas semanas são apenas o primeiro passo para reequilibrar a economia.
“Para o investidor internacional, é importante saber que não trabalhamos no curtíssimo prazo. Não estamos aqui procurando fazer remendos, estamos arrumando a casa para garantir crescimento sólido”, afirmou o ministro em entrevista a jornalistas brasileiros na Suíça. A gravação da entrevista foi divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda. (ABr)

►PETISTA GAUCHO ADERE AO “FORA, LEVY'
Após a Fundação Perseu Abramo, do PT, divulgar um boletim contra a política econômica da presidente Dilma Rousseff, outro petista entrou na onda da oposição sugerindo a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Marido da deputada Maria do Rosário (PT-RS), Eliezer Pacheco é secretario na prefeitura de Canoas (RS) e postou uma critica ao governo no Facebook:
“Sou PT mas não sou cordeiro nem omisso. Para enfrentar a crise, o governo optou por achacar os assalariados, como sempre fizeram os governos de direita, em vez de enfrentar os sonegadores e o grande capital. Não foi nisto em que votamos. Em defesa de nosso projeto e do PT,FORA LEVI.
Não trairemos nosso Projeto NEM QUE A VACA TUSSA!”

►PETROLÃO: TCU DIZ NÃO À PETROBRÁS
O Tribunal de Contas da União (TCU) negou hoje (21) recurso apresentado pela Petrobras para que não fossem enviados ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) documentos sobre indícios de irregularidades nas obras do Projeto Gasene –Implantação do Gasoduto Cacimbas-Catu.
A decisão de enviar as informações para a força-tarefa que investiga a Operação Lava Jato foi tomada em dezembro do ano passado, e a Petrobras apresentou o recurso no início deste mês, pedindo que o TCU anulasse o despacho. 
O relator do processo, André Luís de Carvalho, disse ter estranhado o pedido da Petrobras. Segundo ele, é praxe o TCU enviar informações aos dois órgãos, quando encontrados indícios de irregularidades. “Devo registrar a minha estranheza em relação à presente conduta recursal da Petrobras, já que o envio de toda a documentação à PF e ao MPF tende a contribuir para o resguardo do patrimônio da empresa, de sorte que se mostra, no mínimo, incoerente ver a estatal agravar uma referida decisão processual do TCU, que busca apenas enviar elementos que possam contribuir para a efetiva elucidação de eventuais ilícitos penais praticados por gestores da companhia, no conhecido cenário de delação premiada atinente à Operação Lava Jato”, disse o ministro. 

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