PRESIDENTE DO TRE-RJ PERDE
O CARGO NO FINAL DO MANDATO
A presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de
Janeiro (TRE-RJ), Letícia Sardas, cujo mandato terminaria nesta sexta-feira
(29), teve sua eleição anulada na noite de quarta-feira (27), em uma sessão de
julgamento do mandado de segurança impetrado pelo vice-presidente da corte
eleitoral, desembargador Bernardo Garcez, no Tribunal de Justiça do Rio
(TJ/RJ). Como partes interessadas no julgamento, Garcez e Sardas não
participaram da sessão, que foi presidida pelo desembargador Edson Aguiar
Vasconcelos.
A desembargadora Letícia Sardas foi eleita no dia 10 de
dezembro de 2012, em chapa única, para ocupar a vaga deixada pelo desembargador
Luiz Zveiter, ex-presidente do TRE-RJ e do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-TJ).
Na época, ela era vice-presidente do TRE-RJ. Com o resultado das eleições, o
desembargador Bernardo Garcez passou a ocupar o cargo de vice-presidente da
corte eleitoral. Letícia Sardas foi eleita presidente do TRE por aclamação, por
ser a única desembargadora do TJ na corte, naquele período. Garcez tentou
anular as eleições e recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A
presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, negou a liminar, justificando que não
havia "plausibilidade nos argumentos apresentados por Garcez".
Com a negativa do TSE, Garcez entrou com mandado de
segurança no TJ-RJ, no dia 18 de fevereiro. O conteúdo da ordem judicial
questiona a idonidade da votação que elegeu Letícia Sardas, alegando que o
artigo 120 da Constituição Federal não foi respeitado. "Para as eleições
acontecerem é necessário que, no mínimo, dois desembargadores do Tribunal de
Justiça do Rio estejam aptos a concorrer ao cargo de presidência do TRE. E não
foi isso que aconteceu na votação de dezembro", afirmou o advogado que
representa o desembargador Bernardo Garcez, Marcos Heusi.
Com a anulação das eleições e saída de Letícia Sardas, o
desembargador Bernardo Garcez assume a presidência do TRE- RJ e o seu cargo
aberto na vice-presidência será ocupado pelo desembargador Edson Vasconcelos,
que passa a ser membro efetivo da corte.
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