CRISE DA SAÚDE NÃO É FALTA
DE DINHEIRO, MAS DE GESTÃO
Numa análise comparativa do custo-benefício da assistência
médica proporcionada pelos seis hospitais federais no Rio de Janeiro e três
institutos especializados, todos sob a gestão do Ministério da Saúde em
comparação com o atendimento e eficiência de três hospitais municipais do
Grande Rio, feita pelo colunista José Casado, de “O Globo”, nesta terça-feira
(19), os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Nelson Bornier (Nova Iguaçu),
ambos do PMDB, e Alexandre Cardoso (Duque de Caxias), ex PSB e hoje sem
partido, saíram-se muito bem em matéria de gestão e eficiência.
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Os dados sobre as administrações dos seis hospitais
federais e três institutos a dos três municipais, mostram uma discrepância absurda
em termos de custo-benefício, o que revela que o principal problema na área da
Saúde no País não está em mais, ou menos recursos, mas na eficiência com que
esses recursos são aplicados em benefício da população.
No caso dos três institutos e seis hospitais federais, eles
gastaram R$ 50,6 mil por cada internação, enquanto nos três hospitais
municipais (Lourenço Jorge, Hospital Geral de Nova Iguaçu e Moacyr do Carmo) o
custo para o SUS de cada internação foi de APENAS R$ 6 mil por paciente internado.
Se comparado o número de pacientes atendidos, os seis
hospitais federais (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e
Servidores do Estado, e Instituto Nacional do Câncer, de Cardiologia e de
Traumatologia) realizaram, juntos, um total de 51 mil internações, enquanto os
três hospitais com gestão municipal (Lourenço Jorge, Geral de Nova Iguaçu e
Moacyr do Carmo em Caxias) chegaram a 61 mil pacientes internados e devidamente
tratados.
Como três hospitais gerenciados por três prefeitos
conseguem atender 61 mil pacientes, com um custo de R$ 6 mil per capta,
enquanto os seis hospitais e três institutos federais, todos sob o comando do
Ministério da Saúde e que – por isso mesmo – deveriam dar o exemplo da boa e
eficientes gestão, só conseguem atender a 51 pacientes e gastando oito vezes
mais do que foi gasto nos hospitais municipais?
Essa conta não fecha e o Governo Federal e o Tribunal de
Contas da União, como fiscal da gestão dos recursos da União, tem muito a
explicar sobre a ineficiência da gestão federal em relação ao que é feito por
três prefeitos da Baixada, cujos recursos orçamentários são bem menores do que
a União investes no campo federal no Rio de Janeiro.
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