CAXIAS PRORROGA AS INSCRIÇÕES
DO CONCURSO PARA O MAGISTÉRIO
Os interessados em participar do Concurso Público da Secretaria
de Educação de Duque de Caxias (SME) ganharam mais uma semana para conseguir
efetuar suas inscrições e tentar garantir uma das 801 vagas disponíveis no
concurso, que não é realizado há dez anos no município. Devido à enorme
procura, as inscrições que inicialmente terminariam nesta quinta-feira (14),
foram prorrogadas até o próximo dia 21 de maio, às 23h59, em decisão acordada
entre a Secretaria de Educação e a organizadora do concurso, a Consulpan.
Os interessados devem acessar o site da Prefeitura (http://www.duquedecaxias.rj.gov.br/portal/concursoeducacao.html) ou da Consuplan (http://www.consulplan.net/) e seguir os
procedimentos indicados para se inscrever. A taxa é de R$ 59,90 para o nível
médio e R$ 79,90, superior. Vale lembrar que as inscrições só serão validadas
após a realização do pagamento.
A seleção será feita através de provas objetivas de múltipla
escolha – previstas para os dias 5 e 12 de julho – e prova discursiva;
avaliação de títulos; e comprovação de requisitos e exames médicos. Os
exames serão aplicados nos municípios de Duque de Caxias, Rio de Janeiro,
Niterói e Nova Iguaçu.
Para o secretário municipal de Educação, Marcos Villaça, a
realização do concurso é uma importante conquista para Duque de Caxias. “Há uma
grande necessidade de repor a demanda de servidores da rede municipal de ensino
acumulada nos últimos tempos, principalmente porque o último concurso para
Educação em Caxias aconteceu há dez anos. Estamos oferecendo 801 vagas e
chamaremos os classificados em breve”, destaca.
Os candidatos aprovados nas três etapas irão ocupar 801
vagas, distribuídas pelos quatro distritos do município: Centro, Campos
Elíseos, Imbariê e Xerém. Os cargos oferecidos são de Professor I (Artes,
Ciências, Educação Física, Geografia, História, Inglês, Matemática e
Português), Professor I – Educação Especial, Professor Especialista em
Orientação Educacional e Orientação Pedagógica, Professor II, Professor de
Informática Educativa, Estimulador materno-infantil e Auxiliar Administrativo.
Um dos diferenciais deste concurso é a oferta de vagas
específicas para estimulador materno-infantil e auxiliar administrativo, que
não eram contemplados há pelo menos vinte anos. Além disso, o concurso conta,
ainda, com novos cargos, que nunca haviam sido oferecidos, como professor de
Educação Especial e professor de Informática Educativa.
O concurso terá validade de dois anos, a partir da
homologação em setembro, podendo ser prorrogada por mais dois.
►A MANGUEIRINHA VAI AO TEATRO
A secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias se
uniu com a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), da Mangueirinha para
celebrarem a Abolição da Escravatura, nesta quarta-feira (13), em um workshop
de música no Teatro Raul Cortez, no Centro. Com o tema “Que os Graves Toquem
seu Coração” o evento foi dedicado às crianças e jovens (alunos da rede
municipal) que fazem parte do projeto de música coordenado pelos policiais da
UPP na comunidade em Duque de Caxias.
A iniciativa temática levou para o palco uma série de
músicos que atuam com renomados cantores em todo o país. Houve ainda um caráter
social e beneficente com o ingresso para os shows sendo 1 kg de alimento não
perecível. A UPP instalada no alto do Morro da Telefônica, na divisa de Duque
de Caxias com São João de Meriti foi a primeira unidade desse tipo instalada na
Baixada Fluminense.
“Há cerca de um ano quando fomos procurados para cooperar
com este projeto de música, prontamente nos colocamos à disposição para
auxiliarmos. Cedemos o Raul Cortez para este evento com músicos do mais alto
nível, como o André Neiva. E nada mais justo e de semelhança do que celebrar a
Abolição da Escravatura, em um paralelo similar com a libertação das
comunidades através da UPP”, disse o secretário de Cultura e Turismo, Jesus
Chediak.
O show teve início com um solo de teclado do cantor gospel
Bruno Rodrigues. Na sequência, todo o swing do diretor musical e baixista do
Grupo Revelação, Marquinhos dos Santos e banda. O workshop teve como atração
principal o baixista, produtor e diretor musical, André Neiva, que atualmente
trabalha com o cantor Jorge Vercillo, e que brilhou também ao lado de Gal
Costa, João Bosco, Tim Maia, Moraes Moreira, Zé Ramalho e Jorge Aragão, entre
outros. Houve tempo ainda para as apresentações dos músicos Júnior Muniz,
Rogério Gomes e Scott, e outros artistas convidados.

►CÂMARA LANÇA NOVO PILAR DA HISTÓRIA
O Instituto Histórico Vereador Thomé Barreto, órgão
cultural da Câmara Municipal de Duque de Caxias marcou para o próximo dia 19
(terça-feira) a abertura do evento comemorativo pelo Dia da Baixada
Fluminense, integrando a 13ª Semana de Museus / IBRAM.
Na ocasião, acontecerá a abertura da Mostra de Artes
Plásticas “Arte, Cultura, Mulher” e o lançamento de nova edição da
Revista Pilares da História.
O evento deverá ocorrer no salão de exposição do Instituto
Histórico, no subsolo da sede do Legislativo municipal, a partir das 17 horas.
►HOSPITAIS
CONFIRMAM MUTRETAS NAS PRÓTESES
O
representante da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio
Grande do Sul (Fehosul), Flavio Borges, admitiu nesta quinta-feira (14), em
depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia das Órteses e
Próteses no Brasil, que a maioria dos hospitais cobra porcentagens de 15% em
média sobre cada prótese adquirida para os implantes.
— O
hospital cobra uma taxa percentual em relação à disponibilização do material,
da prótese. O médico solicita a prótese. Se ela custa R$ 100 mil, o hospital
compra e cobra R$ 115 mil — explicou.
Borges
prestou depoimento em reunião na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul,
em Porto Alegre. Além dele, o presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES),
também ouviu o administrador Alcides Pozzobon, que já gerenciou três
instituições hospitalares no estado. Ele frisou nunca ter lidado com tal
situação nos períodos em que esteve à frente das casas de saúde.
Também
prestaram depoimento os delegados da Polícia Civil gaúcha responsáveis pela
investigação, estado considerado por Magno Malta a “ponta do iceberg” do
problema, trazido à tona por reportagem veiculada no programa Fantástico em janeiro deste ano.
Joerberth
Pinto Nunes e Daniel Mendelski Ribeiro explicaram as origens da investigação
sobre a máfia das próteses. Segundo afirmaram, detectou-se um padrão: pacientes
do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do IPE-Saúde, plano de saúde ligado ao
Instituto de Previdência do Rio Grande do Sul, recebiam indicação para a
realização da cirurgia de implantação, mas eram convencidos pelos médicos a
utilizar uma “prótese importada e de mais qualidade” do que a normalmente
ofertada pelo governo. Pagavam o procedimento “por fora” e depois entravam com
ações pedindo ressarcimento das cirurgias. Enquanto uma prótese normalmente
custa R$ 7 mil, as da máfia custavam mais de R$ 200 mil.
— O que
buscam a Polícia Civil e o Ministério Público? Tratar de crimes de falsidade
ideológica, descobrir se os laudos eram verdadeiros e os pacientes realmente
precisavam da prótese; de estelionato, pois o Judiciário era enganado, e o
Estado entregava indevidamente vantagem econômica a profissionais; e a
associação criminosa — disse o delegado Joerbert
A maior
parte de seus depoimentos, entretanto, foi reservada por tratar de dados
sigilosos, ainda sob investigação.
►GOVERNO ADMITE CESÁREA SEM PEDIATRA
O
Ministério da Saúde estuda a possibilidade de estabelecer uma nova diretriz
sobre cesarianas, em que seria dispensada a presença de pediatra na sala de
parto quando não houver risco para o bebê, nem para a mãe. Entidades médicas
enviaram esta semana uma nota ao Ministério da Saúde repudiando a proposta.
Segundo o
ministério, o documento, que está em consulta pública até o dia 25 de maio,
reforça a importância da presença de um profissional adequadamente treinado em
reanimação neonatal, como pediatra, neonatologista, enfermeiro obstetra,
enfermeiro neonatal, entre outros, apenas em cesariana feita com uso de
anestesia geral ou se houver evidência de sofrimento fetal.
“As
entidades médicas entendem que a equipe tem que ter um pediatra, normalmente um
neonatologista, para receber o bebê. Existem evidências na literatura de que
esse profissional colocado no ambiente do parto melhora os resultados”, disse o
diretor da Associação Médica Brasileira, José Bonamigo.
Bonamigo
reconhece que não é fácil ter um pediatra em cada sala de cirurgia, mas, para o
especialista, as diretrizes do governo devem orientar os serviços de parto a
terem a melhor situação para gestantes e crianças. ”É justo diminuir os custos
dos procedimentos, mas não colocando em risco a saúde dos pacientes. ”
Outro
ponto de discordância entre médicos e Ministério da Saúde é a recomendação de
que o parto normal é pode ser feito na maioria das situações por mulheres que
já fizeram cesariana. De acordo com Bonamigo, a maior parte das evidências
cientificas aponta que a mulher que já fez uma cesariana corre risco de ter
rompimento uterino se fizer um parto normal.
“Se
acontece uma ruptura uterina, a paciente corre sérios riscos. Um caso tratável
eletivamente com uma cesárea pode acabar se transformando em uma emergência. ”
A
Associação Médica Brasileira, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia enviaram ofício para o
Ministério da Saúde repudiando a proposta que está em consulta pública. Segundo
as entidades, apesar de terem sido ouvidas, elas não concordaram com o texto
final do documento. A proposta de diretriz foi aberta para consulta pública no
dia 24 de abril. O prazo para recebimento de sugestões foi prorrogado para dia
25 de maio.
►NOVA
DELAÇÃO ATERRORIZA BRASÍLIA
O
empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e Constran, citou nome de pelo menos
seis parlamentares que estariam envolvidos nas fraudes investigadas pela
Operação Lava Jato. Ex engenheiro da OAS, Pessoa citou os políticos em acordo
de delação premiada assinado nesta quinta (14) com a Procuradoria-Geral da
República (PGR). O acordo ainda precisa ser avalizado pelo ministro Teori
Zavascki, do STF, que comanda as investigações em torno de pessoas com direito
a foro privilegiado, como congressistas e ministros. Na sua delação, Pessoa
teria citado o ex ministro de Minas e Energia do primeiro mandato de Dilma, o
senador Edison Lobão (PMDB-MA). As informações são do jornal O Globo.
Pessoa
foi preso em novembro na sétima fase da Operação, ficou detido até maio em
Curitiba e atualmente cumpre prisão domiciliar em São Paulo. Ele vinha
negociando o acordo desde janeiro. As tratativas tiveram início com a
força-tarefa no Paraná. Depois, o grupo de trabalho da PGR responsáveis pela
investigação de parlamentares assumiu o comando nas negociações.
Ele já
dava indícios que assinaria o trato quando ficou em silêncio ao ser interrogado
pelo juiz federal Sérgio Moro, em maio. No acordo de delação premiada, Pessoa
prometeu devolver R$ 55 milhões.
O
empresário é acusado de ser o coordenador do cartel conhecido como “Clube das
Empreiteiras”, uma espécie de clube de compadres para negociar quais empresas
ganhariam a licitação da vez.
Já Edson
Lobão, muito ligado ao ex senador José Sarney, estava presente na lista de
pedidos de investigação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot,
enviada ao STF em março. Por conta disso, responde, em três inquéritos na
Suprema Corte, a crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de
quadrilha.
►INFLAÇÃO CHEGA AO ENEM
A taxa do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi reajustada, passando de R$ 35 para R$
63. O anúncio foi feito hoje (14) pelo ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro. Continuam excluídos da taxa os estudantes concluintes do ensino médio
que declararem pobreza.
O
ministro da Educação disse ainda que o reajuste equivale à inflação no período
(2004-2015) e que ele será mais frequente. "Vamos reajustar, não sei se
anualmente, a cada dois ou três anos, até para que o valor não cause choque ou
venha com surpresa, quando deveria vir com naturalidade", disse.
O ministério
da Educação (MEC) anunciou também que será rigoroso com os estudantes isentos
que não comparecerem para fazer o exame. De acordo com o órgão, quem não
apresentar uma justificativa para a ausência, no exame seguinte terá de pagar
pela inscrição. O MEC vai definir, ainda, quais serão as justificativas
aceitas. Segundo a pasta, do total de 8,7 milhões de estudantes inscritos, 2,5
milhões faltaram, significando 28,6%.
"Não
podemos jogar fora 2,5 milhões de provas como ocorreu no ano passado. Muito
papel, muito dinheiro público". A maior parte dos faltosos são estudantes
isentos da taxa de inscrição, segundo o ministro, 65% não tiveram que pagara
taxa e faltaram no ano passado. Essa e outras medidas vão gerar uma economia de
20% nos gastos com o exame. Este ano, os estudantes que não compareceram ao
exame do ano passado, e são isentos, não terão que pagar pela inscrição. Eles
receberão uma mensagem, a mesma enviada no ano passado, alertando sobre o
desperdício e convidando-os a participar da prova.
Perguntado
se ao cobrar a taxa dos estudantes pobres que faltarem ao exame, o MEC estaria
desrespeitando a Lei 12.799/2013, que estabelece a isenção para os candidatos
de baixa renda e estudantes de escolas públicas, o ministro explicou que a lei
trata de inscrição para a faculdade. "Entendemos que a lei trata da
isenção da inscrição para a faculdade, não é do Enem [que é um exame mais
amplo]. Existem princípios que estão da isenção para inscrição na faculdade não
é Enem, existem princípios que estão na Constituição, de economicidade, de
coibir desperdício", disse.
O Enem
será aplicado nos dias 24 e 25 de outubro. As inscrições serão feitas pela
internet, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), do dia 25 deste mês ao dia 5 de junho. A taxa de
inscrição deverá ser paga até o dia 10 de junho. No ano passado, cerca de 6,2
milhões de estudantes fizeram o exame. A expectativa é que 9 milhões se
inscrevam este ano.
A nota do
Enem pode ser usada para participar de programas como o Sistema de Seleção
Unificada (Sisu), que disponibiliza vagas no ensino superior público; o
Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas;
e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec),
que garante vagas gratuitas em cursos técnicos. O exame também é pré-requisito
para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), obter
bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras e certificação do
ensino médio.
►EMPRESA EM CRISE CULPA A LAVA JATO
Em seu
depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o diretor
de Operações e Participações da empresa Sete Brasil, Renato Sanches Rodrigues,
disse que a crise financeira pela qual a empresa passa foi causada em
decorrência da Operação Lava Jato. "A Sete Brasil está nessa situação
devido principalmente a ocorrência da Lava Jato, que retraiu o mercado
financeiros e os investidores", disse Rodrigues.
Segundo
Rodrigues, além do aporte de investidores estrangeiros, a empresa esperava
receber empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) no valor de R$ 18 bilhões, mas que, com o início dos rumores sobre as
investigações, os requisitos para conceder os financiamentos foram aumentados.
"Quando estávamos próximos desse financiamento começaram as notícias do
envolvimento do [Pedro] Barusco, Lava Jato... e novas condições foram
pedidas".
Pedro
Barusco, ex-gerente de Tecnologia da Petrobras e também ex-diretor da Sete
Brasil, disse em depoimento de delação premiada que a empresa pagou propina a
diretores da Petrobras nos contratos de construção de 28 sondas de perfuração.
A propina seria paga sobre 1% do valor dos contratos, dos quais dois terços
seriam destinados para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e um terço para
Barusco e mais dois diretores da empresa, João Carlos de Medeiros Ferraz
(presidente da Setebrasil) e Eduardo Musa (diretor de Participações).
"Quando
estávamos próximos de conseguir [os empréstimos] houve a delação premiada do
Barusco e aí os investidores se retraíram e a operação não foi possível",
disse Rodrigues.
Os
contratos de operação entre a Setebrasil e a Petrobras eram de US$ 500 mil por
dia de operação para as primeiras sete sondas e de US$ 530 mil para as outras
21. O total era US$ 22 bilhões. Para construir as sondas, utilizadas na
prospecção e perfuração de poços de petróleo, a Sete Brasil contratou, em 2011,
os estaleiros Jurong Aracruz (ES), Estaleiro Atlântico Sul (PE), BrasFels (RJ),
Estaleiro Rio Grande (RS) e Estaleiro Enseada Paraguaçu (BA). Segundo Rodrigues
está sendo montado um plano de reestruturação para alavancar a empresa e
retomar a construção das sondas.
Marcado
para a semana passada, o depoimento de Rodrigues na CPI foi adiado após ele ter
alegado problemas de saúde. Indicado para diretor da Sete Brasil em junho de
2014, ele disse não ter ligações com as denúncias investigadas na Operação Lava
Jato. Aos deputados ele negou ter relações de amizade com Pedro Barusco ou
Renato Duque, apenas contatos profissionais esporádicos.
►LEVY RECOMENDA BOM SENSO AO CONGRESSO
O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu hoje (14) para que os congressistas tomem
cuidado para que não aprovem medidas, como a que altera o fator previdenciário,
que podem criar a necessidade de novos impostos. Segundo o ministro, o tema
deve ser discutido em profundidade com base em números e nos impactos que
deverá causar.
“Tem muita gente que diz que a retirada do
fator previdenciário vai aumentar as despesas, portanto vai aumentar os
impostos. E as pessoas têm de ter muito cuidado para quando votarem
não criarem uma nova necessidade de mais impostos”, disse Levy, após participar
da Cúpula Global das Mulheres, evento que está ocorrendo na cidade de São
Paulo.
O
ministro ressaltou que o fator previdenciário "não acabou", tem
funcionado muito bem no país até o momento, e que a decisão do Congresso sobre
o tema ainda depende do Senado. “Temos um sistema bicameral. Nesse sistema, o
Senado revê as medidas, exatamente se há uma necessidade
de ter equilíbrio ou não. A gente não deve se pronunciar antes de o
Senado também fazer a avaliação dele, até pela questão que foi levantada aqui,
da necessidade de aumentar impostos, dependendo do que venha a ser decidido”,
disse.
►MPF TEM NOVO LISTÃO DO PETROLÃO
O
Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (14) mais 13 pessoas investigas
por envolvimento em atos de corrupção na Operação Lava Jato. Entre os
denunciados estão os ex-deputados André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa e
Luiz Argôlo. É a primeira vez que o MPF denuncia parlamentares envolvidos no
esquema de corrupção. Agora, cabe à Justiça Federal aceitar ou não as
denúncias.
Os crimes
são de lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa e corrupção. “Hoje
é um dia emblemático, porque fechamos um ciclo e entramos pela primeira vez no
núcleo político do esquema, com as denúncias dos ex-deputados”, disse o
procurador da República, Deltan Dellagnol.
O
procurador explicou que Vargas recebia e repassava dinheiro de contratos de
publicidade firmados com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde a
empresas que não prestavam os serviços. O total do dinheiro repassado por
Vargas seria R$ 1,1 milhão.
No caso
de Pedro Corrêa, ele e seu assessor, Ivan Vernon, utilizavam funcionários
fantasmas para movimentar o dinheiro fruto de corrupção. Depois que deixou de
ser deputado, os repasses eram feitos com auxílio de funcionários de Aline
Corrêa, sua filha, que exercia mandato no Congresso. De acordo com o MPF,
apenas no esquema de Pedro Corrêa foram desviados R$ 729 mil.
Luiz
Argôlo, por sua vez, é visto como um parlamentar com a relação mais próxima do
doleiro Youssef. Argôlo visitava frequentemente o doleiro para receber
dinheiro. Ele utilizava, inclusive, sua cota parlamentar de viagens para
encontrar Youssef. Foi movimentado ilegalmente por Argôlo e seus associados uma
quantia de R$ 1,6 milhão. O MPF, no entanto, explica que continua investigando
as operações do ex-parlamentar.
Corrêa,
Argôlo e Vargas foram presos pela Polícia Federal no início de abril, na 11ª
fase da Operação Lava Jato. André Vargas foi cassado em dezembro pela Câmara
dos Deputados. Os parlamentares decidiram condená-lo por envolvimento em
negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação
Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro.
Em outubro,
o Conselho de Ética da Câmara aprovou o pedido de cassação de Argôlo, acusado
de participar de negócios ilegais com Alberto Youssef. Condenado na Ação Penal
470, o processo do mensalão, Corrêa teve o nome citado pelo ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa.
A lista
de denunciados também inclui Leon Dênis Vargas Ilário, Milton Vargas Ilário e
Ricardo Hoffmann; Ivan Vernon, Marcia Danzi, Alberto Youssef, Rafael Ângulo
Lopes e Fábio Corrêa; e Carlos Alberto Costa.
Dellagnol
disse ainda que outros nomes, entre eles de políticos, estão sendo investigados
e devem ser divulgados futuramente. “Novas acusações virão em relação a pessoas
ainda não acusadas. Empresários, operadores financeiros e outros funcionários
públicos serão acusados no futuro, além de outros agentes políticos”.
►MP DA PENSÃO POR MORTE PASSA PELA CÂMARA
A Câmara
concluiu, no final da tarde desta quinta-feira (14), a votação de todas as
emendas e destaques que visavam alterar o texto da Medida Provisória (MP) 664,
que entre outras medidas altera as regras da pensão por morte. Depois das duas
derrotas nas votações de ontem (13), nas questões do fator previdenciário e do
pagamento do auxílio-doença pelas empresas, o governo conseguiu na tarde de
hoje (14) rejeitar todos os destaques e emendas da oposição que visavam a
modificar o texto da MP.
Concluída
a votação na Câmara, a MP será encaminhada à apreciação do Senado. Se for
modificada na votação dos senadores, ela voltará para nova votação dos
deputados, antes de ser encaminhada à sanção presidencial. Nas votações desta
quinta-feira, a base aliada rejeitou por 244 votos a 144 o destaque do PSDB que
pretendia retirar do texto da medida provisória a permissão para que a perícia
médica do INSS fosse feita, por exemplo, por meio de convênio, por órgãos
públicos e entidades públicos ou que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),
ou por entidades privadas de serviço social.
Em outra
votação, a Câmara rejeitou destaque do DEM e manteve no texto aprovado ontem as
faixas de pagamento da pensão por morte segundo a idade do cônjuge. Outra
emenda rejeitada pelos deputados pretendia passar de 44 anos para 30 anos a
idade a partir da qual os dependentes de servidor público federal poderiam ter
direito à pensão vitalícia.
Os
aliados do governo também rejeitaram destaque do DEM e mantiveram no texto a
possibilidade de ato do Ministério da Previdência Social fixar novas idades nas
faixas de benefícios no caso de aumento da expectativa de vida, enquadrando
mais pessoas em faixas nas quais a pensão seja paga por menos tempo ou até
desenquadrando aquelas com direito à pensão vitalícia. A oposição queria
retirar esse dispositivo do texto.
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