SÃO PAULO PODE DEIXAR O
RIO SEM ÁGUA E SEM LUZ
O governador Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, afirmou
nesta terça-feira (12) que aguarda uma decisão da Agência Nacional de Águas
(ANA) sobre a conduta da Cesp, e do governo de São Paulo, de ignorar a
orientação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para elevar a vazão
da represa do Jaguari, afluente do rio Paraíba do Sul em São Paulo. A redução
da vazão vai afetar a produção de energia hidrelétrica (Usina Santa Cecília, da Light) e o abastecimento de água à Região Metropolitana do Rio de
Janeiro, que é feito através de um desvio em Barra do Piraí, até a estação de
Tratamento do Guandu.
“Vamos ver qual vai ser o posicionamento da ANA, que é
quem regula o uso da água, é o órgão de recursos hídricos federal. Estamos nos
preparando para nos defender. Vamos levar nossa discussão para o órgão que
legisla sobre isso, que é a ANA”, disse o governador do Rio de Janeiro. “Ali é
uma regulação feita pelo governo federal. Porque é um rio que abastece o Rio de
Janeiro, ajuda a abastecer São Paulo e abastece Minas Gerais”, completou, sem
citar o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nem da Cesp.
Recentemente, o Ministério Público Federal promoveu em
Resende uma audiência pública para discutir os problemas de abastecimento de
água em S. Paulo e a possibilidade de redução da vazão do rio Paraíba do Sul,
que abastece cidades de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, conforme o vídeo
gravado na ocasião pelo PMF no Rio de Janeiro.
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