CONDENAÇÃO DE VEREADORES DE
CAXIAS FOI O ASSUNTO DA SEMANA
Na estatística produzida pela
Google em relação aos assuntos que mais chamara a atenção dos internautas que visitaram
a página do blog na última semana, a liderança incontestável foi a matéria abordando
a condenação, pelo TCE, de dois ex presidentes do legislativo caxiense, os
vereadores Devair Alves de Oliveira, o Júnior Reis, do PMDB, e Delmar Lírio de
Almeida, o Mazinho, do PDT, que terão de devolver aos cofres do Legislativo
caxiense a quantia de R$ 22.592.597,78, decorrente de irregularidades cometidas
na locação de veículos para servirem aos 21 vereadores que integravam o legislativo
de 2006 a 2012 e de pessoal terceirizado indicado pelos vereadores com assento
na Casa.
No mesmo processo também foram
condenados, como devedores solidários, portanto com a responsabilidade de contribuírem
para a devolução dos R$ 22,592, nada menos que 12 servidores com atuação
efetiva no processo fraudado de licitação. O valor dos contratos firmados com
as empresas
Locanty Comércio e Serviços Ltda e SCMM Serviços de Limpeza e Conservação Ltda,
igualmente condenadas, foi de R$ 39.171.449,6512 para locação de veículos e
contratação de pessoal terceirizados.
De acordo com a decisão do TCE, cópias do relatório
foram encaminhados ao Ministério Público do Estado para a abertura de
inquéritos por improbidade administrativa contra todos os 14 envolvidos, o que
poderá resultar na inelegibilidade, por 8 anos, dos dois ex presidentes da
Câmara, o que impediria que eles tentassem nova reeleição em 2016, como prevê a
Lei da Ficha Limpa.
No caso dos servidores municipais envolvidos na
fraude, a pena poderá chegar à exclusão do serviço público e a proibição de
participar de licitações ou concursos públicos.
O segundo assunto mais visitado
pelos internautas foi a matéria abordando a situação do Município de Belford
Roxo, também na Baixada Fluminense, que foi proibido de receber verbas federais
por decisão judicial.
Outros assuntos que despertaram
muito interesse dos internautas foi o concurso público para o magistério de
Duque de Caxias, cujas inscrições foram prorrogadas até a próxima quinta-feira
(21). São oferecidas 801 vagas para professores do ensino básico e Médio nas
escolas da rede municipal.
Quanto ao público que acessou a
página do blog nesta semana, a estatística é a seguinte: Alemanha (930), Estados
Unidos (263). Ucrânia (124), Rússia (93), Espanha (13) Índia (8), Portugal (8) França
(6) China (4), Inglaterra, Índia, Itália e Suécia, com um internauta cada um.
►JUSTIÇA BLOQUEIA BENS
DE EMPREITEIRA
O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu bloquear R$
282 milhões em bens da empreiteira OAS S.A. e dos seus diretores. O pedido de
bloqueio foi feito junto à Justiça Federal do Paraná por meio de uma ação civil
pública de improbidade administrativa por conta do envolvimento da empresa no
esquema de corrupção e desvios na Petrobras investigado pela Operação Lava
Jato. Com esta ação do MPF, quatro construtoras já tiveram seus bens
bloqueados, totalizando cerca de R$ 980,5 milhões.
Em abril, o MPF já havia conseguido bloquear R$ 153 milhões
da construtora Engevix e da Jackson Empreendimentos. No início desta semana, a
Justiça também concedeu decisão favorável ao MPF e bloqueou R$ 302 milhões da
Galvão Engenharia. A Camargo Corrêa e a Sanko Sider tiveram R$ 241 milhões
bloqueados pela Justiça.
Os valores bloqueados pela Justiça Federal correspondem a
1% do valor total dos contratos que estas empresas possuíam com a Petrobras no
período investigado. Além disso, foi estabelecida uma multa civil de três vezes
o valor do acréscimo patrimonial registrado indevidamente.
►FILHO DE RENAN DENUNCIADO NA LAVA
JATO
O mais novo delator
envolvido no Petrolão, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, informou aos
procuradores que integram a Força Tarefa da Operação Lava Jato, que injetou R$
1 milhão na campanha do governador eleito de Alagoas, Renan Calheiros Filho.
Segundo o depoimento de
Pessoa, o filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu
R$ 1 milhão da UTC. A empreiteira repassou o dinheiro para o diretório estadual
do PMDB em duas parcelas, em agosto e setembro. No seu depoimento, o
empreiteiro apresentou uma relação com cerca de 30 episódios que promete
detalhar nos próximos dias, e entregou também vários documentos que, segundo
ele, poderão ser úteis para as investigações.
O governador rebateu as denúncias e disse, por meio de sua assessoria,
Renan Filho disse que as doações recebidas por sua campanha em Alagoas foram
feitas conforme a legislação.
►FIANÇA
DE R$ 500 MIL NA LAVA JATO
O juiz
federal Sérgio Moro, titular da 3ª Vara Federal no Paraná, estabeleceu fiança
de R$ 500 mil para que Guilherme Esteves – acusado de ser um dos operadores do
esquema de desvios e corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato
– possa deixar a prisão.
Apesar da
decisão favorável ao réu, Moro acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF)
contra Esteves e sua esposa por obstrução das investigações ao tentar ocultar
provas referentes ao caso.
Segundo
as investigações, Esteves teria intermediado o pagamento de US$ 8 milhões em
propinas do Estaleiro Jurong a ex-diretores da Petrobras. Guilherme Esteves foi
preso em março por agentes da Polícia Federal.
"Sempre
que possível, excetuada hipossuficiência econômica, deve ser exigida fiança
para vincular o investigado e o acusado ao processo, garantir sua presença nos
atos processuais, contribuindo ainda para garantir a futura reparação do dano
decorrentes do crime. No caso, considerando o suposto envolvimento do acusado
com contas offshores no exterior, pagamentos de propinas milionárias, todos
signos presuntivos de riqueza, fixo a fiança em R$ 500 mil", justificou
Moro em sua sentença.
►MPF DENUNCIA ROSEMARY NORONHA
O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra
Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São
Paulo, por improbidade administrativa. A ação foi apresentada à Justiça Federal
em São Paulo no último dia 30 de abril.
Conforme reportagem da revista Veja deste fim de semana,
Rose Noronha era braço-direito do ex-presidente Lula, com quem mantinha
estreita relação, e foi alvo da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que
desmontou uma quadrilha especializada em venda de pareceres de órgãos públicos
a empresas privadas. Na ocasião, agentes da PF fizeram buscas no gabinete dela
na Presidência da República em São Paulo e apreenderam documentos.
A ex-secretária usava a intimidade que tinha com Lula para
abrir as portas de gabinetes restritos na Esplanada. Em troca, recebia pequenos
agrados, inclusive em dinheiro, e até o custeio de cirurgia plástica. Depois da
operação, a secretária de Lula foi acusada formalmente por formação de
quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva.
Em resposta ao Ministério Público, o juiz José Henrique
Prescendo, da 22ª Vara Cível Federal determinou a remessa dos autos à Justiça
Federal de Brasília, sob o argumento de que "as ordens foram emanadas de
autoridade em Brasília" e que "se o dano atinge mais de um Estado e
passa a ter abrangência nacional, a ação deve ser proposta no Distrito
Federal".
O juiz destacou ainda, na decisão, que a ação de Rose e dos
demais envolvidos na Porto Seguro consistia "na prática de diversos atos
de improbidade administrativa com vistas a se beneficiarem reciprocamente, tais
como recebimento de propinas, recebimento de repasses indevidos de verbas públicas
para custeio de despesas pessoais, nomeação de parentes e amigos em cargos
públicos, solicitação de falsificação de documentos e de diplomas de curso
superior e de ensino médio para nomeação em cargo público e tráfico de
influência em órgãos públicos".
►CUNHA
ACELERA A REFORMA POLÍTICA
O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta sexta-feira
(15) que espera concluir a votação da reforma política na Casa até o final de
maio, para que algumas mudanças possam ser válidas para as eleições de 2016.
Durante a edição do programa Câmara Itinerante em Belém (PA), ele confirmou que
a proposta será a única pauta do Plenário na última semana deste mês. “Esperamos
concluir a votação da reforma política no mês de maio, para que possa ir para o
Senado e os senadores possam ter tempo de analisar, revisar ou concordar, e nós
termos tempo de apreciar a revisão”, disse.
Cunha
considera essencial alterar o sistema de eleição dos deputados. “Ninguém
aguenta mais fazer uma nova eleição como foi feita a última”, ressaltou.
Segundo ele, o modelo atual gera distorções, como a eleição de deputados
federais que obtiveram apenas 200 votos e a não eleição de outros que tiveram
mais de 100 mil votos. O parlamentar defendeu o modelo majoritário conhecido
como “distritão”, em que são eleitos os deputados mais votados em cada estado.
Para ele,
o modelo não enfraquece os partidos, como argumentam os críticos desse sistema,
por conta da exigência de fidelidade partidária. Ele defendeu ainda que a
suplência das vagas seja das legendas, para que os partidos sejam fortalecidos.
De acordo
com o presidente, a escolha do modelo de eleição vai definir o modo de
financiamento das campanhas. Ele defendeu que a reforma proíba a contribuição
de empresas que tenham contrato com a administração pública. Cunha apoiou ainda
a ideia de coincidência das eleições municipais, estaduais e federais a partir
de 2022. (Com a Agência Câmara de Notícias)
►TRANSPARÊNCIA NA
PUBLICIDADE OFICIAL
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da
Presidência da República, Edinho Silva, foi questionado por parlamentares na
Câmara, nesta quarta-feira (13), sobre os critérios de distribuição de
publicidade oficial nos veículos de comunicação.
A Secom é o órgão responsável pela comunicação do Executivo
federal. O ministro, que assumiu as funções no fim de março, não especificou
aos deputados quais são os critérios, mas afirmou que são técnicos e
podem ser alterados.
"Temos que ir atualizando os critérios técnicos de
acordo com a mudança da realidade - como, por exemplo, o crescimento da
internet. Hoje é impossível não pensar em uma política de comunicação sem
considerar a importância da internet e das redes sociais", disse Edinho
Silva, durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação
e Informática para explicar suas metas à frente da secretaria.
O
ministro explicou que o orçamento da Secom para este ano é de R$ 330 milhões e,
desse montante, a intenção do governo é aumentar para 15% a participação da internet
e das redes sociais na fatia de distribuição de verbas para publicidade
oficial.
Edinho Silva explicou que as decisões de investimentos em
anúncios oficiais da secretaria são norteadas por pesquisa de audiência em 4,2
mil municípios. O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), questionou o
ministro sobre uma nota publicada pelo jornalista Claudio Humberto no início da
semana, segundo a qual Edinho Silva teria dado ordem às agências de propaganda
a serviço do governo para atuar nas redes sociais a fim de melhorar a imagem da
presidente da República. O serviço estaria sendo feito na agência Click, no
Edifício Varig, em Brasília.
Silva respondeu: "O que é institucional está sob a
gestão da Secom. Institucional é o governo federal, é impessoal, mas a pessoa
da presidente, os ministros, o ataque à oposição... não estão, lhe
asseguro".
O deputado insistiu: “E pode estar fugindo ao seu controle
que esse espaço físico esteja sendo usado como plataforma de promoção pessoal
paga com recursos públicos?" E o ministro respondeu: "Impossível, lhe
asseguro que não".
O ministro afirmou a intenção de ampliar os contatos com as
empresas de comunicação, independentemente de posição ideológica, e disse que a
Secretaria de Comunicação é contra o controle de conteúdo.
"Estou indo a todos os veículos, absolutamente todos,
para dizer que a Secom está de portas abertas, que a Secom vai se posicionar o
tempo todo na valorização da liberdade de imprensa”, disse. “A liberdade de
imprensa é uma vitória da democracia, é um valor, um pilar da democracia, e
temos que zelar por ela o tempo todo."
Edinho Silva também defendeu a regionalização dos meios de
comunicação: "Eu não tenho nenhuma dúvida em relação a isso, de que é
necessário um aprimoramento dos critérios para que cada vez mais haja
reconhecimento e valorização da comunicação regional".
► EX PREFEITO VAI DEVOLVER DINHEIRO
O
ex-prefeito de Niterói, o petista Godofredo Saturnino da Silva Pinto terá que
devolver aos cofres da cidade, com recursos próprios, R$ 455.340,29 (167.904,53
Ufir-RJ), além de pagar multa, também do próprio bolso, no valor de R$ 8.135,70
(3 mil Ufir-RJ), conforme decisão tomada nesta quinta-feira (14/5) pelo
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
A
imputação de débito e a multa são decorrentes da prática de ato antieconômico
em convênio assinado entre a Prefeitura de Niterói e a Associação de Moradores
e Amigos do Cantagalo e Parque da Colina, em 27 de janeiro de 2005, referente
ao Programa Saúde da Família. O processo foi relatado pelo conselheiro José
Maurício de Lima Nolasco, que teve o voto aprovado pelo Plenário.
O
convênio em questão é o de Nº 089/05, no valor de R$ 2.880.930,48 e prazo de
dois anos. Análises do TCE-RJ e Tomada de Contas Especial realizada pela
Controladoria geral do Município por determinação do Tribunal verificaram
sobrepreço no salário de médicos, auxiliares de enfermagem e serventes, o que
configurou a prática antieconômica aos cofres do município.
Godofredo
Pinto deve ainda explicações ao TCE-RJ sobre outro convênio na área da saúde,
este referente ao Programa Médico de Família, o de Nº 097/05, no valor de R$
2.735.019,92, firmado entre a Prefeitura de Niterói e a Associação de Moradores
do Bairro Albino Pereira, em 27 de janeiro de 2005, pelo prazo de dois anos. Em
processo também relatado pelo conselheiro José Maurício de Lima Nolasco e com
voto aprovado na mesma sessão, o Plenário do Tribunal decidiu citar o
ex-prefeito para que apresente defesa ou recolha aos cofres municipais a
quantia de R$ 807.571,90 pela prática de ato antieconômico.
►EX-DIRETOR DE COLÉGIO CONDENADO PELO TCE
O
Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) condenou o ex-diretor Arlindo
Joventino Pereira, do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, em Japeri (Baixada
Fluminense), a devolver R$ 105.992,17 (39.084,10 Ufir-RJ) aos cofres públicos
estaduais por não ter prestado contas do dinheiro repassado pela Secretaria de
Estado de Educação para despesas com merenda escolar e manutenção do colégio
durante o 2º semestre de 2007 e o 2º semestre de 2008. O plenário do TCE-RJ
acompanhou o voto do conselheiro José Maurício de Lima Nolasco, relator do
processo.
Além de julgar as contas irregulares, o TCE-RJ encaminhará a decisão
ao Ministério Público do Estado para abertura de ação penal para ressarcimento
de danos ao Tesouro.
Apesar de
ter sido notificado pela Corte de Contas em dezembro de 2013, o ex-diretor
Arlindo Joventino Pereira não prestou contas da verba recebida, nem apresentou
defesa ao longo da tramitação do processo. Para investigar o caso, a Secretaria
de Estado de Educação abriu um procedimento interno de tomada de contas. Mas o
ex-gestor, que esteve à frente da direção do colégio entre março de 2005 e julho
de 2008, não foi encontrado. A decisão do TCE-RJ está amparada no inciso IV do
art. 3º da Lei estadual 3.067/98, que obriga cada unidade escolar da Rede
Pública do Estado do Rio de Janeiro a prestar contas dos recursos e bens
repassados.
►SUSPENSA
A TAXA MARÍTIMA EM BÚZIOS
O juiz
Marcelo Alberto Chaves Villas, da 2ª Vara de Armação de Búzios, na Região dos
Lagos, anulou a cobrança pela prefeitura da Taxa de Serviços de Transporte
Marítimo de Passageiros contra uma agência de turismo da cidade. Na sentença, o
magistrado observou a inconstitucionalidade da taxa a partir de dois fatores:
valor que praticamente impede a atividade empresarial e a ocorrência de dupla
tributação.
A ação
com pedido de anulação foi impetrada pela agência Rommey de Aguiar, dona de quatro
embarcações de médio porte destinadas a passeios turísticos. A empresa
argumentou que, apesar de haver quitado o Imposto Sobre Serviço de Qualquer
Natureza (ISSQN) e também a taxa de licenciamento de atividade empresarial para
obtenção do alvará, o município exige o pagamento da chamada taxa marítima,
cujo montante, considerado demasiadamente elevado, configuraria a prática de
confisco.
A taxa
marítima tem periodicidade anual, tendo como base de cálculo o total de
passageiros licenciados em cada escuna ou traineira com capacidade acima de 12
passageiros. No caso das quatro embarcações da Rommey de Aguiar, com capacidade
para 118, 99, 80 e 114 passageiros, o valor total do débito foi calculado em R$
41 mil.
Ao
analisar o pedido, o juiz concluiu que o alto valor da taxa viola a proibição
contida no artigo 150 da Constituição Federal. Há ainda, segundo o
magistrado, a constatação da ocorrência de dupla tributação, pois as bases de
cálculos da questionada taxa marítima e o Imposto Municipal sobre Serviços de
Qualquer Natureza seriam as mesmas.
O
magistrado determinou ainda que o município mantenha a licença da agência para
o exercício da atividade marítima turística, mesmo com o não pagamento da taxa
considerada inconstitucional.
►PROIBIDA LOUÇA DA CHINA
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, proibiu a
importação de louça de seis empresas da Tailândia e da Malásia. A medida se
baseou na falsa informação apresentada pelas empresas sobre a origem de
fabricação: os produtos eram fabricados na China e não nos países de origem
(Tailândia e Malásia) das empresas exportadoras.
De acordo com a Secex, o objetivo dessas
empresas seria burlar o direito antidumping
aplicado às importações brasileiras. O dumping
ocorre quando bens de um país são exportados por preço inferior ao valor
do mercado doméstico ou por menos do que o custo de produção, gerando prejuízo
para a indústria do país destinatário.
A proibição ocorreu depois de investigações
feitas pela Secex. Portarias sobre os resultados das investigações foram
publicadas nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial da União.
Segundo a Secex, as empresas Meriss Design
& Development, da Tailândia, e Demand Field, Multiworld Manufacturer, Boss
Frontier, Yi Tong Technologies e Yitong Industries, da Malásia, não comprovaram
ter, nos respectivos países, processos de fabricação compatíveis com as normas
estabelecidas pelo Brasil: tiveram, por isso, as licenças de importação
indeferidas.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior informou que a Secex, em 2015, já fez 24 procedimentos de
investigação de origem contra empresas estrangeiras que se apresentam como
fabricantes de objetos de louça. Outras sete investigações de empresas que
dizem fabricar o mesmo produto estão em andamento.
A Secex, que atua com base em solicitação do
setor privado, passou a investigar, desde outubro de 2014, pedidos de licença
de importação para objetos de louça para mesa. O objetivo é identificar falsas
declarações de origem que visam a burlar o direito antidumping vigente.
►RJ DOBRA APREENSÃO DE
DROGAS E ARMAS
A Operação Barreira
Fiscal, da Secretaria de Estado de Governo, mais que dobrou o número de
apreensões de entorpecentes no posto de Levy Gasparian, na Região Serrana. Só
nos cinco primeiros meses deste ano, os agentes confiscaram 73 kg de drogas. Já
em 2014, foram apreendidos 33 kg de substâncias ilícitas. De acordo com o
coordenador do posto de Levy Gasparian, major Tibério Carlos da Silva, as
maiores apreensões são de maconha, seguido de cocaína e crack.
O número de armas e
munições apreendidas também subiu. Entre dezembro de 2014 e abril deste ano,
houve 89 apreensões contra 28 no mesmo período do ano anterior. O número de
produtos piratas confiscados praticamente dobrou, passando de cerca de 4 mil
unidades para mais de 7 mil.
- Geralmente o material
é apreendido com usuários. A fiscalização foca na boleia dos caminhões, na
cabine dos veículos e na busca e apreensão com os próprios motoristas - afirma
o major.
No posto de Levy
Gasparian, a Operação Barreira Fiscal monitora a entrada de veículos e
mercadorias no estado pela BR-040 (Rio-Juiz de Fora). Pela estrada, passam em
média, 1.200 veículos diariamente. O trabalho de fiscalização é feito por 68
agentes e 16 auditores da Receita Estadual com o objetivo de impedir a entrada
ilegal de cargas ou mercadorias sem documentação.
►EXERCÍCIO
DE CIDADANIA EM SÃO GONÇALO
O Sr.
Wanderlino de Castro, de 75 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) de
tronco em 2010. Desde então, perdeu a fala e passa os dias em uma cama
hospitalar na casa da família, recebendo cuidados de uma enfermeira
profissional. Morador do bairro Nova Cidade, em São Gonçalo, na Região
Metropolitana do Rio, Wanderlino foi um dos beneficiados pela segunda edição do
projeto ‘Justiça Itinerante Especializada em Perícias’, realizado no Fórum de
São Gonçalo, nesta sexta-feira (15).
Uma
equipe formada por peritos e assistentes sociais foi até a casa do idoso para
realizar a perícia médica, necessária para embasar as decisões dos juízes em
processos que envolvem pessoas com deficiências físicas e mentais,
especialmente as ações de interdição. “Pra mim é difícil, minha filha e meu
filho vão levando. Hoje foi a primeira vez que vieram aqui. Eu gostei”, diz
dona Anailda de Oliveira Castro, esposa do idoso, que também sofre de problemas
de saúde.
O
objetivo da iniciativa é aproximar a Justiça da população, levando as perícias
médicas até pessoas com dificuldades financeiras e de locomoção. Além das
visitas, também foram realizadas audiências dentro do ônibus da Justiça
Itinerante, estacionado no pátio do Fórum de São Gonçalo. Só nesta edição foram
realizadas 40 perícias e 48 audiências. Do total de perícias, quatro pessoas
deixaram o Fórum já com as sentenças de curatela (curadoria destinada a outra
pessoa). A primeira aconteceu no dia 28 de abril, quando o projeto foi lançado.
Segundo a
diretora-geral Alessandra Anátocles, da Diretoria-Geral de Apoio aos Órgãos
Jurisdicionais (DGJUR), o projeto agilizou os processos que estavam parados
devido à falta de acesso às perícias. O trabalho desenvolvido é fruto de um
pedido dos juízes ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
Janeiro (TJRJ), Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho.
“A
administração se mobilizou para atuar pontualmente no sentido de reduzir a
demanda represada há muito tempo”, explicou Alessandra.
A juíza
da 3ª Vara de Família de São Gonçalo e coordenadora do Justiça
Itinerante/Perícias no município, Márcia Succi, foi uma das magistradas que
identificaram a falta de peritos com interesse em atuar na justiça gratuita. “Nós
lutamos para ter uma Justiça célere e atender à população. Nós estamos em um
município muito grande, com mais de um milhão de habitantes. A nossa luta é
diária para a entrega da tutela jurisdicional de qualidade e com celeridade e
estava nos faltando perícia aqui em São Gonçalo”, afirma.
A
intenção é levar o Justiça Itinerante Especializada em Perícias para outros
municípios. O projeto conta com a participação do Ministério Público e da
Defensoria Pública Geral do Estado, sendo organizado pela DGJUR, pelo
Departamento de Instrução Processual (DEINP), pela Divisão da Justiça
Itinerante e acesso à Justiça (DIJUI) e pelo Serviço de Perícias Judiciais
(SEJUD) do TJRJ.
►RJ CONFESSA DÍVIDA DE R$ 1,2 BILHÃO
A Secretaria de Fazenda do estado do Rio confirmou
na quarta-feira (14), por meio de nota, que o total de débitos do estado com
fornecedores alcançou R$ 1,2 bilhão no primeiro quadrimestre deste ano. O
montante inclui todas as áreas do governo. A secretaria não comentou relatório
apresentado pelo deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), apontando uma
dívida do governo fluminense no valor de R$ 2,4 bilhões.
De acordo com o documento, os pagamentos dos
débitos são feitos com atraso. Os motivos, segundo a secretaria, são o impacto
nas contas por causa da queda nos preços internacionais do barril de petróleo,
a desaceleração da economia brasileira e a crise da Petrobras.
“Vale sublinhar que 80% das atividades da
Petrobras estão concentradas no Rio de Janeiro”, destacou a nota.
A Secretaria de Fazenda esclareceu que a
intenção é a regularização dos débitos.
“As empresas já começaram a receber pagamentos
atrasados. Além disso, todas são informadas sobre perspectivas de pagamento”.
Representantes da secretaria prometeram divulgar um cronograma de pagamentos
dos “restos a pagar” aos fornecedores.
A determinação do governador Luiz Fernando
Pezão é que, além dos servidores, sejam priorizados pagamentos das pastas de
saúde, educação e segurança. "Entretanto, todas as áreas de atuação do
estado são consideradas importantes e serão contempladas”, acrescentou o texto.
Entre as iniciativas tomadas para reduzir o
déficit do caixa estadual, a secretaria citou a liberação dos depósitos
judiciais, negociações com grandes contribuintes em débito com a Receita
Estadual e outras medidas que visam ao aumento de receita. A intenção é quitar
as dívidas até o fim deste ano.
►REITOR MANDA FECHAR A UFRJ

“Entendemos que era impraticável deixar esses
trabalhadores sem salários, com a pressão para comparecerem a seus postos de
trabalho. Isso a gente não admite”, disse Levi à Agência Brasil.
Carlos Levi destacou que os compromissos da
UFRJ com a empresa Qualitécnica “estão honrados, em dia” e que, por isso, não
há razão para que a companhia não efetue o pagamento a seus trabalhadores.
Alunos da universidade ocupam o prédio da
reitoria desde quarta-feira (14), em apoio aos funcionários terceirizados que
fazem a limpeza e a segurança da instituição e que estão sem salários.
►EXPOSIÇÃO
MOSTRA A RELAÇÃO ÍNDIO E JUSTIÇA
Em alusão
aos 450 anos da cidade, o Museu da Justiça inaugura nesta segunda-feira (18)
uma exposição com painéis que contam a história e processos judiciais
envolvendo a utilização de terras indígenas no século XIX. A exposição estará
aberta ao público até o dia 31 de julho, no Antigo Palácio da Justiça. A
iniciativa é uma parceria com o Museu do Índio/FUNAI.
Ao todo,
12 painéis instalados do Salão dos Espelhos vão contar a história dos índios
nas terras fluminenses, sob curadoria de Carlos Augusto da Rocha Freire. Além
disso, nove processos históricos relacionados a aldeamentos indígenas no estado
serão exibidos, com o objetivo de esclarecer à população sobre a presença
indígena na cidade.
Já no
térreo (e no 2º andar - Hall dos elevadores) do Fórum Central, outra
exposição - “Jeito de fazer memória: novos modos indígenas de documentar língua
e cultura” – vai apresentar objetos e peças da cultura indígena. A iniciativa é
do Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas do Museu do
Índio. Cerca de 200 pesquisadores indígenas se familiarizaram com o uso
das melhores tecnologias existentes para filmar, gravar, fotografar, tratar,
armazenar e transmitir informações. Documentar é fazer com que os povos
indígenas, sobretudo os jovens, saibam dominar essas tecnologias para usá-las
autônoma e livremente a serviço de seus interesses e da transmissão de suas
línguas e culturas.
O
resultado do trabalho está nas fotos, filmes e nos livros que capturaram
narrativas tradicionais e autobiográficas, músicas vocais e instrumentais,
glossários enciclopédicos e documentação de rituais, atividades cotidianas e
produção de objetos. Estes produtos são devolvidos às aldeias na forma de
dossiês usados de diferentes modos na transmissão de saberes, seja nas escolas
ou nas conversas em casa ou nos pátios das aldeias.
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