GOVERNO ESTUDA IMPOSTO
CONTRA NOVOS APAGÕES
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta (18) que o
governo ainda não decidiu se colocará mais recursos do Tesouro para cobrir o
aumento do custo de geração de energia com o uso de termelétricas. Segundo ele,
o governo espera entender melhor a atual situação do nível dos reservatórios
das usinas hidrelétricas, que tem se mantido baixo, aumentando o uso de
térmicas, mais caras e poluentes.
“Ainda não temos definições porque não sabemos ainda qual o quadro que
vai permanecer, se vai chover ou não, se vai melhorar ou não. Se vamos ou não
colocar recursos e se vai ser repassado para as tarifas ainda não está definido
e não há razão para que seja definido agora, será definido tão logo a situação fique
mais clara”, disse, durante balanço dos três anos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC2). Ele lembrou que o governo já destinou R$ 9 bilhões do
Tesouro para o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE),
disponíveis para 2014. No ano passado, o Governo repassou cerca de R$ 20
bilhões do dinheiro dos impostos para compensar as distribuidoras pela redução das
tarifas em torno de 20%, como prometera a presidente Dilma Rousseff, ex
Ministra de Minas e Energia no Governo Lula, quando começaram os =, como o da
semana passada, em Alagoas e Sergipe;
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá decidir sobre possíveis aumentos na
tarifa de energia durante o processo de revisão tarifária de cada
distribuidora. Seria uma espécie de impostos anti-apagão, pois o aumento das
tarifas levaria o consumidores a economizar a energia disponível.
“No momento próprio, a Aneel fará os estudos e decidirá se haverá
aumento e em que dimensão. Cada distribuidora terá a sua revisão tarifária,
chegará a uma média no final do ano. Umas com revisão para mais; outras, para
menos, dependendo das circunstâncias locais”, explicou.
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