PETROBRAS RECEBE DE VOLTA R$
157 MI DESVIADOS PELO PETROLÃO
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, repassou nesta segunda (11) ao
presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, R$ 157 milhões desviados pelo
ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco. A devolução foi possível
porque Barusco, investigado na Operação Lava Jato, assinou acordo de delação
premiada, comprometendo-se a devolver os valores que recebeu de propina em
contas secretas mantidas na Suíça.
A
transferência foi autorizada semana passada pelo juiz federal Sérgio Moro. O
valor total bloqueado é R$ 204 milhões. No entanto, conforme decisão de Moro,
20% foram mantidos em conta judicial, de modo a garantir o eventual pagamento
de prejuízos causados a terceiros durante o esquema de corrupção.
Na cerimônia para o repasse simbólico, o presidente da Petrobras destacou que o recebimento da primeira parcela de recursos desviados da companhia reforça que a estatal está no rumo certo para superar a crise e voltar a ser orgulho para empregados e acionistas.
Na cerimônia para o repasse simbólico, o presidente da Petrobras destacou que o recebimento da primeira parcela de recursos desviados da companhia reforça que a estatal está no rumo certo para superar a crise e voltar a ser orgulho para empregados e acionistas.

O procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa de investigadores da Lava Jato, considerou a devolução um marco histórico no combate à corrupção no país. Segundo o procurador, em 420 dias de investigação, a Lava Jato conseguiu recuperar cerca de R$ 580 milhões, por meio de ressarcimento e bloqueio de ativos, além de identificar R$ 6 bilhões em pagamento de propina a ex-funcionários da Petrobras e executivos das empreiteiras.
"Assim,
avaliamos que não teve nada parecido na história comparado ao avanço dessa
investigação em menos de um ano de trabalho. Olhando para frente, observamos
que temos um longo caminho a trilhar, porque, mesmo devolvendo parte desses R$
500 milhões, o valor ainda é pouco perto do total desviado", explicou
Dallagnol.
Atualmente, a força-tarefa de investigação da Operação Lava Jato conta com 324 servidores públicos, ligados ao Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), do Ministério da Justiça, Tribunal de Contas da União (TCU) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Atualmente, a força-tarefa de investigação da Operação Lava Jato conta com 324 servidores públicos, ligados ao Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), do Ministério da Justiça, Tribunal de Contas da União (TCU) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Rodrigo
Janot esclareceu que o trabalho da força-tarefa do MPF não é somente
repressivo. Segundo ele, o objetivo é garantir que o dinheiro desviado seja
devolvido à Petrobras. "O trabalho está sendo impessoalmente conduzido.
Aqui não se busca o alvo de uma ou outra pessoa. O que se busca são os
esclarecimentos de todos os fatos, chegarmos a autoria necessária para
persecução penal", concluiu.
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