FUNDO DE COMBATE À POBREZA BANCA OS
SUBSÍDIOS PARA O TRANSPORTE NO RIO
Com mais de 80 emendas, foi retirado de pauta nesta
quarta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio o projeto do Governo do Estado que
destina verba do Fundo de Combate à Pobreza para subsidiar as passagens de
trens, ônibus, metrô e barcas. O subsídio é pago como complemento ao bilhete
única, que permite o uso simultâneo de mais de um meio de transporte pelos
usuários do Estado do Rio. No caso das empresas de ônibus, o subsídio é pago
nas linhas intermunicipais, sob controle do Estado. O Fundo de Combate à
Pobreza, constituído de um adicional ao ICMS pago pelas empresas que operam no
Estado, que seria extinto em 2014, mas no ano passado a própria Assembleia
Legislativa, onde o governo tem ampla maioria, o Fundo ganhou uma sobrevida até
2018.
O subsídio do estado aos transporte coletivo é vinculado
ao Bilhete Único e cobre a diferença ente o valor pago pelo usuário e a tarifa
real nos dois meios de transporte utilizados No caso das Barcas, as passagens
para quem não utiliza o bilhete único será de R$4,80 a partir de março,
enquanto o bilhete único continuará a custar 4,80
durante duas horas a partir do embarque no primeiro meio de transporte
utilizado pelo usuário, inclusive trens, metrô e ônibus intermunicipais. Em
alguns casos, a tarifa real juntando barcas (R$ 4,80) e ônibus (R$ 3,20),
chegaria a R$ 8,00 por passageiro. E essa diferença o Governo vai cobrir com
recursos do Fundo de Combate à Pobreza.
Segundo a Secretária da Casa Civil do
governador, no ano passado foram gastos cerca de R$ 500 milhões para bancar o
Bilhete Único, sendo que R$401 milhões foram sacados do Fundo de Combate à
Pobreza, equivalente ao que foi arrecadado nesse ano.
Esse truque contábil já fora usado pela ex
governador Rosinha Garotinha, ex protetora de Cabral, quando justificou o uso
de recurso do SUS (Saúde) para financiar o “Café da Manhã” servido nas estações
da Supervia. Para a governadora, ao patrocinar um farto café da manhã, o
governo estava melhorando a alimentação do trabalhador e reduzindo o número de
doentes nas filas dos hospitais e postos de saúde.
Ocorre que o Fundo de Combate à Pobreza foi
criado pelo Governo Federal para beneficiar as famílias que viviam na mais
absoluta pobreza. Para o deputado Conte Bittencourt (PPS), o dinheiro do Fundo
deveria ser utilizado na Saúde e na Educação, ao invés de se converter em lucro
para os ricos empresários dos transpores, que ficaram isentos do pagamento do
baixíssimo ICMS de apenas 1.9%, enquanto o consumidor residencial paga 29% de
ICMS na conta de luz e de telefone.
A grana que reforça os balanços das concessionaria deveria ser utilizada no atendimento das famílias que vivem â beira de rios e lagoas.
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