PARA
PRESIDENTE DA FIESP
SÓ
LOUCO INVESTE NO PAÍS
Presidente
e principal acionista da Companhia Siderúrgica de Volta Redonda e atual
presidente da FIESP – Federação
das Indústrias do Estado de S. Paulo – com o afastamento do cargo de Paulo
Skaff para disputar o Governo de S.
Paulo pelo PMDB, o empresário Benjamim Steinbruch, conhecido por sua postura
polêmica, não poupou críticas às condições e perspectivas econômicas do Brasil
e destacou a insatisfação dos investidores com o país, durante a abertura do
Congresso do Aço, que acontece em São Paulo.
"O
custo Brasil não permite competir. Somente um louco investe hoje no
Brasil", afirmou Steinbruch, acrescentando que as taxas de juros estão em
um nível absurdo.
Ele
explicou que a indústria do aço está em situação crítica no país. "O
Brasil precisa de medidas urgentes. Os produtores de aço precisam de reação
mais rápida do governo", completou. De acordo com ele, a indústria de aço
deve enfrentar uma queda de atividade de 25% a 30%.
Steinbruch
afirmou também que o Brasil enfrenta uma forte perspectiva de recessão e que o
país tem muita margem para piorar. Segundo ele, nunca houve um ano eleitoral em
que a expectativa fosse de recessão econômica. "A situação está crítica. A
esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco
iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios", pontuou.
O
presidente da CSN destacou ainda que o país precisa fazer algo muito diferente,
porque está chegando a um limite. "Medidas paliativas não adiantam.
Precisamos de algo agressivo para arrumar essas distorções".
Para
Steinbruch, há um grande distanciamento do governo federal em relação aos
problemas que vêm sendo enfrentados pela indústria.
"Falta
a comunicação, nossa dificuldade não chega em Brasília", confidenciou,
afirmando que os problemas da indústria automotiva são antigos e estão afetando
os demais setores.
De
acordo com o presidente da CSN, é difícil encontrar alguém otimista no curto
prazo, já que algumas empresas estão reduzindo sua capacidade de produção e
estão demitindo. Por outro lado, Steinbruch defendeu que a indústria brasileira
é rápida e que responderá à qualquer estímulo favorável relacionado à economia.
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