DUTO DA CEDAE BLOQUEAVA
GALERIA NO PARQUE LAFAIETE
Meios Século depois da
inauguração ado serviços de água em Duque de Caxias, ocorrido em agosto de
1960, o Estado reconhece a sua culpa pelas repetidos transbordamentos do canal
dos Caboclos na região do Parque Lafaiete e Engenho do Porto e resolve remanejar
a rede de água da Av. Nilo Peçanha. No cruzamento da Dr. Manoel Teles, o
remanejamento foi feito no Governo Garotinho, durante a implantação do projeto
de reurbanização da Favela do Lixão, quando a Cedae colocou um “bi pass” no
cruzamento com o valão. Na Av. Nilo Penha, no entanto, só agora a Cedae se dá
conta da sua responsabilidade nos transbordamentos do canal provocados pela
passagem de uma canalização por dentro da galeria construída pela prefeitura há
décadas. A estatal, porém, não está sozinha no banco dos réus, pois a
prefeitura, ao longo desses 50 anos, foi omissa ao permitir a construção de
casas na área ribeirinha do canal, o que dificulta a sua limpeza.
Esta semana, quando a Cedae e
a Secretaria municipal de Obras, em parceria, começaram as obras de
remanejamento da rede de água que atende aos moradores do Parque Lafaiete e
adjacências, foi possível avaliar visualmente o impacto do lixo, somado às
construções irregulares nas margens do canal.
Segundo o secretário Municipal
de Obras, Luiz Felipe Leão, para que fosse realizada a manutenção foi preciso
estreitar a passagem de veículos na Avenida Nilo Peçanha, na esquina com a
Avenida Milton Mendonça.
“Vamos retirar uma rede da
Cedae que estava obstruindo uma galeria entre a Avenida Nilo Peçanha e a
Avenida Milton Mendonça. Esta ação dá continuidade ao trabalho que estamos
fazendo em diversos rios e canais do município. O próximo que receberá as
equipes da secretaria de Obras será o rio Roncador”, comentou.
Além da retirada e
reinstalação da adutora, os funcionários estão limpando e dragando o canal.
Diariamente são retiradas toneladas de lixo, incluindo brinquedos quebrados,
garrafas pets e até móveis usados descartados no riacho. Os detritos acabam
formando barreiras que impedem a passagem da água, como explica o comerciário
Cláudio da Silva, de 31 anos. Ele trabalha há cinco em um estabelecimento às
margens do canal Caboclo e perdeu a conta das vezes que presenciou as águas do
riacho ultrapassarem o muro de contenção, que possui quase cinco metros de
altura, para invadir a loja.
“As pessoas também não ajudam.
Se ficar olhando, logo aparece alguém jogando lixo no rio e as enchentes aqui
são violentas. Os moradores já tiveram que amarrar carro no poste para não ser
levado pela água. Mas confio que com esse trabalho da prefeitura as coisas vão
melhorar”, afirmou Claudio da Silva.
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