PT EXCLUI CANDIDATO DE BRASÍLIA
DO PROGRAMA ELEITORAL GRATUITO
O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito
Federal impediu um candidato a deputado federal, que defende a
descriminalização das drogas, de aparecer no horário eleitoral reservado à
coligação. Jornalista de 55 anos, Gilson Euzébio diz que o comando do partido
não lhe deu qualquer explicação sobre a decisão, que ele atribui à sua
proposta, considerada polêmica, e aos parcos recursos financeiros que conseguiu
levantar para a campanha eleitoral. “Fui censurado pelo meu próprio
partido”, declarou o jornalista ao Congresso
em Foco.
Para o candidato, a decisão de seu partido privilegia
quem tem dinheiro para alugar equipamentos de som e manter nas ruas centenas de
militantes. “O horário eleitoral gratuito, quando os candidatos, em tese,
poderiam expor suas ideias, seria o único espaço efetivamente democrático, se
dividido entre os candidatos de forma justa”, critica Gilson Euzébio.
“Farei minha campanha no boca a boca.”
Apesar de ainda disputar a eleição pelo PT, Gilson diz
que deixará o partido, ao qual é filiado há três décadas. “Estou fora do
PT, porque o atual comando do partido se mostrou antidemocrático e ditatorial.
As pessoas só querem o poder”, afirmou. Segundo ele, dirigentes da sigla em
Brasília questionaram, desde o início da campanha, quanto ele teria de recursos
para investir na eleição.
“Preconceituosos e, sobretudo, hipócritas, os políticos
não se arriscam a discutir a liberação das drogas e outros assuntos delicados”,
afirmou.
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