TCU MANDA QUE A
PETROBRAS
CUMPRA A LEI DE
LICITAÇÕES
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a
Petrobras modifique a forma de contratar obras e serviços de engenharia. Entre
as mudanças propostas estão a exigência de fundamentação técnica para os preços
apresentados pelas licitantes e a padronização das informações mínimas
necessárias que viabilizem o julgamento das propostas. O objetivo é garantir a
segurança jurídica, o julgamento objetivo, a isonomia, eficiência e obtenção da
melhor proposta nas contratações.
O TCU destacou que, durante anos, a Petrobras foi a única
entidade estatal a se valer da prerrogativa de licitar obras sem que os
projetos de engenharia estivessem integralmente delimitados. Com o Regime
Diferenciado de Contratações essa prática passou a ser autorizada por
“contratações integradas”, permitindo ao gestor público a possibilidade de
submeter a licitações anteprojetos de engenharia sem o devido nível de
detalhamento.
A determinação está no acórdão que examinou uma auditoria
feita em 2011 para fiscalizar a contratação para a construção do acesso
principal do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). De acordo com a
determinação do TCU, a partir de agora, as licitações deverão apresentar de
forma precisa em quais partes do empreendimento as empresas poderão sugerir
mudanças. A Petrobras deverá elaborar uma matriz de risco aos contratos,
definindo de forma objetiva a responsabilidade das empresas contratadas. Além
disso, as estimativas de preços devem ser baseadas em orçamentos detalhados,
usando avaliações baseadas em outras obras similares.
Segundo o ministro Vital do Rêgo, relator da matéria, as
propostas de melhoria não modificam a apuração de irregularidades constatadas
em procedimentos licitatórios da Petrobras que já foram ou estão sendo objeto
de ações de controle específicas, bem como a responsabilização dos gestores e
das empresas contratadas. “Espero que as determinações a serem empreendidas
auxiliem no contínuo incremento dos processos de gestão e governança da
Petrobras, em benefício da sociedade”, disse Vital do Rêgo.
A Agência Brasil
entrou em contato com a Petrobras e a empresa disse que não comentará o
assunto.
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