GRÁFICA LACRADA TRABALHAVA PARA
GOVERNO DO ESTADO E PREFEITURA
A CSPS Signs Painéis, nome comercial da High Level Signs,
prestou diversos serviços gráficos ao governo do estado e à prefeitura do Rio
de Janeiro em 2014, como a produção de adesivos e balões para a Operação Lei
Seca, envelopamento de veículos de supervisão regional e placas com o brasão da
Polícia Militar, entre outros. É o que mostram documentos fiscais (Danfe)
apreendidos pelo TRE-RJ na operação que lacrou a empresa, sexta-feira passada
(8), nos quais a CSPS Signs aparece como "emitente" e a Secretaria de
Estado da Casa Civil, como "destinatário" em "vendas" que
somam pelo menos R$ 900 mil.
No caso da prefeitura, existem documentos fiscais que
comprovam a contratação de serviços da High Level, por meio da ACP Promoções e
Marketing, para a produção de painéis, adesivos e placas da Riotur. Foram
apreendidos, ainda, adesivos institucionais do governo do Estado e da
Secretaria de Assistência Social da prefeitura do Rio de Janeiro.
Análise preliminar das peças apreendidas revelou que a gráfica também produzia artigos de campanha para os candidatos Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador Sérgio Cabral, Jorge Felippe Neto (PSD), Marcos Abrahão (PTdoB), Gustavo Trotta (PMDB), Chiquinho da Mangueira (PMN) e Christino Áureo (PSD), além dos nomes já citados em nota publicada no sábado (9).
Análise preliminar das peças apreendidas revelou que a gráfica também produzia artigos de campanha para os candidatos Marco Antônio Cabral (PMDB), filho do ex-governador Sérgio Cabral, Jorge Felippe Neto (PSD), Marcos Abrahão (PTdoB), Gustavo Trotta (PMDB), Chiquinho da Mangueira (PMN) e Christino Áureo (PSD), além dos nomes já citados em nota publicada no sábado (9).
No parque gráfico da High Level, no Méier, foi encontrado
material de propaganda com os CNPJs da SL Confecções, onde funciona um salão de
beleza, e da ED Signs, que tem como endereço declarado uma sala, situada no
mesmo prédio, na qual não existe "qualquer atividade há aproximadamente
sete anos", segundo relato dos fiscais do TRE-RJ. De acordo com o site da
Receita Federal, as duas empresas foram registradas na mesma data, 7 de janeiro
de 2014.
"Inicialmente, vislumbramos indícios de fraude na prestação de contas, crime fiscal, abuso de poder econômico e político, além de propaganda irregular", afirma a coordenadora de fiscalização da propaganda, juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza.
"Inicialmente, vislumbramos indícios de fraude na prestação de contas, crime fiscal, abuso de poder econômico e político, além de propaganda irregular", afirma a coordenadora de fiscalização da propaganda, juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza.
Segundo a magistrada, devido à grande quantidade de
material apreendido, que inclui notas fiscais, extratos bancários e exige análise aprofundada, o relatório completo ficará pronto até sexta-feira (15).
"Só então poderemos determinar se não há também
indícios da prática de outros ilícitos", esclarece a juíza. Com base nos
fatos narrados pelos fiscais e demais provas coletadas, a magistrada irá
encaminhar o relatório ao Ministério Público Eleitoral e ao Ministério Público
Estadual, aos quais compete ajuizar as ações cabíveis para apurar as supostas
irregularidades.
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